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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Nelson Mota ironiza teorias conspiratórias petistas e Leonardo Boff cai na pegadinha



Conspiração diabólica

"O juiz Sergio Moro estudou em Harvard como fachada, mas, na verdade, foi treinado pela CIA para criar a Lava-Jato e enfraquecer a Petrobras, derrubando o preço de suas ações para serem compradas a preço de banana por petroleiras americanas. Era o início de um plano diabólico gerado por mentes doentias no Departamento de Estado.

O começo foi perfeito. Sem provas e atropelando a lei, Moro encarcerou vários diretores da Petrobras levando o público a acreditar na farsa de que a estatal tinha se tornado um ninho de corruptos que roubavam para seus partidos, e para eles mesmos. Prendeu cidadãos de bem acima de qualquer suspeita como Eduardo Cunha, Antonio Palocci, Marcelo Odebrecht e figurões de vários partidos.

Sob orientação de torturadores da CIA, usou e abusou da delação premiada e das prisões preventivas, torturando psicologicamente os investigados para que entregassem seus companheiros, nos fazendo um país de Silvérios e traíras. Mas o grande traidor era ele mesmo.

O audacioso plano avançava. O objetivo final era a Presidência da República! Não para ele, que, pelos seus índices de popularidade, seria um candidato quase imbatível, mas para entregar o país aos americanos. Mas primeiro era necessário condenar e prender Lula, que tinha 35% das intenções de voto.

O mais difícil foi convencer os três juízes do TRF-4 a aderir à conspiração. Mas sabe-se lá com que meios diabólicos que justificassem seus fins, a sentença cruel de Moro foi confirmada por unanimidade. E ainda aumentaram a pena. O STJ e o STF aprovaram: Lula estava preso, e o caminho aberto para Bolsonaro, que tinha 5%, ser o catalisador do antipetismo. Bingo!

Com Bolsonaro eleito, Moro recebeu o prêmio pelo seu trabalho sujo, ou talvez castigo, porque ser ministro da Justiça do Brasil é um dos piores empregos do mundo.

Mestre Verissimo, um dos meus petistas de estimação, sempre se queixou da falta do ponto de ironia. Mas agora temos similar:
kkkkk.
PS: é claro que vão cortar o final e publicar como denúncia real… kkkkk".

Fonte: O Globo

Comentário de Leonardo Boff no Twitter: 

"Leiam o artigo de Nelson Motta em O Globo de 9/11:"O juiz Sergio Moro estudou em Harvard como fachada,mas,na verdade,foi treinado pela CIA para criar a Lava-Jato para enfraquecer a Petrobras...Era o início de um plano diabólico gerado por mentes doentias no Departamento de Estado"
"Não sou eu que digo, disse-o antes Moniz Bandeira e eu tb há muito tempo por fontes fidedignas.Agora é o Globo,por surpresa geral".
"Recebi muitas ofensas por causa do artigo de Nelson Motta sobre a formação de Moro na CIA e que foi aluno em Harvard. Fui prof.visitante em Harvard,por pouco tempo,e ministrei um seminário no MIT para professores.O que Motta diz no começo é verdade e vai ser confirmado ainda".

A intenção de Nelson Mota era apenas brincar com a mente conspiratória dos militantes petistas.

Na sexta-feira (9), Leonardo Boff mostrou que alguns petitas acreditam em tudo que leem na internet, desde que se encaixe em suas teorias esdrúxulas.

Em seu perfil oficial no Twitter, Boff recomenda a leitura do texto de Nelson Motta. Cita trecho inicial do artigo onde o autor acusa o juiz Sergio Moro de ser um agente da CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos. E conclui que até o jornal O GLOBO, "pra surpresa geral", passou a acreditar na teoria. (ver twitters acima)  

Boff, com toda certeza, não leu o texto inteiro antes de correr para o Twitter para postar nas redes sociais. Cometeu fake news. Os sites de direita estão em êxtase! 

Ponto para Nelson Mota. No próprio texto ele previu que muitos petistas apressados fariam o que Boff fez:  "Vão cortar o final e publicar como denúncia real". A premonição de Nelson Mota revela que as narrativas fictícias de "perseguição judicial" e "golpe" estão fazendo muito mal às mentes petistas. Sem qualquer autocrítica dos crimes que cometeram os petistas estão sem entender o anti-petismo que criaram. Desnorteados, devem esta vendo fascistas por todos os cantos. Alguns estão procurando fascistas embaixo de suas camas. Só falta dizer que eles (os fascistas) comem criancinhas! 

   

terça-feira, 19 de abril de 2016

A carta fora do baralho

Em 1929, às vésperas da quebra da Bolsa de Nova Iorque, John Rockefeller, o primeiro americano a ter mais de um bilhão de dólares, vendeu todas as suas ações. Quando lhe perguntaram o motivo de ter saído ileso da crise, Rockefeller explicou que ao engraxar o sapato e receber do engraxate dicas sobre quais ações deveria comprar, percebeu a fragilidade do mercado financeiro e retirou, a tempo, o seu dinheiro.

