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domingo, 21 de abril de 2019
terça-feira, 16 de abril de 2019
Repercussão da censura do STF à revista Crusoé - parte 2
Saraiva:
“O STF cerceia a liberdade de imprensa em um inquérito nulo”
O
procurador da República Wellington Saraiva, ex-secretário da
Função Constitucional da Procuradoria Geral da República considera
nulo o inquérito aberto por Dias Toffoli dentro do qual o ministro
Alexandre de Moraes censurou a revista Crusoé.
“O
STF tem muitas decisões que fortalecem a liberdade de imprensa e
repele censura. Nunca pensei ver o oposto, em um ‘inquérito
judicial’ que colide com a Constituição e o próprio Regimento
Interno do tribunal”, escreveu no Twitter.
“Que
dia triste. O STF cerceia a liberdade de imprensa em um inquérito
nulo. A Catedral de Notre Dame de Paris atingida por um enorme
incêndio. O que mais virá?”
Lordelo:
“Parece o Irã, mas é o Brasil”
O
procurador da República João Paulo Lordelo também criticou a
decisão de Alexandre de Moraes de mandar retirar da Crusoé reportagem
sobre Dias Toffoli.
“Um
inquérito judicial-civil-policial-universal, em que tudo se decide
de ofício. Parece o Irã, mas é o Brasil”.
Kajuru
também aciona o STF contra censura à Crusoé
Assim
como Randolfe Rodrigues, o senador Jorge Kajuru entrou
com uma ação no STF para derrubar a censura imposta pelo ministro
Alexandre de Moraes
à Crusoé e
a O
Antagonista.
O
senador argumentou que é preciso garantir a liberdade
de imprensa
e o direito
à informação e opinião.
Segundo
ele, a censura
“é absolutamente inaceitável”.
“Não
há como conceber democracia sem uma imprensa
livre e vigorosa.
A imprensa é um dos canais por meio dos quais a sociedade civil se
manifesta, emite opiniões, troca informações, vigia, denuncia e
cobra dos três Poderes clássicos o perfeito funcionamento daquilo
que entendemos como democracia.”
Censura
do STF reacende pressão por CPI da Lava Toga
A
decisão de Alexandre de Moraes de censurar os sites da Crusoé e
de O
Antagonista reacendeu
no Senado a pressão para criar a CPI da Lava Toga, relata a Folha.
“Se
alguém tinha dúvidas sobre a urgência da CPI das cortes
superiores, os ministros confirmam a sua necessidade. E quem via
risco à democracia na atuação do Executivo agora precisa se
preocupar também com outro lado da praça dos Três Poderes, de onde
se avolumam as ações autoritárias”, disse Alessandro Vieira,
autor dos dois requerimentos da CPI.
Na
semana passada, a CCJ do Senado decidiu pelo arquivamento da CPI
da Lava Toga. A palavra final será do plenário, mas o tema ainda
não foi pautado.
Fonte: "oantagonista"
‘Ministros
do Supremo detêm uma prerrogativa de que nenhum outro brasileiro
dispõe’
Vera
Magalhães,
do Estadão e da rádio Jovem Pan, também condenou, em texto no site
BR18, a censura imposta pelo STF a Crusoé e O
Antagonista.
A
jornalista lembra o inquérito aberto por Dias Toffoli para
investigar “fake news” –“sigiloso, sem
provocação prévia nem consulta ao Ministério Público”.
Para
Vera, a censura determinada por Alexandre de Moraes comprova “o
aspecto ‘mil e uma utilidades” do inquérito de Toffoli.
“Os ministros
do Supremo detêm uma prerrogativa de que nenhum outro brasileiro
–nem as demais autoridades– dispõe:
imunidade a qualquer fiscalização, seja da imprensa, da Receita
Federal, do Ministério Público, de quem for”,
acrescenta a jornalista.
Fonte:
"oantagonista"
Juiz
federal diz que “a liberdade de expressão é a regra do jogo”
O
juiz federal Francisco Codevilla
criticou a medida de censura importa por Alexandre de Moraes à
revista Crusoé e ao site O Antagonista, por causa da matéria sobre
Dias Toffoli.
“Goste-se,
ou não, a liberdade
de expressão é a regra do jogo.
Não se pode reverenciá-la apenas quando falam bem de nós. Se a
reportagem da Crusoé retrata fatos inverídicos com a intenção de
denegrir a imagem de alguém, que os autores e meios de comunicação
– que no caso, encontram-se perfeitamente identificados – sejam
responsabilizados a tempo e modo, após confrontados os fatos e
versões. Solapar
a manifestação e a liberdade de expressão, como medida primeira, é
a pior das soluções.”
