O
jornalista Wellington Serrano da A
Tribuna RJ fez um levantamento sobre as condenações e as
cassações na Justiça Eleitoral e dos casos de improbidade
administrativa nas promotorias de cidadania do Ministério Público
do Rio de Janeiro (MPRJ) dos prefeitos eleitos em 2016 no estado.
André
Granado MDB,
prefeito de Búzios, pode ser afastado a qualquer momento pelo
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A medida, pedida pelo
Ministério Público, é uma entre tantas no estado para frear a
série de desmandos que levam os chefes do Executivo ao banco dos
réus. Granado tem dez ações por improbidade administrativa e a
duas penais, que já resultaram em uma condenação. Segundo o MP, o
que acontece em Búzios é o mesmo cenário de várias prefeituras do
Estado: casos de mau uso de verba pública.
Recentemente,
o prefeito de Japeri, Carlos
Moraes,
em decisão da 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, foi preso na
Operação Sênones por suspeita de associação com o tráfico. A
pena, no entanto, é cumprida em regime aberto. Apesar do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro ter revogado a prisão de Wanderson
Gimenes (Solidariedade)
deputado eleito e ex-prefeito de Silva Jardim, a justiça local
manteve ele preso por crimes de corrupção e fraudes em licitações.
Em
março, Ana
Grasiella Moreira Figueiredo Magalhães
foi afastada da Prefeitura de Iguaba Grande, na Região dos Lagos,
por determinação da Justiça. O vice-prefeito, Leandro Coutinho,
assumiu o cargo.
Grasiella
e outras cinco pessoas foram denunciadas pelo MP por crimes de
corrupção e fraude em licitação. Entre os investigados estão o
ex-secretário de governo Mauro Siqueira Gomes; o ex-secretário de
obras Luis Jeronymo de Mesquita; e a presidente da comissão de
licitação Valéria Santana Herdy.
Já
em Saquarema, a prefeita Manoela
Peres
e o vice, Pedro Ricardo de Carvalho Oliveira, tiveram seus diplomas
cassados pelo TRE-RJ. A Justiça determinou que eles fiquem
inelegíveis por oito anos a partir da eleição de 2016.
Em
Niterói, após a soltura em 12 de março, o prefeito Rodrigo
Neves (PDT)
espera saber se virará réu, caso o Colegiado do Tribunal de Justiça
aceite a denúncia do MP, que o acusa de integrar uma organização
criminosa envolvendo empresários do setor de transporte público,
suspeita de desviar R$ 10,9 milhões. Rodrigo está com seu
passaporte apreendido e proibido de sair do país.
Ainda
em março, o MP pediu à Justiça o afastamento do prefeito de
Itaperuna, no Noroeste Fluminense, Dr.
Vinícius (PR).
A ação civil pública se baseia em irregularidades na execução do
contrato de coleta de lixo na cidade. No final de março, o
desembargador Paulo Sérgio dos Santos indeferiu o pedido de efeito
suspensivo no agravo de instrumento interposto contra decisão que,
nos autos de ação civil pública e, com isso, o prefeito de
Itaperuna continua afastado.
Em
Paraty, o Tribunal Regional Eleitoral também cassou os mandatos do
prefeito Carlos
José Gama Miranda,
o Casé, e do vice Luciano Vidal. O TRE investiga o envolvimento dos
dois na transformação das cestas básicas distribuídas pela
Secretaria de Assistência Social em cartões eletrônicos. O órgão
alega que 2 mil unidades desses cartões haviam sido adquiridas sem
licitação pelo Fundo de Assistência Social da Prefeitura. O TRE
informou que também houve abuso de poder político envolvendo as
obras de asfaltamento e recapeamento na semana anterior da eleição.
O prefeito e vice-prefeito continuam no cargo e informaram que vão
recorrer da decisão.
Na
semana passada, o TJ-RJ aceitou também a denúncia contra o prefeito
de Macaé, Dr.
Aluízio (MDB),
através de um processo instaurado em 2017 pelo MP.
Não
podemos esquecer das eleições suplementares que foram realizadas
entre junho e outubro de 2018 e que definiram os novos prefeitos e
vices de Cabo Frio e Rio das Ostras. Em Cabo Frio, a população
escolheu o Dr. Adriano, o sucessor de Marquinho
Mendes
(PMDB), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril do
ano passado.
Já
em Rio das Ostras, a nova votação definiu Marcelino da Farmácia
(PV), que ocupa o cargo no lugar de Carlos
Augusto Balthazar (MDB),
que teve o registro de candidatura negado por abuso de poder
econômico e político nas eleições de 2008.
Em
abril de 2018, Laje do Muriaé passou por eleição suplementar
devido a compra de votos e abuso de poder político nas eleições de
2016 por parte do ex-prefeito, Dr.
Rivelino (PP).
Em Aperibé, o vice-prefeito assumiu a chefia do Executivo em julho
após a Justiça Eleitoral afastar do cargo então prefeito Flávio
Diniz Berriel (PP).
Já
em Teresópolis, os moradores também foram às urnas para escolher o
novo chefe do Executivo depois que Mário
Tricano
desistiu da liminar que o mantinha no cargo.
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