No último domingo, no trajeto Copacabana-Santos Dumont, lembrei-me da depressão de 1929. Conversa vai e vem, respondi ao motorista curioso que era economista. Foi o suficiente para ouvir, de bate-pronto, uma pergunta: “Pedalada é crime mesmo?” Entre um copo d'água e uma bala, percebi que a fraude fiscal já tinha se tornado um assunto popular.
Assim, conversamos não apenas sobre as “pedaladas”, mas também sobre outros aspectos da reprovação das contas da presidente por parte do TCU e sobre o processo do impeachment. A meu ver, a maquiagem das contas públicas para viabilizar a reeleição, arquitetada por Mantega, Arno e outros auxiliares diretos da presidente, teve quatro pontos principais.

Inicialmente, o governo, em fevereiro de 2014, fraudou um decreto de programação financeira e de contingenciamento. Esse decreto, com base na arrecadação e na projeção de despesas, teve o objetivo de criar limites para os dispêndios naquele exercício. Ocorre que a área econômica já tinha conhecimento, por exemplo, da frustração de receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (R$ 5 bilhões) e de que precisaria suplementar as despesas com o seguro-desemprego (R$ 9 bilhões). Desta forma, o contingenciamento que o governo realizou no início do ano deveria ter sido maior em, pelo menos, R$ 14 bilhões. Se o fizesse, porém, teria que cortar despesas importantes em um ano eleitoral, como investimentos em obras públicas, aquisição de tratores para distribuir entre as prefeituras etc. Prevaleceu o marketing.

As “pedaladas” compuseram o lado financeiro da fraude. Ter orçamento não era suficiente. Era preciso ter o dinheiro. A solução foi dar ordem aos bancos públicos para pagar com seus próprios recursos, em montantes extremamente elevados, o que deveria ter sido custeado pelo Tesouro, fazendo com que as entidades financeiras, na prática, financiassem o seu controlador, a União. Desse modo, ilegalmente, sobrou dinheiro para inaugurações, distribuição de verbas e favores como forma de fingir que o país não estava quebrado. O fato continuou a acontecer no primeiro ano do segundo mandato da presidente.

A terceira falta grave foi a presidente ter emitido diversos decretos de abertura de créditos adicionais, o que só poderia ter sido feito por lei, ou seja, pelo Congresso Nacional. Por fim, complementando a lista de atos irregulares, o Banco Central não contabilizou como dívida pública as pedaladas, que somavam cerca de R$ 40 bilhões.

Dessa maneira, a presidente espancou de forma intencional a Lei de Responsabilidade Fiscal (artigos 4, 5, 8, 9, 36 e 38), a Lei Orçamentária (artigos 9, 10 e 11) e a própria Constituição (artigos 85 e 167), fatos que constituem crime de responsabilidade cuja punição é o impeachment. Simples assim...

Com essas ações deliberadas, propositais e de má-fé, os brasileiros foram enganados quanto à real situação da economia brasileira. Às custas da mentira e da falsificação das contas públicas, a presidente foi reeleita. A fraude fiscal foi o principal instrumento do estelionato eleitoral.

Os marqueteiros que criaram as frases “Eu não roubei”, “impeachment sem crime é golpe”, desconsideraram os fatos ou apresentaram justificativas pífias. O “fora Dilma", entretanto, dado por 72% dos deputados praticamente interdita a presidente. Caberá ao Senado admitir o processo e afastá-la, de imediato, por 180 dias.

A Lava-Jato, porém, tem que continuar. O PMDB e o PP são sócios do PT nas fraudes da Petrobras. Os presidentes da Câmara e do Senado, Cunha e Renan, precisam ser julgados rapidamente, pois desmoralizam o Congresso Nacional. Já basta, por exemplo, entre os 513 deputados, 299 terem ocorrências judiciais, segundo a agência Lupa. A fila tem que andar para que sejam punidos todos os envolvidos no maior escândalo do mundo, no roubo das merendas, no mensalão mineiro etc. Pouco importa a que partidos pertençam. Dilma e o PT são apenas a bola da vez.

O impeachment será pedagógico para que todos os brasileiros entendam, tal como o motorista do Uber, que é crime de responsabilidade sim um candidato-presidente destroçar a economia do país para enganar uma nação.

Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não-governamental Associação Contas Abertas


domingo, 17 de abril de 2016

Placar do Impeachment (final)

PLACAR DO IMPEACHMENT

350 favoráveis x 133 contrários - Jornal O Estado de São Paulo

348 favoráveis x 127 contrários - Jornal O Globo

347 favoráveis x 130 contrários - Jornal Folha de São Paulo

343 favoráveis x 126 contrários - Revista Veja

179 contrários - Jaques Wagner (Ministro da Casa Civil)

368 favoráveis - oposicionistas

360 favoráveis x 150 contrários - PMDB

368 favoráveis x 129 contrários - Frente Parlamentarista Agropecuária (FPA)

200 contrários - governistas

342 favoráveis x 135 contrários - consultoria digital Bites

  

domingo, 27 de abril de 2014

Vovó e o revide

Aldir Blanc, foto sociedadeblog
Pois não é que roubaram o Vasco de novo?

Oi, Vó Noemia. Sinto uma saudade que me enlouqueceria não fossem as filhas, netos e até bisneto. O Ceceu, seu genro, apesar de ter sido desenganado umas 20 vezes pela mistura de cigarros com asma, jogatina e birita, está vivo, com 91 anos e tomando cervejinha. A senhora fez muito por mim e não pude agradecer. Eu corria pela Muda até a Rua Uruguai para lhe aplicar, sei lá, centenas de injeções, sempre com medo de não chegar a tempo. Na única vez em que lhe internaram, estava me vestindo, sabendo que ia ser a despedida, quando tia Cicinha telefonou. A senhora havia morrido. Isso me persegue até hoje. Quero agradecer também porque a senhora era de Cascadura. Se fosse de Shrophshire, feito a avó do escritor Julian Barnes, meus dentes de cima voariam ao pronunciar isso. Valeu!

A senhora não trazia desaforo para casa: era a primeira a xingar e distribuir suas famosas vassouradas (nada a ver com Jânio). Lembro que a senhora vestia seu melhor “costume”, um conjunto de saia e paletó azuis com debrum mais claro na gola, calçava sapato alto de furo pro dedão e botava um chapeuzinho com véu para ir bater em cunhados agressivos. Entrava no táxi do desesperado seu Joaquim de vassoura em punho.

Foi com a senhora que aprendi a revidar, a não permitir que empurrem os meus para dentro de guetos políticos, raciais, socioeconômicos, e até esportivos.

Pois não é que roubaram o Vasco de novo?!? Desta vez, os larárbitros “não viram” — o soprador de apito, o bandeirola e o palhaço defecando na linha de fundo — o impedimento gritante. Vó, isso é cegueira coletiva ou formação de quadrilha? O mais grave é que, antes do jogo, a mulher do firififi cantou a pedra...

Uns idiotas, essa quadrilha que o Saldanha denunciava como “imprensa rubro-negra”, também antes da partida, bolaram uma manchetosca, num jornalzinho desses que a turma leva pra necessidades no banheiro da Central, “Pintou o vice”. Explique a esses iletrados que vice é o segundo em uma competição. Já desclassificado em casa, diante de 55 mil trouxas no Maracoxinha (sacada do jornalista Mauro Cezar Pereira), constitui um tremendo vexame. Desclassificado é vigésimo, lanterna, por aí. Dois atletas se destacaram na roubalheira: Guiñazú, que escondeu uma fratura no pé para jogar, e o goleiro deles, autor da pérola de lama “roubado é mais gostoso”. Se continuar assim, vai pegar uma jaula ao lado do colega Bruno, sequestrador, assassino hediondo e ocultador de cadáver. Incentivar o roubo é incitação ao crime. Mas é bom pro nosso futebol tão avacalhado ressaltar a diferença entre um atleta que se sacrifica pelo clube, enquanto outro fala feito um cafajestezinho de quinta categoria, né? Ah, ia esquecendo! Cartolas são quase sempre desprezíveis, mas faz tempo não vejo um badareca tão panaca feito esse presidente do Leónfla. Nem mala o bicão é, só mochilinha sem alça.

Pelo andar da carruagem, noite dessas tô aparecendo pra matar a saudade, no maior astral, garrafa em punho. Faz ensopadinho de agrião. Beijo.

Aldir Blanc


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sérgio Cabral desiste de demolir Museu do Índio

Foto aérea do Museu do Índio, O Globo

RIO - O prédio onde funcionou o Museu do Índio, situado ao lado do Estádio do Maracanã e que é objeto de grande polêmica, não será mais derrubado, informou o jornalista Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO desta segunda-feira. O governador Sérgio Cabral decidiu que após a saída dos invasores vai anunciar a preservação do imóvel. O governador, junto com Eduardo Paes, promete fazer o tombamento e restauro do local. O lugar, como se sabe, funcionou como Museu do Índio até 1978, quando foi transferido para um sobrado, em Botafogo, tombado pelo Patrimônio. O prédio do Maracanã ficou muitos anos abandonado até ser ocupado por índios de várias etnias.

No sábado, o Tribunal de Justiça chegou a expedir uma liminar que impediu a demolição do antigo prédio do museu. A decisão foi dada às vésperas do encerramento do prazo dado pela procuradoria do estado para a desocupação do imóvel, prevista para esta segunda-feira. A liminar estabelece ainda uma multa de R$ 60 milhões para o caso de descumprimento da medida.

