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terça-feira, 26 de maio de 2020

Prefeito de Búzios não tem dinheiro pra CULTURA (circo), mas tem para aditivo de 40%(!!!) (275 mil) em OBRA (de 673 mil)


Nome do contratado: M. COSTA SERVIÇOS DE APOIO E CONTRUÇÃO EIRELI EPP
CPF/CNPJ: 04.251.847/0001-08
Valor contratado: 673.724,89
Objeto: Contratação de empresa para Reforma do Colégio Municipal Paulo Freire no Centro - Armação dos Búzios/RJ.
Modalidade da licitação: TOMADA DE PREÇOS
Número da licitação: 7946/2019


Obra de reforma do Colégio Paulo Feire. Boletim Oficial nº 1075, de 23/05/2020

Observação: Você pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na parte superior da coluna lateral direita. Desfrute! 

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Prefeito ditador; Secretária de Educação ditadora; agora, (só faltava essa) Diretor de Colégio ditador




A Educação em Búzios passa por um momento de grande retrocesso antidemocrático. Uma cidade cosmopolita como Búzios, o quinto destino internacional do Brasil, em pleno século XXI, é administrada por um prefeito que se recusa a receber estudantes, professores, merendeiras e suas entidades representativas. E que tem como gestora da Educação uma secretária que também não recebe ninguém, nem mesmo jovens que ocuparam uma escola municipal por duas semanas.

Seguindo o exemplo de seus superiores, agora temos um diretorzinho-interventor administrando o Colégio Paulo Freire, que pensa que pode impor sua vontade sem dialogar com a comunidade escolar. Em uma cidade onde temos problemas sérios de mobilidade urbana, o diretor quer proibir atrasos de 15 minutos.  Alunos que chegam atrasado são retirados de sala de aula. Aqueles que chegarem mais de três vezes atrasados são ameaçados com suspensão. Alunos que saíam às 12:00 horas para pegar o ônibus de 12:20 hs agora são obrigados a ficar perambulando pelas ruas do centro até que passe o próximo ônibus às 15:00 hs, pois o ditador proibiu saídas mais cedo. E pasmem, passou a implicar com o traje dos alunos: eles não podem mais usar as roupas que sempre usaram, como roupas com rasgo, bermudas, tênis e chinelos.

Búzios- e seus estudantes- não merecem isso.
Eleição direta já para diretores de escolas!

Veja depoimento prestado pelo aluno João Souza na página do Facebook do Jornal Folha de Búzios: 
"Bom dia! Hoje pela manhã no colégio Municipal Paulo Freire, os alunos fizeram um pequeno ato contra as punições (3 atrasos advertência, e depois das 3 advertência, a suspensão) lembrando que o diretor mudou o horário de entrada que antes era até 7:15 e agora é até 7:10. Sendo que esses alunos que chegam atrasados, pegam ônibus e vans e muita das vezes os ônibus estão super lotados e, na van não é muito diferente, ou já tem gratuidade ou o motorista não quer levar, fazendo com que muitos alunos se atrasem!
*Diretor opressor,* troca normas da escola e se quer da uma satisfação para os alunos!
Obs: O Paulo Freire é a única escola que está tendo esse problema com horário, tudo por culpa de um diretor nomeado pelo prefeito!
*Eleição para diretor já! É Lei!*
"



quinta-feira, 29 de março de 2018

Indignemo-nos em Búzios: quem fecha escola, abre prisão

Professora Luísa na passeata dos estudantes

- Não foge quem se retira, respondeu D. Quixote. - Porque hás-de saber, Sancho, que a valentia que se não baseia na prudência chama-se temeridade.

