segunda-feira, 23 de setembro de 2019
domingo, 22 de setembro de 2019
Greve global pelo clima - Greta Thunberg
Greta Thunberg carrega cartaz da "Greve escolar pelo clima". Foto: Derstandard.at |
Greta
Ernman Thunberg (Suécia, 3
de janeiro de 2003)
é uma ativista do clima sueca.
É conhecida por ter protestado fora do prédio
do parlamento sueco,
e por ser a líder do movimento Greve
das escolas pelo clima.
Em
Agosto de 2018, Greta Thunberg ausentava-se das aulas para protestar,
próxima ao parlamento sueco, exigindo por mais ações para mitigar
as mudanças
climáticas por
parte dos políticos de seu país. Eventualmente, estudantes de
outras comunidades se organizaram para protestos semelhantes ao de
Greta Thunberg.
Fonte:
"wikipedia"
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sábado, 21 de setembro de 2019
Péssimos gestores esfolam o povo com impostos e retornam com muito pouco em investimentos
Os Estudos
Socieconômicos do TCE-RJ de 2018, recentemente publicado, nos
permitem comparar quanto cada habitante dos 91 municípios (sem a
capital que tem TCE próprio, municipal) do estado recebeu da
administração pública na forma de investimentos dos tributos
pagos. Ou seja, quanto cada cidadão recebeu de volta em benefícios
diretos e indiretos. Os dados são de 2017.
A prefeitura de Búzios
em 2017, na péssima gestão André Granado, teve como receita
tributária própria 59,514 milhões de reais que correspondem a 26%
do total de suas receitas. Não estou considerando aqui as receitas
oriundas das transferências correntes da União e do Estado (92,602
milhões de reais), tampouco os royalties (45,85 milhões de reais).
Para calcular a carga
tributária própria, os “Estudos” do TCE-RJ levam em
consideração a receita tributária própria (59,514 milhões de
reais) mais o total arrecadado no ano com a cobrança da dívida
ativa (6,410 milhões de reais). Dividindo-se essa soma pela
população de Búzios em 2017 temos 2.043,53 reais de carga
tributária própria, a segunda maior do estado, só perdendo para
Macaé (2.859,26 reais).
Nesse ano, Armação
dos Búzios investiu míseros 3,436 milhões de reais, o que
representa 1,50% de suas receitas totais. Esse é o 50º pior grau de
investimento entre os 91 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Ou
seja, o município que tem a 2ª maior carga tributária é o 50º em
investimentos.
Conclusão. Em 2017,
cada habitante de Búzios recebeu da administração pública, na
forma de investimentos, o equivalente a R$ 106,53 em benefícios
diretos e indiretos. O que significa dizer que cada cidadão buziano
recebeu de volta apenas 5,2 % (106,53 dividido por 2.043,53) dos
tributos pagos como investimentos públicos.
As razões para essa
baixa taxa de retorno são mais do que conhecidas. Búzios, assim
como os outros municípios de nossa região, compromete grande parte
de suas receitas com a manutenção da máquina administrativa. Sua
folha de pagamento está sempre perto do limite da Lei de
Responsabilidade Fiscal (54%), quando não o ultrapassa. As
contratações de empresas terceirizadas, muitas delas desnecessária
e caras, quando não superfaturadas, consomem o restante das receitas, não restando quase nada
para investimentos na melhoria da qualidade de vida do povo buziano.
Os números demonstram- e os números não mentem jamais- que nossos
governantes preferem investir em seus currais eleitorais e nos amigos
empreiteiros. Para o povo, as migalhas do que sobra!
O quadro nos demais
municípios da nossa região não é muito diferente. A taxa de
retorno em São Pedro da Aldeia é ainda pior do que a de Búzios.
Apenas 3,6% da carga tributária própria (395,77 reais) retornam
como investimento (14,48 reais).
