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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Secretário de Fazenda de Búzios diz que empresário buziano sonega demais


Leandro de Souza Silva, Secretário Especial de Governo e Fazenda

Segundo o Secretário Especial de Governo e Fazenda Leandro de Souza Silva, em depoimento prestado ontem (14) na Câmara de Vereadores de Búzios (ver link do vídeo abaixo), para sonegar impostos, os empresários buzianos estão se registrando como Micro Empreendedor Individual (MEI).  

Eles usam de artifício, de burla da legislação para se enquadrarem como MEI”.

Muitas empresas de Búzios que estavam classificadas no Simples Nacional, que têm um faturamento próximo de 1 milhão de reais por ano, cancelaram o Simples e se enquadraram no MEI. O secretário Leandro cita como exemplo uma pousada de Búzios que cobra uma diária próxima a 2 mil reais "que é MEI em burla à legislação", pois uma MEI não pode ter faturamento anual superior a 81 mil reais.

Dessa forma, eles passaram a não pagar imposto e taxas, já que as MEIs não pagam nenhuma taxa, causando um grande problema para a cidade.

Isso destrói nossa arrecadação” pois impacta “em milhões a economia da cidade”, diz o secretário.

A sonegação fiscal é tanta que Búzios tem hoje 4.604 MEIs. Isso significa dizer que 12,5% da população do município se tornou Micro Empreendedor Individual.

Eu nunca vi um município com tanto MEI como Búzios”, afirma espantado o secretário Leandro. O que, para ele, não existe na realidade. “Seguramente, 80% dessas MEIS são fraudes fiscais”.

Ainda de acordo com o secretário, a MEI é uma “praga tributária”. Um verdadeiro “câncer tributário”.

Finaliza o depoimento, garantindo que a Fazenda buziana está se preparando para atuar “maciçamente” e “fortemente” contra essa “evasão de arrecadação de receita que corrói não só nossos impostos diretos, como os impostos indiretos e as taxas".

Ver depoimento na íntegra em "YOUTUBE"

Observação 1: na introdução à sua fala, o secretário agradece o espaço concedido pelos vereadores para que ele possa estar colocando todas as "nuanças", tudo o que está acontecendo no cenério completamente novo e adverso atual. 


Observação 2: você pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na parte superior da coluna lateral direita. Desfrute!  


sexta-feira, 26 de julho de 2019

TERMO DE DECLARAÇÕES DO HACKER WALTER DELGATTI NETO



Íntegra do depoimento de hacker Walter Delgatti em que confessa a captação e repasse das mensagens de procuradores da força-tarefa da Lava Jato