A construção, de 1862, está no centro de uma batalha jurídica entre o estado e índios de pelo menos cinco etnias que lá vivem desde 2006. O governo alegava que pretendia usar o terreno para construir uma área de mobilidade, com estacionamento e um centro comercial, e, assim, atender a exigências da Fifa referentes à adequação do Maracanã para os jogos da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo, em 2014. A Fifa, porém, em documentos encaminhados à Defensoria Pública, desmentiu que exija a demolição.

A liminar foi concedida após ação da Defensoria Pública, diante do parecer favorável do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ao tombamento do imóvel, mas cabe recurso.

Fonte: http://moglobo.globo.com/integra.asp?txtUrl=/rio/sergio-cabral-desiste-de-demolir-museu-do-indio-7414296

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Além da praia

Flamboyant, da Marina 


"No verão são tantos os caminhos que levam a Armação dos Búzios, o balneário do Rio, que muita gente nem tem tempo para admirar um dos seus tesouros escondidos: a bela coleção de flamboyants que ornamenta o lugar  nesta época do ano, notadamente em Geribá. Aliás, esta árvore de origem africana  e flores coloridas, também é conhecida pelo nome flor-do-paraíso que, no caso de Búzios, faz todo sentido. Búzios, gente, reúne, como poucos, a possibilidade de uma pessoa se isolar do mundo em estado de nirvana e, no minuto seguinte, cair na gandaia, num roteiro que pode incluir restaurantes, boates, comércio, bom papo, etc. Que Deus abençoe o lugar, e nós não desampare" (Ancelmo Góis, jornal O Globo, 2/1/2013). 

Assim seja!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ensino de Búzios é pior do que o de favelas do Rio

Foto jornal O Globo 7/9/12


Levantamento feito pelo jornal O Globo, de hoje (7/9/2012),  mostra que as 24 escolas que oferecem do 1º ao 5º ano do ensino fundamental (primeiro segmento) localizadas nas áreas de favelas pacificadas tiveram um crescimento médio de 11,8% nas notas entre 2009 e 2011, passando de 4,48 para 5,01. Em Búzios, passamos para a nota 4,6.

 No segundo segmento (6º ao 9º ano), o crescimento é mais claro. Os oito colégios em áreas pacificadas registraram um aumento médio de 42,8% nas notas do Ideb, que subiram de 2,8 para 4, mesma nota de Búzios. 

Conclusão: considerando-se os dois segmentos, o ensino de Búzios é pior!!! Não resta dúvida, chegamos ao fundo do poço!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A zorra é total, Luiz Ernesto

Foto de Felipe Hanower, O Globo
Caro jornalista Luiz Ernesto Magalhães, do jornal O Globo,

quando você esteve em Búzios, fez duas reportagens que causaram grande impacto na cidade. Na primeira reportagem (ver: "Desordem de corar Bardot") você abordou a desordem reinante na Orla Bardot onde o visitante é recebido com excesso de camelôs, guias falsos e baldes com lixo sem tampa. Na segunda (ver: "A desordem que vai além da Orla Bardot, em Búzios"), você constata que a desordem vai além da Orla Bardot chegando até as praias, onde banhistas convivem com ocupação da areia, estacionamento irregular e camelôs não legalizados. Vivendo na cidade há mais de 11 anos, acredito que possa contribuir para que você compreenda melhor a realidade buziana,  mostrando que a desordem é muito maior, alcançando quase todo tecido social da cidade. É uma zorra total.

Realmente, o prefeito Mirinho Braga, no início de seu governo, editou um decreto, em 4/1/2012, limitando em 14 o número de vendedores de artesanato na Orla Bardot. Foi aquela embromação de sempre, muito comum em início de governo, com o tão falado e inconsequente choque de ordem. O fato de aparecerem excedentes disputando uma barraca já mostra a falência das políticas públicas de trabalho e renda na cidade. Falência não. Melhor dizendo, ausência. A falta de preocupação com a criação de empregos na economia buziana fica demonstrada quando ele nomeia, a revelia da lei do nepotismo, para a Secretaria de Desenvolvimento Social a sua esposa, Cristina Braga, e, para a secretaria-adjunta, a sua cunhada, duas pessoas que não têm formação nenhuma em relação a área de atuação da secretaria. É para não criar emprego nenhum mesmo!  

A presidenta da Associação da Feira de Artes da Orla Bardot, Sirlei Regina de Souza, veio com o "migué" pra cima de você, dizendo que ignora a existência de produtos industrializados à venda nas barracas. Ela sabe muito bem o que se vende nessas barracas. Também alegou que existe espaço pra todos, mas sabe-se na cidade que só existem lugares para cabos eleitorais de alguns vereadores da base do governo. A própria Sirlei, recentemente, conseguiu algumas vagas na feira de artesanato da Praça Santos Dumont para uma outra Associação da qual ela é também presidenta. Basta perguntar que vereador a Sirlei está apoiando e tudo se esclarecerá.

