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sábado, 25 de maio de 2019

TRF2 torna réus e mantém presos cinco deputados acusados na Operação Furna da Onça



A 1ª Seção Especializada do TRF2 decidiu, por unanimidade, receber a denúncia e, por maioria, manter as prisões preventivas de cinco deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Eles foram presos em novembro de 2018, por suposta participação no esquema de corrupção desbaratado na Operação Furna da Onça. Com a decisão proferida em sessão de julgamento na quinta-feira, 23 de maio, André Correa da Silva, Francisco Manoel de Carvalho (Chiquinho da Mangueira), Luiz Antônio Martins, Marcos Abrahão e Marcus Vinícius de Vasconcelos Ferreira (Marcos Vinícius Neskau) tornam-se réus em ação penal, cujo mérito será julgado pelo TRF2.

Na denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) os acusa de corrupção passiva (artigo 317 do Código Penal) e associação criminosa (artigo 2º, da Lei 12.850/2013). Eles teriam recebido propinas e negociado cargos no Detran do Rio de Janeiro com o governo estadual, na gestão de Sérgio Cabral, em troca de votos pela aprovação de leis de interesse do Executivo. A atuação teria envolvido aprovação de contas públicas e a rejeição de propostas de instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs), para apurar irregularidades na gestão, dentre outras medidas.

Acompanhando voto do relator do processo, desembargador federal Abel Gomes, a 1ª Seção Especializada rebateu argumentos apresentados pelos advogados, em preliminares, acerca da incompetência do TRF2 e do relator, para julgar o caso. O colegiado entendeu haver fortes indícios de que os acusados receberam vantagens indevidas mensalmente, ao longo dos respectivos mandatos. Em seu voto, Abel Gomes explicou que isso desqualifica a tese das defesas de que se trataria de dinheiro recebido como caixa dois para campanhas eleitorais e que, portanto, a Justiça Federal deveria declinar da competência para a Justiça Eleitoral.

Sobre a manutenção das prisões preventivas, o desembargador destacou que “não houve alteração no estado de fato e no estado de direito, em relação ao momento em que a 1ª Seção Especializada decidiu converter as prisões temporárias em preventivas, em novembro de 2018”. Na ocasião, ele lembrou haver “indicativos plausíveis e marcantes da reiteração de ações ilícitas que persistiram no tempo, com amparo sobretudo em movimentação de valores a descoberto do sistema bancário oficial, possível interposição patrimonial, manipulação de dinheiro em espécie de origem suspeita e guarda com perfil de ilicitude”.

No julgamento do recebimento da denúncia, Abel Gomes ressaltou que os acusados foram reeleitos e diplomados no Legislativo e que, com a revogação das prisões, eles continuariam sendo influentes e poderiam dificultar a instrução do processo. Além disso, a Alerj não instaurou inquérito, decorridos sete meses desde o início da Operação Furna da Onça, para apurar os fatos: “Pelo contrário, há razões concretas para considerar que vem tentando para blindar os parlamentares acusados”, alertou.

O relator ainda rechaçou a alegação das defesas de que a denúncia estaria “criminalizando a política” já que os valores recebidos pelos deputados seriam doações de campanha: “Não é possível mais admitir uma impunidade que prejudica o pleno funcionamento da República e da democracia. Não se está propondo a criminalização da política que se desenvolve em percurso normal, mas sim enfrentando uma forma de fazer política que transaciona com dinheiro com habitualidade e para propósitos desvinculados inteiramente dos objetivos do mandato”, concluiu.

Fonte: "trf2"

quarta-feira, 22 de maio de 2019

HOSPITAL DA MULHER EM CABO FRIO: “CHANCE MAIOR DE MORRER DO QUE VIVER”

Reunião da CPI do Hospital da Mulher de Cabo Frio. Foto: Octacílio Barbosa

Diretores de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) afirmaram que o Hospital da Mulher, em Cabo Frio, representa um risco de óbito para o bebê quatro vezes maior do que outra maternidade do mesmo padrão no estado. Essa estatística foi apresentada nesta terça-feira (21/05) durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que investiga a morte de nascituros e recém-nascidos na unidade, que foi interditada pelo Cremerj na última quinta-feira (16/05).

