No
dia 7 de novembro último, a CCJ da Câmara de Vereadores de Búzios
convocou Audiência Pública para discutir o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02/2018, enviado à Casa
Legislativa pelo prefeito de Búzios, visando alterar o
parágrafo 2º do Artigo 158 da Lei Orgânica Municipal, para que a
prefeitura pudesse construir uma UBS em Geribá em um área no
entorno da Lagoa, área que originalmente estava destinada à
construção de uma praça (Praça do Farol). Todas as entidades civis presentes à
Audiência Pública se manifestaram contrariamente ao projeto do
Prefeito. Com apenas 1 voto contrário de uma moradora do bairro de
Geribá, os presentes decidiram que no terreno destinado à praça
não se constrói nada a não ser praça e que a prefeitura arranje
outra área para construir a UBS. Todos, por unanimidade, aprovaram
que o bairro realmente precisa de uma UBS, mas, com apenas 1 voto contrário,
que a Unidade de Saúde não seja construída no local.
A
Audiência Pública foi gravada e transmitida ao vivo pela página
oficial da Câmara de Vereadores de Búzios. Todas as entidades civis
e pessoas presentes assinaram lista de presença. A Audiência
Pública seguiu todos os trâmites legais.
Em
vez de acatarem a decisão soberana do plenário da Audiência
Pública, os vereadores da turma do amém do prefeito resolvem,
passando por cima da vontade popular manifestada na Audiência,
convocar nova Audiência Pública para amanhã (14) para rediscutir a
matéria. A nota oficial da Câmara de Vereadores
publicada na página oficial da Casa Legislativa no Facebook omite
desavergonhadamente que já foi realizada uma Audiência Pública no
dia 7/11/2018. (ver vídeo abaixo).
Qual
o nome que se dá a essa atitude da CCJ da Câmara de Búzios? O que
se pretende é realizar tantas Audiências Públicas quantas se
fizerem necessárias para se obter a aprovação da população de
Búzios? A turma do amém pretende sair vitoriosa entupindo a
Audiência Pública com seus cabos eleitorais, em sua maioria
constituída de servidores públicos comissionados e contratados tanto da Prefeitura quanto da Câmara?
O
nome disso é GOLPE. Golpe parlamentar contra decisão soberana das
entidades civis presentes na Audiência Pública regularmente
convocada e realizada no plenário da Câmara de Vereadores de
Armação dos Búzios.
O
golpe tem destino certo. Destina-se a aliviar a barra daqueles que se estreparam por escolherem uma área errada, daqueles que não podem mais
escolher uma outra área porque já gastou parte da verba da emenda
parlamentar com as obras iniciadas no local. Fala-se em gastos
superiores a 150 mil reais. E, logicamente, se a obra não sair no
local, alguém vai ter que ressarcir aos cofres públicos esse
valor. Daí toda movimentação parlamentar golpeando as entidades
civis de Búzios.
Não
só. Os vereadores
Valmir Nobre, Josué e Niltinho, que fazem parte da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), mandaram às favas o compromisso que
estabeleceram com os autores da Ação Popular, Denise Morand e José
Carlos Lerias, de abrir discussão com a sociedade organizada
(Conselho de Meio Ambiente, Conselho de Saúde, OAB, IAB) para buscar
uma solução ( ver em "ipbuzios"). A Lei exige que se discuta no Conselho Municipal de Saúde a construção de qualquer Unidade de Saúde no município.
Como esperar independência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Búzios se o seu Presidente Valmir Nobre ganhou a Secretaria de Serviços Públicos para o seu filho Júnior e Niltinho, a de Esportes, para seu irmão Paulinho de Beloca?
Como esperar independência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Búzios se o seu Presidente Valmir Nobre ganhou a Secretaria de Serviços Públicos para o seu filho Júnior e Niltinho, a de Esportes, para seu irmão Paulinho de Beloca?
O
interesse é tanto que os vereadores da turma do amém do Prefeito
fingem não saber que durante a Intervenção Federal no Estado do
Rio de Janeiro nenhuma
Câmara de Vereadores de qualquer município do estado pode fazer
emendas em suas Leis Orgânicas Municipais.
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