AO(S) 23 DIA(S) DO MÊS DE JULHO DE 2019, NESTE(A) POLÍCIA FEDERAL – SEDE, EM BRASÍLIA/DF, ONDE SE ENCONTRAVA LUIS FLAVIO ZAMPRONHA DE OLIVEIRA, DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL, MATR. 8220, COMPARECEU WALTER DELGATTI NETO, SEXO MASCULINO, FILHO(A) DE (XXX) RIBEIRÃO PRETO/SP, ACOMPANHADO DO DEFENSOR PÚBLICO JORGE MEDEIROS DE LIMA, MATR. 0519/DPU. INQUIRIDO(A) A RESPEITO DOS FATOS, RESPONDEU: QUE EM MARÇO DE 2019 FEZ UMA LIGAÇÃO PARA SEU PRÓPRIO NÚMERO DE TELEFONE E PERCEBEU QUE TEVE ACESSO AO CORREIO DE VOZ; QUE SEMPRE UTILIZOU OS SERVIÇOS DE VOIP (VOZ SOBRE IP) TENDO EM VISTA SER UM SERVIÇO BEM MAIS BARATO PARA EFETUAR LIGAÇÕES TELEFÔNICAS; QUE APÓS TER PESQUISADO NA INTERNET CONTRATOU O SERVIÇO DA EMPRESA BRVOZ POR APRESENTAR OS PREÇOS MAIS BAIXOS; QUE PRECISAVA ENTRAR EM CONTATO COM O SEU MÉDICO E FEZ A EDIÇÃO DO NÚMERO CHAMADOR, DENTRO DO SISTEMA DA EMPRESA BRVOZ, COLOCANDO O SEU PRÓPRIO NÚMERO (16) 99994.6662; QUE APÓS CONSEGUIR EFETUAR A LIGAÇÃO PARA SEU MÉDICO, REALIZOU UMA LIGAÇÃO PARA SEU MESMO NÚMERO, VEZ QUE MANTEVE NO SISTEMA BRVOZ COMO NÚMERO CHAMADOR O TELEFONE (XXX); QUE ENTÃO PERCEBEU QUE TEVE ACESSO AO SEU CORREIO DE VOZ, TENDO ESCUTADO TODAS AS MENSAGENS QUE ESTAVAM GRAVADAS; QUE SEMPRE VALIDOU O ACESSO DO SEU TELEGRAM POR MENSAGEM DE VOZ, MOTIVO PELO QUAL PERCEBEU QUE PODERIA CONSEGUIR OS CÓDIGOS DO TELEGRAM DE OUTRAS PESSOAS POR MEIO DO ACESSO A MENSAGENS ARMAZENADAS EM CORREIOS DE VOZ; QUE APÓS TER TESTADO ESSE MEIO DE OBTENÇÃO DE CÓDIGO DE ACESSO EM SUA PRÓPRIA CONTA DO TELEGRAM, RESOLVEU TENTAR OBTER O CÓDIGO DO TELEGRAM DA CONTA VINCULADA AO NÚMERO DO TELEFONE DO PROMOTOR DE JUSTIÇA MARCEL ZANIN BOMBARDI; QUE O PROMOTOR MARCEL ZANIN FOI O RESPONSÁVEL PELO OFERECIMENTO DE UMA DENÚNCIA CONTRA O DECLARANTE PELO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS RELACIONADO A MEDICAMENTOS PRESCRITOS E CONSUMIDOS DESDE A SUA INFÂNCIA; QUE TOMA REGULARMENTE OS REMÉDIOS ALPRAZOLAM E CLONAZEPAM; QUE TAIS MEDICAMENTOS FORAM APREENDIDOS EM SUA RESIDÊNCIA EM UMA OPERAÇÃO POLICIAL QUE INVESTIGAVA CRIMES RELACIONADOS À INTERNET; QUE FOI ABSOLVIDO NESSE PROCESSO EM TODAS AS INSTÂNCIAS; QUE TENDO EM VISTA OS ATOS ILÍCITOS COMETIDOS PELO PROMOTOR NO PROCESSO CONTRA O DECLARANTE, RESOLVEU ACESSAR A CONTA DE TELEGRAM DE MARCEL ZANIN; QUE OBTEVE CONVERSAS DE CONTEÚDO DE INTERESSE PÚBLICO REALIZADAS PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA, MARCEL ZANIN BOMBARDI; QUE NESSAS CONVERSAS, MARCEL ZANIN COMETE SUPOSTAS IRREGULARIDADES NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO; QUE O CONTEÚDO DAS CONVERSAS DO PROMOTOR MARCEL ZANIN BOMBARDI FOI ARMAZENADO EM SEU NOTEBOOK E UM CLOUD (nuvem) da Dropbox; QUE resolveu não publicar o material obtido na conta do TELEGRAM de MARCEL ZANIN por temer ser vinculado ao ataque, tendo em vista que morava em uma cidade pequena e era conhecido por ter conhecimento avançados em informática; QUE através da agenda da conta do TELEGRAM do Promotor MARCEL ZANIN teve acesso ao número de um Procurador da República, cujo nome não se recorda, o qual participava de um grupo do TELEGRAM denominado “VALORIZA MPF”; QUE se recorda que o criador desse grupo era o Procurador da República ROBALINHO; QUE através da agenda da conta TELEGRAM de um dos Procuradores da República que participava do grupo “VALORIZA MPF” conseguiu acesso ao número telefônico do Deputado Federal KIM KATAGUIRI; QUE através da agenda do TELEGRAM do Deputado Federal KIM KATAGUIRI obteve o número do Ministro do STF ALEXANDRE DE MORAES; QUE, do mesmo modo, teve acesso ao código da conta do TELEGRAM vinculada ao Ministro do STF ALEXANDRE DE MORAES e obteve o número telefônico do ex-Procurador Geral da República RODRIGO JANOT; QUE por meio da agenda do TELEGRAM de RODRIGO JANOT obteve então os telefones de membros da Força Tarefa da Lava Jato no Paraná, dentre os quais os Procuradores da República DELTAN DALLAGNOL, ORLANDO MARTELLO JÚNIOR e JANUÁRIO PALUDO; QUE todos os acessos às contas do TELEGRAM das autoridades públicas acima mencionadas ocorreram entre março e maio de 2019; QUE somente armazenou o conteúdo das contas de TELEGRAM dos membros da Força Tarefa da Lava Jato do Paraná, pois teria constatado atos ilícitos nas conversas registradas; QUE dentre as conversas registradas pode citar assuntos relacionados ao Procurador da República DIOGO CASTOR, que foi afastado por ter financiado um outdoor em Curitiba/PR; QUE pode afirmar que não realizou qualquer edição dos conteúdos das contas de TELEGRAM das quais teve acesso; QUE acredita não ser possível fazer a edição das mensagens do TELEGRAM em razão do formato utilizado pelo aplicativo; QUE através da agenda do TELEGRAM do Procurador DELTAN DALLAGNOL teve conhecimento do número de telefone utilizado pelo Ministro SÉRGIO MORO; QUE obteve o código do TELEGRAM e criou uma conta no aplicativo vinculada ao número telefônico do Ministro SÉRGIO MORO; QUE também através da agenda do Procurador DELTAN DALLAGNOL teve acesso aos números telefônicos de membros do TRF 2, tais como o Desembargador ABEL GOMES e o Juiz Federal FLÁVIO; QUE não se recorda de ter acessado contas de TELEGRAM de Delegados da Polícia Federal lotados no estado de São Paulo; QUE não obteve nenhum conteúdo das contas de TELEGRAM do Ministro SÉRGIO MORO e dos Magistrados Federais do estado do Rio de Janeiro; QUE também teve acesso ao conteúdo das contas do TELEGRAM de membros do Ministério Público Federal que atuam no caso “GREENFIELD”; QUE não encontrou nada ilícito no conteúdo das conversas dos Procuradores da República que atuam no caso “GREENFIELD”; QUE em um domingo, mais precisamente na comemoração do Dia das Mães de 2019, procurou o jornalista GLENN GREENWALD para enviar o conteúdo das contas do TELEGRAM dos Procuradores da República DELTAN DALLAGNOL, ORLANDO MARTELO JÚNIOR, DIOGO CASTOR e JANUÁRIO PALUDO; QUE resolveu procurar o jornalista GLEEN GREENWALD por saber de sua atuação nas reportagens relacionadas ao vazamento de informações do governo dos EUA, conhecido como o caso SNOWDEN; QUE conseguiu telefone do jornalista GLENN GREENWALD através da ex-candidata MANOELA D’ÁVILA; QUE obteve o telefone da MANOELA D’ÁVILA através da lista de contatos do TELEGRAM da ex-presidente DILMA ROUSSEFF; QUE por sua vez conseguiu o telefone da ex-presidente DILMA ROUSSEFF através da lista de contato do TELEGRAM do ex-governador PEZÃO; QUE não se recorda como teve acesso ao número de telefone do ex-governador PEZÃO; QUE até hoje mantém em seu computador os atalhos de acessos das contas de TELEGRAM da ex-presidente DILMA ROUSSEFF e do ex-governador PEZÃO; QUE não armazenou nenhum conteúdo das contas do TELEGRAM da ex-presidente DILMA ROUSSEF e do ex-governador PEZÃO, tendo em vista que eram contas com poucas mensagens; QUE na manhã do Dia das Mães de 2019, ligou diretamente para MANOELA D’ÁVILA afirmando que possuía o acervo de conversas do MPF contendo irregularidades; QUE ligou para MANOELA D’ÁVILA diretamente da sua conta do TELEGRAM e disse que precisava do contato do jornalista GLENN GREENWALD; QUE a princípio MANOELA D’ÁVILA não estava acreditando no DECLARANTE, motivo pelo qual fez o envio para ela de uma gravação de áudio entre os procuradores da República ORLANDO e JANUÁRIO PALUDO; QUE no mesmo domingo do Dia das Mães, cerca de 10 minutos após ter enviado o áudio, recebeu uma mensagem no TELEGRAM do jornalista GLENN GREENWALD, que afirmou ter interesse no material, que possuiria interesse público; QUE começou a repassar para GLENN GREENWALD os conteúdos das contas de TELEGRAM que havia obtido; QUE como o acervo era muito volumoso, optou, juntamente com o GLENN GREENWALD alterar o método de envio do material; QUE assim, criou uma conta no Dropbox, enviou o material e repassou a senha para GLENN GREENWALD; QUE em nenhum momento passou seus dados pessoais para GLENN GREENWALD; QUE GLENN GREENWALD ou qualquer jornalista de sua equipe conhece o DECLARANTE; QUE nunca recebeu qualquer valor , quantia ou vantagem em troca do material disponibilizado ao jornalista GLENN GREENWALD; QUE o material disponibilizado ao GLEEN GREENWALD foi obtido exclusivamente pelo acesso a contas do TELEGRAM; QUE a partir do acesso que teve a contas do TELEGRAM de diversas autoridades públicas; QUE conhece GUSTAVO HENRIQUE ELIAS DOS SANTOS, SUELEN PRISCILA DE OLIVEIRA e DANILO CRISTIANO MARQUES desde a infância em Araraquara/SP; QUE nenhum momento repassou para GUSTAVO, SUELEN ou DANILO a técnica que criou para acessar contas do TELEGRAM; QUE sabe dizer que GUSTAVO utiliza o sistema BRVOZ para realizar ligações por VOIP; QUE não sabe dizer se GUSTAVO utiliza o sistema BRVOZ para realizar eventuais ligações de números predeterminados ou editados; QUE utilizou nome de DANILO para efetuar o contrato de aluguel do imóvel que reside; QUE todas as contas vinculadas ao referido imóvel, tais como luz e internet, ficaram em nome de DANILO; QUE não possui nenhuma conta de criptomoedas; QUE não possui conta do Bitcoin; QUE não tentou fazer o acesso a conta de TELEGRAM de nenhuma outra autoridade pública além daquelas citadas anteriormente no presente termo; QUE entretanto, também acessou o conteúdo do TELEGRAM do ex-presidente LULA, tendo acesso apenas a sua agenda do aplicativo; QUE não possui qualquer registro dos ataques realizados à conta do TELEGRAM do ex-presidente LULA; QUE não acessou a conta do TELEGRAM da deputada federal JOICE HASSEMAN, do Ministro da Economia PAULO GUEDES ou de qualquer outra autoridade do atual Governo Federal; QUE respondeu na justiça a dois processos criminais, um por falsificação e outro por tráfico de drogas de remédios, tendo sido absolvido em ambos; QUE foi condenado a pena de 1 ano e de 2 meses no processo de estelionato que correu na 1ª Vara Criminal de Araraquara/SP; QUE recorreu da sentença e está aguardando o resultado do recurso no Tribunal de Justiça; QUE perguntado se conhece [RASURADO] se reserva ao direito de permanecer em silêncio; QUE não possui formação técnica na área de informática, sendo um autodidata; QUE não exerce nenhuma profissão remunerada, obtendo seus rendimentos de aplicações financeiras que possui; QUE perguntado como obteve recursos para compor suas aplicações financeiras, afirmou não saber; QUE também realiza trabalhos de formatação para colegas de faculdade; QUE realizou operação de câmbio no Aeroporto de Brasília e do Rio Grande do Norte, tendo em vista a necessidade de adquirir dólares para um amigo; QUE perguntado qual o amigo seria esse, se reserva ao direito de permanecer em silêncio; QUE perguntado se comprou dólares a pedido de [RASURADO], se reserva ao direito de permanecer em silêncio. Nada mais disse e nem lhe foi perguntado. Foi então advertido(a) da obrigatoriedade de comunicação de eventuais mudanças de endereço em face das prescrições do Art. 224 do CPP. Encerrado o presente que, lido e achado conforme, assinam com o(a) declarante e comigo CINTHYA SANTOS DE OLIVEIRA, Escrivã de Polícia Federal, Mat. 9803, que o lavrei.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Nota à imprensa