A maternidade Alexander Fleming, em Marechal Hermes, por exemplo, realiza muito mais partos - com risco maior - e teve apenas dois óbitos este ano. Enquanto o Hospital da Mulher, uma maternidade de baixo risco, tem uma incidência de morte fetal muito maior do que o esperado. Decidimos interditar eticamente a unidade porque o mínimo não estava sendo oferecido. Manter uma gestante ou um recém-nascido naquele espaço significava uma chance maior de morrer do que de viver”, afirmou Rafaella Leal, diretora da área de fiscalização do Cremerj.

Falta de estrutura

Durante a vistoria feita na maternidade, que precedeu a interdição, foi constatada a falta de médicos plantonistas na UTI neonatal; de um cardiotocógrafo (equipamento que monitora as condições fetais); um desfibrilador, um cilindro de oxigênio, materiais de sutura, gazes e luvas. “Ao todo, foram encontradas 19 irregulares na unidade”, justificou Leal.

Ela ainda frisou que há 30 anos não era feita uma interdição ética pelo Cremerj no estado.“Relutamos em tomar essa medida, mas não tivemos escolha. Fazíamos as fiscalizações, notificávamos o hospital, mas os gestores não tomavam nenhuma providência. Existia a certeza da impunidade”, lamentou. Agora, observou ela, a maternidade terá até o final de maio para regularizar sua situação. “Até lá, a unidade continua interditada. Eles poderão prorrogar o prazo por mais 30 dias, mas no final terão que regularizar a situação do hospital”, informou a diretora.

A presidente da CPI, deputada Renata Souza (PSol), antecipou que vai ao hospital junto com os demais integrantes da comissão verificar se as providências estão sendo tomadas. “A comissão tem muita preocupação com a paralisação desta unidade. Por isso, solicitamos um trabalho de contingenciamento pelo Cremerj e pela Defensoria Pública para que nenhuma dessas mulheres, que chegam em trabalho de parto, sejam desassistidas. Queremos com essa nova vistoria assegurar o atendimento qualificado para a população de Cabo Frio e redondezas”, afirmou a parlamentar.

Número ainda maior

Segundo dados apresentados pela CPI, de janeiro a abril deste ano, 17 recém-nascidos vieram a óbito no Hospital da Mulher. No entanto, de acordo com o diretor do Cremerj, Luís Guilherme, também integrante do setor de fiscalização, o número divulgado pode ser ainda maior. “Já chegou para mim a informação de 30 a 37 mortes. E, por isso, abrimos este mês uma sindicância para averiguar esse número. O que notamos é que pela ausência das comissões de óbito, de prontuário e de infecção hospitalar, os dados são bem divergentes”, relatou o médico. A criação dessas comissões na unidade também foi uma exigência do Cremerj para o retorno dos médicos à maternidade

Estiveram na reunião também as deputadas Martha Rocha (PDT), Enfermeira Rejane (PCdoB), Zeidan Lula (PT) e o deputado Sub Tenente Bernardo (PROS).

Fonte: "alerj"

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Mantida prisão preventiva de ex-deputado estadual Paulo Melo

Ministra Carmem Lúcia do STF foto STF

A relatora, ministra Carmen Lúcia, rejeitou recurso em que a defesa alegava excesso de prazo na prisão preventiva do ex-deputado estadual Paulo Melo. Ele foi condenado em março deste ano pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC) 170552, no qual a defesa do ex-deputado estadual do Rio de Janeiro Paulo Melo buscava revogar sua prisão preventiva. Melo foi preso e afastado de suas funções legislativas em novembro de 2017 em decorrência da Operação “Cadeia Velha”. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro chegou a revogar a prisão determinada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que restabeleceu a medida.
O recurso é contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que entendeu não estar configurado qualquer constrangimento ilegal por excesso de prazo. Em seu acórdão, o STJ destacou sua jurisprudência segundo a qual deve ser levado em consideração a quantidade de delitos, a pluralidade de réus e a quantidade de advogados e defensores envolvidos. Aplicou também ao caso sua Súmula 52, segundo a qual “encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo”.
Ao decidir, a ministra Cármen Lúcia afirmou que a decisão do STJ está em harmonia com a jurisprudência do Supremo, que entende que não procede a alegação de excesso de prazo quando a demora na condução da instrução processual se dá pela complexidade do processo. Conforme assentado pelas instâncias anteriores, verificou a ministra, não há se cogitar de desídia do órgão judicial. Ela destacou ainda que houve substituição expressa do decreto da prisão preventiva, pois, em março de 2018, com o recebimento da denúncia, a custódia foi mantida.
Condenação
Em julgamento realizado em 28/3, a Primeira Seção Especializada do TRF-2 condenou, por unanimidade, o ex-deputado estadual por corrupção passiva e organização criminosa. Foi fixada a pena de 12 anos e 5 meses e o pagamento de multa no valor de R$ 7 milhões. Segundo a denúncia do MPF, Melo e outros então deputados receberam propinas de executivos da Odebrecht e da Fetranspor para atuar na aprovação de iniciativas legislativas em favor dos empresários do setor de construção civil e de transportes urbanos.
Com informações do TRF-2.
Fonte: "STF"

