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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil: 1 - Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares

 

Objetivo 1: Erradicação da pobreza

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.

Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares

1.1 Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia

1.2 Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, de acordo com as definições nacionais

1.3 Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social adequados, para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e vulneráveis

1.4 Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo microfinanças

1.5 Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais

1.a Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, para proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, implementem programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões

1.b Criar marcos políticos sólidos em níveis nacional, regional e internacional, com base em estratégias de desenvolvimento a favor dos pobres e sensíveis a gênero, para apoiar investimentos acelerados nas ações de erradicação da pobreza

Fonte: "ONU"

Meu comentário: 

O Sr. prefeito Alexandre Martins sabe quantas pessoas vivem hoje em Búzios com menos de US$ 1,90 por dia? Isso equivale a menos de R$ 9,99 por dia ,e de R$ 299,70 por mês.  

sábado, 27 de março de 2021

ONU reconhece povos indígenas como os melhores guardiões das florestas

 

Povos indígenas garantem a conservação do meio ambiente quando têm seus territórios respeitados. Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil



Novo relatório da ONU aponta taxas de desmatamento muito mais baixas em territórios indígenas reconhecidos e protegidos

As taxas de desmatamento na América Latina e no Caribe são significativamente mais baixas em áreas indígenas e de comunidades tradicionais onde os governos reconhecem formalmente os direitos territoriais coletivos. Melhorar a segurança da posse desses territórios é uma maneira eficiente e econômica de reduzir as emissões de carbono.

Essa é uma das principais conclusões do novo relatório “Povos indígenas e comunidades tradicionais e a governança florestal”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC).

Com base em uma revisão de mais de 300 estudos publicados nas últimas duas décadas, o documento revela pela primeira vez até que ponto a ciência tem mostrado que os povos indígenas e comunidades tradicionais em geral têm sido melhores guardiões de suas florestas em comparação com os responsáveis pelas demais florestas da região.

A pesquisa também sugere que este papel protetor está cada vez mais em risco, à medida que a Amazônia se aproxima de um ponto de inflexão, o que pode ter impactos preocupantes nas chuvas e na temperatura e, eventualmente, na produção de alimentos e no clima global.

Proteção global

Os povos indígenas e comunidades tradicionais, e as florestas em seus territórios, desempenham um papel vital na ação climática global e regional e na luta contra a pobreza, a fome e a desnutrição. Seus territórios contêm cerca de um terço de todo o carbono armazenado nas florestas da América Latina e do Caribe e 14% do carbono armazenado nas florestas tropicais do mundo”, disse o representante regional da FAO, Julio Berdegué.

Os melhores resultados foram observados nos territórios de povos indígenas com títulos legais coletivos reconhecidos: entre 2000 e 2012, as taxas de desmatamento nesses territórios na Amazônia boliviana, brasileira e colombiana foram apenas da metade a um terço das de outras florestas com características ecológicas semelhantes.

O relatório convida governos, financiadores climáticos, o setor privado e a sociedade civil a investirem em iniciativas que fortaleçam o papel dos povos indígenas e comunidades tradicionais na governança florestal, reforcem os direitos territoriais comunais, compensem as comunidades indígenas e tradicionais pelos serviços ambientais que prestam e que facilitem o manejo florestal comunitário.

O documento afirma a importância de revitalizar culturas e conhecimentos tradicionais, fortalecendo a governança territorial e apoiando organizações de povos indígenas e tradicionais, reconhecendo o papel fundamental da juventude indígena e das mulheres indígenas.

Territórios titulados

De acordo com um dos estudos analisados no relatório da FAO/FILAC, a taxa de desmatamento dentro das florestas indígenas onde a propriedade da terra foi assegurada é 2,8 vezes menor do que fora dessas áreas na Bolívia, 2,5 vezes menor no Brasil e 2 vezes menor na Colômbia.

Os territórios coletivos titulados evitaram entre 42,8 e 59,7 milhões de toneladas métricas (MtC) de emissões de CO2 a cada ano nesses três países; essas emissões combinadas são equivalentes a tirar de circulação entre 9 e 12,6 milhões de veículos durante um ano.

