terça-feira, 20 de novembro de 2018

Não seria mais barato a Prefeitura de Búzios contratar táxi do que alugar carros?


Táxi, Foto: TCU

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) chegou a essa conclusão. O transporte de servidores do ministério por táxi gerou uma economia de R$ 9 milhões. 

Tudo começou em 2016 quando a Central de Compras do MP realizou licitação e contratação para registro de preços, a fim de contratar transporte terrestre para servidores, empregados e colaboradores a serviço dos órgãos da administração pública federal (APF) direta. O transporte dos servidores tem âmbito somente no Distrito Federal e Entorno (alguns municípios de Goiás e Minas Gerais), na modalidade de licitação pregão, do tipo menor preço, com critério de maior percentual de desconto ofertado.

A licitação foi precedida de estudo, denominado Projeto Frota, para encontrar o modal mais adequado à necessidade de transporte. Para a formulação dos estudos, o TCU, por meio do Acórdão 1.223/2017-TCU-Plenário, determinou à Central de Compras do MP que utilizasse também como parâmetros os Serviços de Transporte Individual Privado de Passageiros Baseado em Tecnologia de Comunicação em Rede (STIP) em operação no DF, a exemplo do Uber e Cabify.

Em decorrência da licitação de 2016, o MP contratou empresa de táxi, o que resultou no preço médio por quilômetro rodado de R$ 3,44. Para o ministro-relator Benjamin Zymler, houve “inegável mudança, para melhor, no paradigma em serviços de transporte de passageiros”. A economia foi de 60% em relação ao modelo antes adotado, que utilizava veículos próprios ou alugados, uma redução de despesas de R$ 8,8 milhões.

Em 2018, o MP realizou nova licitação para contratação de serviço de táxi, que fez com que o preço por quilômetro rodado caísse mais ainda, de R$ 3,44 para R$ 1,76.

Processo: TC 025.964/2016-0
Leia a íntegra da decisão: Acórdão 2.350/2018 – TCU – Plenário
Sessão: 10/10/2018 
Secom - SG/ed
Telefone: (61) 3316-5060

Fonte: "TCU"

ONU promove diálogo com gestores municipais sobre enfrentamento à violência contra juventude negra



Você sabia que "uma pessoa negra entre 15 e 19 anos tem hoje três vezes mais chance de ser assassinada do que uma pessoa branca na mesma faixa etária no país". 

Fonte: "Nações Unidas"

20 de novembro: Dia da Consciência Negra

Abdias do Nascimento. Fonte: Geledés

Os currais eleitorais da Câmara de Vereadores de Búzios têm que acabar!

Concursado da Câmara de Vereadores protesta por não ter sido convocado 

Desde longa data o Ministério Público vem lutando para que os cargos públicos em Búzios, tanto no Executivo como no Legislativo, sejam ocupados preferencialmente por concursados. Se não fosse pela atuação do órgão, nem mesmo concursos públicos seriam realizados no município. Mesmo assim, depois da realização do concurso, o órgão precisa continuar pressionando para que os concursados sejam convocados. No caso do Executivo, até mesmo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de nada adiantou, tendo o órgão que recorrer ao judiciário local para obrigar a Prefeitura a cumprir o que estabelece a constituição: todos os cargos públicos devem ser preenchidos por concurso público, exceto os cargos comissionados de direção, chefia e assessoramento que são de livre nomeação e exoneração do prefeito e do presidente da Câmara,  e as contratações por prazo determinado de servidores para prestação de serviços públicos temporários ou emergenciais. 

No caso específico da Câmara de Vereadores de Búzios, o presidente anterior, vereador Henrique Gomes, passou quatro anos com seu curral eleitoral intacto, sem perder uma única cabeça (digo voto), assim como manteve íntegro os currais de seus pares. Assim que se elegeu vice-prefeito "resolveu" no final de 2016, através da Resolução nº 907, de 17 de novembro de 2016, acrescentar ao quadro permanente do pessoal do Poder Legislativo 20 cargos de agente legislativo, 01 cargo de técnico em contabilidade e 01 cargo de técnico em informática. Segundo ele, a decisão foi tomada para acatar determinação do Tribunal de Contas do Estado do Estado do Rio de Janeiro (TCE) e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que exigia equiparação entre o número de servidores comissionados e de efetivos. A Casa Legislativa que, à época, contava com aproximadamente 20 efetivos (concursados) e algo em torno de 90 comissionados (contratados), passaria a ter um número de concursados (43) bem próximo ao de comissionados (50). 

