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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Turma do amém do prefeito André Granado prepara golpe parlamentar contra entidades civis de Búzios


No dia 7 de novembro último, a CCJ da Câmara de Vereadores de Búzios convocou Audiência Pública para discutir o Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02/2018, enviado à Casa Legislativa pelo prefeito de Búzios, visando alterar o parágrafo 2º do Artigo 158 da Lei Orgânica Municipal, para que a prefeitura pudesse construir uma UBS em Geribá em um área no entorno da Lagoa, área que originalmente estava destinada à construção de uma praça (Praça do Farol). Todas as entidades civis presentes à Audiência Pública se manifestaram contrariamente ao projeto do Prefeito. Com apenas 1 voto contrário de uma moradora do bairro de Geribá, os presentes decidiram que no terreno destinado à praça não se constrói nada a não ser praça e que a prefeitura arranje outra área para construir a UBS. Todos, por unanimidade, aprovaram que o bairro realmente precisa de uma UBS, mas, com apenas 1 voto contrário, que a Unidade de Saúde não seja construída no local. 

A Audiência Pública foi gravada e transmitida ao vivo pela página oficial da Câmara de Vereadores de Búzios. Todas as entidades civis e pessoas presentes assinaram lista de presença. A Audiência Pública seguiu todos os trâmites legais.

Em vez de acatarem a decisão soberana do plenário da Audiência Pública, os vereadores da turma do amém do prefeito resolvem, passando por cima da vontade popular manifestada na Audiência, convocar nova Audiência Pública para amanhã (14) para rediscutir a matéria.  A nota oficial da Câmara de Vereadores  publicada na página oficial da Casa Legislativa no Facebook omite desavergonhadamente que já foi realizada uma Audiência Pública no dia 7/11/2018. (ver vídeo abaixo). 




Qual o nome que se dá a essa atitude da CCJ da Câmara de Búzios? O que se pretende é realizar tantas Audiências Públicas quantas se fizerem necessárias para se obter a aprovação da população de Búzios? A turma do amém pretende sair vitoriosa entupindo a Audiência Pública com seus cabos eleitorais, em sua maioria constituída de servidores públicos comissionados e contratados tanto da Prefeitura quanto da Câmara?  

O nome disso é GOLPE. Golpe parlamentar contra decisão soberana das entidades civis presentes na Audiência Pública regularmente convocada e realizada no plenário da Câmara de Vereadores de Armação dos Búzios. 

O golpe tem destino certo. Destina-se a aliviar a barra daqueles que se estreparam por escolherem uma área errada, daqueles que não podem mais escolher uma outra área porque já gastou parte da verba da emenda parlamentar com as obras iniciadas no local. Fala-se em gastos superiores a 150 mil reais. E, logicamente, se a obra não sair no local, alguém vai ter que ressarcir aos cofres públicos esse valor. Daí toda movimentação parlamentar golpeando as entidades civis de Búzios. 

Não só. Os vereadores Valmir Nobre, Josué e Niltinho, que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mandaram às favas o compromisso que estabeleceram com os autores da Ação Popular, Denise Morand e José Carlos Lerias, de abrir discussão com a sociedade organizada (Conselho de Meio Ambiente, Conselho de Saúde, OAB, IAB) para buscar uma solução ( ver em "ipbuzios"). A Lei exige que se discuta no Conselho Municipal de Saúde a construção de qualquer Unidade de Saúde no município.  

Como esperar independência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Búzios se o seu Presidente Valmir Nobre ganhou a Secretaria de Serviços Públicos para o seu filho Júnior e Niltinho, a de Esportes, para seu irmão Paulinho de Beloca? 

O interesse é tanto que os vereadores da turma do amém do Prefeito fingem não saber que durante a Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro nenhuma Câmara de Vereadores de qualquer município do estado pode fazer emendas em suas Leis Orgânicas Municipais.

sábado, 1 de setembro de 2018

Golpe, ma non troppo!!!


O impeachment da presidente Dilma foi aprovado por 367 votos a favor. Votaram unanimemente contra, os 60 deputados do PT, os 10 do PC do B e os 6 do PSOL. Se se considera o impeachment como golpe, como quer fazer crer o PT, estes três partidos- PT/PCdo B/PSOL- são os únicos verdadeiramente anti-golpistas. Se formos um pouco mais condescendentes, poderíamos ampliar o leque incluindo o PDT, partido em que a maioria (12 dos 18) dos seus deputados votou contra o impeachment e/ou "golpe". Sendo mais condescendente ainda, podíamos considerar também a REDE, partido no qual 2 deputados votaram contra o impeachment e dois votaram a favor. 