Você nos relatou que um comerciante, injuriado, exagerou, expondo todos os seus artigos em bancadas na frente do estabelecimento, próximo do Porto Veleiro. Teria agido como se fosse também um ambulante. Mas Luiz, muitos dos comerciantes de Búzios são tão ilegais quanto os camelôs. Muitas de suas empresas não são legalizadas, não possuem CNPJ, sonegam impostos, não assinam carteira de trabalho, não pagam horas extras e muitos bares e restaurantes se apropriam das gorjetas de seus garçons. Muitos dos que reclamam das barracas não têm alvarás de funcionamento. Isso sem falar dos problemas fundiários de muitos dos imóveis onde suas empresas funcionam.

Não são só os guias de turismo que são falsos. Quase com certeza posso afirmar que a maioria das empresas de turismo de Búzios não está legalizada. Basta acessar o Cadastur no site do Ministério do Turismo.

O dono do Porto Veleiro, Cadu Bueno, que disse para você que o espaço público em Búzios está "cada vez mais loteado", pretendia lotear o mar de Búzios avançando seu cais mar adentro. Felizmente foi impedido pela justiça.

Se a própria prefeitura desrespeita a lei autorizando estacionamento em cima das calçadas no centro da cidade para beneficiar a terceirizada do amigo do prefeito que cuida do estacionamento, como responsabilizar guardadores por permitirem estacionamento em locais proibidos. Realmente, para quem não conhece a cidade é "tudo muito estranho", como afirmou a vendedora de tíquetes Jéssica.

O secretário de ordem pública, Rodolpho Lyrio, garantiu pra você que a fiscalização é eficiente. Mas como, se só temos três fiscais de posturas no município? Na verdade, Luiz, a fiscalização em Búzios é feita para não funcionar mesmo. Entre a Lei e o Voto, o prefeito fica com o Voto, e que se dane a Lei. Ou foi por acaso que ele não fez concurso para ter fiscais suficientes? Ou foi por acaso que ele nomeou fiscais em cargos comissionados? Para fiscalizar quem? Para fiscalizar somente os adversários, isto está claro.

Nossas autoridades, como quase todas, Luiz, vivem tirando o corpo fora quando pegos de surpresa. Mas não fica nada bem para um secretário, como o secretário de Ordem pública, dizer que não sabia da existência de comerciantes com mercadorias fora do local, nem de falsos guias. Passa a impressão de ausência da cidade.

Um outro secretário, o do planejamento, contou uma historinha pra boi dormir. Segundo ele, a avaliação geotécnica da rua interditada,  onde ficava o excedente de camelôs, não ficará pronta em menos de dois meses. Ora bolas, em dois meses acaba a alta estação. Assim é mole resolver o problema dos camelôs! Eles mesmos somem. 

Como não temos fiscais concursados por culpa única e exclusiva do atual prefeito, como temos fiscais comissionados que só servem para fiscalizar os adversários políticos do prefeito, os espaços na areia estão loteados e custam caro. Os quiosqueiros deitam e rolam. Por isso não causa espanto algum saber que estão cobrando R$ 200,00 de consumação mínima em bares na praia. É ridículo ouvir do secretário de planejamento que "não toleramos cobranças indevidas". Em vez de fazer a sua parte que é fiscalizar, o governo, através do secretário, mais uma vez, tira o corpo fora, mandando o banhista chamar a polícia. Qual o turista que em suas férias, em momento de lazer, vai querer se estressar em uma delegacia! 

O quadro de guardas municipais  tem o mesmo problema que o de fiscais de postura. Muitos deles- acredito que a maioria- não são concursados. São contratados a partir de indicações de parentes, amigos e cabos eleitorais do prefeito. É por isso que na Ferradura você viu carros estacionados em cima das calçadas da Avenida Geribá, na presença de guardas municipais. Quem tem cargo de favor vai querer se indispor com alguém?

Luiz, o governo tentou, em 2009, no início do governo, organizar o trabalho dos ambulantes nas praias de Búzios. Mas veio a eleição de 2010 e a coisa degringolou, porque o prefeito teve que dar guarida a ambulantes de Cabo Frio trazidos pelo seu candidato a Deputado Estadual. Os ambulantes irregulares, em sua maioria, com certeza são de lá.

Reparou Luiz, os milionários de Búzios adoram construir onde não pode. Já observou que quase não temos orla. São raras as praias em que as casas não são construídas de frente para o mar. Na praia de Geribá não é só pousada que faz puxadinho avançando até a areia com bar. Quase todas as casas de frente para o mar em Geribá avançaram 15 metros na areia. Há processos judiciais pedindo a demolição delas. Demolir quiosques é fácil, quero ver é demolir mansões! 