Fonte:
"oantagonista"
segunda-feira, 15 de abril de 2019
Repercussão da censura do STF à revista Crusoé - parte 1
Montagem: Estadão |
Gil
Castello Branco: “Trata-se de grave precedente e
indesejável retrocesso autoritário”
Gil
Castello Branco, fundador da ONG
Contas Abertas,
também criticou duramente a censura imposta pelo ministro Alexandre
de Moraes contra a Crusoé e O Antagonista.
“Como
cidadão, que há décadas atua na defesa dos princípios
democráticos e a favor da transparência, fico estarrecido ao ver o
STF valer-se da censura
para impedir a circulação de matéria baseada – segundo a revista
afirmou e reiterou- em delação premiada de pessoa identificada.
Em tese, se o fato existiu (a referência na delação ao ex-Advogado
Geral da União) a informação não precisaria sequer ser
absolutamente verdadeira, pois a velocidade da notícia não é a
mesma das apurações no Judiciário.”
Ele
cita decisão do STJ, segundo a qual é
sempre “recomendável que se dê prevalência à liberdade de
informação e de crítica”.
O
próprio STF tem jurisprudências no mesmo sentido. “A
censura, na minha opinião e, ao que parece na opinião do STJ e até
o último fim de semana do STF , é descabida. Trata-se de grave
precedente e indesejável retrocesso autoritário, em se tratando da
Suprema Corte.”
Fonte:
"oantagonista"
Associações
de jornais e de editores
protestam contra censura à Crusoé
Em
nota conjunta, a Associação
Nacional de Jornais (ANJ)
e a Associação
Nacional deEditores de Revistas (Aner)
protestaram contra a censura imposta pelo STF à Crusoé.
Para
as entidades, a decisão configura
“claramente censura,
vedada pela Constituição”.
Fonte:
"oantagonista"
Girão:
“CPI e processos de impeachment são instrumentos naturais de uma
democracia”
O
senador Eduardo Girão defende que o Senado não se omita diante da
decisão de Alexandre de Moraes, do STF, de censurar
a Crusoé e O
Antagonista.
“Somente
o Senado pode e deve investigar e, se for o caso, responsabilizar os
desvios de conduta do Poder Judiciário. Quando um dos 11 ministros
do STF incorre em graves desvios, o povo nada pode fazer. Então, é
o Senado que precisa exercer sua competência constitucional: tanto
uma CPI como processos de impeachment são instrumentos naturais de
uma democracia.”
Ele
acrescentou:
“Que
não percamos essa oportunidade, sob pena de transformarmos Brasília
em Bastilha, pois essa pauta da limpeza no Judiciário é também uma
demanda do povo brasileiro, que anseia, de forma legítima, pelo
combate à crise moral.”
Fonte:
"oantagonista"
G1
e
TV
Globo
repercutem censura à Crusoé
Assim
como Estadão,
Folha,
Jota
e outros veículos de comunicação, o site G1 (Globo) repercutiu
a censura imposta pelo STF à reportagem da revista Crusoé sobre
Dias Toffoli.
A
reportagem do site, “STF censura sites e manda retirar matéria que
liga Toffoli à Odebrecht”, inclui o seguinte parágrafo:
“A
TV Globo confirmou que o
documento de fato foi anexado aos autos da Lava Jato
e seu conteúdo é o que a revista descreve. O documento, porém,
ainda
não chegou à Procuradoria Geral da República.”
Fonte:
"oantagonista"
Daniel
Coelho:
“A liberdade de imprensa é um pilar da democracia”
O
deputado Daniel Coelho, líder
do Cidadania,
também comentou sobre a censura imposta pelo ministro Alexandre de
Moraes, do STF, à Crusoé e
a O
Antagonista.
“A
censura imposta à revista Crusoé e ao Antagonista é
ataque frontal contra a liberdade de expressão.
A
liberdade de imprensa é um pilar da democracia e tem que ser
respeitada em todos o casos, sem exceção!”
Fonte:
"oantagonista"
Amoêdo:
“A liberdade de expressão não pode ser retirada ou ameaçada
dessa forma”
O
presidente do Partido Novo, João Amoêdo, chamou de “lamentável
e absurda”
e “um ataque
desproporcional”
a decisão do ministro Alexandre de Moraes de censurar a
revista Crusoé…
“A
liberdade de expressão não pode ser retirada ou ameaçada dessa
forma, especialmente por um representante da mais alta corte do país.