Arte: MPRJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informa que o ainda deputado estadual Flávio Bolsonaro protocolizou, nesta quinta-feira (10/01), requerimento de cópia integral da investigação. A solicitação do deputado foi em resposta ao ofício encaminhado pelo procurador-geral de Justiça à Presidência da Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) no dia 21/12/2018.
Valendo-se de sua prerrogativa parlamentar, Flavio Bolsonaro esclareceu ao MPRJ que informará local e data “para prestar os devidos esclarecimentos que porventura forem necessários”. 
O Ministério Público do Rio reafirma que as investigações prosseguem com a realização de diligências de natureza sigilosa e oitivas de outras pessoas relacionadas aos fatos em apuração.
Fonte: "mprj"

Antes, no dia 8, o MP havia publicado a Nota de Esclarecimento:


"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informa que os depoimentos de Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz, filhas de Fabrício Queiroz e de sua companheira Márcia Oliveira de Aguiar, não ocorreram nesta terça-feira (08/01). De acordo com a defesa, "todas mudaram-se temporariamente para cidade de São Paulo, onde devem permanecer por tempo indeterminado e até o final do tratamento médico e quimioterápico necessários, uma vez que, como é cediço, seu estado de saúde demandará total apoio familiar." 
Como já foi amplamente noticiado, foi sugerida a próxima quinta-feira, dia 10/01, para oitiva do ainda deputado estadual notificado Flavio Bolsonaro que, por força de prerrogativa parlamentar, pode indicar nova data para seu depoimento.
O MPRJ esclarece que a oitiva dos investigados representa uma oportunidade para que possam apresentar suas versões dos fatos e que o não comparecimento voluntário e deliberado reflete, neste momento, uma opção dos envolvidos, sendo certo que o direito constitucional à ampla defesa também poderá ser exercido em juízo, caso necessário.

Vale destacar que a prova documental encaminhada pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao MPRJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações, com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal.
O MPRJ seguirá apurando os fatos  de forma reservada e sigilosa, manifestando-se apenas por meio de notas oficiais".
Fonte: "mprj"

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O que Suzana Neves, ex-mulher de Cabral, disse no processo em que ambos foram condenados


Processo nº 0504466-15.2017.4.02.5101

O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi condenado, nesta segunda-feira (3), a mais 14 anos e cinco meses pelo crime de lavagem de dinheiro

Cabral e os outros réus foram condenados com base em denúncia apresentada no início de junho pelo Ministério Público Federal (MPF). O texto citava pagamento de R$ 1,7 milhão em propina, que teria sido lavado por meio de empresas de fachada.

Na sentença, Bretas anotou que "o condenado idealizou e determinou a prática dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos por meio de seu operador financeiro Carlos Miranda, do empresário Flávio Matos de Werneck e de pessoa por ele aliciada, Alberto Silveira Conde".

Com a decisão, Susana Neves Cabral terá de cumprir oito anos e quatro meses em regime fechado; Maurício Cabral cumprirá quatro anos e seis meses em regime semiaberto. Outro réu, Alberto Silveira Conde, contador da FW Engenharia, vai cumprir seis anos em regime semiaberto. Já Flávio Werneck, dono da FW Engenharia, foi condenado a oito anos e quatro meses de reclusão.