Realmente Luiz, temos lei municipal sobre esportes náuticos que limita a dois o número de banana boat em cada praia. Para saber porque tem praia com três, basta verificar o parentesco do terceiro com algum figurão da política local.    

sábado, 25 de junho de 2011

Corregedoria do CNJ anula sentenças de juiz de Búzios

Publicada em 22/06/2011 às 23h48m
RonaldoBraga (ronaldo@oglobo.com.br)

RIO - Depois de quase um ano investigando uma série de processos, a Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou o bloqueio de vários registros de imóveis do Estado do Rio, principalmente na Região dos Lagos, considerados irregulares e que tinham sido autorizados pelo juiz João Carlos de Sousa Correia, titular da 1ª Vara de Búzios. O relatório final sobre as investigações, elaborado pelo juiz auxiliar da corregedoria, Ricardo Chimenti, já está pronto e será divulgado em sessão plenária do CNJ, em Brasília, em agosto, quando então se tornará público.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, no relatório constará a conclusão a que a corregedoria chegou a respeito de 17 processos analisados. O documento dirá, por exemplo, se há irregularidade ou não, quem foi lesado e se cabe indenização. Ainda de acordo com o TJ, o juiz João Carlos ainda pode recorrer da decisão da corregedoria.

Decisões polêmicas chamaram a atenção

As investigações foram feitas sob sigilo. Elas começaram a ser realizadas depois de uma série de decisões polêmicas tomadas em processos sobre disputas fundiárias em Búzios. Na mira da corregedoria do CNJ estava o juiz João Carlos. Magistrados do órgão estiveram na cidade, acompanhados de outros dois da Corregedoria do TJ do Rio. Lá, recolheram peças de 17 processos para análise.
Funcionários da 1ª Vara de Búzios informaram que o juiz João Carlos não falaria com a imprensa sobre o caso.
O magistrado já foi alvo também de duas denúncias- feitas por pessoas que se sentiram prejudicadas por suas decisões- por conduta indevida. Num dos casos, por supostamente favorecer um advogado que alega ser o dono de uma área de mais de cinco milhões de metros quadrados em Tucuns, uma das regiões mais nobres de Búzios. Além disso, há uma exceção de suspeição (alegação de parcialidade do juiz) num outro processo e que foi acolhida pela 1ª Câmara Cível do TJ. O órgão reconheceu o interesse do magistrado numa decisão proferida a favor de um empreendimento imobiliário em área de proteção ambiental, também em Tucuns.
O juiz João Carlos já foi acusado de envolvimento em outras confusões. Em fevereiro deste ano, a Corregedoria do TJ investigou, sigilosamente, uma denúncia de que o magistrado teria desacatado em Búzios dois turistas, que estavam hospedados no Hotel Atlântico. O casal, um francês e uma alemã, reclamou do barulho de uma festa promovida pelo juiz, até de madrugada, num dos quartos do hotel.
Já em fevereiro do ano passado, ao ser parado numa blitz na Lagoa, o juiz deu voz de prisão a uma agente da Operação Lei Seca . O magistrado dirigia um Land Rover sem placa, com prazo de emplacamento vencido, e estava sem a carteira de habilitação- que alegou ter esquecido na bolsa da mulher. O carro foi rebocado e o juiz, multado por dirigir sem carteira.
Outro problema ocorreu em julho de 2009, quando o magistrado teria discutido com um policial rodoviário federal, em Rio Bonito . João Carlos foi abordado por estar com um giroflex (luz giratória) azul no teto do carro. A legislação de trânsito proíbe o dispositivo. Acusado pelo juiz de desacato e exposição a perigo, o agente respondeu a uma sindicância, que foi arquivada.

Ver:: "oglobo"


Comentários:

Flor disse... 
O que falar?!?
Todo mundo já está farto desta história.
Não fosse o amargo gosto do tempo e dinheiro perdidos, mais de dez anos, haveria o sabor da batalha vencida.
Refiro-me especificamente ao caso de Tucuns.
Pegunto aos puxa-sacos sobre a frase "transitou em julgado". Gente! Mentira não transita em julgado!
Que aprendam com leigos e persistentes defensores da verdade que não é necessário ser muito esperto para reconhecer sacanagem.
E aos que falaram ...justiça é assim no Brasil..., acho bom refazerem seus conceitos.
E para os que disseram que estudaram os processos (em um dia), perderam a chance de ter aprendido alguma coisa.
Congratulações aos"companheiros" que insistiram com o CNJ. Que não desistiram ao primeiro não.
Obrigada pessoal!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Comissão de moradores de Búzios irá à Corregedoria do Tribunal de Justiça para fazer novas denúncias contra juiz