domingo, 28 de abril de 2019

Familiares de Jorge Picciani e Paulo Melo mantêm cargos no TCE-RJ

Os ex-presidentes da Alerj Paulo Melo e Jorge Picciani, ambos do MDB. Foto: José Lucena/ Estadão Contéudo

Presos, ex-presidentes da Alerj mantêm influência no tribunal, que fiscaliza as contas dos municípios

Mesmo presos na Operação Cadeia Velha, braço da Lava Jato, os ex-presidentes da Alerj Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do MDB, ainda mantêm influência no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Parentes dos dois continuam por lá.

Nelson Oliveira Picciani, irmão do ex-deputado, é lotado na Presidência, mas trabalha no Almoxarifado. Salário: RS 7.325,74.

Lizandra da Silva Oliveira, cunhada de Picciani, fica no gabinete do conselheiro afastado Aloysio Neves Guedes por R$ 8.723,18 mensais.

Iury Motta Mello de Sá, filho de Paulo Melo, está na Coordenadoria de Organização e Procedimentos, com R$ 7.325,74 por mês.

ESPOSA DE SERVIDOR TAMBÉM EMPREGADA

Não são apenas Jorge Picciani e Paulo Melo que empregaram parentes no tribunal que fiscaliza as contas dos municípios e do estado.

Márcia Cristina Barcellos Loyola, chefe de gabinete da Presidência, por exemplo, é casada com o subsecretário de Administração e Finanças do TCE-RJ, Bernardo Loyola, que é concursado. Ela tem salário de R$ 24.731,08.

Lucia Bonfatti Gomes, prima do conselheiro afastado José Gomes Graciosa, está lotada na Coordenadoria de Engenharia e Projetos de Obras e Instalações. Ganha R$ 12.914,95.


Conselheiros afastados mantêm assessores de confiança em cargos no TCE-RJ

Entre os nomeados, está prima de ex-presidente do tribunal.

Prisões ocorreram em 2017

Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) afastados após serem presos na Quinto de Ouro continuam com equipes de confiança nomeadas no órgão. Alguns exemplos.

Horácio de Almeida Amaral, então assessor especial de José Gomes Graciosa, recebe R$ 25.930,77 (líquidos), mas não tem função atualmente.

O pai de Horácio, Ricardo Montebello Amaral, com salário de R$ 26.396,46, está na mesma situação do filho.

A prima de Graciosa, Lúcia Bonfatti, trabalha na Coordenadoria de Engenharia e Projetos de Obras e Instalações, com vencimentos de R$ 12.914, 95, como revelou neste sábado a Coluna.

ASSESSORES DE NEVES E BRAZÃO NA ATIVA

O ex-presidente do TCE-RJ Aloysio Neves sendo preso em 2017. Foto: Estefan Radovicz/ Agência O Dia
Dara Aisha Ferreira de Oliveira, então lotada no gabinete do ex -presidente do TCE-RJ afastado Aloysio Neves é subordinada, agora, ao auditor substituto Marcelo Verdini Maia. Dara tem salário de R$ 8.723,18 e é filha de Walter Luiz Pinto de Oliveira, ex-secretário geral da Mesa Diretora da Alerj.