Fonte: "odia"

DEPOIMENTO DE SUSANA NEVES CABRAL:


... Ele (Cabral) me dava um dinheiro mensal, que variava entre vinte, vinte e cinco, já chegou a quarenta por mês, quarenta mil reais. E num determinado momento, é o que é a denúncia, ele falou que tinha feito um negócio, enfim, que por um determinado tempo dinheiro seria depositado na conta da Araras. Eu como confiava nele 100% e o que eu queria era receber a pensão... Acho que de 2011 a 2013 esse dinheiro entrou na conta da Araras. Era um dinheiro até um pouco maior do que ele mandava e ele falou ‘olha vai ser um pouco maior mesmo, mas fica para você pagar viagem para os meninos, usa da melhor forma para os meninos’. Eu falei tá bom tudo certo e aconteceu isso. Depois acabou esse negócio com a Araras voltou a ser entregue como era antes. O Bezerra levava em dinheiro. Não, não, o Sérgio pagava assim, o plano de saúde dos meninos, ele pagava porque era junto do dele. Não, eu nunca dei conta pessoal nenhuma para eles pagarem não... Às vezes os meninos compravam alguma coisa no meu cartão, assim um valor mais alto, um terno, uma coisa e o Sérgio mandava o dinheiro... Não sei. Eu sei que o Bezerra me entregava, agora eu não sei se a mando do Carlos se a mando direto do Sérgio. Não é verdade, não é verdade. Nunca recebi R$100.000,00 do Sérgio, nunca recebi. Ele mandava o dinheiro para mim para custear as despesas da casa, enfim, colégio, esporte e tal... Variava, tinha meses que vinha trinta, não era uma coisa certinha não. Não tenho a menor ideia, não tenho a menor ideia. Nunca soube nem quem era a Survey, fiquei sabendo pelo jornal, nunca soube de nada disso. Ele só falou que tinha feito um negócio e que iria entrar na minha conta um dinheiro durante um tempo e tal, e para mim acabou. Nunca soube de nada disso. Nunca emiti uma nota, nunca fiz meu imposto de renda. Deve ser o Carlos, porque ele que fazia o meu imposto. O Carlos, o Carlos fazia meu imposto da Araras também, fazia o meu pessoa física e pessoa jurídica. Ele sempre que fez. Usava, eventualmente sim, muito pouco...” (interrogatório de Susana Neves Cabral 0:00 - 8:50)



... Juiz: E ele já conversou com a Sra. sobre esses repasses? Acusada: Jamais, nunca... Juiz: O Sr Flávio pagou uma reforma de uma casa da Sra. em Araras? Acusada: ... Na segunda-feira, o Sérgio me ligou falando assim ‘quero conversar com você e tal’... Ele falou ‘Eu quero ajudar, quero pagar a obra da casa e tal... Porque eu quero que os meninos tenham uma coisa confortável... Eu quero que seja feito tudo que for preciso, quero dar conforto para os meninos eles adoram ir para lá... Deixa comigo que eu vou pagar tudo, vou resolver tudo, vou botar o Flávio... O Flávio tem uma empresa de engenharia, ele é uma pessoa da minha inteira confiança, eu quero que ele toque a obra e seja o elo de ligação entre a gente’... O Sérgio me disse que ele pagaria, que o Flávio faria e que ele pagaria. Juiz: E houve também uma obra do imóvel de Minas? Pois é isso foi outra coisa... Mesma situação, os meninos foram para lá... Falaram com o Sérgio novamente... ‘Susana, a mesma situação de Araras, o Flávio vai tomar conta, vai cuidar de tudo’ e assim foi feito... Eu aceitei tá bom. Ele sabe que os meus únicos herdeiros são os filhos dele, que eu não tenho outros filhos, que tudo vai ficar mesmo para os meninos. Juiz: O Sr Flávio mencionou uma obra de uma cobertura na Lagoa. Acusada: Para mim não, ele não fez obra em apartamento na zona sul. Na Lagoa? Na Borges de Medeiros? Não. Olha cobertura? Eu tenho uma cobertura onde meu filho está morando e foi feita uma obra lá, mas eu não tomei nenhum conhecimento. O João tratou isso direto com o Sérgio, até porque eu não queria que ele fosse para esse apartamento. Não, a obra existiu... Que eu saiba foi um amigo do João que chamava Ricardo, que tinha uma empresa de engenharia, foi o que ele comentou comigo, mas eu não tomei nenhum conhecimento, até porque eu não queria que ele mudasse para esse apartamento, que esse apartamento era um apartamento que eu alugava e que me dava uma renda boa... Ele resolveu tudo com o Sérgio não foi comigo... Juiz: Essa empresa Survey a senhora conhece? Alberto Conde? Acusada: Nunca. Nunca ouvi falar...” (interrogatório de Susana Neves Cabral 8:50 - 16:10)


... A Araras não tinha nada... Como tinha os apartamentos no nome da Araras eu mantive a empresa, porque eu recebia os alugueis. Os alugueis eram depositados na conta da Araras... Esses valores desse período que você está falando? Era para a despesa da casa, era como se fosse a pensão... Na verdade o que interessava para mim era receber a pensão, se entrava na conta ou se me entregavam, para mim não fazia nenhuma diferença. Não, eu recebi sempre em espécie, só durante esse período é que  entrou na conta da Araras que eu recebi em nome da Araras, que foi entre 2011 e 2013, eu acho... Eu sou bacharel em direito, eu me formei em 86... Eu trabalho, eu trabalho na ALERJ, eu sou funcionária pública... Não, mas eu não tinha motivo nenhum de desconfiar do Sérgio, sabe um governador muito super bem avaliado, pai dos meus filhos, ué eu nunca desconfiei dele... Eu tinha ideia, mas ele tinha muito boa pública... viagens, os filhos estudando em escola bilíngue, Adriana com um escritório superforte, era um casal bem-sucedido... Vinte e um anos é muito tempo de separação, entendeu... Como é que eu ia saber, eu não tinha motivo nenhum para desconfiar dele... Não, antes de ele assumir eram vinte, já foi quinze, não tinha um dinheiro fechado. Mas, antes era quinze, vinte, mas ele sempre teve uma vida muito boa, eu não tinha motivo para desconfiar. Eu não tenho ideia, não tenho ideia... Eu escolhia tudo e falava para ele. Eu escolhia, é o que o Sérgio falou, o Flávio vai resolver tudo da casa... Eu não sabia que era uma construtora grande e não sabia de contrato de estado, nunca me meti nisso, nunca soube disso... Ele falou procura o meu amigo Flávio Werneck é diferente. Eu sei, mas eu não sabia que o Flávio prestava serviço para o Estado... Eu sempre tive uma vida muito confortável. Uma família muito boa, meu pai, sabe, super protetor, cuidava muito de mim, da minha mãe, da minha irmã. E ele era um cara bem-sucedido. Deixou imóveis para mim, deixou minha mãe bem também. Era uma vida muito boa. Ele era muito ligado lá em São João del-Rei. Ele gostava muito que eu tivesse esse apego as raízes dele e tudo. E é isso, me ajudou sempre e muito. Nunca, nunca na minha vida fiz imposto de renda. Meu pai fazia, depois o Carlos Miranda começou a fazer... Eu gastava, é para fins pessoais...” (interrogatório de Susana Neves Cabral 16:10 - 26:20)

Observação: grifos meus.

