O senador José Agripino Maia (DEM/RN). Foto: Nilton Fukuda/Estadão |
Procuradora-geral acusa senador do Rio Grande do Norte e outros
dois investigados por peculato e associação
criminosa, diz jornal O Estadão ("estadao").
A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou nesta
quinta-feira, 13, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) por peculato
e associação criminosa ao liderar um esquema que
desviou R$ 590,6 mil do Senado Federal por meio de
pagamentos a um funcionário fantasma. Também foram
denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) o vereador de
Campo Redondo (RN) Victor Neves Wanderley e o servidor
público aposentado Raimundo Alves Maia Junior.
A
denúncia mostra que Agripino Maia nomeou Victor Neves
Wanderley em 11 de março de 2009 para assumir o cargo de
assistente parlamentar no
Senado. Wanderley, no entanto, não exerceu de fato a função entre
março de 2009 e março de 2016, segundo a denúncia. “Foi um
funcionário fantasma designado para implementar o
desvio e a apropriação ilícita de R$ 590.633,43, para serem
distribuídos entre os denunciados”, escreveu Raquel Dodge. Nesses
sete anos, Wanderley trabalhou em uma
farmácia que pertencia a seu tio.
Wanderley sempre teve residência em Natal, nunca residiu em
Brasília e nunca viajou de avião entre Natal (RN) e Brasília de
2009 a 2015.
Em 2010, ao ser preso em flagrante por crime contra a saúde pública, declarou à autoridade policial que trabalhava como gerente
na Farmácia A. A. Souza Wanderley, de
propriedade de seu tio Adriano Alberto de Souza
Wanderley. “Assim, Victor Neves Wanderley foi gerente
da empresa do tio no período em que esteve formalmente vinculado ao
Senado Federal. No Senado, se efetivamente a
cumprisse, sua jornada de trabalho seria
de 40 horas semanais regulamentares"
Meu comentário:
Este fantasma se assemelha muito aos fantasmas de nossa região. Como ele nunca viajou a Brasilia, os fantasmas daqui também nunca viajam ao Rio de Janeiro. Vejam o cargo que "possuía" no Senado e o trabalho que realmente exercia. As pessoas podem achar a coisa mais natural do mundo deputados estaduais do Rio empregarem seus cabos eleitorais na ALERJ e eles nunca aparecerem por lá mas, para a PGR, o verdadeiro nome disso é "peculato" e "associação criminosa"!
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