Acontece que o presidente Henrique Gomes, que já havia removido parte do seu curral do legislativo para o curral do Executivo,  não se sabe com base em que critérios, "resolveu" chamar 20 agentes legislativos. Na ocasião, se cogitou que a opção por chamar 20 "agentes legislativos", em detrimento de outros cargos, fora feita sob medida para que pudessem ser convocados alguns amigos privilegiados que estavam na fila de espera do concurso público. Tentava-se salvar algumas cabeças do curral eleitoral antigo.  Basta verificar a relação nominal dos "chamados".

Os vereadores Cacalho, Gladys, Dida, Josué e Valmir Nobre recém-eleitos em 2016, que já haviam constituído o G-5 antes mesmo da posse, não gostaram nada da manobra do então presidente Henrique Gomes e, preocupados com os seus currais eleitorais futuros, resolveram ingressar na justiça com pedido de liminar em Ação popular (processo 0004104-34.2016.8.19.0078), alegando falta de um estudo de impacto financeiro sobre o ônus aos cofres públicos que  a chamada de 23 concursados poderia gerar. Convenientemente, omitiram do juiz e do MP que 40 cargos comissionados seriam extintos e seus ocupantes exonerados antes da convocação dos concursados.

No dia 14/12/2016, o Juiz Gustavo Fávaro defere o pedido liminar para determinar a imediata suspensão dos efeitos da Resolução nº 907, de 17 de novembro de 2016. 

Mas não bastava apenas impedir a convocação e posse dos 23 concursados. Isso não saciava a fome dos vereadores do G-5 por cargos para os seus currais eleitorais. Era preciso restabelecer o curral nas dimensões anteriores, ou quem sabe, até mesmo aumentá-lo. E foi o que se fez!

No dia 06/01/2017, em pleno recesso legislativo, no verão da turística Búzios, em sessão extraordinária, a nova Mesa Diretora presidida por Cacalho, propôs e aprovou, com participação dos cinco vereadores do G-5, as Resoluções 01 e 02/2017. A Resolução 01 acrescentava 13 novos cargos comissionados, que, somados aos 49 existentes, resultam na no total de absurdos 62 cargos comissionados. A Resolução 02, por seu turno, revogava Resolução 907/2016, fazendo repristinar 41 cargos comissionados extintos por esta última, de modo que, então, restaram 103 cargos comissionados.  Uma verdadeira farra do boi de cargos!

Entretanto, os concursados se movimentaram em defesa de seus direitos e também ingressaram com pedido liminar em outra Ação Popular (processo n° 0000008-39.2017.8.19.0078), alegando que essas resoluções feriam inúmeros princípios de direito administrativo, entre os quais o da legalidade, o da impessoalidade, o da moralidade, o da publicidade e o da eficiência. Além disso, alertaram o Juiz para as mentiras dos vereadores do G-5, mencionando inclusive que na Resolução 907/2016 se previa a economia de 500 mil reais por ano. 

No dia 12/01/2017, Dr. Gustavo Fávaro, defere o pedido liminar para determinar a imediata suspensão dos efeitos da Resolução 01 e 02/2017, da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Armação dos Búzios.

Em sua decisão, o Juiz Gustavo Fávaro afirma que os vereadores do G-5, que haviam acabado de jurar cumprir a Constituição Federal, acabavam de descumpri-la. E que, para recuperar os 41 cargos comissionados, pretenderam repristinar a lei, desconhecendo que, no ordenamento brasileiro, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. No episódio, para o Juiz, os vereadores não demonstraram apenas "má técnica legislativa", mas também "verdadeira má-fé" em suas condutas.