O que Sérgio Cabral disse no processo em que ele, sua ex-mulher e irmão foram condenados


Processo nº 0504466-15.2017.4.02.5101

O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi condenado, nesta segunda-feira (3), a mais 14 anos e cinco meses pelo crime de lavagem de dinheiro

Cabral e os outros réus foram condenados com base em denúncia apresentada no início de junho pelo Ministério Público Federal (MPF). O texto citava pagamento de R$ 1,7 milhão em propina, que teria sido lavado por meio de empresas de fachada.

Na sentença, Bretas anotou que "o condenado idealizou e determinou a prática dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos por meio de seu operador financeiro Carlos Miranda, do empresário Flávio Matos de Werneck e de pessoa por ele aliciada, Alberto Silveira Conde".

Com a decisão, Susana Neves Cabral terá de cumprir oito anos e quatro meses em regime fechado; Maurício Cabral cumprirá quatro anos e seis meses em regime semiaberto. Outro réu, Alberto Silveira Conde, contador da FW Engenharia, vai cumprir seis anos em regime semiaberto. Já Flávio Werneck, dono da FW Engenharia, foi condenado a oito anos e quatro meses de reclusão.

Fonte: "odia"

DEPOIMENTO DE SÉRGIO CABRAL:

“... O Flávio Werneck é filho da Sônia e do Fausto Werneck, casal que frequentou a minha casa desde que eu me entendo por gente, desde menino... O Flávio é um primo afetivo, eu acompanhei de certa forma a empresa dele nascer, crescer etc. Bem antes de eu ser governador e ele já prestava serviços públicos antes de eu ser governador. Como várias empresas, não só a dele, aproveitaram o bom crescimento do estado no meu período... Não é fato que eu tenha designado qualquer pessoa, seja Wilson ou Carlos Miranda, para tratar de qualquer percentual de obras com o Flávio, primeiro porque eu nunca tratei percentual de obras com ninguém, muito menos trataria com o Flávio e muito menos designaria alguém para tratar com o Flávio, sendo ele uma pessoa desse nível de intimidade que eu estou narrando para o senhor, total e absoluta. Tal é esse nível de intimidade, que eu pedi ao Flávio, ai eu confirmo para o senhor, que ‘Flávio oh campanha’... Se ele deu alguma coisa para campanha oficialmente, deve estar registrado em alguma de minhas campanhas, ou campanha minha ou campanha de aliados meus, é, é, mas muito pouca. Porque eu pedi exatamente que ele fizesse isso: que ele repassasse recursos para a Susana e que repassasse recursos para o Maurício e que fizesse obras nessas casas... Da mesma maneira que a Adriana, que eu reiterei muito com o senhor, a Susana também nunca participou de nada, nunca teve nenhum tipo de convivência com empresários, então não tinha menos noção de nada e ela ficou muito a vontade porque era o Flávio Werneck... Ela ficou muito a vontade para esse tipo de ajuda, por se tratar de uma pessoa com quem nós realmente tínhamos intimidade, que era o Flávio Werneck. Eu realmente repudio essa hipótese de eu solicitar propina para o Flávio e sobretudo designando terceiros para tratar isso... O Flávio, como eu tinha intimidade com ele, quer dizer, eu não pedia a ele recursos de campanha no mesmo nível que eu pedia a outras empresas. Então se ele deu alguma ajuda de campanha não deve ter sido tão expressivo perto de que ele poderia ajudar em função desse crescimento do Estado, das perspectivas do Estado, como os outros empresários ajudaram. Como eu disse ao senhor ajuda oficial e sobretudo ‘caixa 2’ e sobretudo ‘caixa 2’. Então o ‘caixa 2’ do Flávio foi muito mais essa ajuda do que propriamente ajuda de campanha. Juiz: Então o senhor estar me dizendo que ‘caixa 2’ para campanha, no seu dicionário, ‘caixa 2’ para campanha é igual a reforma da sua casa, reforma de apartamento e a pagamento de pensão de ex-mulher? Acusado: Não, não, não Dr. Marcelo. Eu coloquei isso como uma forma, que ele iria me ajudar em campanhas eleitorais e eu abri mão de campanhas eleitorais para dar esse tipo de ajuda, que eu reconheço que pedi para fazer... Porque nesse caso trata-se de pessoa da minha relação pessoal... Eu não pedi a ele nenhum tipo de propina e pedi a ele para fazer esse tipo de ajuda a mim. Não há nenhuma verdade no que ele está dizendo em relação ao 5%, aí ele tenta se adaptar ao discurso da acusação... Eu não olhei no olho dele para falar de propina, mas olhei no olho dele para falar da ajuda que eu pedi a ele, porque eu pedi, eu não terceirizei. Juiz: Em torno de 5 milhões de reais? Isso abatia na contabilidade que ele deveria dar? Acusado: Isso, isso... Não é verdade, não é verdade, não é verdade. Não é que eu concorde, Dr Marcelo acredite em mim, eu estou lhe contando a verdade... Eu estou dizendo que eu pedi a ele... Porque era uma pessoa da nossa relação pessoal, que fizesse esse tipo de obra... Eu estou afirmando que a responsabilidade é minha. Aí o senhor me pergunta com muita pertinência: O que isso tem a ver com caixa 2? Se isso não é propina, não é caixa 2. Na nossa lógica, minha e dele, eu poderia solicitar a ele uma ajuda de campanha mais expressiva, não solicitei. Ele deve ter feito um aporte de campanha para uma das minhas campanhas ou duas campanhas muito pouco expressivo, porque eu pedi isso para ele. É verdade, eu confundi nesse aspecto sim, um apoio que eventualmente poderia ser dado no caixa 2 a esse tipo de ajuda, mas jamais propina. Nunca sentei com ele, muito menos designei o Wilson Carlos ou o Carlos Miranda para fazer isso...” (interrogatório de Sérgio Cabral 0:00 - 19:00)

