Construção irregular na região de Monte Alto, foto de Yan Bonder |
A
região de Monte Alto, localizada no município de Arraial do Cabo,
na Região dos Lagos, pode ser excluída do território do Parque
Estadual da Costa do Sol. É o que determina o projeto de lei
1.546/16 que foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do
Rio de Janeiro (Alerj), nesta terça-feira (14/08), em primeira
discussão. A Casa ainda votará o texto em segunda discussão.
A
área, denominada de "Área de Risco – AR de Monte Alto",
encontra-se no entorno da Restinga da Massambaba. De acordo com o
texto, devido ao aumento no número de moradias na região e à
necessidade de equipamentos urbanos para atendê-los, existe um apelo
para que essas casas sejam regularizadas e atendidas de forma digna.
Atualmente a região é irregular e não recebe atendimento das
concessionárias de água e energia. Caso aprovado o projeto, o órgão
gestor da Unidade de Conservação terá 180 dias para adequar o
parque aos novos limites estabelecidos.
Duas
emendas foram adicionadas ao projeto, uma delas diz que um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) deverá ser feito entre Ministério
Público Estadual e a Prefeitura de Arraial do Cabo, com a
participação do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Os objetivos
são formalizar os compromissos relacionados à proteção da
população envolvida e para minimizar os impactos ambientais. Outra
modificação determina a realização de um estudo de risco que
deverá ser feito pela Defesa Civil estadual e pela do município.
Fonte: "alerj"
O deputado Jânio Mendes (sentado a esquerda na foto) tomou uma decisão capaz de prejudicar toda a Região dos Lagos, em especial Arraial do Cabo e restinga da Massambaba. Ele colocou na pauta de votação da ALERJ, para amanhã, 14 de agosto, o projeto de lei que retira Monte Alto do Parque Estadual da Costa do Sol. Sob um discurso social, apoiado por invasores e especuladores, o deputado ignorou a oposição do INEA (responsável pela unidade de conservação), do Ministério Publico Estadual e do Conselho Gestor do Parque, todos contrários a desafetação fora dos tramites do Plano de Manejo. Se aprovada amanhã, a lei poderá causar um efeito cascata nas invasões da área de risco e dunas frontais, que protegem a região das fortes ressacas marinhas. Além de aumentar a pressão sobre o meio ambiente, a lei abre precedente para que outras invasões se consolidem, seguidas pela escassez dos serviços públicos e elevação dos índices de violência, como já ocorre atualmente. Vinhamos dialogando com o deputado e alertando para a possibilidade de óbitos humanas devido a desordem que se estabeleceu ali. Parece que isso não o sensibilizou, insistindo na aprovação da lei. Estamos acompanhando o caso passo-a-passo e trabalhando para que os interesses eleitoreiros não se sobreponham aos interesses coletivos da nossa região. Acredito que quanto mais compartilhamentos pudermos alcançar, maior será o constrangimento do deputado, forçando a retirarada da votação da pauta. De preferência sem ofensas.
Para o
ambientalista e membro do Conselho do Parque Roberto Noronha,
a votação do projeto atropela uma determinação do próprio MP
que, em maio deste ano, exigiu a conclusão do Plano de Manejo da
unidade de conservação. O prazo termina em janeiro de 2019.
– O
Inea não se manifestou favorável a qualquer retirada de áreas
porque entende-se que o Plano de Manejo é o documento base para as
discussões para nova redelimitação do parque. Sem o plano, não
deveria ter discussão de retirada de áreas. A gente esperava que o
projeto iria aguardar esse plano de manejo e a manifestação do
Inea. Não houve parecer técnico. O projeto atropela o processo que
deveria ocorrer como foi recomendado pelo MP e como o próprio
conselho defende. Faltam ainda estudos e um pouco de base técnica
para que essa desafetação (desmembramento) aconteça. Além disso,
até agora a prefeitura não se comprometeu em nada em relação a
comunidade – argumenta Noronha.
Questionado,
o prefeito cabista, Renatinho Vianna (PRB), garantiu que a gestão
municipal entrará com os serviços essenciais assim que a área for
desmembrada. Ele afirmou que da forma como a área está
delimitada, a prefeitura seria acusada de incentivar invasões.
– Nosso
entendimento é que já era uma área consolidada e que tem que sair
do parque, pois só assim o município tem como atuar como pode.
Não só o município como as concessionárias de serviços públicos,
como a Enel e a Prolagos. Ficamos impedidos de atuar ali por causa de
limitações ou denúncias que possam ter de que o município estaria
incentivando invasões, o que somos contrários. Sou favorável a
retirar essa área do parque, até para poder dar a atenção que
deve ser dada àquela comunidade que merece atenção e dignidade na
sua moradia – comentou Renatinho.
Fonte: "folhadoslagos"
Eu tenho dois terrenos também é saquarema é dizem que está dentro da área do parque mas eu pago IPTU dos dois terrenos,nos não podemos ser prejudicados por uma canetada acho que eles não levaram em conta que já tem centenas de pessoas nesses lugares acho que eles devem tomar una decisão ou indeniza todo mundo ou legaliza
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