Portanto, os únicos partidos que aqueles que acreditam que houve golpe podem chamar de anti-golpistas são: PT/PCdo B/PSOL/PDT/REDE. Visto as coisas dessa forma, o partido que foi "golpeado", que teve a sua presidente apeada do poder por um golpe parlamentar, não poderia de modo algum se coligar em eleições posteriores com os partidos que votaram a favor do golpe. Afinal, golpe é coisa séria. Os golpistas precisam ser combatidos com todas as forças possíveis. FORA GOLPISTAS, FORA TEMER, os petistas gritavam.

Mas não é o que acontece. Dos 27 estados brasileiros, o PT disputa as eleições sem coligação alguma em 5 estados (ES, PR, SC, DF, MS). Está coligado com o PC do B- partido integralmente anti-golpista- em 6 estados (RJ, SP, RS, AM, PA, GO). Apenas no AM e no AP o partido não é cabeça de chapa. No AM, o partido apoia Lúcia Antony do PC do B. E no AP, apoia João Capiberibe do PSB. 
 
Observem que na Região SUL é onde o partido não faz aliança alguma com partidos golpistas. O partido vem sozinho no PR e em SC. No RS, coliga-se com o PC do B. Na Região SUDESTE ocorre aliança com partidos golpistas apenas em MG. O candidato do partido Fernando Pimentel é apoiado por PT/PCdoB/PSB/DC mais o  PR (partido considerado golpista pelo PT). Na Região CENTRO-OESTE, também só ocorre aliança com golpistas em apenas 1 estado. No MT, Wellington Fagundes é apoiado pelos partidos PR / PV / PRB / PT / PTB / PODE / PMN / PC do B / PROS / PP (os partidos grifados em vermelho votaram majoritariamente no impeachment de Dilma Roussef ).

 Na Região NORTE, apenas em três dos sete estados o PT fez coligações com não-golpistas: AM, AP, PA. Em RR, apoia o candidato do golpista PTB Telmário Mota, coligado com REDE e PV. No TO, apoia Marlon Reis da REDE, junto com os partidos PRTB / PTB / PC do B / PV / PDT / PSD. Em RO, apoia Acir Gurgacz do PDT, na coligação PSB / PTB / DC / PP / PR / SOLIDARIEDADE / PTC. No AC, apoia Marcus Alexandre do PRB, coligado aos partidos PDT / PODE / PROS / PC do B / PSB / PRP / PV / PSOL / PHS / PRTB / DC / PPL / PMB 

Mas é na Região NORDESTE que a tese de que o impeachment foi golpe é desmoralizada por completo. Em AL, o PT apoia um candidato do MDB, o grande beneficiário do propalado golpe, o Sr. Renan Filho, filho do Coronel Renan. A coligação no estado junta PODE / PPS / PDT / PR PTB / PHS / PT / PV / PRP / PRTB / PSD / DC / PC do B / AVANTE / PMN / SOLIDARIEDADE. Em SE, o PT apoia um candidato do PP, o Sr. Belivaldo, coligado com MDB / DC / PC do B / PSD /  PHS.

Mesmo quando apoia candidatos de partidos não golpistas no Nordeste o PT pouco se importa em coligar-se com golpistas, até mesmo com o unanimamente golpista DEM, como é o caso no MA, PB e PE. No MA, apoia Flavio Dino do PC do B, coligado com PRB / PDT / PPS / DEM / PSB / PR / PP / PROS / PTB / PATRI / PTC / SOLIDARIEDADE / PPL / AVANTE. Na PB, apoia João do PSB, com os partidos PDT / DEM / PTB / PRP / PODE / PRB / PC do B / AVANTE / PPS / REDE / PMN / PROS. Em PE, apoia o candidato do PSB Paulo Câmara na coligação com PC do B / MDB / PP / PR / PMN / PTC / PRP / PATRI / PSD / PPL / SOLIDARIEDADE

Até nos estados do NORDESTE onde tem candidatura própria o PT faz coligação à vontade com golpistas. É o caso da BA onde seu candidato Rui Costa é apoiado por uma ampla coalizão formado por PP / PDT / PSD / PSB / PC do B / PR / PMB / PRP / PODE / AVANTE / PMN / PROS / PTC. No CE, Camilo do PT é apoiado por PDT / PP / PSB / PR / PTB / DEM / PC do B / PPS / PRP / PV / PMN / PPL / PATRI / PRTB / PMB. Wellington Dias, candidato do PT no PI, é apoiado por MDB / PP / PR / PDT / PSD / PC do B / PTB / PRTB. E, por último Fátima Bezerra, no RN, é poiado pelos partidos PC do B e PHS.   

