O
deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC) confirmou à Polícia
Federal que recebeu dinheiro vivo de Sérgio de Castro Oliveira, o
'Serjão', apontado como operador financeiro do esquema de corrupção
atribuído ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Mas negou que o
repasse fosse exatamente uma mesada.
O dinheiro,
segundo ele, era destinado à Mangueira,
com dificuldades de caixa. "Tratava-se de uma ajuda de um
colaborador mangueirense para auxiliar nas despesas na Escola de
Samba Mangueira, que atravessava momentos difíceis", disse.
"Essas ajudas, que não eram mensais. Eram de duas formas: em
espécie para pagamentos de despesas com o carnaval e outras despesas
eram pagas pelo próprio Serjão diretamente, todas relacionadas às
despesas de Carnaval."
O
parlamentar está preso desde 8 de novembro na Operação
Furna da Onça sob
suspeita de receber um "mensalinho" do grupo de Sérgio
Cabral.
Chiquinho
declarou que "nunca recebeu dinheiro em conta corrente sua e de
sua mãe". O deputado, no entanto, afirmou que a mãe 'pode ter
recebido alguma quantia' em sua ausência.
Segundo
o deputado, o motivo dos pagamentos eram 'despesas relacionadas ao
Carnaval'.
"Cabral
também é mangueirense", afirmou.
Em
delação, Serjão relatou que parte da propina de R$ 3 milhões
teria sido repassada ao deputado entre dezembro de 2013 e fevereiro
de 2014 "em atendimento, por Sérgio Cabral, a um pedido de
Chiquinho para financiar o desfile de 2014, o primeiro carnaval à
frente da Mangueira".
O
parlamentar afirmou que assumiu a presidência da Mangueira em 2013.
"Não se recorda do valor, mas foi de aproximadamente de R$ 2 a
3 milhões, patrocinado por uma empresa de Eike Batista", disse.
Fonte: "r7"