Prefeituras
e distribuidoras de água foram questionadas sobre a pesquisa,
divulgada pelas organizações Agência
Pública,
Repórter
Brasil
e Public
Eye,
que aponta níveis de agrotóxicos
acima do permitido pela legislação brasileira.
O G1 buscou
informações sobre os níveis
de agrotóxicos presentes na água consumida
em 50 municípios do interior do Rio, com base na pesquisa "Por
Trás do Alimento",
divulgada em 15 de abril pelas organizações Agência Pública,
Repórter Brasil e Public Eye.
Desta
forma, as informações sobre agrotóxicos inseridas no sistema
Sisagua,
do Governo Federal, pelas próprias distribuidoras de água ou
Prefeituras, entre os anos de 2014 e 2017, ganharam uma versão mais
simples: um
mapa informativo.
Nele,
ao inserir o nome da cidade, o morador pode saber não só se a
quantidade
de agrotóxico na água que ele consome
está dentro do limite permitido pela legislação brasileira, mas
também os
tipos e o nível de toxidade de cada um deles.
Por
meio desse esforço investigativo das organizações, que durou cerca
de um ano, uma situação preocupante foi revelada à população
brasileira: o excesso da concentração de alguns dos 27
agrotóxicos
que as distribuidoras de água são obrigadas, por lei, a detectar e
lançar no sistema Sisagua.
Foi
com base no mapa criado pelas organizações, que o G1 questionou
as condições da água em 50
cidades do interior do Rio.
Dos 50 municípios, foram
encontrados dados de apenas 14,
pressupondo que o restante, 36, sequer enviou informações ao
governo federal.
Armação
dos Búzios, assim como outros tês municípios atendidos pela
concessionária Prolagos - Arraial
do Cabo, Iguaba
Grande e São
Pedro da Aldeia -
não tiveram dados divulgados pela pesquisa "Por Trás do
Alimento".
Segundo
o estudo, três
municípios,
entre os 14 que enviaram os dados, apresentam quantidade de
agrotóxicos na água de consumo acima
do limite permitido pela legislação brasileira:
Campos
dos Goytacazes: 9
tipos em excesso
Petrópolis: 1
tipo em excesso
Trajano
de Moraes: 1
tipo em excesso
Outros
municípios com dados
Os
outros onze
municípios com dados
disponíveis na pesquisa apresentaram resultados dentro da legislação
brasileira, segundo o estudo.
São eles: Santo Antônio de Pádua (Águas de Pádua), Cabo Frio (Prolagos), Nova Friburgo (Águas de Nova Friburgo), Araruama (Águas de Juturnaíba), Casimiro de Abreu (Águas de Casimiro), Bom Jardim, Cordeiro, Cantagalo, Duas Barras e Sumidouro (Cedae).
São eles: Santo Antônio de Pádua (Águas de Pádua), Cabo Frio (Prolagos), Nova Friburgo (Águas de Nova Friburgo), Araruama (Águas de Juturnaíba), Casimiro de Abreu (Águas de Casimiro), Bom Jardim, Cordeiro, Cantagalo, Duas Barras e Sumidouro (Cedae).
Porciúncula (Cedae)
também está entre esses municípios, porém, a pesquisa indicou que
apenas
dez dos 27 testes
exigidos tinham sido feitos.
Onde
estão os dados de 36 municípios?
A
reportagem procurou também os responsáveis pela água dos 36
municípios que não tiveram os números divulgados para saber se as
empresas têm monitorado a qualidade da água que chega à casa das
pessoas.
Cedae
A
Cedae, responsável pelo abastecimento de água em 32
dos 50 municípios
procurados pelo G1,
informou que faz a análise dos dados, mas não é obrigação dela
lançar os números no Sisagua. Dos municípios atendidos pela
companhia, 26
não tiveram os dados compilados
pela pesquisa "Por Trás do Alimento".
Entre eles estão: Macaé, Teresópolis, Quissamã, Varre-Sai, Itaocara, Macuco.
Outros municípios atendidos pela Cedae sem dados disponíveis: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Carapebus, Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Maricá, Miracema, Natividade, Rio Bonito, Rio das Ostras, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, São José de Ubá e São Sebastião do Alto.
Outros municípios atendidos pela Cedae sem dados disponíveis: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Carapebus, Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Maricá, Miracema, Natividade, Rio Bonito, Rio das Ostras, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, São José de Ubá e São Sebastião do Alto.
Águas
de Juturnaíba
Os
municípios de Silva
Jardim e Saquarema,
atendidos pela Águas de Juturnaíba, também estão sem dados no
estudo feito pela Agência Pública e Repórter Brasil a partir dos
relatórios oficiais do Sisagua.
Municípios
autônomos
Algumas
Prefeituras que não tem dados disponíveis, de acordo com a pesquisa
da Agência Pública e Repórter Brasil, são responsáveis pela
distribuição da água para a população. É o caso de Areal
Outros
municípios autônomos sem dados disponíveis: São
José do Vale do Rio Preto, Carmo e Conceição
de Macabu.
Ver matéria completa em "g1"
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