Observação: os grifos são meus.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Presidente do Conselho de Saúde é convocada pela CPI em Búzios

Vereadora Gladys e a documentação recolhida pela CPI da Saúde, foto camarabuzios

A presidente da CPI da Saúde de Búzios, vereadora Gladys Nunes, convocou a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Búzios, Maria Augusta Leite de Santana, para prestar esclarecimentos na CPI da Saúde nesta quarta-feira,, às 13h30min, no plenário da Câmara Municipal. 
Ex-secretários, funcionários públicos e até empresários também devem ser convocadas pela CPI.  Os depoimentos acontecerão sempre às quartas-feiras, a partir das 13h30min, e serão abertos ao público.
A vereadora anunciou também que, ainda esta semana, pretende protocolar pedido de prorrogação da CPI que investiga irregularidades na secretaria de Saúde e a queima de remédios numa área de proteção ambiental no bairro Baía Formosa. A vereadora revela que o processo já tem cerca de 20 mil páginas e diz que a CPI precisa de mais prazo para aprofundar as investigações.
— "O prazo inicial de 180 dias para a investigação é insuficiente para buscar os elementos necessários capazes de permitir aos integrantes da comissão um julgamento imparcial, por isso, vamos requerer mais noventa dias de prazo para que todas as investigações necessárias sejam feitas e o governo tenha o maior prazo possível para se defender das denúncias"- comentou Gladys.
A presidente da CPI tem se dedicado em tempo integral à análise e ao cruzamento de dados. As pilhas de processos sobre a mesa da vereadora mostram a extensão do trabalho. A comissão, instaurada no dia 10 de maio, além de Gladys, contou também com o apoio dos vereadores Valmir Martins de Carvalho, o Nobre; João Carlos Alves de Souza, o Cacalho; João Carlos Alves de Souza, o Dom; Adiel da Silva Vieira, o Dida e Josué Pereira dos Santos. Os vereadores Dida Gabarito é o relator e Dom, apesar da licença médica, ainda integra a Comissão como membro.
Gladys Nunes, que também preside a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara de Búzios, lembra que decidiu investigar a Saúde depois de receber uma série de denúncias de pessoas reclamando do tempo de espera de um ano por uma cirurgia em Búzios e da constante falta de medicamentos nos postos de saúde, na policlínica e no Hospital Rodolpho Perissé. Hospital que tinha sido fechado pelo governo, o que levou a vereadora a protocolar junto ao Ministério Público uma série de denúncias de omissão de socorro.
A vereadora revela que um laudo da polícia civil de Búzios comprova que os remédios queimados na área de proteção ambiental de Baía Formosa, pertenciam a Búzios, apesar do governo insistir em negar e, de acordo com ela, parte dos remédios ainda não estava com data de validade vencida.

Como vereadora e, principalmente, como mãe, não posso me calar diante da incompetência e do descaso com que a saúde de Búzios é tratada por esse governo covarde e incapaz, que teima em brincar com a Saúde e não respeitar a vida do nosso povo. Por isso, queima remédios às escondidas, em área de preservação ambiental. Uma prática reprovável para qualquer homem público, repugnante para um médico- critica a vereadora.

Da página do perfil da vereadora Gladys

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Dr. Marcelo Bretas autorize o olho no olho de Cabral com o povo do Rio

"Autorize o 'olho no olho' de Sérgio Cabral com essa população sofrida", foto jb




Carta aberta ao juiz Marcelo Bretas 

Autorize o "olho no olho" de Cabral com o povo desempregado do Rio

"Não somos autorizados a isso, mas temos a certeza de que a população do Rio de Janeiro agradece por todas as providências tomadas por Vossa Excelência, juiz Marcelo Bretas, contra os ladrões do estado, responsáveis diretos pelo desrespeito no processo hierárquico que hoje os servidores do Rio são quase obrigados a ter. Não recebem salários, são tratados como animais e sabem que as autoridades maiores e o ex-governador tinham no entorno deles uma quadrilha diretamente responsável pela falência do estado.

Participaram, segundo delatores - também delinquentes -, de todos os negócios sujos que, na administração desse senhor, foram feitos. E ainda participavam dos negócios sujos em áreas do governo federal. 

No Rio, balas perdidas matam crianças antes mesmo de elas nascerem. Matam fetos por responsabilidade desse ex-governador e sua quadrilha que descaradamente não assaltavam os cofres públicos, sequer deixavam que o dinheiro entrasse lá, pois roubavam antes, como meliantes de estrada.

O que se pergunta, Vossa Excelência, mesmo tendo que agradecer por sua atuação, é como esses delinquentes estão respondendo a processo por corrupção, algumas já constatadas e comprovadas, e continuam conseguindo pagar suas contas de gastos de luxo. 

Consta que Sérgio Cabral tem dois apartamentos no mesmo prédio. Como é um edifício de superluxo, onde residem apenas cinco famílias, o condomínio não pode ser inferior a uns 40 salários mínimos. Sendo que os apartamentos desse senhor são os maiores, e a média do metro quadrado deve dar a ele uma parcela de condomínio maior que para os outros.
Como se não bastasse, eles ainda pagam pela manutenção dos carros de luxo, pelos motoristas, empregados... Que movimentação de dinheiro é essa? 

Temos que fazer mais uma observação: o povo do Rio, por sugestão do próprio Cabral, quer ter um "olho no olho" com o ex-governador. Autorize que ele venha à praça pública fazer um "olho no olho" com todos os desempregados, todas as famílias que não podem pagar escola, saúde dos próprios filhos, moradia, comida... Mande ele vir fazer um "olho no olho" com os empresários que fecharam as portas pela falência do Rio. Mas quando ele vier fazer o "olho no olho", não deixe de autorizar que seus ex-secretários - principalmente da Saúde e aqueles que ainda não foram presos, que foram os grandes organizadores jurídicos dessa quadrilha que se instalou para a desgraça da Cidade Maravilhosa e do Estado Maravilhoso -, venham também.

Os 7 a 1 da Alemanha, na Copa do Mundo dos estádios superfaturados, eram um prenúncio da catástrofe que se instalava no país não só no futebol, mas também nos cofres públicos. Autorize, Vossa Excelência, o "olho no olho", mas não entre delinquentes. Autorize o "olho no olho" entre essa população sofrida e aqueles ratos que contaminaram e destruíram o nosso estado.