Dos 404 milhões de hectares ocupados por povos indígenas, os governos reconheceram formalmente seus direitos de propriedade coletiva ou de usufruto sobre cerca de 269 milhões de hectares. Embora o impacto de garantir a segurança da posse seja grande, o custo é muito baixo: são necessários apenas 6 dólares para titular um hectare de terra na Colômbia e 45 dólares na Bolívia.

O documento afirma que o custo de titulação de terras indígenas é de 5 a 42 vezes menor do que o custo médio de evitar o CO2 por meio da captura e armazenamento de carbono fóssil, tanto para usinas a carvão como a gás.

Agentes contra as mudanças climáticas

Quase metade (45%) das florestas intactas da bacia amazônica é encontrada em territórios indígenas”, disse Myrna Cunningham, presidente da FILAC. “A evidência de seu papel vital na proteção da floresta é cristalina: enquanto a área de floresta intacta diminuiu apenas 4,9% entre 2000 e 2016 nas áreas indígenas da região, nas áreas não indígenas diminuiu 11,2%. Isso deixa claro porque sua voz e visão devem ser levadas em consideração em todas as iniciativas e estruturas globais relacionadas às mudanças climáticas, biodiversidade e silvicultura, entre muitos outros temas”.

Os povos indígenas e comunidades tradicionais participam da governança comunal de 320 a 380 milhões de hectares de florestas na região, que armazenam cerca de 34 bilhões de toneladas métricas de carbono. Isto é mais do que todas as florestas da Indonésia ou da República Democrática do Congo.

Enquanto os territórios indígenas na bacia amazônica perderam menos de 0,3% do carbono em suas florestas entre 2003 e 2016, as áreas protegidas não indígenas perderam 0,6% e outras áreas que não eram territórios indígenas ou áreas protegidas perderam 3,6%. Como resultado, apesar de os territórios indígenas cobrirem 28% da bacia amazônica, eles geraram apenas 2,6% das emissões brutas de carbono da região.

Fonte: "CICLOVIVO"

domingo, 22 de dezembro de 2019

Secretário-geral da ONU pede transformação na forma como o mundo gera energia

Manutenção de painéis solares que fornecem energia limpa na Zâmbia. Foto: OIT/Marcel Crozet


Com milhões de trabalhadores cada vez mais afetados pela crise climática, o caminho para garantir a sobrevivência no futuro é uma total transformação de como geramos energia e administramos nossos recursos, disse o chefe da ONU no dia 12 deste mês, durante evento focado em empregos verdes na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP25), em Madri. 

Ainda estamos perdendo a corrida climática”, afirmou Guterres, “mas podemos escolher outro caminho, o caminho da ação pelo clima e do bem-estar das pessoas e do planeta”, com empregos, saúde, educação, oportunidades e futuro.

Ele afirmou que a resposta à crise climática reside em mudar a forma com a qual geramos energia, desenhamos nossas cidades e administramos a terra. Segundo o chefe da ONU, também requer ações que melhorem a vida das pessoas.

Firmado em 2015, o Acordo de Paris incluiu “uma transição justa” para pessoas cujos empregos e meios de subsistência são afetados pela mudança “da economia cinza para a verde”, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), observou Guterres.

Não podemos mais nos recusar a enfrentar a crise climática”, explicou, incentivando os governos a se comprometerem, as empresas a liderar e as pessoas em todos os lugares a “abraçar a transformação que nos levará a um mundo de carbono neutro até 2050”.

Nova economia do clima

Guterres falou encorajadoramente sobre “enormes oportunidades” ligadas à ação climática.

De acordo com a liderança da ONU, a mudança para uma economia de baixo carbono representa uma oportunidade de crescimento de 26 trilhões de dólares, que pode criar 65 milhões de novos empregos até 2030 — com energia solar, eólica e geotérmica já sendo os geradores de empregos que mais crescem em várias economias (como China e Alemanha).