Publicada em 22/02/2011 às 23h47m
Ronaldo Braga
RIO - Uma comissão de moradores de Búzios irá sexta-feira à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio, para fazer novas denúncias contra o juiz titular da 1ª Vara de Búzios, João Carlos de Souza Correa, e obter informações sobre sindicâncias já instauradas contra o magistrado. A informação foi confirmada pelo corregedor-geral do TJ, Antônio José Azevedo Pinto. A corregedoria não revelou que sindicâncias estão sendo feitas no órgão, nem quais são as novas denúncias.
Na semana passada, o novo presidente do TJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, garantiu que todas as investigações em curso contra magistrados serão realizadas pela corregedoria com o rigor da lei. Em Brasília, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que as investigações sobre o juiz João Carlos serão concluídas em breve. Em março de 2010, uma série de decisões polêmicas tomadas em processos sobre disputas fundiárias em Búzios chamou a atenção do conselho. Magistrados da corregedoria, que fizeram investigações na cidade no início de fevereiro do ano passado, recolheram peças de 17 processos para investigação.
Está marcada para 5 de maio a audiência preliminar, no cartório do 4º Juizado Especial Criminal, no Leblon, do caso em que o juiz João Carlos acusou de desacato uma funcionária da Operação Lei Seca . Na madrugada do dia 13 passado, o juiz foi parado numa blitz na Lagoa, dirigindo um Land Rover sem placa. Ele também estava sem carteira de habilitação. Mas acabou dando voz de prisão à funcionária Luciana Silva Tamburini, alegando desacato. O carro foi rebocado e o juiz, multado.
Outro problema ocorreu na madrugada do dia 9, no Hotel Atlântico Búzios, onde ele fez uma festa. O magistrado teria humilhado um casal - um francês e uma alemã - que reclamou do barulho que João Carlos fazia num dos quartos, vizinho ao dos estrangeiros.
360

sábado, 19 de fevereiro de 2011

"Meu cachorro virou sabão, prefeito?"


Apavorados com o twitaço que seria promovido na cidade pelo jornal O Globo no final de semana passado, o desgoverno que nos tira o sossego resolveu fazer um choque de ordem improvisado. Se nas condições normais de desgoverno não é capaz de gerir a cidade com um mínimo de organização, imagina com a enorme pressão do jornalão. Resultado: fez uma ação desastrosa na frente de todos, turistas e moradores. 

Sem consultar a associação que cuida dos animais há muito tempo na cidade, o desgoverno resolveu retirar todos os cachorros que estavam nas praias. Sabe como é servicinho de porco que varre o lixo para debaixo do tapete. Os meios não importam, o que importa é o fim: O Globo não podia ver os cachorros que vemos todos os dias nas nossas praias. O desgoverno queria fazer de conta que em Búzios tem governo. Mas a emenda saiu pior que o soneto.

Como as associadas da Associação Protetora dos Animais São Francisco de Assis conhecem esses cachorros abandonados na palma da mão, porque os amam e fazem com eles o que o desgoverno devia fazer, vacinando-os, castrando as fêmeas e até lhes dando alimentação, elas querem saber o paradeiro deles. Há um boato muito grande na cidade que diz que os cães foram simplesmente exterminados. Donas de alguns desses cachorros perguntam: meu cachorro virou sabão, prefeito?

Encontrei com a Sônia, baiana do acarajé, conhecida pela sua luta em defesa dos direitos dos animais na cidade, e resolvemos partir à procura dos cachorros no sítio que a prefeitura aluga de Gilson da Silva "para a guarda de animais apreendidos nas vias públicas do município" (BO 455, 8/10/2010). Não encontramos nenhum cachorro ou gato lá, apenas cinco (5) cavalos (foto). Note-se que o contrato fala em guarda de animais em geral, não só cavalos. Os cães retirados das praias tinham que estar ali, pois a prefeitura aluga o sítio para isso. No local, ficamos sabendo que os cavalos apreendidos (?) não estavam marcados e que um seria vendido, em breve, por um funcionário não identificado da prefeitura. Pode isso secretário? O sítio é um hotel para cavalos de amigos do governo? Por que os cavalos estão desmarcados? Pagamos R$ 2.500,00 mensais pela locação do sítio para esse fim?

Não só. Pagamos R$ 3.800,70 mensais à senhora Maria da Penha Costa  para a "locação de 1 (um) veículo automotor, caminhão de carroceria fixa de 3,5 T com gaiola e escada para a realização dos serviços de apreensão de animais soltos no município" (BO 446, 6/8/2010). Em dois anos de desgoverno gastamos uma fortuna com aluguel de caminhão e sítio para apreender (?) 5 cavalos! 

