Márcio Mureb, Secretário de Saúde de Cabo Frio presta depoimento à CPI do Hospital da Mulher. Foto: ALERJ |
Na
manhã desta terça-feira (16/04), aconteceu na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mais uma reunião da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga
a morte de recém-nascidos no Hospital da Mulher de Cabo Frio.
Na ocasião, a presidente da CPI, deputada Renata Souza (PSol), ouviu
o depoimento
do secretário municipal de saúde da cidade, Márcio Mureb,
e demais funcionários da unidade.
O
hospital registrou, desde o início do ano, 17
óbitos. O G1 fala em 18 mortes. O último caso ocorreu no início de abril e, de acordo com o
secretário Márcio Mureb, que também é cirurgião geral, a
criança morreu de septicemia,
ou seja, de infecção generalizada. Durante a audiência, ele
afirmou que “enquanto não aumentar o salário
dos médicos,
não será possível ter uma saúde de qualidade”.
Segundo o G1, o secretário Mureb disse que não dá para atribuir as mortes a apenas uma causa, diferentemente da nova diretora, a média Tânia Lydia, que atribuiu as causas das mortes à falta de pré-natal".
A presidente da CPI lamentou que um secretário e profissional de saúde use como justificativa tal afirmação. “A gente vive uma situação em que a crise econômica é recorrente, porém ele, na condição de secretário, tem condições de aplicar os 15% previstos no orçamento do Município para que a saúde seja estabelecida. É lamentável que uma fala tão superficial como essa, faça parte da avaliação da investigação sobre mortes de bebês dentro de um hospital”, declarou a deputada Renata Souza.
De acordo com o G1, o médico explicou que assumiu a secretaria em setembro passado, herdando dificuldades dos governos passados, como falta de insumos, medicamentos, ambulâncias e até de profissionais.
Segundo o G1, o secretário Mureb disse que não dá para atribuir as mortes a apenas uma causa, diferentemente da nova diretora, a média Tânia Lydia, que atribuiu as causas das mortes à falta de pré-natal".
A presidente da CPI lamentou que um secretário e profissional de saúde use como justificativa tal afirmação. “A gente vive uma situação em que a crise econômica é recorrente, porém ele, na condição de secretário, tem condições de aplicar os 15% previstos no orçamento do Município para que a saúde seja estabelecida. É lamentável que uma fala tão superficial como essa, faça parte da avaliação da investigação sobre mortes de bebês dentro de um hospital”, declarou a deputada Renata Souza.
De acordo com o G1, o médico explicou que assumiu a secretaria em setembro passado, herdando dificuldades dos governos passados, como falta de insumos, medicamentos, ambulâncias e até de profissionais.
Márcio
Mureb disse que o hospital abriu uma sindicância
interna
para apurar as causas das mortes dos nascituros, onde mais de 1.000
prontuários serão analisados no prazo de 90 dias.
Durante seu depoimento na CPI, o secretário se comprometeu a
entregar de todos os registros
no período da investigação da morte dos bebês.
Em contrapartida, a deputada Renata Souza afirmou que não
foram apresentados os prazos da sindicância.
“Ainda não foi encaminhado nenhum relatório prévio, enfim, é
muita desinformação
para um gestor e estamos preocupados se, de fato, teremos a
colaboração
da secretaria de saúde”.
Próximos
passos da CPI
Será
solicitado ao Tribunal
de Contas do Estado (TCE)
que técnicos também façam parte da CPI, a fim de buscar uma
avaliação
das aplicabilidades dos orçamentos no hospital,
tendo em vista os últimos ocorridos. Também será proposta uma
auditoria,
a ser realizada pelo próprio Tribunal, para qualificar o andamento
das investigações, pois teme-se que a CPI comece com a investigação
de morte dos bebês e termine com um rombo
no orçamento deste hospital
Uma
solicitação para que o secretário
de estado de saúde
participe das próximas reuniões também será encaminhada. O
objetivo é provocar nas autoridades estaduais uma atenção
à saúde de Cabo Frio,
em especial, à situação da saúde dessas mulheres que estão
perdendo seus bebês no Hospital da Mulher
Também
participaram da CPI os deputados Martha Rocha (PDT), Dr. Serginho
(PSL), Subtenente Bernardo (PROS), Enfermeira Rejane (PCdoB), Renan
Ferreirinha (PSB) e Max Lemos (MDB).
Fonte: "ALERJ"