Prefeito de Búzios André Granado e o secretário de educação Robalo |
Em
que município do Brasil um prefeito e um secretário de educação
se negam terminantemente a conversar com professores, servidores
públicos, sindicatos, conselheiros municipais, pais e responsáveis
de alunos em plena pandemia mundial sobre assuntos que podem colocar
em risco suas vidas?
O coronel de cidade do interior que hoje está sentado
na cadeira de prefeito da cosmopolita Búzios e o seu soldado posto no comando da fundamental secretaria de educação do município
se recusam a dialogar com a comunidade escolar – professores,
servidores, pais e responsáveis pelos alunos- o que fazer com as
escolas durante a crise sanitária que o país e o mundo atravessam.
Como a dupla de ditadores vai garantir a plena
segurança sanitária aos trabalhadores e às comunidades escolares
da rede municipal de ensino se, antes mesmo da eclosão da pandemia
mundial, as condições de trabalho, quanto às normas de saúde e
segurança, em estabelecimentos de
ensino e escolas já
eram descumpridas, como foi revelado
na recente sentença da Justiça do Trabalho que condenou o
município?
O Coronel e seu soldado resolveram, sem consultar
uma viva alma sequer, convocar os funcionários administrativos e as
equipes pedagógicas para o retorno ao trabalho presencial nas
unidades escolares justamente neste momento de grave risco à vida
provocado pela pandemia do Covid-19. A dupla de ditadores se recusa a qualquer tipo de diálogo com os profissionais da
educação em Búzios- representados pelo seu sindicato SEPELAGOS- em
greve há mais de 70 dias, justamente para exigir da prefeitura
garantia de plena segurança sanitária à toda comunidade escolar da
rede municipal de ensino.
A
dupla coronel-soldado ditatorialmente envia à Câmara de Vereadores
PROJETO DE LEI Nº 048/2020 (AUXÍLIO EMERGENCIAL PECUNIÁRIO) sem
nenhuma discussão prévia com os principais interessados, que são
os pais e responsáveis, mesmo depois de todos os problemas
enfrentados pela população quando da concessão das cestas básicas
adquiridas pelo Fundo Municipal de Saúde.
Nem
mesmo ao Conselho Municipal de Alimentação Escolar o ditador de plantão e seu soldado dão publicidade a respeito dos CONTRATO
Nº 050/2020 (FORNECIMENTO DO DENOMINADO “KIT ALIMENTAÇÃO”), da
EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, e demais
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO, que, em razão da
suspensão das aulas presenciais, tiveram seus objetos reduzidos,
tais como os de serviços de limpeza, jardinagem e manutenção das
unidades escolares.
A falta de diálogo do ditador de plantão não é de hoje. Quando os estudantes do Colégio Paulo Freire ocuparam a escola para impedir seu fechamento pela prefeitura, o coronel se recusou a receber uma comissão de representantes dos estudantes. Foi necessária a intervenção do Ministério Público e da Justiça de Búzios para garantir a manutenção do ensino de 2º grau no colégio municipal e INEFI, acabando com a ocupação.
O
autoritarismo do coronel é tanto que contagia. O
secretário da Mesa da Câmara- vereador da sua turma do amém- ao
ler no democrático Plenário da Casa Legislativa a carta aberta “Por
Nossos Filhos” elaborada por pais e responsáveis de alunos de
Búzios, resolveu censurar justamente a parte que fala da necessidade
de transparência do governo municipal. Pela primeira vez na história
da Câmara de Vereadores de Búzios uma Carta Aberta foi censurada.
Triste dia! O dia 20 de agosto de 2020 já entrou para a história do
legislativo buziano como O DIA DA CENSURA.
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