A reflexão de um dos maiores personagens literários da história ao seu fiel escudeiro, Sancho Pança, balizou a decisão de estudantes que ocuparam por treze dias o C.M. Paulo Freire para que a Prefeitura de Armação dos Búzios cumprisse a decisão judicial de reabrir as turmas e turnos fechados nesta escola e em outra, o INEFI, localizado em região popular. A desocupação, dada em 12 de março, foi realizada após promessa e documento jurídico garantindo a imediata reabertura das matrículas. Mas eis que o inesperado se dá diante de nossos olhos. A Prefeitura, não conformada com a derrota política e jurídica na sua intenção de fechar os colégios de ensino médio mantidos pelo Município, inicia uma batalha burocrática: “Matrículas só serão abertas quando turmas forem formadas” informam as Secretarias Escolares nos dias seguintes à desocupação. Mas como ter turmas formadas se as matrículas não estão abertas? Responda, Sancho: moinhos ou gigantes? Indignante.

Temos enfatizado o quanto a evasão escolar vem se tornando um problema de saúde e de segurança pública para o Brasil e, principalmente em Búzios, uma das cidades mais ricas do Estado. Dados apresentados pelo Ministério Público em 2016, em ação movida contra o Município, mostram que cerca de 61% dos alunos em idade escolar para cursar o Ensino Médio, estão fora da escola. Numa sala de aula, ao perguntar se alguém conhece um colega em idade escolar para cursar o Ensino Médio e que desistiu de estudar, o alcance é de 100%. Impossível não se indignar.

Ganhamos no campo jurídico, no campo político e também venceremos no campo burocrático, mas sem a alegria de vitória. Porque estamos perdendo a batalha e insistimos em continuar derrotados. A resposta à evasão escolar é o fechamento de escolas. É desejar que os que desistiram de estudar, não voltem para a escola. É desistir daqueles que ainda insistem em estudar, apesar do descaso. Indignados. Até quando?

Perdem os professores. Perdem, ainda mais, os estudantes. Perde toda uma cidade. Perde muito a geração de jovens do ano de 2018. Mas, cedo ou tarde, venceremos a batalha final.

O mar da história é agitado.

Indignemo-nos.

Professora Luísa


BOMBA, BOMBA, BOMBA: ALÔ ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE BÚZIOS, CONVOCAÇÃO PARA MATRÍCULA NO PAULO FREIRE E INEFI



NENHUM TURNO A MENOS
NENHUMA TURMA A MENOS
NENHUM ALUNO A MENOS

VAMOS DIVULGAR COM TODO EMPENHO!
NOSSA VITÓRIA PRECISA DESSE ESFORÇO FINAL!
VAMOS BUSCAR CADA ALUNO DE CASA EM CASA!
O PAULO FREIRE É NOSSO!
O INEFI É NOSSO
  
"Avisem aos alunos do INEFI, noturno, que renovaram matrícula em 2017, que eles estão com a vaga garantida!  
É só ir ao INEFI e solicitar o cancelamento da transferência!  O colégio não pode negar!  
Não são apenas os da lista,  mas quem renovou a matrícula também pode
voltar!"
Quem renovou no Paulo Freire tb pode voltar... pedir cancelamento da transferência no Paulo Freire! (Martha Brunatti) 


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terça-feira, 13 de março de 2018

Estudantes desocupam o Paulo Freire; Há vagas, matriculas abertas

Parada na Turíbio, Foto de Kênia, do Whatsapp

Depois de 13 dias da ocupação histórica do Colégio Paulo Freire, os estudantes resolveram desocupar hoje (12) a escola para que a Direção pudesse realizar as matriculas para todos os turnos, incluindo o turno noturno, e todas as turmas que haviam sido encerradas pela Prefeitura em janeiro. É importante que os alunos do Paulo Freire que se matricularam no Botas, ou em qualquer outro colégio, procurem a escola para regularizar sua situação, bagunçada pela iniciativa tresloucada do governo no início do ano, de fechar turmas e turnos, sob a falsa alegação de contenção de despesas e de que não é obrigação sua cuidar do ensino médio. A milionária Búzios tem recursos suficientes até para ofertar ensino universitário municipal. Basta que saiba administrá-lo bem ou impedir que sejam desviados. 