A economia verde é a economia do futuro e precisamos abrir caminhos agora”, afirmou, incentivando os países a retreinar as pessoas para que possam “mudar de carreira com o conceito de que a educação agora se tornou um projeto para toda a vida”.

Frisando que a transição para um futuro de baixo carbono deve ser “justa e inclusiva”, o secretário-geral lembrou que isso significa “um futuro de empregos verdes e decentes… de comunidades, cidades e países prósperos e resilientes”.

Ação climática para gerar empregos

Enquanto isso, a iniciativa Ação Climática para Gerar Empregos, lançada por Guterres durante a conferência com Guy Ryder, diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), coloca a criação de empregos e os meios de subsistência no centro dos planos nacionais de ação pelo clima.
A liderança da ONU enumerou as medidas para garantir a inclusão, como avaliar o emprego, os impactos sociais e econômicos da transição ecológica e o potencial de empregos verdes.

O secretário-geral ressaltou que o crescimento econômico e o combate às mudanças climáticas são “reforçados mutuamente”, acrescentando que “não enfrentar o aquecimento global é uma receita infalível para o desastre econômico”.

Futuro mais limpo e ecológico para todos

Lembrando a necessidade de reduzir as emissões em 45% até 2030 a partir dos níveis de 2010, alcançar a neutralidade do carbono até 2050 e estabilizar o aumento da temperatura global em 1,5 grau Celsius até o final do século, Guterres disse que o Acordo de Paris deve ser usado como “nosso caminho multilateral à frente”.

Sem atingir nossas metas climáticas, o secretário-geral enfatizou que apenas os mais ricos poderão sobreviver.

Como “não podemos continuar tendo um pé nas economias cinza e verde ao mesmo tempo”, ele destacou que os países desenvolvidos devem cumprir suas promessas no âmbito do Acordo de Paris para mobilizar pelo menos 100 bilhões de dólares por ano para mitigação e adaptação nos países em desenvolvimento.

Nosso maior desafio

Guy Ryder disse aos delegados que esverdear o mundo do trabalho é “o desafio decisivo e definitivo de nosso tempo”.

O diretor-geral da OIT pediu uma “agenda política centrada no emprego e no ser humano para a ação climática, baseada em avaliações de nível nacional, proteção social inovadora e forte consenso”, dizendo que a iniciativa “pode ser uma grande contribuição” para isso.

Além disso, o foco será em três áreas inter-relacionadas e complementares de defesa e divulgação, um centro de inovação política que irá reunir conhecimento e gerar soluções inovadoras; e capacitação e apoio a organizações de governos, trabalhadores e empregadores.

A luta contra as mudanças climáticas está indissociável da batalha por maior justiça social”, concluiu Ryder.

Fonte: "nacoesunidas"


Observação:
Você pode ajudar o blog clicando nas propagandas.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

ONU promove diálogo com gestores municipais sobre enfrentamento à violência contra juventude negra



Você sabia que "uma pessoa negra entre 15 e 19 anos tem hoje três vezes mais chance de ser assassinada do que uma pessoa branca na mesma faixa etária no país". 

Fonte: "Nações Unidas"

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Campanha da UNESCO chama meios de comunicação a lembrar jornalistas vítimas de violência

Campanha #TruthNeverDies da UNESCO 


Organização pede que imprensa compartilhe conteúdos da campanha #TruthNeverDies, iniciativa para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, 02/11
A cada quatro dias, um jornalista é assassinado, muitas vezes apenas por fazer o seu trabalho.
 Nos últimos 12 anos, mais de mil profissionais de mídia foram mortos porque queriam levar informação para o público. Em nove dos dez casos, os autores dos crimes não foram levados à justiça. Para conscientizar cidadãos de todo o mundo sobre o problema, a UNESCO lança a campanha #TruthNeverDies (A verdade nunca morre, em tradução livre) nesta sexta-feira, 02/11, Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
A agência da ONU chama meios de comunicação a utilizar as artes gratuitas da campanha, disponibilizadas para publicação em jornais impressos, veículos online e diferentes canais de mídia e redes sociais. Acesse os conteúdos clicando aqui (em português).