Veja trechos da decisão do Juiz Gustavo Fávaro:

Primeiro porque nos autos de processo 0004104-34.2016.8.19.0078, foi omitida dolosamente a informação a respeito da extinção dos 41 cargos comissionados, o que altera substancialmente a análise do impacto financeiro da Resolução 909/2016”.
Segundo porque o comportamento dos vereadores é contraditório. Por um lado, pedem a suspensão de ato legislativo, alegando criação inoportuna e desmedida de despesa; por outro, votam o verdadeiro aparelhamento do Legislativo municipal...
..."Mas não é só. As Resoluções 01 e 02/2017 ferem os mais básicos princípios de direito administrativo, a começar pela própria moralidade"...
... "Como pode a Câmara Municipal de uma cidade de 30 mil habitantes, onde falta água, onde praticamente não há coleta de esgoto, onde as ruas não têm nome, onde o lixo anda espalhado pelas calçadas; como pode o Legislativo de uma cidade assim contar com 111 cargos comissionados? Quais propósitos não republicanos esses comissionados encobrem? Desvios de salários? Compra de votos? Compra de apoio político? A situação é realmente intrigante, tendo em vista que a maior parte deles seria de juristas (assistentes parlamentares, assistentes legislativos)...
Resta evidente que “as Resoluções 01 e 02/2017 constituem verdadeira fraude legislativa.
"Por fim, as Resoluções 01 e 02/2017 ferem o princípio da publicidade. Não há urgência que justifique a seção extraordinária realizada ainda antes do final do recesso, em período de alta temporada, logo após o réveillon, em comarca eminentemente turística. O momento foi deliberadamente escolhido para evitar o acompanhamento popular da decisão, até porque confronta orientação do Ministério Público e do Tribunal de Contas.
E o que os nobres vereadores fazem? Pretendem aparelhar o Legislativo com 111 cargos comissionados.
E conclui pedindo ao Ministério Público que diga o que pensa sobre a aparente litigância de má-fé     e suas consequências. e verifique se a atitude dos vereadores caracteriza ato de improbidade administrativa, em especial considerando as orientações já expedidas sobre os funcionários comissionados no Poder Público".

Os autos estão conclusos para que o Juiz prolate sua sentença. Todas as resoluções estão suspensas por liminares. Pelo que se depreende da referida decisão do Juiz Gustavo Fávaro, dificilmente os vereadores sairão vitoriosos desta causa. Podem, pelo contrário, até se tornarem réus em processos que destes derivem. Vejam os pedidos que o Juiz fez ao MP.  Tudo não passa de uma questão de tempo processual para que os vereadores tenham que chamar os concursados e reduzir drasticamente o número de cargos comissionados. Por que então os ex-vereadores do G-5 não reconhecem o erro, voltando atrás convocando os 23 concursados?    

Comentários no Facebook:


Só um dos vereadores voltou atras, a vereadora Gladys, segundo uma das meninas que passou no concurso a Meiry Coutinho Garcia, disse q a Vereadora ofereceu fazer uma live e tb ofereceu ser testemunha a favor delas.
Algumas continhas: são 81 cargos cargos comissionados atualmente- os cargos do curral eleitoral. Cada vereador do ex-G-5 deve ter 13 cargos. Total: 65 cargos. Sobram 16 cargos pra distribuir entre os outros 4 vereadores. Cada um fica com 4 cargos. O que eles precisam aprender é que esses cargos não são deles. São cargos públicos. Essa é a questão.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Auditoria do TCE-RJ encontra irregularidades em locação de ambulâncias em Cabo Frio



Os técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) encontraram uma série de irregularidades em contratos de locação de ambulância firmado entre a prefeitura de Cabo Frio e a empresa LH Empreendimentos Médico Ltda.

