Na
ação, Susana Neves Cabral e Maurício Cabral, ex-mulher e irmão
dele,
também foram condenados
O
ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi condenado, nesta
segunda-feira (3), a mais 14 anos e cinco meses pelo crime de
lavagem de dinheiro. A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da
7ª Vara Federal Criminal do Rio. Somadas, as penas do ex-governador
somam 197 anos e 11 meses. Na ação, Susana Neves Cabral e
Maurício Cabral, ex-mulher e irmão dele, também foram condenados.
Cabral
e os outros réus foram condenados com base em denúncia apresentada
no início de junho pelo Ministério Público Federal (MPF). O texto
citava pagamento de R$ 1,7 milhão em propina, que teria sido lavado
por meio de empresas de fachada.
Na
sentença, Bretas anotou que "o condenado idealizou e determinou
a prática dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos por meio
de seu operador financeiro Carlos Miranda, do empresário Flávio
Matos de Werneck e de pessoa por ele aliciada, Alberto Silveira
Conde".
"Apesar
de ser possuidor de enorme responsabilidade social, deliberadamente,
optou por atentar contra a moralidade e o patrimônio público,
empenhando sua honorabilidade, seduzindo e envolvendo empresários
e pessoas de seu relacionamento pessoal, parentes e amigos
como no caso dos autos, em atos delituosos visando a promover
lavagem de valores desviados dos cofres públicos", completou
Bretas.
Com
a decisão, Susana Neves Cabral terá de
cumprir oito anos e quatro meses em regime fechado; Maurício
Cabral cumprirá quatro anos e seis meses em regime
semiaberto. Outro réu, Alberto Silveira Conde, contador da FW
Engenharia, vai cumprir seis anos em regime semiaberto. Já Flávio
Werneck, dono da FW Engenharia, foi condenado a oito anos e quatro
meses de reclusão.
Em
nota, a defesa de Mauricio Cabral afirmou que ele é inocente.
"Esclarecemos que o juiz não avaliou adequadamente o conjunto
probatório, em especial o depoimento do colaborador Carlos Miranda,
que afirmou na sua delação e ante o juízo, que Maurício Cabral
não participou do esquema criminoso. Por esse motivo, a defesa irá
recorrer da sentença", diz o comunicado.
Fonte: "odia"
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