Para obter os arquivos em outras formatações ou resoluções, entre em contato com laetitia.de-camas(at)ddb.frmathieu.bliguet(at)ddb.fr. Acesse o guia completo da agência da ONU para veículos de comunicação que queiram participar da campanha — clique aqui (em português).

O organismo internacional também pede que a imprensa publique matérias de repórteres vítimas de violência ou textos que lembrem a trajetória desses profissionais. A UNESCO convoca a imprensa a utilizar a hashtag #TruthNeverDies, em referência à campanha. 
Fonte: "unesco"


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

ONU pede proibição de ‘testes de virgindade’

Pacientes em um hospital na Índia, um dos pelo menos 20 países onde testes de virgindade são realizados. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

Realizado em pelo menos 20 países, o teste de virgindade é um exame sem validade científica e medicamente desnecessário, realizado com o intuito de determinar se uma mulher ou menina já teve relações sexuais vaginais.

Prática foi considerada por três organismos da ONU como uma forma de discriminação de gênero e uma violação dos direitos humanos. Instituições ressaltaram que a intervenção é dolorosa, humilhante e traumática.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONU Mulheres e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) pediram nesta quarta-feira (17) o fim do teste de virgindade, um exame ginecológico realizado com o intuito de determinar se uma mulher ou menina já teve relações sexuais vaginais. Prática foi considerada uma forma de discriminação de gênero. Organismos ressaltaram que a intervenção é dolorosa, humilhante e traumática.

O teste da virgindade é uma tradição identificada em pelo menos 20 países, abrangendo todas as regiões do mundo. Mulheres e meninas são submetidas e, muitas vezes, forçadas a realizar o exame por diversos motivos. Entre eles, estão solicitações de pais ou potenciais maridos para determinar se a mulher já teve relações sexuais antes do casamento. A prática também chega a ser exigida por empregadores.

Países onde esta prática tem sido documentados incluem Afeganistão, Brasil, Egito, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Líbia, Malaui, Marrocos, Territórios Palestinos Ocupados, África do Sul, Sri Lanka, Suazilândia, Turquia, Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e Zimbábue (3–16, 18). 

De acordo com os organismos da ONU, o exame é realizado principalmente por médicos, policiais ou líderes comunitários, a fim de avaliar sua “virtude, honra ou valor social”. Em algumas regiões, é comum para os profissionais de saúde realizar testes de virgindade em vítimas de estupro, supostamente para verificar se houve ou não violência sexual.

A análise é feita pela inspeção do hímen, para avaliar seu rompimento ou tamanho de abertura. Outra técnica é a inserção dos dedos na vagina da mulher — o também chamado teste de “dois dedos”. Ambos os métodos são praticados sob a crença de que a aparência da genitália feminina pode indicar o histórico de atividade sexual de uma menina ou mulher.

A OMS afirma que não há evidências de que qualquer método possa comprovar se houve ou não relação sexual vaginal.

Ênfase na “virgindade” das mulheres é uma forma de discriminação de gênero

Segundo o pronunciamento dos três organismos da ONU, o termo “virgindade” não é médico ou científico. Ao contrário: o conceito de “virgindade” é uma construção social, cultural e religiosa – que reflete a discriminação de gênero contra mulheres e meninas.

A expectativa social de que meninas e mulheres devem permanecer “virgens” (ou seja, sem ter relações sexuais) é baseada em noções estereotipadas de que a sexualidade feminina deve ser restringida ao contexto do casamento. Essa noção é prejudicial para mulheres e meninas em todo o mundo.

Impactos na saúde dos testes de virgindade

Estes exames caracterizam não apenas uma violação dos direitos humanos de mulheres e meninas, mas em casos de estupros, podem causar dor adicional e reproduzir o ato original de violência sexual, levando as vítimas a reviver o trauma e passar por uma nova experiência de abuso. Muitas mulheres sofrem com as consequências físicas, psicológicas e sociais, de curto e longo prazo, decorrentes dessa prática. Isso inclui ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. Em casos extremos, mulheres ou meninas podem tentar suicídio ou serem mortas em nome de uma crença de “honra”.