Entre outros problema os técnicos constataram "que os veículos fornecidos não possuem os equipamentos e acessórios obrigatórios". Sendo assim, o relator do processo, conselheiro Rodrigo Melo do Nascimento, concedeu tutela provisória para que o secretário municipal de Saúde de Cabo Frio adote "as medidas administrativas e/ou judiciais que entender pertinentes visando ao fiel cumprimento do contrato", que está em vigor. O valor do contrato é de R$ 1.594.800,00.

O contrato dividia as 10 ambulâncias alugadas em três grupos, conforme a complexidade dos equipamentos, sendo A o mais simples e C o mais complexo. A empresa contratada, no entanto não apresentou qualquer ambulância que pudesse ser inserida nos grupos mais complexos de classificação, que segue portaria do Ministério da Saúde. Além disso, segundo o relatório, "as ambulâncias fornecidas não possuíam sequer equipamento de radiocomunicação". O pagamento, no entanto, foi realizado como se o serviço estivesse sendo prestado perfeitamente.

A falta de fiscalização adequada foi outro achado da auditoria. "Com base nas informações colhidas em campo, foi possível inferir que, no caso em análise, o fiscal foi nomeado para emitir parecer nos processos de pagamentos tão somente para cumprir uma formalidade na fase de liquidação da despesa, sem o compromisso com a correta execução contratual", explica o relator em seu voto. Também foi encontrado veículo com quilometragem rodada acima de 200 mil km enquanto que a concorrência estipulava um máximo de 80 mil.
 
O edital também foi alvo da fiscalização, não apenas a execução do contrato. E os técnicos constataram que a prefeitura estimou o orçamento consultando três empresas, sendo que duas delas "não têm relação com locação de ambulâncias": uma tem a atividade principal no transporte rodoviário de carga enquanto a outra na construção de edifícios. A terceira consultada foi a empresa vencedora. "Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde absteve-se da realização de pesquisas em outras fontes de consulta como: contratações similares, Comprasnet e outros sites especializados".

Em seu voto, o conselheiro envia comunicação ao secretário, para que dê retorno sobre as medidas que serão tomadas, e à empresa contratada, para que apresente esclarecimentos. Rodrigo ainda notifica o gestor municipal para que se manifeste sobre as irregularidades encontradas.

Fonte: "tce.rj"

Cabral também é mangueirense, diz Chiquinho da Mangueira


O deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC) confirmou à Polícia Federal que recebeu dinheiro vivo de Sérgio de Castro Oliveira, o 'Serjão', apontado como operador financeiro do esquema de corrupção atribuído ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Mas negou que o repasse fosse exatamente uma mesada.
dinheiro, segundo ele, era destinado à Mangueira, com dificuldades de caixa. "Tratava-se de uma ajuda de um colaborador mangueirense para auxiliar nas despesas na Escola de Samba Mangueira, que atravessava momentos difíceis", disse. "Essas ajudas, que não eram mensais. Eram de duas formas: em espécie para pagamentos de despesas com o carnaval e outras despesas eram pagas pelo próprio Serjão diretamente, todas relacionadas às despesas de Carnaval."
O parlamentar está preso desde 8 de novembro na Operação Furna da Onça sob suspeita de receber um "mensalinho" do grupo de Sérgio Cabral. 
Chiquinho declarou que "nunca recebeu dinheiro em conta corrente sua e de sua mãe". O deputado, no entanto, afirmou que a mãe 'pode ter recebido alguma quantia' em sua ausência.
Segundo o deputado, o motivo dos pagamentos eram 'despesas relacionadas ao Carnaval'.
"Cabral também é mangueirense", afirmou.
Em delação, Serjão relatou que parte da propina de R$ 3 milhões teria sido repassada ao deputado entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014 "em atendimento, por Sérgio Cabral, a um pedido de Chiquinho para financiar o desfile de 2014, o primeiro carnaval à frente da Mangueira".
O parlamentar afirmou que assumiu a presidência da Mangueira em 2013. "Não se recorda do valor, mas foi de aproximadamente de R$ 2 a 3 milhões, patrocinado por uma empresa de Eike Batista", disse.