Observação: viu, minha professorinha querida gente boa, fica difícil aceitar sua tese de que houve golpe.

Observação 2: tem partido que não foi marcado porque não existia ou não tinha deputados à época da votação do impeachment. 

sábado, 28 de julho de 2018

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Golpe (contra a Lava Jato) com data marcada: terça-feira (29)

Na noite do dia 23, o Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e praticamente todos os líderes partidários tentaram golpear de morte a Operação Lava Jato. Os líderes estavam apavorados com o que poderia advir da delação premiada da ODEBRECHT. E Maia 
fechou com eles em troca do apoio à reeleição.

 O texto "jabuti", ou melhor, jacaré, de uma possível emenda ao PL 4.850/16, prevendo anistia geral do caixa 2 e, também do caixa 1,  chegou a ser compartilhado por membros do Ministério Público nas redes sociais. Correu boato pela internet que Aguinaldo Ribeiro, líder do PP, foi quem apresentou na reunião de Rodrigo Maia com os líderes a emenda da anistia de autoria dos petistas Vicente Cândido e José Guimarães.

O Deputado petista José Guimarães é aquele que teve um de seus assessores preso com dólares na cueca. A Polícia Federal acaba de concluir inquérito no qual ele é apontado como beneficiário de R$ 97,7 mil em propinas repassadas pelo delator Alexandre Romano. Guimarães atuou junto ao Banco do Nordeste (BNB) para obter a liberação de R$ 260 milhões para projetos de usinas eólicas do grupo Densevix (Engevix). A PF acusa o parlamentar de de "crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro".

Do site oantagonista


O parecer das dez medidas elaborado por Onyx Lorenzoni, após sofrer as mais diversas alterações, foi aprovado por unanimidade na Comissão Especial, mas na própria madrugada em que foi aprovado, já era bombardeado por alguns deputados como o petista Vicente Cândido que, em declaração à Folha de São Paulo, disse que o "rejeita na íntegra", acrescentando que "rejeita inclusive o relator". Tudo indicava que o relatório de Onyx seria rejeitado no plenário, na manhã seguinte, e um substitutivo costurado durante a madrugada seria apresentado. A anistia ampla, geral e irrestrita poderia entrar no texto diretamente ou ser apresentada como emenda.   

"Criminaliza a partir de agora e isenta quem cometeu aquele tipo penal. Se não entrar no texto, entra como emenda. Um texto de lei tem que ser sempre muito claro, o conteúdo". (Vicente Cândido)

O golpe contra a Lava Jato foi preparado na madrugada do dia 24 no gabinete de Rodrigo Maia. Pretendia-se anistiar os criminosos e instituir o crime de responsabilidade para magistrados e integrantes do Ministério Público. Rodrigo Maia foi um dos promotores do golpe. O outro foi o petista pertencente à tropa de choque de Lula Vicente Cândido, já acusado de ter achacado um dos donos da Engevix. O movimento pela anistia é pluripartidário, unindo os escudeiros de Lula, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com o site UOL, o presidente Michel Temer foi consultado e “sinalizou a intenção de sancionar a decisão que for tomada pelos congressistas”. 

A anistia terá que ser ampla, geral e irrestrita porque os depoimentos da ODEBRECHT são devastadores, segundo o Globo. 

"Os delatores tiveram que apresentar documentos para comprovar as fraudes e a movimentação do dinheiro desviado dos contratos com a Petrobras e outras áreas da administração. Entre os documentos que tornam mais impactantes as denúncias estão cópias de e-mails em que executivos trataram das obras irregulares e dos pagamentos de propina. As acusações são enriquecidas também com extratos bancários e o vasto arquivo do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, uma área criada para facilitar o pagamento de propina a pedido de diversos setores da empreiteira". 

A ANISTIA é ampla, geral e irrestrita porque é PARA O CAIXA 2 E PARA O CAIXA 1. É por esta caixa que entrou a propina das empreiteiras. 