O papel do ministro deveria ser de fortalecer
a imagem da instituição como defensora dos princípios de
liberdade, e do correto trâmite legal,
assim como dita a Constituição”, escreveu o empresário no
Twitter.
“O
ministro [Dias] Toffoli deveria ter seguido o caminho de qualquer
cidadão comum e recorrido
à primeira instância para ter seu pedido atendido,
e não ir direto na mais alta corte e ter seu caso julgado por um
colega.”
Fonte:
"oantagonista"
“O
retrocesso é incalculável. Quem será o próximo calado?”
Carlos
Andreazza
escreve que a censura à Crusoé e
a O
Anagonista é
“um
precedente gravíssimo
inscrito por aqueles que deveriam ser os guardiões máximos da
Constituição – os que a tem bicado sem dó e faz tempo, os
patronos da insegurança jurídica no Brasil”.
“Que
picada perigosa, que trilha bárbara, abre o Supremo Tribunal Federal
ao
censurar – a palavra exata é essa – o jornalismo.”
E
mais:
“A
decisão de Alexandre de Moraes é, pois, a resposta aguardada – e
prevista – por aqueles que compreenderam a amplitude
ameaçadora, sem objeto de investigação determinado, do inquérito
instaurado pelo Supremo em março, a mando do próprio Toffoli
e comandado por Moraes; uma evidente investida
contra direitos individuais fundamentais.”
Ele
conclui o texto dizendo se tratar de algo “intolerável”.
“A
casa do ‘cala boca já morreu’, símbolo do voto histórico de
Carmen Lúcia contra a censura às biografias, acaba
de censurar a atividade jornalística.
O retrocesso é incalculável. Quem será o próximo calado?”
Fonte:
"oantagonista"
Abraji:
“Precedente que se abre com essa medida é uma ameaça
grave à liberdade de expressão”
Em
nota, a diretoria da Associação
Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
fez um apelo para que o Supremo Tribunal Federal reconsidere
a decisão de Alexandre de Moraes
que mandou retirar da internet reportagem da Crusoé sobre
o ministro Dias Toffoli.
“É
grave acusar quem faz jornalismo com base em fontes oficiais e
documentos de difundir ‘fake news’,
independentemente de o conteúdo estar correto ou não. Mais grave
ainda é se utilizar deste conceito vago, que algumas autoridades
usam para desqualificar tudo o que as desagrada, para determinar
supressão de conteúdo jornalístico da internet.
O precedente que se abre com essa medida é uma ameaça grave à
liberdade de expressão, princípio constitucional que o STF afirma
defender”, diz a entidade.
Fonte:
"oantagonista"
Carvalhosa:
“Censura imposta por Alexandre de Moraes é sinal de decadência
total”
Modesto
Carvalhosa disse que a decisão de Alexandre de Moraes, do STF, de
censurar a Crusoé e O
Antagonista é
“sinal de decadência total” da mais alta corte do país.
“Quando
perdem a legitimidade, a autoridade, a credibilidade, a
respeitabilidade e a honorabilidade, as instituições apelam para a
força.
É sinal de decadência total.”
O
jurista acrescentou:
“Com
essa decisão, o STF sepulta
inteiramente a sua credibilidade
e confirma sua desmoralização.
A decisão de censurar os sites não
tem nenhum fundamento jurídico.
O Supremo virou um poder
ilegítimo.”
Fonte:
"oantagonista"
STF censura Revista Crusoé e manda retirar matéria sobre Toffoli
Nota
pública sobre a censura à Crusoé
Fomos
surpreendidos na manhã desta segunda-feira, 15 de abril de 2019,
pela decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de censurar
a reportagem “O amigo do amigo de meu pai”, publicada na
sexta-feira passada pela revista Crusoé.
A
reportagem revela, com base em documento da Lava Jato reproduzido
pela revista, que Marcelo Odebrecht, ao utilizar o codinome em
mensagem a executivos da sua empreiteira, disse à Força Tarefa da
operação que se referia a Antonio Dias Toffoli, na
época Advogado Geral da União e hoje presidente do Supremo Tribunal
Federal.
Além
de censurar a revista, o ministro Alexandre de Moraes
determinou que a Polícia Federal tomasse depoimentos dos
jornalistas.
Nossos
advogados entrarão com recurso ao colegiado do STF, para tentar
reverter esse atentado contra a liberdade de imprensa,
aspecto fundamental da democracia garantido pela Constituição. Na
nossa visão, trata-se de ato de intimidação judicial.
