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sábado, 21 de setembro de 2019

Péssimos gestores esfolam o povo com impostos e retornam com muito pouco em investimentos




Os Estudos Socieconômicos do TCE-RJ de 2018, recentemente publicado, nos permitem comparar quanto cada habitante dos 91 municípios (sem a capital que tem TCE próprio, municipal) do estado recebeu da administração pública na forma de investimentos dos tributos pagos. Ou seja, quanto cada cidadão recebeu de volta em benefícios diretos e indiretos. Os dados são de 2017.

A prefeitura de Búzios em 2017, na péssima gestão André Granado, teve como receita tributária própria 59,514 milhões de reais que correspondem a 26% do total de suas receitas. Não estou considerando aqui as receitas oriundas das transferências correntes da União e do Estado (92,602 milhões de reais), tampouco os royalties (45,85 milhões de reais).

Para calcular a carga tributária própria, os “Estudos” do TCE-RJ levam em consideração a receita tributária própria (59,514 milhões de reais) mais o total arrecadado no ano com a cobrança da dívida ativa (6,410 milhões de reais). Dividindo-se essa soma pela população de Búzios em 2017 temos 2.043,53 reais de carga tributária própria, a segunda maior do estado, só perdendo para Macaé (2.859,26 reais).

Nesse ano, Armação dos Búzios investiu míseros 3,436 milhões de reais, o que representa 1,50% de suas receitas totais. Esse é o 50º pior grau de investimento entre os 91 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Ou seja, o município que tem a 2ª maior carga tributária é o 50º em investimentos.

Conclusão. Em 2017, cada habitante de Búzios recebeu da administração pública, na forma de investimentos, o equivalente a R$ 106,53 em benefícios diretos e indiretos. O que significa dizer que cada cidadão buziano recebeu de volta apenas 5,2 % (106,53 dividido por 2.043,53) dos tributos pagos como investimentos públicos.

As razões para essa baixa taxa de retorno são mais do que conhecidas. Búzios, assim como os outros municípios de nossa região, compromete grande parte de suas receitas com a manutenção da máquina administrativa. Sua folha de pagamento está sempre perto do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (54%), quando não o ultrapassa. As contratações de empresas terceirizadas, muitas delas desnecessária e caras, quando não superfaturadas, consomem o restante das receitas, não restando quase nada para investimentos na melhoria da qualidade de vida do povo buziano. Os números demonstram- e os números não mentem jamais- que nossos governantes preferem investir em seus currais eleitorais e nos amigos empreiteiros. Para o povo, as migalhas do que sobra!

O quadro nos demais municípios da nossa região não é muito diferente. A taxa de retorno em São Pedro da Aldeia é ainda pior do que a de Búzios. Apenas 3,6% da carga tributária própria (395,77 reais) retornam como investimento (14,48 reais).

Demais municípios:
Arraial do Cabo - 5,95% (carga tributária/capita: R$ 533,40 - - investimento per capita: R$ 31,79)
Cabo Frio – 11,7% (R$ 516,41 – R$ 60,61)
Araruama – 15% (R$ 483,65 – R$ 70,54)
Rio das Ostras – 15,1% (R$ 818,75 – R$ 124,05)
Iguaba Grande – 55,1% (R$ 619,25 – 336,36) (a exceção)

Observação:
Para mostrar que outro quadro é possível- para calar a boca dos pessimistas e dos conformistas que dizem que em todos os municípios as coisas são assim mesmo- ,com governantes investindo na melhoria da qualidade de vida da população mostro a taxa de retorno dos impostos em investimentos em outras cidades do estado.
Maricá – 128,6%
Niterói – 36,2%
Paraty – 53.6%
Tanguá – 96,9%
Pinheiral – 124,9%
Duas Barras – 167,8%
São Fidélis – 80,0%
Cambuci – 112,9%

Comentários no Facebook: 
Jorge Gianelli Adorei essa matéria! Esses são os fatos. E contra fatos não há argumentos. Falem o que falem os gestores e vereadores da cidade essa é a realidade em números. O resto é conversa fiada. Vale a pena que todos nós, que vivemos em Búzios leiamos atentamente esta matéria para entender o tamanho da sacanagem que os políticos, gestores e vereadores fazem conosco.