Os testes de virgindade são uma prática medicamente desnecessária e prejudicial, que viola vários direitos humanos e padrões éticos, incluindo o princípio fundamental da medicina para “não causar danos”. A OMS recomenda que o exame não seja realizado em nenhuma circunstância.

Governos, profissionais de saúde e comunidades devem eliminar prática

Segundo as agências da ONU, é urgente conscientizar os profissionais e comunidades de saúde sobre os efeitos negativos do teste e sobre sua falta de validade científica. Alguns governos baniram a prática e promulgaram leis para punir criminalmente quem realiza o exame. Muitas associações profissionais de saúde e organizações de direitos humanos condenaram a prática como não científica e uma violação de direitos.

O ACNUDH, a ONU Mulheres e OMS estão comprometidos em acabar com esse tipo de procedimento e garantir que os direitos de todas as mulheres e meninas sejam respeitados. As agências elencaram recomendações e estratégias para eliminar a prática:

-Os profissionais de saúde e suas associações profissionais devem estar cientes de que os testes de virgindade não têm mérito científico e não podem determinar se houve alguma penetração vaginal passada. Eles também devem conhecer as consequências para a saúde e para os direitos humanos dos testes de virgindade e nunca realizar ou apoiar a prática;

-Os governos devem promulgar e impor leis que proíbam o teste de virgindade;

-As comunidades e todas as partes interessadas relevantes devem implementar campanhas de conscientização que desafiem os mitos relacionados à virgindade e a normas de gênero prejudiciais, que enfatizem o controle da sexualidade e dos corpos de mulheres e meninas.

Acesse uma cartilha da OMS sobre o tema, com dados científicos e políticas para eliminar a prática. Clique aqui (em inglês).


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Líderes militares de Myanmar são acusados de genocídio pela ONU

Pelo menos 700.000 Rohingya fugiram de Mianmar no ano passado - grupos de direitos humanos dizem que milhares morreram. Foto: Reuters

Em relatório divulgado hoje (27), a ONU defende que as principais figuras militares de Mianmar sejam investigadas por genocídio no estado de Rakhine e crimes contra a humanidade em outras áreas do paísO relatório pede ainda que o caso seja encaminhado ao Tribunal Penal Internacional (TPI). 

O governo de Myanmar tem dito constantemente que suas operações visaram ameaças de guerrilheiros insurgentes. Mas o relatório diz que os crimes que documentou são "chocantes": "a necessidade militar nunca justificaria matar indiscriminadamente, estuprar mulheres, agredir crianças e queimar aldeias inteiras."

A Missão Internacional Independente das Nações Unidas para Mianmar foi criada em março de 2017 para investigar as alegações generalizadas de abusos dos direitos humanos no país, particularmente no estado de Rakhine. Os crimes documentados em Kachin, Shan e Rakhine incluem assassinato, prisão, tortura, estupro, escravidão sexual, perseguição e escravidão que, "indubitavelmente, equivalem aos crimes mais graves sob a lei internacional", diz o relatório.

Os Rohingya são uma das muitas minorias étnicas em Mianmar e compõem a maior porcentagem dos muçulmanos do país. O governo, no entanto, os vê como imigrantes ilegais do vizinho Bangladesh e lhes nega a cidadania. Os militares lançaram sua última repressão depois que militantes de Arsa atacaram postos policiais em agosto de 2017, matando vários policiais. A ONU já descreveu a ofensiva militar em Rakhine como um "exemplo clássico de limpeza étnica". Refugiados que fugiram da violência contaram histórias horríveis de violência sexual e tortura. 

De acordo com a organização médica Médicos Sem Fronteiras (MSF) pelo menos 6.700 Rohingya, incluindo 730 crianças menores de cinco anos, foram mortas no primeiro mês após o início da violência.