Demais municípios:
Arraial do Cabo -
5,95% (carga tributária/capita: R$ 533,40 - - investimento per
capita: R$ 31,79)
Cabo Frio – 11,7% (R$
516,41 – R$ 60,61)
Araruama – 15% (R$
483,65 – R$ 70,54)
Rio das Ostras –
15,1% (R$ 818,75 – R$ 124,05)
Iguaba
Grande – 55,1% (R$ 619,25 – 336,36) (a exceção)
Observação:
Para mostrar que outro
quadro é possível- para calar a boca dos pessimistas e dos
conformistas que dizem que em todos os municípios as coisas são
assim mesmo- ,com governantes investindo na melhoria da qualidade de
vida da população mostro a taxa de retorno dos impostos em
investimentos em outras cidades do estado.
Maricá – 128,6%
Niterói – 36,2%
Paraty – 53.6%
Tanguá – 96,9%
Pinheiral – 124,9%
Duas Barras – 167,8%
São Fidélis – 80,0%
Cambuci – 112,9%
Comentários no Facebook:
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Jorge Gianelli Adorei essa matéria! Esses são os fatos. E contra fatos não há argumentos. Falem o que falem os gestores e vereadores da cidade essa é a realidade em números. O resto é conversa fiada. Vale a pena que todos nós, que vivemos em Búzios leiamos atentamente esta matéria para entender o tamanho da sacanagem que os políticos, gestores e vereadores fazem conosco.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Greve global pelo clima - Berlim, Alemanha
Cerca de 270.000 pessoas na greve pelo clima em Berlim. Foto: "bild" |
"Atos contra o aquecimento global ocorrem em 150 países, incluindo o Brasil, de acordo com os organizadores. Mais de 5 mil protestos são esperados, em uma sequência que deve terminar com uma manifestação em Nova York, Estados Unidos.
A greve global pelo clima – que ocorre nesta sexta (20) em 150 países, incluindo o Brasil –, leva milhares de manifestantes às ruas. Eles exigem medidas concretas para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa e combater o aquecimento global, informa a organização dos atos.
Multidões se reúnem em pontos turísticos como o Portão de Brandemburgo, em Berlim, a Abadia de Westminster, em Londres, e a Candelária, no Rio de Janeiro.
O maior ato é esperado em Nova York (Estados Unidos), onde ocorrerá a Cúpula pelo Clima da ONU na segunda-feira (23)" (G1).
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Prefeitura de Macaé suspende licitações até STF definir futuro dos royalties
Qualquer
governo responsável faria o mesmo, tendo em vista que brevemente o
STF poderá, ao estabelecer novas regras de distribuição dos
royalties e das participações especiais do petróleo, reduzir
significativamente os repasses para os municípios da Região dos
Lagos. A Ministra Relatora Carmem Lúcia já concedeu liminar na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4917, que suspendeu
dispositivos da lei 12.734/2012, redistribuindo os royalties entre
todos os municípios brasileiros. O julgamento da liminar foi
agendado para o dia 20 de novembro, pelo presidente do STF, ministro
Dias Toffoli.
Para
enfrentar essa possibilidade, o governo municipal de Macaé publicou
na terça-feira (17) o Decreto
nº 126/2019 que
suspende todos procedimentos licitatórios até que o Supremo
Tribunal Federal (STF) defina as novas regras sobre a distribuição dos
royalties. Serão mantidas apenas as licitações
realizadas pelas secretarias municipais de Educação e de Saúde. As
receitas restantes, oriundas das compensações do petróleo, serão
contingenciadas.
Isso
é o que governos sérios deveriam fazer. Não é o caso de nossos
desgovernos municipais que não estão nem aí para o que pode
decidir o STF.
O
governo que mais recebe royalties proporcionalmente à sua receita
total é Arraial do Cabo. Em 2017, recebeu 30,5 milhões de reais,
equivalentes a 23,5% de suas receitas totais.
Qualquer
mínima redução desse repasse deixará o município sem a mínima
capacidade de investimento, tendo em vista que nesse ano investiu
apenas míseros 931 mil reais (0,72% de suas receitas).