"O texto da anistia começa excluindo de punição a doação contabilizada. Se é contabilizada, não é caixa 2, é lavagem de dinheiro. Ou propina travestida de contribuição eleitoral". (Miguel Reale Jr)

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato, fez um discurso duríssimo sobre a nojeira praticada no Congresso Nacional  no dia 24. Ele disse: "Temos talvez uma grande colaboração a ser celebrada essa semana. Não é à toa que o Congresso Nacional está em polvorosa. Há muitos necessitados de salvação entre deputados e senadores e são eles que estão agora abandonando todo o pudor, lutando pela sua sobrevivência".
Disse também: "A ideia de se anistiar caixa 2 é falsa. O que se pretende é anistiar corrupção. O que está se pensando no Congresso Nacional é uma anistia aos que, em troca de contratos públicos, receberam valores. Isto não é crime de caixa 2. Isto é corrupção". A redação do que se pretende apresentar como emenda "vai incluir corrupção, vai incluir anistia para lavagem de dinheiro. Se aprovada, todo o trabalho desde o mensalão irá para o lixo".

Sérgio Moro divulgou uma nota sobre o risco de aprovação da anistia geral, que, segundo ele, "impactaria não só as investigações e os processos já julgados no âmbito da Operação Lava Jato, mas a integridade e credibilidade, interna e externa, do Estado de Direito e da democracia brasileira, com consequências imprevisíveis para o futuro do país".

Se a anistia for aprovada:

1) João Vaccari Neto terá que ser solto. 

2)  O TSE ficará impedido de cassar a chapa Dilma-Temer ao prever uma anistia geral nas esferas cível, criminal e eleitoral. E manda para o arquivo todas as ações que questionam, em qualquer lugar do país, mandatos conseguidos com financiamento ilegal. 

3) Numa tacada só, Renan Calheiros vai se livrar de meia dúzia de seus inquéritos.

4) "José Dirceu terá de ser liberado"

5)  É bastante provável que Geraldo Alckmin escape da Lava Jato, apesar de ter sido citado na delação da ODEBRECHT. 

A Odebrecht contou para os procuradores da Lava Jato que Geraldo Alckmin, codinome "Santo", recebeu 2 milhões de reais no caixa dois em 2010. O repasse, segundo os delatores da empreiteira, foi costurado pelo próprio Geraldo Alckmin, e o dinheiro sujo foi entregue clandestinamente para seu cunhado, Adhemar Ribeiro.

O golpe será transmitido pela TV Câmara na próxima terça-feira (29).

Para Joaquim Passarinho, presidente da comissão especial das "10 Medidas", o golpe tramado nos corredores do Congresso "é reação de setores atrasados." 

Para os golpistas, tanto de esquerda quanto de direita, criminoso é Moro. O petista Paulo Pimenta ocupou a tribuna para atacar os "abusos" dos procuradores e da PF e para defender Anthony Garotinho. Ele acusou também o juiz Sergio Moro de ser "criminoso". Para os deputados golpistas, Moro é criminoso. 

Erika Kokay acusou o Ministério Público de se "colocar acima da lei". Ela já foi denunciada pela PGR por peculato e lavagem de dinheiro

Alberto Fraga fez um discurso atacando o MP e o Judiciário. Vitimizou-se pelos processos que já respondeu, criticou a "pressão", ofendeu a imprensa e...foi ovacionado pelo plenário.

O PLANO original era mesmo passar por cima da comissão especial que elaborou o parecer das "Dez Medidas". A ideia era votar mesmo o golpe ontem, na calada da noite. O primeiro passo para o golpe era aprovar a urgência. Apenas Rede, PSOL e PHS orientaram suas bancadas a não aprovarem o regime de urgência para votação do parecer de Onyx Lorenzoni. PT e PSDB estavam unidos pela urgência, que foi aprovada com 312 votos. 

Após aprovado o regime de urgência, o PSOL pede votação nominal. "É medo da Odebrecht. Foi isso que instalou o pânico no Congresso", diz Ivan Valente. Ele avisa que o partido requisitará votação nominal no plenário: só assim poderemos saber quem votou contra e quem votou a favor do golpe. 


O segundo passo, e mais importante para os golpistas, foi rejeitar o requerimento do PSOL para que a votação fosse nominal e abrir caminho para o acordão. Beto Mansur, que preside a sessão, rejeitou na marra o requerimento de votação nominal. Alegou que não houve quórum e passou automaticamente para a votação do relatório de Onyx Lorenzoni. 

Conclusão: o plenário da Câmara rasgou o "projeto das Dez Medidas", e em regime de urgência, sem votação nominal (não saberemos como cada um votou), pretendia aprovar a anistia do caixa dois.

