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Como
é praxe no blog desde 2012 apresento minha avaliação pessoal das
eleições municipais. Um leitor me lembrou que errei apenas um dos
nomes da relação de vereadores eleitos em 2012. Obviamente,
publiquei o palpite antes de conhecer o resultado. Em 2016, errei
dois nomes. As postagens estão aqui no blog para confirmação.
Por
causa da pandemia, as eleições de hoje (15/11/2020) são
completamente atípicas. Para começar este blogueiro esteve em
isolamento social durante todo o período de campanha eleitoral.
Depois, suspeitando de algumas doenças, precisei visitar clínicas e
laboratórios para fazer uma série de exames, que felizmente, não
confirmaram as suspeitas. O que me levou a maior isolamento ainda.
Resultado: tive pouquíssimo contato com os eleitores. Mas, com
alguns pré-candidatos a vereador mais "pé no chão",
colhi algumas avaliações das diversas campanhas eleitorais de
vereadores de Búzios. Digo candidato "pé no chão" porque
aqui em Búzios é muito comum os candidatos fantasiarem que vão ter
300, 400 votos, quando na realidade sua votação não passa de 40
votos. Aqui se viaja muito na maionese!
Na
eleição majoritária- apesar de termos 11 candidatos a prefeito-
acredito que a disputa vai se dar apenas entre os candidatos Leandro
e Alexandre. Pela primeira vez na história de Búzios não teremos
uma eleição plebiscitária, com o candidato governista (Joãozinho)
disputando com um oposicionista. O que só vale se considerarmos
Alexandre como um verdadeiro oposicionista, apesar das alianças que
fez com vereadores da turma do amém, como Miguel Pereira e Joice.
Ao
meu modo de ver, o vitorioso no dia de hoje não conseguirá mais do
que 700 votos de diferença em relação ao derrotado. O que
representará, calculo, uma diferença de 3 a 4% dos votos válidos.
Eu,
pessoalmente, acredito que o vitorioso será Leandro.
Quanto
aos vereadores, o prognóstico é muito mais difícil. Não só por
causa da pandemia, mas também pelas mudanças feitas na legislação
eleitoral, que não permite mais as coligações na eleição
proporcional (de vereadores) e torna possível a eleição de
vereador de uma nominata que não atinja o quociente partidário.
Para complicar mais ainda teremos pela primeira vez um número enorme
de nominatas de vereadores. Em Búzios, este ano, foram apresentadas
20 nominatas diferentes.
Mas
o alto valor do quociente eleitoral já nos permite eliminar 14
dessas nominatas.
CALCULANDO
O QUOCIENTE ELEITORAL
Temos
30.600 eleitores em Búzios este ano. Considerando que 30% desses
eleitores se abstenham, votem em branco ou anulem seus votos,
teremos 21.420 votos válidos.
Dividindo-se esse valor por 9- que é o número de vagas em disputa
na eleição de vereador em Búzios- obtemos QUOCIENTE ELEITORAL
igual a 2.380.
Em
primeiro lugar, podemos eliminar tranquilamente todos os partidos que
lançaram menos de 14 candidatos (máximo permitido), pois é óbvio
que quanto menos candidatos o partido lança menos chances tem de
alcançar os 2.380 votos para eleger 1 vereador pelo quociente
partidário (obtido dividindo-se o número de votos do partido pelo
quociente partidário de 2.380).
Por
esse motivo, logo de pronto, retiramos da relação de partidos que
possam eleger vereadores o PSOL (2 candidatos), o Solidariedade (3
candidatos), o PMN (6 candidatos), o PL (9 candidatos), o PSL (11
candidatos), o PP (11 candidatos), o PSD (12 candidatos). Retiro
também as nominatas dos partidos PV, PTB, PODEMOS, Cidadania e
PDT porque, apesar de terem lançados 13/14 candidatos, ao meu modo
de ver, não conseguirão atingir o quociente eleitoral, muito menos
disputar as sobras (explico mais adiante). Acredito que entre estes
partidos, o PV será o partido que obterá mais votos,
aproximando-se de 1.000 votos (menos de 50% do Quociente Partidário
de 2.380). Mesmo
assim suponho que essa votação será insuficiente para fazer com
que o PV participe da distribuição de vagas pela média (sobras)
Considerando
que cada um desses 14 partidos citados acima obtenha em média 2% dos
votos válidos, teremos 28% dos votos “desperdiçados” (digo no
sentido técnico, não pejorativo) -5.997
votos- que não vão contribuir para a eleição de
nenhum vereador.
Restariam
portanto 15.423 votos ”úteis” para eleger vereadores dos
partidos restantes que são o PROS, PRTB, DEM, REPUBLICANOS, PATRIOTA
e PSC.
Acredito,
como não poderia deixar de ser (a máquina pública ajuda muito
eleger vereadores), que as nominatas dos candidatos a vereador
ligados ao governo (Joãozinho) receberão a maior votação. Algo em
torno de 3.100 votos. O que daria para eleger dois vereadores: um
pelo quociente partidário (3.100/2.380) e outro pela média
(sobras).
No
PROS governista acredito que Dom e Nobre se
reelejam. Corre por fora, com possibilidades, o vereador Niltinho.
Que também poderá ser eleito por uma segunda média, se a votação
do partido for superior a que estimei.
No
PRTB governista aponto Dida e Lorram.
Correndo por fora, o vereador Josué.
Conclusão:
os partidos que apoiam o candidato governista Joãozinho Carrilho
devem eleger 4 vereadores. Podem chegar a 5 vereadores dependendo da
média (sobra).
Entre
os partidos de oposição ao governo André Granado, o partido mais
forte é o DEM. Estimo que consiga obter um pouco menos de 3.000
votos. Por esse motivo também devem eleger dois
vereadores: Cacalho e Gugu
de Nair, na minha
opinião. Por fora, concorre a uma das duas vagas do partido, Rafael
Braga (filho de Mirinho).
O
Republicanos de Alexandre Martins deve eleger apenas um vereador.
Acredito que o partido consiga um pouco mais de 2.300 votos. O eleito
deve ser o filho do candidato a vice e vereador Miguel
Pereira, Rafael Aguiar.
O
Patriota de Henrique Gomes também deve eleger apenas um vereador.
Acredito que o partido faça em torno de 2.000 votos, abaixo dos
2.380 do quociente eleitoral. Deve conseguir uma das vagas pela
média. Nome provável: Neemias.
Quem corre por fora aqui é Robinho.
Como
disse no início, pode ser que o PROS governista faça três
vereadores. Vai depender da votação do PSC da Gladys. Evandro deve
ter uma boa votação, mas para se eleger vai precisar que a nominata
do PSC alcance um votação bem acima de 1.200 votos. Tarefa das mais
difíceis depois que dois bons puxadores de voto- Jefferson de Jajaia
e Eldo- desistiram de suas candidaturas pela legenda.
Conclusão:
não teremos este ano grande renovação da Câmara de Vereadores de
Búzios. Dos seis vereadores que concorrem (Dom, Nobre, Dida,
Cacalho, Josué, Niltinho) quatro ou cinco devem se reeleger. Todos,
exceto Cacalho, são da Turma do Amém do prefeito André Granado.
Observação 1: esta postagem, para não influenciar o voto, foi publicada apenas após o término da votação ás 17:00 horas.
Observação 2: Você
pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da
pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na
parte superior da coluna lateral direita. Desfrute!