Rio
das Ostras vem em segundo lugar, tendo recebido 121,9 milhões de
reais (22% de suas receitas totais). Apesar de ter investido um pouco
mais, 17,5 milhões de reais (3,16% de suas receitas), não se pode
dar ao luxo de arcar com qualquer redução de repasses de royalties.
O
mesmo vale para Armação dos Búzios que teve nos royalties 20% de
suas receitas totais (45,8 milhões de reais), com investimentos de
apenas 1,5%, e Cabo Frio, que recebeu 129,2 milhões de reais em 2017
(16,7% de suas receitas), com grau de investimento irrisório, igual a 1,7%.
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STF
Senado rejeita recondução de conselheiros que votaram a favor de Deltan
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lamentou a rejeição, pelos senadores, dos membros do Ministério Público para integrar o CNMP. Moreira Mariz /Agencia Senado |
O
Senado rejeitou nesta quarta-feira (18) a recondução de dois
conselheiros do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que
votaram a
favor do procurador Deltan Dallagnol,
chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, em uma ação na
semana passada.
O
nome Marcelo Weitzel Rabello de Souza também seria
rejeitado, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
encerrou a sessão depois que senadores que têm a Operação
Lava Jato como bandeira política passaram a obstruir a votação.
As
votações de indicações são secretas tanto no
plenário como na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde
os mesmos nomes haviam sido aprovados.
Foram
derrotados Lauro Machado Nogueira (36 a 24) e Demerval
Farias Gomes Filho (33 a 15). A votação da indicação de
Rabello de Souza não chegou a ocorrer.
Os
três já integravam o conselho, que, no último dia 10, negou por
unanimidade um pedido
do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para afastar preventivamente
Deltan Dallagnol de seu cargo até
que o órgão julgue um processo disciplinar contra ele.
Após
o voto do corregedor do CNMP, Orlando Rochadel, para
instaurar o PAD (processo administrativo disciplinar), o conselheiro
Fábio Stica pediu vista (mais tempo para analisar o caso),
interrompendo a votação. Foi a terceira vez que o caso entrou na
pauta do CNMP e ficou sem definição.
Mesmo
depois de Stica pedir vista quanto à abertura do PAD, os
conselheiros prosseguiram analisando somente o pedido de
afastamento preventivo. Nesse quesito, todos os membros do
CNMP que estavam na sessão acompanharam o corregedor e votaram por
negar a solicitação de Renan.
Isso
porque o senador acusou Deltan de uma falta mais grave, a de praticar
atividade político-partidária, mas o corregedor entendeu
que ficou configurada apenas uma falta mais branda, a de deixar
de guardar decoro pessoal no exercício do cargo.
Em
agosto, o CNMP formou maioria para arquivar uma reclamação
disciplinar que apura a conduta de Deltan a pedido da
senadora Kátia Abreu (PDT-TO).
A
reclamação envolvia possível falta funcional do procurador ao
compartilhar nas redes sociais uma reportagem sobre suposta
prática de caixa dois pela senadora.
Marcelo
Weitzel, Demerval Farias e Lauro Nogueira votaram pela manutenção
do arquivamento da reclamação disciplinar.
Durante
a votação, Renan Calheiros
anunciou que havia ingressado com uma nova representação no CNMP
pedindo novamente o afastamento de Deltan. Desta vez, a acusação é
de que o procurador fez conluio com a Rede para perseguir o
ministro Gilmar Mendes, do STF, por meio de uma ADPF (Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental).
O
partido solicitou em outubro que o STF impeça Gilmar Mendes de
“liberar indiscriminadamente” presos na Lava Jato.
O pedido ocorreu logo depois de o ministro determinar a soltura de
presos como Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná, sua
mulher, Fernanda Richa, e mais 13 pessoas.