Fonte: "jb"

sexta-feira, 10 de março de 2017

Ela não é concursada, contratada ou comissionada. Então, ela é voluntária, secretário?

Vereadora Gladys questiona Secretário de Saúde de Búzios 

A Vereadora Gladys denuncia a prática de crime de nepotismo por parte do Secretário de Saúde Dr. Fábio Waknin por ter nomeado a esposa do Secretário João Carrilho, Srª Nara Carrilho, como chefe de enfermagem do Hospital Municipal Rodolfo Perissé. Diante da denúncia, o secretário fica todo enrolado. Nega que ela seja concursada, contratada ou tenha cargo de chefia. Ao mesmo tempo, afirma que ela detém cargo comissionado de "Coordenadora" e trabalha 40 horas no Hospital. Desconhecendo a estrutura administrativa da Prefeitura de Búzios afirma que o cargo de "Coordenadora" não é cargo de confiança.Também desconhece a Lei do Nepotismo pois acredita que ela não se aplica à Srª Nara Carrilho. Para ele, a Lei só vale para cargo de chefia "nomeado por portaria", justamente o que é o cargo de Coordenadora. Como o secretário garante que ela "trabalha" no hospital, ela só pode ser voluntária.   




Comentários no Facebook:

Mari Casas ai que inveja branca dessa Guerreira!!!! parabéns!!!

quinta-feira, 9 de março de 2017

Secretário não sabe quanto custa a manutenção predial das unidades de saúde de Búzios

Dr. Waknin, Secretario de Saúde de Búzios, presta depoimento na Câmara de Vereadores




Segundo o Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios gastamos R$ 785.230,80 no ano passado com manutenção predial das unidades de saúde de Búzios. A felizarda é a empresa NOVA BUZIOS EDIFICAÇÕES LTDA - 4858
Contrato: 90/2013. Processo: 000/07123/13.

A Prefeitura gastou R$ 65.435,83 por mês com a terceirização do serviço, quando deveria ter gasto R$ 58.000,00 como previa o contrato. A vereadora Gladys acertadamente se referiu a este valor mensal e ao valor anual de R$ 696 mil reais.

Reparem que foram empenhados 11 meses em Janeiro (empenho 36). Logo, um novo empenho deveria ser feito apenas em Dezembro. Mas, dois novos empenhos (empenho 355 e 356) foram feitos em Novembro. Como nos meses anteriores, estes empenhos de novembro são reempenhos que só poderiam ser feitos a partir da anulação parcial do empenho 36. 

Também é estranho que em Dezembro tenham sido feitos três empenhos (empenho 381, 382 e 386). Observem que o empenho 386 de R$ 31.230,80 é como um "plus", pois a soma dos dois outros empenhos 381 (26.769,20) e 382 (31.230,80) dá a mensalidade de R$ 58.000,00

Assim em vez de gastarmos R$ 696.000,00 (12 x R$ 58.000,00) com a manutenção, gastamos R$ 638.000,00 (11 meses) mais R$ 58.000,00 (novembro) mais R$ 89.230,80 (dezembro). o que resulta no montante de R$ 785.230,80

Vejam:

PAGAMENTOS: JANEIRO 2016

1) 18/01/2016
Empenho: 000036
Valor: 638.000,00
RELATIVO A 11 MESES DO EXERCÍCIO DE 2016.

TOTAL DE PAGAMENTOS (01/2016): R$ 638.000,00

PAGAMENTOS: MAIO 2016

1) 02/05/2016
Empenho: 000175
Valor: 58.000,00
(REEMPENHO TENDO EM VISTA A ANULAÇÃO PARCIAL DO EG 36/2016).

2) 20/05/2016
Empenho: 000177
Valor: 36.000,00
(REEMPENHO TENDO EM VISTA A ANULAÇÃO PARCIAL DO EG 36/2016).

3) 20/05/2016
Empenho: 00178
Valor: 22.000,00
(REEMPENHO TENDO EM VISTA A ANULAÇÃO PARCIAL DO EG 36/2016).

PAGAMENTOS: AGOSTO 2016

1) 26/08/2016
Empenho: 000294
Valor: 107.076,80
(REEMPENHO TENDO EM VISTA A ANULAÇÃO PARCIAL DO EG 36/2016).

2) 26/08/2016
Empenho: 000295
Valor: 124.923,20
(REEMPENHO TENDO EM VISTA A ANULAÇÃO PARCIAL DO EG 36/2016).

PAGAMENTOS: NOVEMBRO 2016

1) 08/11/2016
Empenho: 000355
Valor: 26.769,20

2) 08/11/2016
Emepnho: 000356
Valor: 31.230,80

TOTAL DE PAGAMENTOS (11/2016): R$ 58.000,00


PAGAMENTOS: DEZEMBRO 2016

1) Data:16/12/2016
Empenho: 000381
Valor: 26.769,20

2) 16/12/2016
Empenho: 000382
Valor: 31.230,80

3) 26/12/2016
Empenho: 000386
Valor: 31.230,80

TOTAL DE PAGAMENTOS (12/2016): R$ 89.230,80

Total no ano de 2016: R$ 785.230,80


Total por mês em média: R$ 65.435,83 

terça-feira, 7 de março de 2017

Dr. Waknin, Secretário de Saúde de Búzios, prestará depoimento hoje na Câmara de Búzios

Todos os moradores de Armação Dos Búzios estão convidados a comparecer à Câmara dos Vereadores de Búzios nesta Terça-Feira Dia (07/03) às 10h:00min. Pela reabertura imediata do Hospital Municipal

TODOS POR UMA ARMAÇÃO DOS BÚZIOS MELHOR!


Hospital abandonado, foto do facebook de Valmir Nobre


Comentários no Facebook:

Paulo Oliveira Oliveira o hospital é do povo, não do secretário nem do prefeito..
Luiz Carlos Gomes Concordo integralmente.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Audiências Públicas na Câmara de Vereadores de Búzios

Banner convocação audiência pública RGF


"Nas audiências públicas de apresentação do Relatório de Gestão Fiscal, a população tem oportunidade de saber sobre os gastos do município com Educação, com Saúde e com a Folha de Pagamento (a cada quadrimestre), e também o valor arrecadado pelo município nesse período. Participe!"

Banner convocação audiência pública RGF da Saúde

"Depois da audiência pública de apresentação do Relatório de Gestão Fiscal, referente ao 3º quadrimestre de 2016 - que será realizada no dia 23/02, às 14h no plenário da Câmara Municipal de Búzios - haverá também a prestação de contas das despesas com o Fundo de Saúde, referente ao mesmo período. A da Saúde começa a partir das 16h. Não perca!"


