Como o Deputado Estadual Jânio Mendes não está sendo alvo de
qualquer investigação, causa estranheza ver seu nome público aparecer em alguns bilhetes
apresentados pela PGR no pedido de prisão do
governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Todos os outros
citados aparecem com codinomes. Jânio Mendes é a única exceção.
Essas
anotações (chamadas pela PF de “bilhetes”) foram anexadas à
Petição nº 7824 do MPF no INQUÉRITO nº 1239/DF do STF referente
à Operação Boca de Lobo que levou o governador Pezão à prisão. O
pedido de prisão, feito pela procuradora Raquel Dodge, revela 25
bilhetes em codinomes relacionados a Pezão (Pé, Pzão, Pezão, Big
Foot e Pezzone), com valores ao lado, que somados, dão
aproximadamente R$ 2,2 milhões.
Esses
bilhetes escritos por Luiz Carlos Bezerra, o
“homem da mala” de Cabral, foram apreendidos em 2016 em operação de busca e apreensão em sua residência (auto de apreensão 422.16). A
maioria deles revela transferência de grandes vantagens
indevidas para o governador PEZÃO. O montante ultrapassa os dois
milhões e duzentos mil reais. Foi possível identificar pagamentos
realizados entre os anos de 2012 a 2014. As anotações nos bilhetes,
segundo o MPF, correspondem a entregas de dinheiro.
Quem
quiser ler a petição com os pedidos de prisão e busca e apreensão
na íntegra basta acessar o link "Documentos
do MPF" .
A notícia foi publicada no site do MPF (ver em "Notícias
MPF")
Entre os 25 bilhetes em que aparecem os codinomes de Pezão e os 12 com o nome de monerá, quatro deles têm o nome de Jânio Mendes. Muitos dos bilhetes de Luiz Carlos Bezerra aparecem repetidos e até mesmo reproduzidos em celular de Carlos Miranda. E ao lado do nome de Jânio Mendes sempre aparece o valor 19.000.
CARLOS MIRANDA era o responsável pelo gerenciamento de parte da propina destinada à organização criminosa do ex-Governador SERGIO CABRAL FILHO, cobrada no valor de 5% sobre os contratos com as grandes construtoras, como a CARIOCA ENGENHARIA, ANDRADE GUTIERREZ e DELTA CONSTRUTORA, assim como prestadores de serviços como a COMERCIAL MILANO e MASAN, que são fornecedoras de alimentos para o Estado do Rio de Janeiro.
Monerá é o codinome de AFFONSO HENRIQUES MONNERAT ALVES DA CRUZ. Ele foi convidado por LUIZ FERNANDO PEZÃO para atuar na reconstrução dos municípios que sofreram desastres provocados pelas chuvas ocorridas em janeiro de 2011, sendo nomeado Subsecretário Extraordinário para a reconstrução da Região Serrana.
Cumprida a missão inicial, MONNERAT foi nomeado Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Governo, subordinado direto de WILSON CARLOS, outro integrante da Organização Criminosa chefiada por SERGIO CABRAL FILHO.
Ao deixar a Secretaria de Estado de Obras, AFFONSO MONNERAT (codinome MONERÁ) deixa de fazer jus às vantagens indevidas do órgão e passa a receber dinheiro em espécie de CARLOS MIRANDA/LUIZ CARLOS BEZERRA, por fazer parte da secretaria gerida por WILSON CARLOS (codinome SSONE)
Também foi encontrada no celular apreendido de CARLOS BEZERRA fotografia com a mesma anotação acima |
BILHETE 01 (Com Monnerat) Demonstra o recebimento de R$ 20 mil para MONNERAT na data provável de JAN/2014. |
BILHETE 02 (Com Monnerat): Demonstra o recebimento de R$ 20 mil para MONNERAT, na data provável de 21.01.2014. |
BILHETE 03 (Com Monnerat): Referência ao pagamento de R$ 20 mil para MONNERAT. |
Observação: como sempre o blog está à disposição dos citados para quaisquer esclarecimentos que queiram fazer.
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