Fonte: "r7"

Operação Lava Jato mira em 'Laranjas' da Assembleia

Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio


As investigações da Lava-Jato na Assembleia não miram apenas nos deputados.
A força-tarefa da operação tem monitorado com lupa os cargos comissionados da Casa — incluindo os departamentos da administração e gabinetes — em busca de possíveis laranjas.


Movimentações
Com autorização da Justiça, os investigadores buscam eventuais rastros que identifiquem a lavagem de dinheiro.
Ao menor sinal de movimentação de grandes quantias que não se enquadram ao perfil do comissionado, o sinal de alerta é ligado.
A força-tarefa já identificou no estado pelo menos 15 tipos de crimes no âmbito da operação — a lavagem está entre eles.

Ranking do crime
Entre os crimes identificados pela Lava-Jato no Rio, os investigadores apontam como os mais comuns as corrupções ativa e passiva, a lavagem de dinheiro e as fraudes em licitação.

Organização criminosa, formação de quadrilha e evasão de divisas também compõem a lista.
Fonte: "extra"

Meu comentário:
Será que eles vão achar uma laranja aqui pelas bandas da região dos lago? ou uma laranjinha em Búzios?

Você sabia que todos os presidentes da ALERJ nos últimos 27 anos foram presos?

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José Nader -      1991-1994

Sérgio Cabral -  1995-1999
                          1999-2002

Jorge Picciani - 2002-2010

Paulo Melo -      2011-2014

Jorge Picciani -  2015 - 2019


O que faz a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda de Búzios?



Enquanto a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda de Búzios nada faz para capacitar nossos jovens para o mercado de trabalho, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Trabalho e Renda de São Pedro da Aldeia, abriu no dia 16 último inscrições para o programa Jovem Aprendiz 2019 para jovens com idade entre 18 e 22 anos e que estejam cursando no mínimo o 9º ano do Ensino Fundamental. A Prefeitura de lá oferece o curso desde 2013.

O programa Jovem Aprendiz é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de São Pedro da Aldeia e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Desde 2013, estamos realizando essa seleção pelo menos duas vezes por ano, dando oportunidade a esses jovens que buscam capacitação para o mercado de trabalho”, disse o secretário de Agricultura, Abastecimento, Trabalho e Renda, Dimas Tadeu.

O curso oferecido é o de auxiliar de operações logísticas e conta com uma carga horária de 800 horas e será oferecido no turno da manhã. As aulas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, no Horto Escola Artesanal. A prova seletiva será aplicada no dia 13 de dezembro, às 8h30, no mesmo local das aulas.

Fonte: "g1"

Está faltando maconha no Canadá após droga ser legalizada

Milhares de pessoas aguardam em fila para comprar maconha em loja do governo em Montreal, no primeiro dia de liberação da substância para uso recreativo no Canadá, no dia 17/10/2018 — Foto: Ryan Remiorz/The Canadian Press via AP

Demanda superou expectativa em boa parte das províncias canadenses, que liberaram a venda da droga há um mês.
A maconha passou a faltar em lojas do Canadá desde o primeiro dia de legalização, há um mês.
O canadense James Burns, por exemplo, estava confiante de que sua empresa tinha produto suficiente nas prateleiras de suas cinco novas lojas de cannabis para dar conta da demanda, mesmo tendo recebido apenas metade do que encomendara do fornecedor.
Praticamente sem estoque, entretanto, ele tem colocado funcionários para acessar o site do governo que reúne os fornecedores licenciados nas primeiras horas da madrugada para conseguir pegar as raras novas levas de produtos assim que estiverem disponíveis. E está considerando diminuir o horário de funcionamento das lojas.
Burns é CEO da Alcanna, dona de lojas de bebidas no Canadá e nos EUA e agora de lojas de maconha na província de Alberta.
"Enquanto havia produto para encomendar, estávamos pegando grandes quantidades", afirma Burns. "Mas, óbvio, quando há falta de abastecimento, não importanta o quão grande é sua empresa, simplesmente não há nada que você possa fazer."
Na província de Newfoundland, Thomas Clarke foi um dos primeiros vendedores a distribuir a droga legalmente, a partir da meia-noite do dia 17 de outubro.
Ele vendeu tudo no primeiro dia e ficou sem estoque por ao menos uma semana.
Desde então, conseguiu abastecer parte das prateleiras, mas diz que não consegue encomendar exatamente o que precisa do fornecedor.
"São eles que dizem o quanto vão me mandar e quais produtos, então eu definitivamente não pego tudo o que quero", diz ele.
"Mas eu consegui o suficiente para não esgotar."
No Québec, as lojas da Société Québécoise du Cannabis atualmente só abrem de quinta a domingo devido à restrição de estoque.
"Achamos que nossos fornecedores vão conseguir suprir a demanda na próxima primavera, mas, até lá, ainda podemos ter faltas", diz Linda Bouchard, porta-voz da loja.
A província de New Brunswick teve 12 das 20 lojas brevemente fechadas por falta de abastecimento.
Em nota, a agência regional responsável pela venda de cannabis disse que encomendou um grande estoque para abastecer as lojas, mas recebeu apenas 20% ou 30% do pedido.
"Vendedores ao redor do país estão passando por uma situação parecida."