"Trapaceando
para burlar as próprias limitações legais, o Deltan Dallagnol
maquinou um conluio com um partido político para perseguir o
ministro do Supremo Tribunal Federal através de uma ação de
descumprimento de preceito fundamental e caracterizando a atividade
político-partidária do Ministério Público Federal,
utilizando um partido político como laranja, para cassar um ministro
do Supremo Tribunal Federal", disse Renan na tribuna.
Membros
do "Muda, Senado", grupo pluripartidário de
cerca de 20 senadores que defendem a Lava Jato, a CPI da Lava Toga e
o impeachment de alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal),
acusaram um golpe de seus colegas contra a Lava Jato ao rejeitarem os
conselheiros.
"O
que acabou de acontecer é lamentável. É uma retaliação indevida
que lembra os piores momentos desta Casa. Esta Casa viveu momentos
tristes de sua história", disse o senador Randolfe Rodrigues ao
microfone.
"Eu
não quero nem que passe pela cabeça de ninguém, neste momento que
a gente vive, que está acontecendo aqui uma retaliação",
ironizou na tribuna o senador Eduardo Girão (PODE-CE), que também
integra o grupo.
Em
entrevista ainda durante a sessão, Randolfe disse que as rejeições
significavam que "Renan
voltou a ter protagonismo".
"Foram
rejeitados os nomes que não estão de acordo com ele. É o retorno
da velha guarda. O que a velha guarda quer é tutelar o
CNMP a seus interesses. É uma perseguição por não terem
sucumbido às pressões. Há muito tempo não vejo o plenário do
Senado ser usado como espaço de retaliação", disse o senador
da Rede.
Fonte:
"folha"
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quarta-feira, 18 de setembro de 2019
TCU acompanha metas do Plano Nacional de Educação 2014-2024
O
Tribunal de Contas da União (TCU), sob a relatoria do ministro
Walton Alencar Rodrigues, retratou a situação de cada
meta do plano, mas se concentrou nas metas relativas a educação
especial, plano de carreira e gestão
democrática
O
Tribunal de Contas da União (TCU) realizou, sob a relatoria do
ministro Walton Alencar Rodrigues, acompanhamento do Plano Nacional
de Educação (PNE) 2014-2024. O TCU retratou a situação de
cada uma das metas do plano, mas concentrou suas análises em
três delas: as metas 4 (educação especial), 18 (plano de carreira)
e 19 (gestão democrática).
A
previsão da Corte de Contas quanto ao alcance das 20 metas do Plano
Nacional de Educação é preocupante. São 12 metas
com risco muito alto ou alto de descumprimento ou cumprimento
parcial. Há uma meta com risco de descumprimento entre alto e médio.
Mas foram apontadas duas metas de baixo risco de descumprimento e
quatro metas que não puderam ter seu risco de descumprimento
estimado.
A
meta 4 do Plano Nacional de Educação se refere à
educação especial e foi
assim prevista na Lei 13.005, de 2014: “universalizar, para a
população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à
educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados”.
Por
isso, o TCU recomendou ao Ministério da Educação que, em
articulação com o Ministério da Saúde e o Ministério da
Cidadania, fomente ações e oriente os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios a também promovê-las, no sentido de facilitar a
consulta médica e a obtenção de laudo clínico pelos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, “a exemplo de mutirões e programas
de visitação médica às escolas, de modo a ampliar o acesso e
melhorar o atendimento educacional especializado”, explicou o
ministro-relator, Walton Alencar Rodrigues.
Já
a meta 18 do PNE está relacionada a plano
de carreira, assim descrita na lei: “assegurar, no
prazo de dois anos, a existência de planos de Carreira para os
profissionais da educação básica e superior pública de todos os
sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos profissionais da
educação básica pública, tomar como referência o piso salarial
nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso
VIII do art. 206 da Constituição Federal”.
Ou
seja, a meta 18 estabelece três propósitos: a elaboração de
planos de carreira para os profissionais da educação básica
pública; a elaboração dos planos de carreira para os profissionais
da educação superior pública; e o estabelecimento do piso salarial
nacional profissional como referência para a carreira dos
profissionais da educação básica pública.