"Fizemos um trabalho sério. Quem não quer isso está de braço dado com a corrupção. Não cedi a pressão alguma. Vou ter de conviver com a mágoa de parlamentares" (Onyx Lorenzoni). 

#AnistiaCaixa2NAO é o assunto mais popular do Twitter.
#AnistiaCaixa2NÃO no topo do mundo

O protesto contra o golpe da anistia não é apenas o assunto mais comentado no Brasil, segundo o Twitter. Já é o quarto em volume de mensagens em todo o mundo. 

Deltan Dallagnol publicou um alerta em sua página no Facebook:
"Retrocessos não podem ser admitidos, como a anistia de crimes graves. Ou que o pacote anticorrupção sirva para constranger promotores e juízes (...).
Cabe lembrar que as 10 medidas se aplicam integralmente ao Judiciário e ao MP. Promotores e juízes corruptos podem ser responsabilizados na área cível, criminal e administrativa, com todas as mudanças das 10 medidas também. O endurecimento das leis vale para todos.
Anistiar crimes como corrupção e lavagem sob um título de 'anistiar caixa 2' anularia a mensagem da Lava Jato de que estamos nos tornando efetivamente uma república, um lugar em que todos são iguais perante a lei e se sujeitam a ela independentemente de bolso, cor ou cargo. Está nas mãos do plenário da Câmara, agora, fortalecer as esperanças dos brasileiros".

"Anistia é manter país no atoleiro e podridão" (procurador Julio Marcelo de Oliveira)

O PLANO B

Diante da enorme reação negativa à anistia, os líderes dos partidos e o Presidente da Câmara Rodrigo Maia preparam um "plano B" para terça-feira (29). O plano consiste em deixar a emenda da anistia de lado e apoiar o texto do parecer de Onyx Lorenzoni, que criminaliza o caixa 2. O texto está sendo revisado para garantir que, ao criminalizar o caixa 2 a partir de agora, não haja retroatividade. Todos que receberam dinheiro por fora em eleições passadas serão perdoados. Bastará regulamentá-lo em harmonia com o artigo 350 do Código Eleitoral.

Ao retornar ao plenário, para assumir o comando dos trabalhos Rodrigo Maia- o novo Cunha-  (#MaiaÉoNovoCunha), mudou o discurso dos golpistas dizendo ser a favor da votação nominal. "Que cada um assuma sua responsabilidade perante a sociedade" e sinalizou com o adiamento da votação do pacote das Dez Medidas, por falta de quórum.

Após tentar passar o trator, Rodrigo Maia propôs debates. Por isso teria  adiado a votação do PL 4850/16 e pediu desculpas aos demais deputados pelo atropelo. Segundo ele, o texto de Onyx Lorenzoni ainda gera muitas dúvidas e precisa ser discutido profundamente.
"Não precisamos de afogadilho, nem para aprovar 100% do relatório e nem para rejeitar 100% do relatório. Isso não é ser contra o Judiciário, o Ministério Público. Isso é ser a favor da população brasileira que todos nós representamos. É nossa obrigação, de cabeça erguida, discutir essa matéria."

Rodrigo Maia, além de defender um debate mais profundo do PL 4850, sugeriu que não existe iniciativa para tentar anistiar corruptos. Posa de golpista arrependido:
"Vamos acabar com essa discussão de anistia. Isso é um jogo de palavras para desmoralizar e enfraquecer o Parlamento brasileiro", "Isso é vontade de vocês terem notícia. A discussão nunca foi essa", afirma a jornalistas. Segundo ele, a intenção dessa "confusão de palavras" é "enfraquecer a Câmara dos Deputados", como se não houvesse a emenda apresentada ontem por Vicente Cândido e José Guimarães, com apoio de Aguinaldo Ribeiro.

Rodrigo Maia, agora, anuncia que a votação ficou para terça-feira da próxima semana. Justificativa: "Não conseguimos convergir". 
Onyx Lorenzoni, confirma: "Estava tudo armado para ser tudo destruído." Ele elogia o adiamento da votação e considera "um absurdo" a emenda atribuída nos corredores da Câmara a Aguinaldo Ribeiro, Vicente Cândido e José Guimarães.

Com base na cobertura online do site oantagonista.


domingo, 24 de julho de 2016

Ué, não era golpe?

A presidente afastada Dilma Roussef, em discurso em evento na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, disse que é preciso aprender com as críticas e "trilhar um caminho mais efetivo":
Até porque uma das constatações que temos que fazer é que algo não deu certo, tanto é que eles estão lá e nós, aqui" ( O Globo, 19/07/2016).