A liberdade de imprensa só se enfraquece quando não a usamos.
Continuaremos a lutar por ela.
Mario
Sabino
Publisher
da Crusoé
Fonte: "oantagonista"
Marcadores:
Alexandre de Moraes,
amigo do amigo de meu pai,
censura,
liberdade de imprensa,
Revista Crusoé,
STF,
Toffoli
sábado, 13 de abril de 2019
O amigo do amigo de meu pai
Capa da revista Crusoé |
Dia
11/04/
Exclusivo:
o codinome de Toffoli, segundo Marcelo Odebrecht
Os
repórteres Rodrigo Rangel e Mateus Coutinho, da Crusoé,
tiverem acesso exclusivo a uma informação que chegou às mãos da
Lava Jato. Marcelo Odebrecht revelou aos investigadores o
codinome que usava para se referir ao ministro José Dias Toffoli,
presidente do STF, na empreiteira. PGR recebeu informação de
Toffoli em fevereiro
O
Antagonista apurou
que Raquel Dodge recebeu
em fevereiro a informação da Lava Jato
sobre a troca de emails de Marcelo Odebrecht mencionando o “amigo
do amigo do meu pai”,
como revelou a Crusoé.
A PGR nega ter sido informada.
12/04/
“Vocês
fecharam com o amigo do amigo do meu pai?”
Na
última terça-feira, diz a Crusoé,
um documento
explosivo
enviado pelo empreiteiro-delator Marcelo Odebrecht foi juntado a um
dos processos da Lava Jato que tramitam na Justiça Federal de
Curitiba. As nove páginas trazem esclarecimentos
que a PF havia pedido a ele,
a partir de uma série de mensagens eletrônicas entregues no curso
de sua delação premiada. A primeira dessas mensagens foi enviada
pelo empreiteiro em 13
de julho de 2007
a dois altos executivos da Odebrecht, Irineu Berardi Meireles e
Adriano Sá de Seixas Maia. Marcelo Odebrecht pergunta aos dois:
“Afinal
vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?”.
Ministros
chocados e pasmados com Dias Toffoli
Um
ministro do STJ disse a Josias de Souza que ficou “chocado”
com Dias Toffoli. E um ministro do STF disse que ficou “pasmado”.
Não, eles não se referiam ao fato de que Dias Toffoli era tratado
por Marcelo Odebrecht como “amigo
do amigo do meu pai”,
como revelou a reportagem da Crusoé.
Eles ficaram “chocados” e “pasmados” porque Dias Toffoli
aceitou participar de um encontro
do Conselho de Ministros Evangélicos, no Rio de Janeiro.
Odebrecht:
“‘Amigo do amigo de meu pai’ se refere a José Antonio Dias
Toffoli”
A Crusoé conta
que a Lava Jato pediu esclarecimentos a Marcelo Odebrecht sobre a
identidade do “amigo do amigo do meu pai” citado num de seus
e-mails. Ele respondeu:
“(A
mensagem) Refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU
sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira. ‘Amigo
do amigo de meu pai’ se refere a José Antonio Dias Toffoli”.
AGU é a Advocacia-Geral da União. Dias
Toffoli era o advogado-geral em 2007.
Amigo
julga Amigo
O
“amigo do amigo” pode julgar o “amigo”? Em outras palavras:
Dias
Toffoli pode julgar Lula no STF, sobretudo em casos envolvendo a
Odebrecht?
“Lula
prometeu compensar Odebrecht em dobro”
A Crusoé informa
que, ao explicar suas mensagens para a Lava Jato, Marcelo Odebrecht
não envolveu apenas Dias Toffoli, o
“amigo do amigo” de seu pai.Ele
envolveu também Lula, o
“amigo” de seu pai.
Ao se referir à decisão da empresa de abrir
mão de um contrato de exclusividade com seus fornecedores no
processo de licitação da usina de Santo Antônio,
Marcelo afirma que a medida foi adotada a partir de uma conversa
privada entre Lula e Emílio Odebrecht. Diz ele: “Esta
negociação foi feita entre Emílio Odebrecht e o presidente Lula
(‘amigo
de meu pai’)
que prometeu compensar a Odebrecht em dobro (de alguma forma que só
Emílio Odebrecht pode explicar)”.
“É
mais um fato grave que exige apuração rigorosa”
O
senador Alessandro Vieira disse a O
Antagonista que
a revelação do codinome de Dias Toffoli por Marcelo Odebrecht é
mais uma prova de que a CPI
da Lava Toga precisaria ser instalada. “É
mais um fato grave que exige apuração rigorosa.”