Dezenas de estudantes mobilizados e organizados por suas entidades representativas (UMEAB e AERJ), que iniciaram a luta contra o fechamento de turmas e turnos no Paulo Freire e INEFI, no decorrer dela perceberam que precisam lutar pela melhoria da qualidade do ensino municipal como um todo. Nesse sentido, a luta por melhores condições de ensino, a criação de grêmios estudantis nas escolas e eleição direta para diretor do colégio passaram a ser novas bandeiras de luta. 



Durante a ocupação, os estudantes observaram que o colégio apresenta graves problemas de infraestrutura mostrando que a manutenção das escolas de Búzios não vem sendo feita a contento pela empresa terceirizada Triangular contratada para o serviço por R$ 1.892.299,44 anuais. Os banheiros do colégio Paulo Freire apresentam problemas na descarga, as torneiras vazam e as trancas das portas não funcionam. A cozinha e o refeitório precisam de reforma urgente. Nas salas, os pisos e o teto apresentam irregularidades. A segurança precisa ser melhorada porque a escola não é murada na parte de trás, próximo à lagoa. Existe apenas um portão e grade.

Espero que o Prefeito de Búzios, André Granado,  e sua secretária de educação, Deisemar, tenham aprendido que o ambiente escolar precisa de democracia, que não se pode tomar medidas que afetam a vida de todos- estudantes, profissionais da educação e família dos estudantes- sem que eles sejam ouvidos. E que a escola pública não é da Prefeitura. A escola pública é pública porque pertence ao povo buziano. Este é o verdadeiro dono do Colégio Paulo Freire. A Prefeitura apenas o administra por delegação do povo buziano.

Ao desocuparem o Colégio, os estudantes que o ocupavam saíram em passeata pela José Bento, rua do Celso Terra, rua das Pedras, terminando na Praça Santos Dumont em um clima apoteótico. Foi emocionante ver o apoio que eles receberam da população nas ruas. Para aqueles que não acreditam que Búzios tem jeito, estavam sendo revelados ali naquela manifestação, em embrião, os futuros (as) líderes políticos de nossa terra. E líderes que nada tem a ver com os nossos carcomidos políticos atuais, porque são líderes forjados na luta. Líderes que ousaram lutar, ousaram vencer. E venceram. Parabéns garotada. Aprendemos muito com vocês. Valeu a aula de cidadania. 

Observação: os vídeos são da página do Facebook "Defenda O Ensino Médio Municipal".     
      

sábado, 10 de março de 2018

Antes tarde do que nunca!


Decreto Legislativo Visa Suspender Portaria que Fecha Turmas do Ensino Médio em Búzios

Colégio Paulo Freire, foto camarabuzios

"Em sessão extraordinária, realizada na quinta-feira(08) na Câmara Municipal de Búzios, os vereadores aprovaram um Decreto Legislativo, que determina a suspensão da Portaria 02 de 12 de janeiro de 2018. A referida portaria revoga a Portaria de nº. 03, de 29 de novembro de 2017, que tratava das regras para matrículas de estudantes no Ensino Médio Regular da Rede Municipal.

Conforme a justificativa do Decreto Legislativo, a revogação da Portaria 03/2017 prejudicou as matrículas dos alunos do ensino médio municipal. “Tal atitude afronta diretamente o disposto na “META 3” do Plano Municipal de Educação – Lei 1.114/2015.” Essa meta prevê, no âmbito municipal, a garantia e a manutenção da oferta de ensino médio, ampliando o número de vagas dentro da necessidade do município.

Portanto, analisando-se o sistema educacional como um todo, vê-se que a Portaria de nº. 02/2018 extrapolou o poder regulamentar do Poder Executivo ao dispor contrariamente ao que prevê expressamente a Lei Municipal 1.114/2015 e merece ser sustada.”, acrescenta a justificativa.

Decreto Legislativo 01/2018 foi uma proposta conjunta dos 8 vereadores presentes na sessão de quinta-feira: João Carlos Alves De Souza, Adiel Vieira, Gladys Rodrigues Nunes, Joice Costa, Josué Pereira Dos Santos, Miguel Pereira, Nilton Cesar Alves De Almeida e Lorram Silveira. O Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Também tratando do Ensino Médio, o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Búzios, vereador Adiel Vieira fez uso da tribuna na sessão ordinária de ontem para informar à população que as matrículas para o período noturno do INEFI- Instituto de Educação e Formação Integral Judite Gonçalves - foram reabertas desde quarta-feira. 