Se Dilma foi afastada por "algo que não deu certo",  entao não houve golpe algum. O golpe é algo externo, movimento de fora pra dentro. O erro é interno. Apesar de não explicitar qual o erro, reconhece-se que o governo fez "algo que não deu certo" e por isso sua dirigente máxima foi afastada. 

sábado, 25 de junho de 2016

Durma com essa: o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, garante que é preso político


João Vaccari Neto, foto G1

Quero ver a parte da esquerda que diz que o impeachment de Dilma é golpe, afirmar também que Vaccari é um preso político. Já se autointitularam da mesma forma José Dirceu e Genoíno. É uma inferência necessária. Se houve golpe, então todos eles terão que necessariamente ser considerados presos políticos. Lógica elementar. Se a premissa é verdadeira, inevitavelmente temos que concluir que Vaccari é um preso político.    

No site "https://verdadesobrevaccari.wordpress.com" encontramos as pérolas abaixo:

"Ex-tesoureiro do PT exerce seu direito ao silêncio porque é um preso político.

Uma história fantasiosa. Esse é o resumo da matéria da revista Veja a respeito de um possível acordo de delação de João Vaccari Neto. É blefe. Apenas mais uma mentira, como tem se tornado rotina da publicação da Marginal. Não é possível sequer identificar quando falam a verdade e quando mentem.
Tentam  transformar em verdade histórias fantasiosas com o objetivo de atingir de alguma forma o PT e suas lideranças. Tornou-se patética essa velha estratégia pseudo-jornalística.

Veja mente: Vaccari não está corroído física e psicologicamente. Vaccari é um homem honrado e determinado. Sabe que é preso político e continuará a exercer o seu direito ao silêncio.

Movimentos em direção a delação? Emissários da família sondando advogados? A Veja mente e não está autorizada a falar em nome de Vaccari e sua família.

A Veja está entrevistando colegas de cárcere de Vaccari? Isso é o que desejam, pois depois de toda perseguição ao Partido dos Trabalhadores, com determinante participação de parte da imprensa, ainda assim não conseguiram emplacar o governo golpista de Michel Temer (PMDB).

A arrecadação financeira do Partido dos Trabalhadores, tendo Vaccari a frente como Secretário de Finanças, foi muito semelhante a dos demais partidos políticos que concorreram às eleições. Isso já foi ressaltado e comprovado mais de uma vez. Essa é a única versão a ser explicada".

Fonte: https://verdadesobrevaccari.wordpress.com/2016/06/12/veja-mente-vaccari-nao-fara-delacao/

sábado, 30 de abril de 2016

Impeachment no Brasil não é chamado de golpe pela imprensa internacional

Arte do Jornal Folha de São Paulo

Dois artigos publicados recentemente na imprensa brasileira (ver abaixo Artigo 1 e Artigo 2) mostram cabalmente que não é verdade que a imprensa internacional vem tratando o impeachment da presidente Dilma como golpe. Para chegar a essa conclusão os dois jornalistas distinguiram o que é opinião do jornal (editorial) de opinião de colunistas contratados para manifestar sua opinião ou de alguém que queira manifestar sua opinião em artigos avulsos assinados. 

No artigo 1 a jornalista Patrícia Campos Mello "avaliou 11 editoriais dos principais veículos de mídia estrangeira". No artigo 2 de Pedro Dória foram avaliados praticamente os mesmos editorias, levando o autor a concluir que "nenhum compra a ideia de que há um golpe em curso". 

1) "Financial Times"
Em editorial de 15 de abril, afirma que falar em golpe é um "exagero", já que o processo é conduzido por um Judiciário independente e está previsto na Constituição.

2) "Le Monde"
Em seu editorial "Brasil: Isto não é um golpe de Estado", afirma que é uma "retórica infeliz" usar a palavra golpe. 

3) "New York Times"
Em editorial de 18 de abril, não julga se o impeachment é legítimo ou não. Diz apenas que o processo não está baseado nas "pedaladas fiscais" e trata-se de um "referendo" sobre o governo Dilma. No texto, o diário concorda que muitos dos legisladores liderando o processo de impeachment são acusados de crimes muito mais sérios do que os imputados à presidente. Mas diz que ela também não pode driblar os questionamentos sobre corrupção.