Saindo do sítio, na Baía Formosa, resolvemos passar no governo itinerante em José Gonçalves à procura do secretário de serviços públicos para esclarecer esta situação. Não o encontrando, conversamos com o secretário de Ordem pública, Lírio, que nos garantiu que só foram apreendidos 6 cachorros em uma única praia, a de Geribá, e que dois deles teriam voltado para a praia 8 dias depois de largados em ruas próximas da praia. Quem conhece cachorro sabe que ele volta para o local em que estava. E os outros quatro? Baiana tinha informações que os dois que voltaram pularam do caminhão e que também foram apreendidos cachorros em outras praias. Onde eles estão, é a grande questão para aqueles que amam os animais  em Búzios. Ou será que todos viraram sabão, prefeito?


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Corregedoria abre procedimento contra juiz da 1ª Vara de Búzios

Publicada em 19/02/2011 às 00h31m
O Globo
RIO - "As denúncias sobre o juiz João Carlos de Souza Correa, da 1ª Vara de Búzios, reveladas pelo GLOBO, começam a ser apuradas. O comportamento do magistrado foi tema de conversa entre o presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, e o corregedor-geral, Azevedo Pinto. Segundo o corregedor, já foi instaurado um procedimento contra o juiz para apurar a voz de prisão que ele deu a uma agente da Operação Lei Seca, domingo passado. As outras denúncias contra o juiz também serão investigadas, na medida em que chegarem à corregedoria. Segundo o corregedor, quando a denúncia contra um juiz é confirmada com provas, a sindicância é rápida.
Além de dar voz de prisão a uma agente da Operação Lei Seca após ser flagrado sem habilitação ao volante de um carro sem placa, o juiz é acusado de ter desacatado turistas que reclamaram de uma festa barulhenta que promovia num quarto de hotel; de ter obrigado um funcionário da concessionária Ampla a religar a luz de sua casa, cortada por falta de pagamento; de ter discutido com um policial rodoviário federal após passar por um posto da PRF em alta velocidade e com um giroflex proibido ; de "pendurar" contas em estabelecimentos comerciais; e de ter tentado fazer compras no free shop de um cruzeiro sem ser passageiro.
Por enquanto, a corregedoria investiga apenas o caso da Lei Seca e decisões polêmicas tomadas em processos fundiários em Búzios. Azevedo Pinto esclareceu que ainda não chegou à corregedoria a denúncia sobre a festa no Hotel Atlântico Búzios e as demais.
Para o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, a Lei Orgânica da magistratura exige dos juízes um comportamento discreto:
- Não é aceitável que magistrados dêem carteirada quando são parados em blitzes. Um juiz deve ser exemplo para o cidadão comum.
Procurado nesta sexta-feira por telefone na 1ª Vara de Búzios, o juiz não foi encontrado. Seu secretário informou que ele tinha vindo ao Rio com sua mulher, a ex-deputada Alice Tamborindeguy. Procurado ao longo da semana, o magistrado não quis dar declarações."
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Juiz é investigado também por festa num quarto de hotel em Búzios

Publicada em 17/02/2011 às 00h08m
Ronaldo Braga
RIO - A Corregedoria do Tribunal de Justiça está investigando, sigilosamente, mais uma denúncia envolvendo o juiz João Carlos de Souza Correa, titular da 1ª Vara de Búzios, na Região dos Lagos. Segundo a denúncia, o juiz teria desacatado dois turistas em Búzios, que estavam hospedados no Hotel Atlântico, no Morro do Humaitá, perto da Orla Bardot. O casal, um francês e uma alemã, tinha reclamado de uma festa promovida pelo juiz, até de madrugada, num dos quartos do hotel.
A denúncia, que chegou à corregedoria semana passada, teria partido de algum hóspede que estava no hotel no último dia 9. Um gerente do estabelecimento confirmou que alguns hóspedes reclamaram do barulho e que, depois de a direção ter chamado a atenção do responsável pela festa, tudo voltou à normalidade.
Funcionário da Ampla obrigado a religar luz
Outro hóspede, o empresário e advogado Marcelo Bianchi, contou que o casal foi desacatado pelo juiz:
- Várias pessoas viram como ele estava alterado - afirmou ao GLOBO.
Bem antes disso, porém, em 2006, um funcionário da concessionária Ampla ameaçado de prisão pelo juiz, caso não religasse a luz de sua casa, cortada por falta de pagamento. A Ampla, através de sua assessoria de imprensa, confirmou o caso nesta quarta-feira, mas não quis entrar em detalhes sobre o valor que era devido pelo juiz, limitando-se a informar que "era bem alto". A polícia foi chamada e a luz, religada.
Na madrugada de domingo passado, ao ser parado numa blitz na Lagoa, o mesmo juiz deu voz de prisão a uma agente da Operação Lei Seca. Ele dirigia um Land Rover sem placa, com prazo de emplacamento vencido, e estava sem a carteira de habilitação - que alegou ter esquecido dentro da bolsa da mulher. O carro foi rebocado e juiz, multado por dirigir sem carteira.
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