Citado nas investigações do caso da vereadora Marielle Franco, Gilberto Ribeiro da Costa, que estava no gabinete do ex-vice-presidente Domingos Brazão, trabalha para um procurador do tribunal. Recebe R$ 13.071,36

CÁSSIO BRUNO


terça-feira, 16 de abril de 2019

CPI DO HOSPITAL DA MULHER EM CABO FRIO OUVE SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

Márcio Mureb, Secretário de Saúde de Cabo Frio presta depoimento à CPI do Hospital da Mulher. Foto: ALERJ
Na manhã desta terça-feira (16/04), aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mais uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a morte de recém-nascidos no Hospital da Mulher de Cabo Frio. Na ocasião, a presidente da CPI, deputada Renata Souza (PSol), ouviu o depoimento do secretário municipal de saúde da cidade, Márcio Mureb, e demais funcionários da unidade.

O hospital registrou, desde o início do ano, 17 óbitos. O G1 fala em 18 mortes. O último caso ocorreu no início de abril e, de acordo com o secretário Márcio Mureb, que também é cirurgião geral, a criança morreu de septicemia, ou seja, de infecção generalizada. Durante a audiência, ele afirmou que “enquanto não aumentar o salário dos médicos, não será possível ter uma saúde de qualidade”.

Segundo o G1, o secretário Mureb disse que não dá para atribuir as mortes a apenas uma causa, diferentemente da nova diretora, a média Tânia Lydia, que atribuiu as causas das mortes à falta de pré-natal". 

A presidente da CPI lamentou que um secretário e profissional de saúde use como justificativa tal afirmação. “A gente vive uma situação em que a crise econômica é recorrente, porém ele, na condição de secretário, tem condições de aplicar os 15% previstos no orçamento do Município para que a saúde seja estabelecida. É lamentável que uma fala tão superficial como essa, faça parte da avaliação da investigação sobre mortes de bebês dentro de um hospital”, declarou a deputada Renata Souza.

De acordo com o G1, o médico explicou que assumiu a secretaria em setembro passado, herdando dificuldades dos governos passados, como falta de insumos, medicamentos, ambulâncias e até de profissionais.   

Márcio Mureb disse que o hospital abriu uma sindicância interna para apurar as causas das mortes dos nascituros, onde mais de 1.000 prontuários serão analisados no prazo de 90 dias. Durante seu depoimento na CPI, o secretário se comprometeu a entregar de todos os registros no período da investigação da morte dos bebês. Em contrapartida, a deputada Renata Souza afirmou que não foram apresentados os prazos da sindicância. “Ainda não foi encaminhado nenhum relatório prévio, enfim, é muita desinformação para um gestor e estamos preocupados se, de fato, teremos a colaboração da secretaria de saúde”.

Próximos passos da CPI

Será solicitado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que técnicos também façam parte da CPI, a fim de buscar uma avaliação das aplicabilidades dos orçamentos no hospital, tendo em vista os últimos ocorridos. Também será proposta uma auditoria, a ser realizada pelo próprio Tribunal, para qualificar o andamento das investigações, pois teme-se que a CPI comece com a investigação de morte dos bebês e termine com um rombo no orçamento deste hospital

Uma solicitação para que o secretário de estado de saúde participe das próximas reuniões também será encaminhada. O objetivo é provocar nas autoridades estaduais uma atenção à saúde de Cabo Frio, em especial, à situação da saúde dessas mulheres que estão perdendo seus bebês no Hospital da Mulher

Também participaram da CPI os deputados Martha Rocha (PDT), Dr. Serginho (PSL), Subtenente Bernardo (PROS), Enfermeira Rejane (PCdoB), Renan Ferreirinha (PSB) e Max Lemos (MDB).

Fonte: "ALERJ"

quarta-feira, 10 de abril de 2019

MP abre inquérito para apurar mortes de recém-nascidos no Hospital da Mulher de Cabo Frio

Hospital da Mulher, em Cabo Frio, foi alvo de várias denúncias de negligência médica — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV

Hospital está sob nova direção após as mortes de 26 bebês registradas na unidade desde novembro de 2018. Alerj e Câmara Municipal abriram CPI's e também apuram os casos.

O promotor de Justiça Rafael Dopico da Silva, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), abriu nesta terça-feira (9) um inquérito para apurar as mortes de 26 recém-nascidos no Hospital da Mulher de Cabo Frio.

Duas comissões parlamentares de inquérito (CPI's), uma na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e outra na Câmara de Vereadores de Cabo Frio, também apuram os casos registrados desde novembro de 2018 na unidade.

As investigações resultaram no afastamento da direção do hospital no dia 22 de março.