A diretora nos passou, que todos os alunos do ensino médio, até mesmo aqueles que já estão matriculados no João de Oliveira Botas, podem ir ao INEFI para fazer a matrícula.”


Meu comentário:

Bem que os vereadores poderiam convocar a Secretária de Educação Deisemar, via requerimento aprovado em Plenário, para prestar esclarecimentos sobre as razões que a levaram a não receber as entidades representativas dos estudantes e dos profissionais da educação de Búzios, tais como a UMEAB, AERJ, SEPE-LAGOS e SERVBUZIOS, durante todo o processo de luta dos estudantes que levou à ocupação do Colégio Paulo Freire. E também esclarecer porque a secretária não realiza eleição direta para diretor de escola, que também "afronta diretamente" o Plano Municipal de Educação - Lei 1.114 de 2015. 

quarta-feira, 7 de março de 2018

Quem é que vai pagar por isso?

Nenhum aluno a menos


A tresloucada e covarde decisão do prefeito André Granado de terminar com turmas e turnos do ensino médio municipal em janeiro, em pleno recesso escolar, gerou uma tremenda bagunça na vida dos estudantes de Búzios. Todos estavam tranquilos curtindo as férias, acreditando na renovação automática de suas matriculas, quando tomaram ciência de que não poderiam mais estudar à noite no Colégio Paulo Freire e INEFI,  e em algumas outras turmas do turno diurno. A única alternativa local seria o sucateado Colégio Estadual João de Oliveira Botas, de qualidade inferior, administrado por um estado falido economicamente. Ou estudar fora de Búzios, em alguma outra escola pública.

Segundo o Censo Escolar de 2017, tínhamos 894 alunos cursando o ensino médio nas duas escolas municipais públicas, e 554 no Botas, perfazendo um total de 1.448 alunos. A ser verdadeira a informação da representante da secretaria Estadual de Educação presente na Audiência Pública do dia 5 último de que o Botas atualmente tem 1.200 alunos matriculados, então terão que ser remanejados 646 alunos (1.200 – 554) do Botas para as duas escolas municipais, para que a decisão do Juiz de Búzios seja cumprida (retorno às condições de 2017). Isso sem considerar um enorme contingente de evadidos que já tínhamos, antes da confusão generalizada causada pelas autoridades municipais, que supõe-se deva beirar a 700 jovens. Aqueles que, em sua maioria, fazem parte da juventude “nem, nem”, aquela que nem estuda, nem trabalha.

Com certeza, a tresloucada e covarde decisão do Prefeito vai contribuir para o aumento da já alta taxa de evasão escolar no ensino médio municipal- a maior entre os municípios da nossa Região dos Lagos. Também, com certeza, sabemos que essa juventude “nem, nem” vai engrossar o exército de reserva da criminalidade em Búzios. E quem é que vai pagar por isso, quando um desses jovens passar a fazer parte das estatísticas de homicídios levantados pelo Instituto Sangari no Mapa da Violência de Búzios, onde jovens de 16 a 29 anos figuram nas duas pontas como “matador” e “matado”? São em média 15 mortes por arma de fogo por ano. Parece pouco, mas na proporção de mortes por 100 mil habitantes dá uma taxa altíssima, maior do que a do estado e do país. Para se ter uma ideia do nível de violência do paraíso buziano. a nossa taxa média de mortes por 100 mil é de 45 (a 5ª maior do estado em 2016) e a do Japão é igual a 1. Ou seja, enquanto no Japão morre 1 pessoa por “morte matada” (homicídio por arma de fogo) em cada 100 mil habitantes, em Búzios morreriam 45.