De
acordo com o ministro Walton Alencar Rodrigues, “dados mais
atualizados indicam que dois terços
(66,7%) dos Estados atendem aos três quesitos da meta 18
e, de acordo com informações preliminares, menos
da metade (48%) dos municípios atendem aos três”.
Por
sua vez, estabelece a meta 19 do PNE: “assegurar
condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão
democrática da educação, associada a critérios
técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à
comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo
recursos e apoio técnico da União para tanto”.
O
TCU verificou a utilização de instrumentos de coleta de dados
inadequados para o acompanhamento dessa meta. “Ora não contemplam
tudo o que deve ser pesquisado, ora não apresentam tempestividade
necessária para acompanhamento das metas”, observou o
ministro-relator.
Assim,
o Tribunal apontou que o indicador utilizado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se
limitou à forma de seleção de
diretores de escola, “não contemplando outras
vertentes da gestão democrática como o regular funcionamento dos
fóruns, dos conselhos, dos grêmios estudantis e associações de
pais, e o envolvimento de profissionais e da família na elaboração
dos projetos pedagógicos”, ponderou o ministro do TCU.
Ainda
no que tange à gestão democrática, cerca de 70%
dos Estados já estabelecem critérios técnicos de mérito e
desempenho na escolha de diretores das escolas estaduais.
No entanto, isso ocorre em apenas 6%
dos municípios de todo o Brasil.
Serviço:
Leia
a íntegra da decisão: Acórdão
2.018/2019 – Plenário
Processo: TC
033.286/2018-3
Sessão:
28/08/2019
Secom
– ED/pn
Telefone:
(61) 3316-5060
E-mail: imprensa@tcu.gov.br
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PNE,
TCU
CPI DO HOSPITAL DA MULHER OUVE RELATOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
CPI do Hospital da Mulher em Cabo Frio. Foto: Rafael Wallace |
Lizandra
Rodrigues Gonçalves, de 27 anos, foi uma das 20 mães que perderam
seus bebês no primeiro semestre deste ano no Hospital da Mulher, em
Cabo Frio. Ela foi vítima de violência obstétrica com 41 semanas
de gestação e contou a sua história nesta terça-feira (17/09)
para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio (Alerj) que investiga mortes de
recém-nascidos no hospital da Região dos Lagos.
De
acordo com o pré-natal que realizou na rede particular, Lizandra
estava com o parto previsto para o dia 18 de fevereiro. Ela sentiu
dores dois dias antes e foi até o Hospital da Mulher. "Quando
dei entrada no dia 16, o médico fez o atendimento e me mandou de
volta para casa. Retornei no dia 18 com fortes dores e mandaram para
casa novamente. No dia 24 foi a mesma coisa. No dia 26 queriam que
voltasse de novo para casa mas eu insisti e disse que não tinha
sentido o meu bebê mexer desde a manhã. Fui internada e avisada de
que não havia mais batimento cardíaco no meu filho, e a cesariana
aconteceu dez horas depois', lamentou Lizandra, que é mãe de uma
menina de 8 anos. Além do descaso da unidade de saúde, ela reclama
ainda de não ter tido acesso ao prontuário médico. "Sem o
prontuário não conseguimos saber nem mesmo a causa da morte ",
contou
Presidente
da CPI, deputada Renata Souza (PSol), comentou que esses relatos
ajudam a comissão a identificar onde estão as falhas nesse processo
e a apresentar recomendações no relatório final da comissão.
"Precisamos urgentemente de mudanças e são esses depoimentos é
que podem qualificar ainda mais o documento que apresentaremos",
disse a parlamentar.
A
CPI também ouviu vítimas de outros hospitais. A relatora da CPI,
deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), disse que é preciso pensar
políticas públicas que protejam as mulheres. "Essa audiência
foi muito importante para ampliarmos esse debate", disse.
Fonte: "alerj"
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