Novo setor após um século de proibição

A falta de maconha não é uma surpresa total.
Um relatório publicado no início de outubro pelo Instituto CD Howe, um think tank de Toronto, estimava que o estoque legal da droga iria dar conta de cerca de 30% a 60% da demanda total nos primeiros meses de legalização.
Mas especialistas do setor dizem que a escassez é pior do que se esperava.
"Todo muito sabia que iria faltar produto", diz Burns. "Mas não tão rápido e não tanto."
Patrick Wallace, dono da loja Waldo 420 em Alberta, diz que deve demorar cerca de 18 meses até que a produção dê conta da demanda.
A agência Health Canada, que autoriza as licenças para os produtores da planta cannabis, diz que trabalhou intensamente nos primeiros meses antes da legalização para aumentar o número de fornecedores legais. A agência pede paciência.
"É importante lembrar que a legalização no dia 17 de outubro veio após quase um século de criminalização, e foi o lançamento e regulação de um um novo setor inteiro no nosso país", disse a agência, em nota.
"E como qualquer nova indústria onde há demanda considerável, esperamos que haja épocas em que os estoques de alguns produtos fiquem baixos e, em alguns casos, acabem."
Sobre preocupação de que a escassez empurre consumidores de volta para o mercado negro, o governo federal diz que acabar com os fornecedores ilegais vai levar um tempo – assim como foi nos Estados americanos que legalizaram o produto.
Também há relatos de falta de maconha medicinal, que é legal no Canadá desde 2001.
A Health Canada diz que trabalha com grupos de pacientes e com a indústria da maconha para entender quais produtos ou variedades estão faltando mais.
E acrescentou que espera que "vendedores autorizados tomem medidas razoáveis para garantir que pacientes registrados continuem a ter acesso aos produtos que precisam para fins médicos".
O Instituto Angus Reid, fundação para pesquisas sem fins lucrativos, publicou uma pesquisa indicando que um em cada oito canadenses usaram maconha desde a legalização.
A Health Canada diz que produtores distribuíram mais de 14,6 mil kg de cannabis seca e 370 litros de óleo da planta até o momento e informaram um estoque de mais de 90 mil kg de produto seco e 41 mil litros de óleo.
Vic Neufeld, presidente da Aphria, uma das maiores produtoras legais do Canadá, disse à BBC que eles tiveram um gargalo na cadeia de distribuição.
"É como uma avenida de cinco faixas convergindo para uma rua de uma faixa só", ele ilustra.
A demora para conseguir os selos de imposto e outras questões causadas por mudanças de última hora nas exigências de rotulação também contribuíram para reduzir a velocidade de distribuição, além da demanda maior do que o esperado, diz o empresário.
Neufeld espera, contudo, que os problemas estejam resolvidos até o início de 2019 e afirma que sua empresa aguarda no momento por algumas autorizações da Health Canada que lhes permitirão ser "mais rápidos, ágeis e eficientes".
Fonte: "g1"