Fonte: "bbc"

domingo, 4 de agosto de 2013

A desigual distribuição de renda na Região dos Lagos




O município menos desigual da Região dos Lagos é Arraial do Cabo.

- Os 10% mais ricos de Arraial do Cabo se apropriaram de 36,28% da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 13,25%. 

Em segundo lugar, temos São Pedro da Aldeia.

- Os 10% mais ricos de São Pedro da Aldeia se apropriaram de 39,38% da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 11,90%. 

Terceiro colocado: Rio das Ostras.

- Os 10% mais ricos de Rio das Ostras se apropriaram de 40,61% da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 11,03%.

Quarto: Armação dos Búzios.

- Os 10% mais ricos de Armação dos Búzios se apropriaram de 41,55% da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 12,70%.

Quinto: Araruama 

- Os 10% mais ricos de Araruama se apropriaram de 42,84% da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 10,79%.

O segundo município mais desigual da Região dos Lagos é Cabo Frio

- Os 10% mais ricos de Cabo Frio se apropriaram de 43,78% da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 10,81%.

O município mais desigual da Região dos Lagos é Iguaba Grande.

- Os 10% mais ricos de Iguaba Grande se apropriaram de 46,03 da renda total do município em 2010. 
Os 40% mais pobres, de 10,57%.

Observação: 

Em três municípios da Região- Armação dos Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio- houve um aumento da desigualdade na década de 1991-2000 e uma diminuição na década seguinte 2000-2010. Em Araruama, o movimento foi no sentido contrário: houve um aumento da desigualdade na última década. Apenas em Rio das Ostras a desigualdade de renda vem diminuindo há duas décadas.  

Fonte:
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/consulta

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Andando pra trás na Região dos Lagos



Em 2000,  Armação dos Búzios ocupava o 771º lugar entre os 5.565 municípios brasileiros avaliados em estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e publicado no  Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2003). Dez anos depois, caímos para o 1081º lugar.

Como já cansamos de afirmar aqui no Blog, antecipando o que o estudo comprova, os governos Mirinho (2001-2004), Toninho (2005-2008) e Mirinho (2009-2012) foram um desastre para a população de Búzios. Uma década perdida:  em vez de evoluirmos em termos humanos, regredimos, não só em termos absolutos mas também em relação aos outros municípios brasileiros. 

Vale a pena repetir que "Fica a lição: se o povo de Búzios quiser desenvolvimento humano, nunca mais deve eleger os Mirinhos e Toninhos da vida, ou qualquer governo assemelhado. Deve também nunca mais eleger os vereadores que deram sustentação politica a esses governos do atraso. Quem diz isso não sou eu, mas a ONU".

Três outros municípios da Região dos Lagos também regrediram: Cabo Frio, Arraial do Cabo e São Pedro da Aldeia. O tombo maior foi do município de São Pedro da Aldeia: caiu do 1.067º lugar em 2000 para 1546º em 2010. Os prefeitos Paulo Lobo (2001-2008) e Carlindo (2009-2012) são os grandes responsáveis pelo desastre.

Arraial do Cabo pulou do 793º para o 940º lugar durante as gestões de Henrique Mellman (2001-2008) e Andinho (2009-2012), ambas causadoras do retrocesso municipal.  

Cabo Frio regrediu menos: passou do 745º para 897º. Aos prefeitos Alair Correa (2001-2004) e seu sucessor, Marquinhos Mendes (2005-2012), podem ser imputadas as responsabilidades pelo resultado. Gestores públicos muito semelhantes, apesar da ruptura política.  

Como nem tudo é retrocesso, alguns municípios da Região melhoraram suas posições no ranking. Araruama avançou de 1693º para 1362º em uma década. Méritos para os prefeitos Chiquinho da Educação (2001-2008) e André Mônica (2009-2012). Iguaba Grande galgou quase 300 posições no ranking nacional, pulando do 645º para o 350º lugar. Os prefeitos Rodolfo Pedrosa (2001-2004), Hugo Canelas (2005-2008) e Oscar Magalhães (2009-2012) são os responsáveis pela conquista. Parabéns.  