Na
última quarta-feira, a
CCJ arquivou o requerimento de criação da CPI,
o que tende a ser
confirmado no plenário.
O próprio autor do pedido reconheceu que será muito difícil
reverter o resultado do colegiado, mas antecipou que poderá colher
assinaturas para uma terceira
tentativa de instalar a comissão.
Amigos
dos amigos dos amigos
O
caso revelado pela Crusoé é
explosivo, porque envolve o
presidente do STF,
a
maior empreiteira do Brasil,
um contrato
para uma usina hidrelétrica
e um presidente
da República
preso por recebimento de propina. Até agora, porém, a
imprensa está calada,
assim
como a PGR,
embora Dias Toffoli, o
“amigo do amigo”,
possa julgar
seu amigo Lula
e o empreiteiro
amigo de seu amigo, Emilio Odebrecht.
O Brasil já explodiu.
Codinome
com contrassobrenome
Se
a Crusoé é
uma ilha no jornalismo, José Nêumanne é uma ilha no colunismo. Ele
escreveu: “Marcelo Odebrecht, em prisão domiciliar no Morumbi,
contou à Polícia Federal que o “amigo
do amigo do meu pai”,
uma espécie de codinome com contrassobrenome, tem identidade e
endereço reais e bem conhecidos da Polícia Federal: é José
Antônio Dias Toffoli,
presidente do STF.
Ao
fazê-lo, conforme revelou Crusoé de O
Antagonista,
o empreiteiro/corrupteiro esclareceu
e-mail que passou para dois executivos sobre tratativas para liberar
hidrelétricas no Rio Madeira em 2007,
época em que o nobre ministro era advogado-geral da União no
primeiro governo Lula.”
Carvalhosa
pedirá impeachment de Toffoli com base em reportagem da Crusoé
É
o que informa Diego Amorim. Modesto Carvalhosa vai apresentar ao
Senado um
novo pedido de impeachment do ministro Dias Toffoli,
com base na reportagem da Crusoé. Para o jurista, o atual presidente
do STF “não
tem condições de se manter no cargo diante dessas informações
gravíssimas”.
Amigo
do amigo não responde
Nesta
quinta-feira, a Crusoé perguntou
a Dias Toffoli que
tipo de relacionamento ele manteve com os executivos da Odebrecht no
período em que chefiava a AGU
e, em especial, quando a empreiteira tentava vencer o leilão para a
construção das usinas hidrelétricas no rio Madeira. Até agora,
ele não respondeu.
Amigo
do Amigo
“Amigo
do amigo” é o assunto
mais comentado do Twitter. Só
Dias Toffoli não comenta. E os colegas de Dias Toffoli no STF. E o
resto da imprensa. E quase todos os políticos.
O
STF vai reagir
Nos
corredores do Senado, há uma certeza depois da reportagem de hoje
da Crusoé:
o STF vai intensificar seus movimentos nos bastidores para barrar
pedidos de impeachment de ministros e qualquer possibilidade de a CPI
da Lava Toga vingar.
Alexandre
de Moraes
evita comentar reportagem da Crusoé sobre Dias Toffoli
A
revista Exame publica que o ministro Alexandre de Moraes evitou
comentar a reportagem da Crusoé sobre
o codinome usado por Marcelo Odebrecht para referir-se a Dias
Toffoli, quando o atual presidente do STF era AGU no governo Lula —
“o amigo do amigo de meu pai”. “Não
tive conhecimento da revista, destas reportagens”, disse o
ministro.
O
Antagonista mantém informação negada pela PGR sobre Toffoli
A
PGR acaba de divulgar em seu site a seguinte nota: “Ao
contrário do que afirma o site O
Antagonista,
a Procuradoria-Geral da República (PGR) não
recebeu nem da Força-Tarefa Lava Jato no Paraná
e nem
do delegado que preside o inquérito 1365/2015
qualquer informação que teria sido entregue pelo colaborador
Marcelo Odebrecht em que ele afirma que a descrição
‘amigo do amigo de meu pai’
refere-se ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias
Toffoli.”
O
Antagonista mantém
a informação.
“Mais
uma razão para instalar a CPI da Lava Toga”
Lasier
Martins, que assinou os dois requerimentos para instalação da CPI
da Lava Toga — ambos sem êxito, até aqui –, disse a O
Antagonista que
a reportagem da Crusoé sobre
o “amigo
do amigo de meu pai” é
mais uma razão para que a comissão saia do papel.
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