4) "Washington Post"
Em editorial de 18 de abril, diz que “a presidente brasileira Dilma Rousseff insiste que o impeachment levantado contra ela é um ‘golpe contra a democracia’. Certamente não o é.” A partir daí, desanca tanto o governo Dilma quanto o Congresso Nacional. O único elogio que os editorialistas do “Post” conseguem fazer ao Brasil é que, no fundo, “este é um preço alto a pagar pela manutenção da lei — e, até agora, esta é a única área na qual o Brasil tem ficado mais forte.”

5) "Wall Street Journal"
Publicou várias reportagens sobre a crise política, mas não fez nenhum editorial.

6) "The Economist"
Pediu a saída de Dilma em editorial de 26 de março, "Hora de ir embora", dizendo que a presidente, ao indicar seu antecessor Lula para um ministério, tinha perdido credibilidade. 

Trechos de outro editorial: "Em manifestações diárias, a presidente brasileira Dilma Rousseff e seus aliados chamam a tentativa de impeachment de Golpe de Estado. É uma afirmação emotiva que mexe com pessoas além de seu Partido dos Trabalhadores e mesmo além do Brasil.” (...) “a denúncia de Golpes tem sido parte do kit de propaganda da esquerda.” (...) ” o problema é que Dilma perdeu a capacidade de governar, e, em regimes presidencialistas, quando isso ocorre a crise é sempre grave".

Mas ressaltava que, sem provas de crimes, o impeachment seria apenas pretexto para derrubar uma presidente impopular. 

Editorial de 23 de abril, a revista argumenta que a melhor opção seria a realização de novas eleições.

"Se Rousseff for afastada com base em uma tecnicalidade, Temer terá dificuldades para ser visto como um presidente legítimo."

7) "El País"
Em editorial de 18 de abril, afirma que o processo é baseado em uma "tecnicalidade fiscal", "recorrer a empréstimos de bancos públicos para equilibrar o orçamento", e que a presidente Dilma é a única a não ser acusada de enriquecimento ilícito. Mas não usa a palavra golpe.

8) "The Guardian"
Muita gente tem citado como se fosse opinião do jornal o texto “A razão real pela qual os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment”, assinado por David Miranda. Na verdade, não é a opinião do jornal. É a opinião de um cidadão brasileiro.

O “Guardian” manifestou sua opinião no editorial “Uma Tragédia é um Escândalo”, no qual aponta os que considera responsáveis pela crise brasileira atual: “Transformações da economia global, a personalidade da presidente, o PT ter abraçado um sistema de financiamento partidário baseado em corrupção, o escândalo que estourou após as revelações, e uma relação disfuncional entre Executivo e Legislativo”. Sem poupar em momento algum o Congresso ou Eduardo Cunha, em nenhum momento o jornal britânico sequer cita o termo “golpe”.

9) "Miami Herald"
Em editorial recente afirmou: “Os brasileiros não devem se distrair. O crime que trouxe o país abaixo é roubo por parte de quem ocupa cargos públicos. Que sigam atrás dos bandidos e deixem para os eleitores o destino de políticos incompetentes.” Para os editorialistas, a incompetente é Dilma, e bandidos, os políticos envolvidos em corrupção.

10) "Süddeutsche Zeitung"
Em artigo de opinião do correspondente no Brasil Boris Herrmann intitulado "Quase um golpe: o processo contra a presidente é errado", afirma que a palavra golpe não é "necessária nem adequada", mas que o processo tem "contornos golpistas". "A tentativa de se livrar de uma presidente eleita" não é "processo democrático".

11) "Der Spiegel"
Outro correspondente no Brasil, Jens Glüsing, diz: "Partidários de Lula alertam para um 'golpe não tradicional' contra a democracia. Não dá para dizer que essa preocupação seja totalmente descabida", declara. Foi o único a criticar a Operação Lava-Jato, afirmando que “o sucesso subiu à cabeça (do juiz Sérgio) Moro”. 

12) CNN
Há também uma série de manifestações avulsas de opinião. Dentre as mais populares dos blogueiros governistas está a entrevista concedida pelo jornalista americano Glenn Greenwald a Christiane Amanpour, da CNN. Greenwald, que vive no Brasil e é companheiro de David Miranda,  autor de um outro artigo do “Guardian” também muito citado por blogueiros petistas e governistas. À CNN, disse que “plutocratas veem agora uma chance de se livrar do PT por meios antidemocráticos.” Cita, como contexto, o extenso envolvimento de inúmeros deputados, a começar pelo presidente da Câmara, com escândalos de corrupção. Mas, mesmo quando questionado diretamente por Amanpour, evitou o termo “golpe”.