Meu comentário:

A quinta-feira (23) promete ser movimentada na Câmara de Búzios. Antes das duas audiências, na sessão ordinária das 10:00 horas, teremos a presença do novo secretário de Saúde Sr. Fábio Waknin- aquele que proibiu os vereadores de entrarem no Hospital- convocado para prestar esclarecimentos sobre os problemas de sua pasta. 

Você que vive reclamando dos problemas da Saúde do município- com razão- não deve perder a oportunidade de questionar o secretário de saúde. Não serão permitidas perguntas diretas ao secretário, mas você poderá dirigi-las aos vereadores.
   

sábado, 19 de dezembro de 2015

Em depoimento "premiado" Lula entrega Zé Dirceu

Zé Dirceu e Lula, foto do site cicerocattani


Em depoimento "premiado" na Polícia Federal, na condição de informante, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na última quarta-feira (16) que: 

1) não teve conhecimento de atos de corrupção na Petrobras ao longo dos oito anos em que governou o Brasil, entre 2003 e 2010.

2) não crê que os principais partidos de sua base aliada tenham, por meio de seus líderes, obtido vantagens indevidas em contratos das diretorias da petroleira.

3) integrantes de seu governo são alvos  de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento nas irregularidades cometidas na Petrobras devido a um processo em curso de criminalização do PT.

4) acha que o amigo Bumlai nunca se hospedou no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. 

5) não solicitou que Bumlai contratasse empréstimos em seu nome para repassar ao PT. 

6) os dois "jamais" trataram sobre "dinheiro ou valores". 

7) soube dos "boatos" dos empréstimos tomados pelo amigo por meio da imprensa.

8) "não tomou conhecimento" do processo de contratação, por parte da Petrobras, da empresa operadora do Vitória 10.000. 

9) não recebeu de Bumlai qualquer pedido para interferisse no processo de escolha para beneficiar o Grupo Schahin.

10) "nunca" solicitou que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado e preso no processo do mensalão por envolvimento no esquema de compra de votos no Congresso Nacional, contratasse empréstimos para o PT.

11) que, no anos em que comandou o Palácio do Planalto, não se envolveu nas negociações que resultaram nas indicações de Renato Duque,Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa para a diretoria da Petrobras.

12) as indicações para o governo eram feitas pelos titulares dos ministérios e passavam pelo crivo final da Casa Civil, à época chefiada pelo ex-ministro José Dirceu.

13) não sabe se foi o PT ou outro partido político que indicou Renato Duque para assumir a Diretoria de Serviços; "talvez" ele tenha sido indicado pelo PT. 

14) não conhecia Renato Duque e que não participou do processo de escolha do nome de Renato Duque"..

15) Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, era um funcionário de carreira da empresa, e que o processo de escolha dos nomes dos diretores não contava com a participação dele.

 16) não tratou diretamente sobre a substituição de Cerveró por Jorge Zelada na diretoria internacional da petroleira. 

17) sabia que Zelada era uma "reivindicação" do PMDB.

18) não recebeu de Bumlai qualquer pedido para que Cerveró fosse mantido à frente da diretoria internacional e que sua relação com o pecuarista "não permitia tal pedido".

19) não tratou com José Carlos Bumlai sobre a indicação de Nestor Cerveró para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. 

20) acha que a indicação de Cerveró para o alto escalão da BR Distribuidora "também foi uma solicitação do PMDB".

21)  o ex-dirigente, Paulo Roberto Costa, que também era funcionário de carreira da companhia de petróleo, foi indicado para a  Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras pelo Partido Progressista (PP). 

22) "nunca se sentiu pressionado" pelo PP para nomear Paulo Roberto Costa para a diretoria.

23) não acredita na denúncia de Costa de que 2% do valor dos contratos firmados pela Diretoria de Refino e Abastecimento eram repassados para o PT por meio do ex-tesoureiro da legenda João Vaccari Neto. 

24) Paulo Roberto Costa fez a acusação envolvendo o Partido dos Trabalhadores para obter a redução de sua pena nos processos da Lava Jato.

25) não conhece o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que trabalhava ao lado de Renato Duque e se tornou um dos delatores do esquema de corrupção da petroleira.

26) não acredita na versão do ex-gerente e, mais uma vez, atribuiu a denúncia à tentativa de obter os benefícios da delação premiada.

27) não soube, não autorizou e não acredita no repasse de recursos suspeitos para João Vaccari Neto e para o ex-tesoureiro de sua campanha à Presidência José de Filippi. 

28) não acredita que Filippi tenha recebido dinheiro ilícito da Queiroz Galvão.

29) é amigo de Vaccari e que o conheceu na época em que o ex-tesoureiro do PT presidia o Sindicato dos Bancários de São Paulo. 

30) sua relação com Vaccari no PT foi "pequena", na medida em que ele deixou o comando da sigla em 1996. 

31) a direção do PT relatou a ele que Vaccari fez um excelente trabalho à frente da Tesouraria da sigla.

32) a indicação de José Eduardo Dutra para a presidência da Petrobras foi uma decisão pessoal sua. Justificou que, além de ter conhecimento do setor petroquímico, Dutra era geólogo e tinha envolvimento com o movimento sindical.

33) foi dele a decisão de nomear José Sérgio Gabrielli para o comando da estatal do petróleo.

34) não tinha "amizade" com o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, um dos delatores da Lava Jato.

35) não lembra quando conheceu o empreiteiro, mas contou que, em 2011, se reuniu pela primeira vez reservadamente com Pessoa na sede do Instituto Lula, em São Paulo. O delator da Lava Jato, de acordo com ele, foi à entidade para convidá-lo a dar uma palestra na UTC.

36) não acredita que Ricardo Pessoa tenha repassado dinheiro ilícito para Vaccari, como o empreiteiro contou ao Ministério Público em depoimentos de seu acordo de delação premiada.

Fonte: G1

Comentários no Facebook:

Carlos Simas Caso a matéria na íntegra seja de fato do G1, ele errou feio ou é maldade mesmo (o que tem tudo para ser) pois o Presidente Lula não está sendo investigado e, portanto não pode se submeter ao Instituto Penal da Delação Premiada. Sem entrar no mérito da questão, o ex-presidente apenas foi convidado a prestar alguns esclarecimentos, nada mais, pelo menos por enquanto.

Ipbuzios Carlos, fui eu que fiz uma brincadeira com a delação premiada. Não existe depoimento premiado. Repare que coloquei o "premiado" entre aspas. Grande abraço.