A CPI DO HOSPITAL DA MULHER OUVIRIA O SECRETÁRIO DE SAÚDE DE CABO FRIO E A GESTANTE QUE PERDEU O BEBÊ no dia de ontem (9), mas devido às fortes chuvas que caíram na cidade, os depoimentos foram transferidos para a próxima terça-feira (16). Segundo a presidente da CPI, deputada Renata Souza (PSol), a comissão já está em contato com a família do bebê morreu no Hospital da Mulher no último final de semana. Desde o início do ano, 17 bebês morreram no local. Na semana passada, logo após serem ouvidos pela CPI, Lívia Natividade, que ocupava o cargo de diretora, e Paul Hebert Dreyer, seu marido e ex-diretor geral do hospital, foram afastados ("ALERJ").

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Hospital da Mulher, vereador Ricardo Martins (SD), recebeu no final da tarde desta terça-feira (9) o pai e a avó do bebê que nasceu morto e foi enterrado como indigente sem autorização da família em Cabo Frio.
 
De acordo com o presidente da comissão ofícios serão enviados aos novos diretores da unidade hospitalar, solicitando todos os registros de atendimento da paciente, que perdeu o bebê no último sábado (06), e informações sobre quem autorizou o sepultamento da criança sem a autorização dos pais.
 
Ainda de acordo com o presidente da CPI, os responsáveis de plantão – médicos, assistentes sociais – os responsáveis pela indicação da funerária, e o coveiro responsável pelo sepultamento da criança serão convocados para prestar esclarecimentos a Comissão Parlamentar. ("Câmara de Vereadores de Cabo Frio")

Nesta terça (9), foi anunciada a nova equipe que vai administrar o hospital. A ginecologista e obstetra Tânia Lydia Matosinhos Lowen Pires é a nova diretora geral; Cristina do Vale Faria, também ginecologista e obstetra, ocupa o cargo de diretora técnica, e a fisioterapeuta Simone Sant'Anna atua como a nova diretora administrativa da unidade.

Segundo a Prefeitura, todas as profissionais têm vasta experiência na administração pública.

Solicitações do MP

O documento expedido nesta terça pelo MP dá cinco dias úteis para que a Secretaria de Saúde de Cabo Frio informe o número de óbitos ocorridos no Hospital da Mulher desde novembro de 2018, com a indicação dos nomes e endereços das pacientes envolvidas.

O MP também pede os nomes dos médicos que prestaram os atendimentos que terminaram em mortes. A promotoria quer saber ainda se os médicos envolvidos nos casos mantém vínculo com o hospital e quais providências estão sendo tomadas para a apuração do número de mortes.

O promotor também solicitou que a Alerj e a Câmara de Vereadores de Cabo Frio enviem relatórios das CPI's que investigam os casos para que haja uma cooperação entre os órgãos.

Por meio de nota, a Prefeitura de Cabo Frio afirmou que vai fornecer todas as informações que possam ser solicitadas pelos órgãos para esclarecer todos as dúvidas que possam surgir, não só com relação a Saúde, mas em todos os setores da administração pública. Informou também que a atual gestão preza pela transparência.

G1 também entrou em contato com a Câmara de Vereadores e a Alerj e aguarda um retorno.

Última denúncia na unidade

A última morte de bebê registrada na unidade aconteceu no sábado (6)Arthur da Silva Barbosa Machado nasceu morto. A família acusa a equipe médica de negligência. Segundo eles, os médicos foram acionados, mas decidiram que o parto deveria esperar.

Daniele da Silva Machado, mãe de Arthur, também disse ter recebido tratamento rude por parte do médico, que teria falado que a criança nasceria igual a um pit-bull porque ela estava "toda nervosinha".

Arthur ainda foi enterrado como indigente e desenterrado para que a família pudesse vesti-lo e fazer um sepultamento digno.