Fonte: Artigo 1 - "Imprensa internacional não chama impeachment de golpe", de Patrícia Campos Melo. (http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1765921-imprensa-internacional-nao-chama-impeachment-de-golpe.shtml)

Artigo 2 - "A imprensa estrangeira não vê golpe", de Pedro Dória. (http://oglobo.globo.com/brasil/artigo-imprensa-estrangeira-nao-ve-golpe-por-pedro-doria-19165357#ixzz47DacYfKN) 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Rabiscos locais 27




Só em Búzios mesmo

A presidente Dilma viaja pra Nova Iorque e automaticamente o vice-presidente Michel Temer assume. Mesmo acusando -o de oportunista, golpista e traidor, Dilma em nenhum momento pensou em fazer qualquer coisa para impedi-lo de ocupar seu cargo. Aqui em Búzios, nosso prefeitinho cheio de hipersensibilidade não-me-toques sempre consegue uma liminar no Plantão judiciário do TJ do Rio para que Muniz, seu vice, não assuma quando viaja ao exterior. Tudo isso com o beneplácito da maioria dos vereadores da Câmara do "Sim Senhor" de Búzios. Eta cidadezinha atrasada politicamente. 

Não vai ter golpe

Parte da esquerda, PC do B, PDT e PSOL- aquela que o povo tá chamando de puxadinho do PT- insiste na tese petista de que o impeachment é golpe. Como se o governo que obteve conquistas sociais para o povo pobre e trabalhador,  tivesse salvo conduto para roubar, ou, quando menos,  deixar roubar. Não é crível que o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma não soubessem que uma organização criminosa operava na Petrobrás por mais de uma década. Se sabiam, nao podiam permitir. Se permitiram, é porque se beneficiaram dos malfeitos, talvez até mesmo a nível pessoal, pois  é muito difícil separar dinheiro de corrupção para o partido de dinheiro de corrupção para proveito pessoal. O caso Celso Daniel está aí como prova. 

Para não considerar as pedaladas  e os decretos suplementares da denúncia que fundamenta o impeachment como crimes de responsabilidade não é difícil encontrar 100 juristas. Da mesma forma não é difícil encontrar outros 100 juristas para a posição contrária. Logo, essa não é a questão central em um julgamento que não é unicamente jurídico, mas político-jurídico. Uma presidente que mente descaradamente durante o processo eleitoral para vencer as eleições, escondendo da população a realidade econômica- financeira do país, através de pedaladas e contabilidade "criativa", não poderia esperar outra coisa muito diferente daquela que está acontecendo. Apenas 10% da população aprovam seu governo, 61% são favoráveis à tirá-la do cargo, 6 milhões vão pra rua pedindo que ela deixe o cargo e 367 deputados (72% da Câmara), atendendo a este apelo, votam pela admissibilidade do impeachment.

Vários ministros do STF deram ontem (20) declarações de que não houve golpe algum. O processo segue segundo o rito estabelecido pela maioria dos ministros da Suprema Corte. Isso quer dizer que tudo correu de acordo com o que estabelece a constituição brasileira, pois eles são, em última instância, a constituicao. 

Mesmo declarações do ex-ministro Joaquim Barbosa- por sinal odiado pelos petistas-  a respeito do baixo nível de nossa representação parlamentar, demonstrado pelo teor dos discursos dos  deputados na hora da declaração do voto no dia da votação do impeachment, foram deturpadas, como se ele também fosse partidário da tese do golpe.  

Se há realmente um golpe em curso, mesmo que parlamentar, a presidente Dilma, em vez de ficar reclamando do golpe, tem que , por dever de ofício, decretar Estado de Defesa e convocar o exército para prender os golpistas. No caso, os 367 deputados e as seis milhões de pessoas que foram para as ruas no dia 13 de março pedir o seu impeachment.

Golpe coisa nenhuma. O problema é que a esquerda  no poder reproduzuiu o que  a direita faz e, por isso, ela (a direita) está deitando e rolando. Vão fazer a festa. Talvez levemos duas dezenas de anos para nos recuperarmos do estrago causado pelo lambuzamento petista.

Ficar ao lado deles hoje é a pior opção. 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Diferença entre impeachment e golpe

Foto: el país


Diferença entre Impeachment e Golpe:

Golpe”: É o impeachment contra nosso candidato.

Impeachment”: É o golpe contra o candidato adversário