Finalmente, Rio das Ostras, que apesar de não pertencer à Região dos Lagos, é nosso vizinho, e pode muito bem servir de exemplo de gestão. O município deu um salto fenomenal em termos de desenvolvimento humano na última década: de 1.188º para 197º lugar no ranking nacional. Parabéns para os prefeitos Sabino (2001-2004) e Carlos Augusto (2005-2012). Não custa nada aprender com eles. O desenvolvimento humano agradece.     

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ranking do IDHM dos municípios da Região dos Lagos




Como já era esperado, o município da Região dos Lagos que possui o melhor Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM) em relação às 5.565 cidades brasileiras é Rio das Ostras. Ocupa a 197ª posição no Brasil e a 3ª no estado do Rio de Janeiro.

 Em segundo lugar, a grande surpresa, Iguaba Grande, 350ª colocada no Brasil e 8ª no estado.

Vem em 3º lugar, Cabo Frio: 897ª no país e 19ª posição no estado.

Arraial do Cabo: 940ª no Brasil e 20ª no estado.

Armação dos Búzios: 1081ª e  28ª .

Araruama: 1362ª e 35ª.

 Em último lugar, São Pedro da Aldeia, 1546ª e  47ª no estado.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Andando pra trás 1




Estudo divulgado pelo PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento- intitulado "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", prova que o município de Armação dos Búzios, em comparação com o mesmo estudo de 2003, piorou em termos de desenvolvimento humano. Nosso IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) caiu de 0,791 (2003) para 0,728 (2013). Como já cansamos de afirmar aqui no Blog antecipando o que o estudo comprova, os governos Mirinho (2000-2004), Toninho (2005-2008) e Mirinho (2009-2012) foram um desastre para a população de Búzios. Uma década perdida:  em vez de evoluirmos em termos humanos, regredimos. 

Em termos de renda, regredimos de 0,763 (2003) para 0,750 (2013). Em termos de educação, descemos ladeira abaixo de 0,878 (2003) para 0, 624 (2013). Em um único critério evoluímos: saúde (longevidade). Passamos de 0,732 (2003) para 0,824 (2013). 

Fica a lição: se o povo de Búzios quiser desenvolvimento humano, nunca mais deve eleger os Mirinhos e Toninhos da vida, ou qualquer governo assemelhado. Deve também nunca mais eleger vereadores que sustentaram politicamente esses governos do atraso. Quem diz isso não sou eu, mas a ONU.

Observação: Quando o PNUD  divulgou o IDH (0,730) do Brasil em 2012 revelando que o país permanecera na 85.ª posição no ranking que mede a qualidade de vida em 187 países, motivou protestos oficiais do governo brasileiro. O Pnud reconheceu que utiliza em seus cálculos dados menos atualizados que os do governo brasileiro. Se os dados mais recentes tivessem sido considerados, o IDH seria de 0,754, segundo o órgão da ONU. Por razões metodológicas, esse número não pode ser comparado aos dos demais países.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-e-destaque-em-relatorio-do-idh-mas-nao-avanca-no-ranking-,1008947,0.htm

Os protestos do governo brasileiro levaram o PNUD a alterar sua metodologia e os limites da tabela que classifica o desenvolvimento humano alcançado por cada país. Na tabela antiga, só era considerado país de "alto desenvolvimento" aquele que conseguisse pontuação acima ou igual a 0,800. Com os novos limites do relatório de 2013, acima de 0,800 é considerado "muito alto" desenvolvimento. Com os novos critérios, o Brasil com o índice 0,727 passa a ser considerado de "alto desenvolvimento", enquanto na tabela antiga, era de "médio desenvolvimento".

A nova metodologia também alterou os índices municipais dos anos de 1991 e 2000, passando a ideia de que teria ocorrido um desenvolvimento linear crescente. Veja abaixo os novos números para Búzios:

IDH-M (1991)- o índice anteriormente divulgado de 0,691 passou para 0,489.
IDH-M (2003) - de 0,791 para 0,604.
IDH-M (2013) - 0,728.