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A
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai colocar em
julgamento nesta terça-feira (23) o agravo regimental
que busca rever a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva à pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro, apurados no âmbito
da Operação Lava Jato. A sessão começará às 14h e será
transmitida ao vivo pelo canal do STJ no YouTube.
O
ex-presidente está preso desde abril de 2018, após ser condenado
pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no processo
relativo ao tríplex do Guarujá (SP). De acordo com a
ação penal, Lula teria recebido vantagem indevida em contrato
da construtora OAS com a Petrobras. Além disso, o
ex-presidente teria ocultado e dissimulado a titularidade do
apartamento no litoral paulista.
Em
novembro do ano passado, em decisão monocrática, o ministro Felix
Fischer negou
provimento
ao recurso especial
do ex-presidente contra o acórdão condenatório do TRF4.
Na
decisão, o ministro afastou as alegações de suspeição
do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba
para julgar o processo, de ausência
de correlação entre a denúncia e a condenação
e de violação
do direito ao contraditório e à ampla defesa.
Nesses pontos, Felix Fischer aplicou a Súmula
7 do
STJ, segundo a qual a pretensão de simples
reexame de prova não justifica a interposição de recurso especial.
Contra
essa decisão, a defesa recorreu à Quinta Turma com o
agravo regimental.
Crime
impossível
No
recurso, os advogados de Lula alegam novamente violação das
regras de competência e imparcialidade do juízo
sentenciante e dos procuradores da República que atuaram no caso.
Também são alegadas como teses defensivas a condenação
fundada exclusivamente em depoimento do empresário Léo Pinheiro, da
OAS, e a inexistência de vantagem indevida recebida
pelo ex-presidente, o que caracterizaria a hipótese de crime
impossível.
A
defesa pede, entre outras coisas, a anulação ou reforma do
acórdão condenatório do TRF4, com o reconhecimento das
nulidades processuais, ou a absolvição de Lula por injusta
condenação. De forma subsidiária, pede o redimensionamento
da pena do ex-presidente, com a sua fixação no mínimo legal.
Em
março deste ano, após a fixação de
tese pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que é
competência
da Justiça Eleitoral o julgamento de crimes comuns conexos com
delitos eleitorais,
a defesa de Lula também requereu ao STJ a remessa da ação penal
contra o ex-presidente para a Justiça especializada, tendo em vista
as implicações eleitorais também apuradas pela Operação Lava
Jato no caso do tríplex do Guarujá.
Histórico
Mesmo
antes de o recurso especial chegar ao STJ, a Quinta Turma negou,
em março de 2018, habeas corpus preventivo interposto pela defesa do
ex-presidente com o objetivo de impedir
a execução provisória da pena fixada pelo TRF4,
antes do trânsito em julgado da condenação penal.
À
época, o colegiado entendeu que a previsão, pelo TRF4, quanto ao
início do cumprimento da reprimenda, após a conclusão do
julgamento pelas instâncias ordinárias, seguiu corretamente a tese
fixada em 2016 pelo STF, o qual concluiu que a execução provisória
da condenação – ainda que sujeita a recurso especial ou
extraordinário – não compromete o princípio constitucional da
presunção de inocência.
Em
agosto do ano passado, a Quinta Turma também rejeitou um
pedido de Lula para atribuir
efeito suspensivo ao seu recurso especial
e, dessa forma, permitir que ele deixasse a prisão e pudesse
participar da campanha eleitoral, até o julgamento do recurso pelo
tribunal.
Fonte:
"stj"
Quais
ministros julgarão o recurso de Lula?
A
Quinta Turma do STJ é formada por cinco ministros, mas um deles,
Joel Paciornik, se declarou impedido. Por isso, somente quatro
julgarão o recurso:
Felix
Fischer (relator
da Lava Jato);
Reynaldo
Soares (presidente
da Quinta Turma);
Jorge
Mussi;
Marcelo
Navarro Ribeiro Dantas.
O
que acontece se houver empate?
Em
caso de eventual empate, um ministro da Sexta Turma será convocado.
Pelas regras do STJ, o convocado é o ministro com tempo de tribunal
equivalente na outra Turma do ramo. Com isso, deve ser convocado o
ministro Antonio Saldanha.
Fonte: "G1"
Segundo o UOL, o histórico de decisões do colegiado é de manter as decis~~oes do TRF-4 em casos da Operação Lava Jato.
Segundo o UOL, o histórico de decisões do colegiado é de manter as decis~~oes do TRF-4 em casos da Operação Lava Jato.
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