Fonte: "G1"

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Justiça suspende posse de deputados presos preventivamente



A posse dos deputados que foram presos preventivamente na Operação Furna da Onça foi sustada, nesta segunda-feira (08/04), pela juíza Luciana Losada, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio.
Atendendo a um pedido do Ministério Público, a decisão, em caráter liminar, sustou todos os efeitos do ato da Assembleia Legislativa do Rio que autorizou a retirada do livro de posse da Alerj para levá-lo à penitenciária em que estão presos os deputados Marcus Vinícius, Luiz Martins, Marcos Abrahão e André Correa, assim como à residência do deputado Chiquinho da Mangueira, que está em prisão domiciliar.
No mês passado, a mesa diretora da Alerj, presidida pelo deputado André Ceciliano, deu posse aos deputados. O Ministério Público do Rio ajuizou, então, Ação Civil Pública contra a Assembleia Legislativa para anular a decisão.
Proc. 007017380.2019.819.0001
Fonte: "TJRJ"

quinta-feira, 4 de abril de 2019

O bairro Maria Joaquina é de Búzios?


Linha divisória Búzios-Cabo Frio

É. Provisoriamente. Mas pode, muito em breve, deixar de ser. Definitivamente. Se não bastasse a novela do prefeito que cai/não cai, agora temos a novela da Maria Joaquina que é/não é de Búzios.   


É o que constatamos analisando o processo nº 0010834-33.2018.8.19.0000, que trata de representação de inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei Estadual 7880/2018, que alterou a Lei Estadual 2498/1995, estabelecendo nova linha divisória entre os Municípios de Cabo Frio e Armação dos Búzios

O representante, prefeito de Cabo Frio,  afirma que, com a aludida alteração, o Município de Armação dos Búzios incorporou ao seu território o bairro de Maria Joaquina, até então pertencente a Cabo Frio. Sustenta que houve afronta ao devido processo legislativo, pois a mudança dependeria de prévia consulta às populações envolvidas (artigo 357 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro). Também inexistiria Lei Complementar Federal, determinando o período para a mencionada medida e estudo de viabilidade municipal (apresentado e tornado público). 

Pleiteou, assim, a concessão da medida cautelar com a suspensão da eficácia do artigo 1o da Lei Estadual nº 7.880/2018, alegando tal se fazer necessário, pois no próximo dia 24/06/2018 realizar-se-ão eleições suplementares no Município de Cabo Frio (Resolução nº 1029/2018 do TRERJ), e assim a população de Maria Joaquina poderá participar do pleito.

No dia 21 de junho de 2018, o Desembargador Relator JOSÉ ROBERTO LAGRANHA TÁVORA considerando que: 
1) não é razoável que uma Lei Estadual agregue a comunidade “Maria Joaquina” ao Município de Armação dos Búzios, extirpando-a do Município de Cabo Frio, sem que se realize um plebiscito consultando a população do bairro (artigo 357 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro).
2) a referida deliberação legislativa empareda o regular exercício do poder dos cidadãos do bairro de Maria Joaquina, os quais convocados para as eleições suplementares para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito do Município de Cabo Frio, a serem realizadas no próximo dia 24 de junho de 2018, conforme Resolução no 1029/2018 do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, ficarão soçobrando neste emaranhado de diplomas. 

Decide suspender, por cautela e em razão do caráter excepcional do caso, o artigo 1o da Lei Estadual no 7.880/2018, até o julgamento final desta ação direta de inconstitucionalidade.

Considerando que após a realização das eleições suplementares de junho de 2018 em Cabo Frio, veio esboroar-se uma das exigências necessárias para a manutenção da liminar – o periculum in mora, o Desembargador decide, em 11/2/2019,  em juízo de retratação, dar provimento ao agravo interno da ALERJ para revogar a liminar anteriormente admitida. A demora em se retratar, segundo o Desembargador, se deveu ao fato de que apesar de "reiteradamente intimadas as partes, a Procuradoria do Estado deixou de apresentar manifestação". 

Concluindo. Não tem nada decidido. Não se pode dizer ainda que a Maria Joaquina é de Búzios, porque até o presente momento o tema foi avaliado apenas singularmente. Ele ainda será apreciado pelo órgão Colegiado.

Comentários no Facebook:

  • Joseph Mendes Cavalcante búzios nunca fez nada pela maria joaquina se pegar de volta vai fazer oque ? isso tudo é interesse no dinheiro mesmo pq eles já ganham votos de moradores da região como se fossem de búzios ainda
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  • Ricardo Guterres É ou não é..... assim como a situação do nosso prefeito.....
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  • Jorge Armação Buzios Se búzios não toma conta do território q tem, imagina incorporando a Maria Joaquina!

    Misericórdia!

    #pobrecidederica