Mesmo que apenas um desses jovens morra. Um único jovem, entre aqueles que acreditavam na renovação automática de sua matrícula no Paulo Freire e no Botas. Quem vai se responsabilizar por essa morte? Quem vai se responsabilizar pela outra ponta, a do assassino, provavelmente também formada por jovens evadidos da escola?

O Prefeito de Búzios precisa ser responsabilizado por isso. E não só ele. O Diretor do Botas também. Sua participação oportunista, sem consultar seus colegas professores e a comunidade escolar do Paulo Freire e Inefi, foi fundamental para a realização do tresloucado e covarde projeto do Prefeito de Búzios de por fim ao ensino médio municipal em Búzios, de uma hora para outra, sem consultar ninguém.

A Secretária de Educação de Búzios também deve ser responsabilizada. Sua recusa em receber os dirigentes do sindicato dos professores e servidores de Búzios (SEPE LAGOS e SERVBÚZIOS), a falta de diálogo com os estudantes e sua representação (UMEAB), a omissão durante a ocupação de uma escola municipal, contribuiu sobremaneira para infernizar a vida dos estudantes e de suas famílias. A insensibilidade é tanta que durante a ocupação a secretária Deisemar vendia tranquilamente HINODE. A internacional Búzios não merece uma secretária dessas!

Os vereadores também precisam ser responsabilizados. Nem todos, mas aqueles que se omitiram. E não foram poucos. Aqueles que não deram uma palavra de conforto aos estudantes da ocupação, que não doaram um pedaço de pão ou de solidariedade. Aqueles que se acovardaram diante da tresloucada e covarde decisão do prefeito. Aqueles vereadores servis (nem todos, claro) que fazem parte da base de apoio do governo municipal, mas que, desprezados pelo prefeito, não participam das principais decisões de governo. Aqueles vereadores que durante a última campanha eleitoral ele chamou de “canibais, carnívoros e achacadores”.

O Prefeito, a Secretária de Educação e os vereadores que se omitiram, têm a obrigação moral de fazer busca ativa, de casa em casa, por cada aluno do Paulo Freire e do INEFI que não se matricularam em escola alguma até os dias de hoje (7 de março) durante todo esse processo. E orientar todos os estudantes do Paulo Freire e INEFI que se matricularam no Botas para que cancelem suas matrículas nesta escola e se matriculem na escola de origem. NENHUM ALUNO A MENOS.

domingo, 4 de março de 2018

OCUPAÇÃO

Página do Facebook


Olhares entrelaçados
Em um único objetivo
Vencer um sistema,
Que parece Leão feroz ...
Indomável !
Ocupar um espaço físico
Não ocupa o vazio do coração
Quero meus direitos
E quero já !
Lutaremos juntos até o fim
E sempre será assim,
Nem adianta vir me oprimir
Porque nós iremos resistir!
Alunos de periferia
Alunos que de casa saiam,
Alunos que queriam
A liberdade de sonhar !
Mas não se preocupem
Meus queridos.
Essa batalha já é ganha
E a sonhar, vamos voltar.
E a liberdade conquistar!
SOU A POETA DA PRAIA E MEU APOIO VENHO DAR A ESSE GUERREIROS DO C. M. PAULO FREIRE !


sexta-feira, 2 de março de 2018

Prefeito de Búzios perde mais uma vez no processo do ensino médio municipal

Arte da página "Defenda o ensino médio municipal"


27/02/2018

Despacho - Proferido despacho de mero expediente

Processo nº:
0000466-22.2018.8.19.0078
Tipo do Movimento:
Despacho
Descrição:
O município réu, inconformado com a decisão de fls.147/148, manifestou-se à fl. 169 informando a interposição de agravo de instrumento e requerendo a reconsideração da supramencionada decisão, que deferiu a antecipação dos efeitos da tutela. Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de reconsideração, mantendo-se a decisão de fls. 147/148 por seus próprios fundamentos.

Fonte: TJ-RJ

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Dia histórico em Búzios: Pela primeira vez estudantes ocupam uma escola municipal

Arte de Ricardo Malagoli da página "Defenda o Ensino Médio Municipal de Búzios"

Dia histórico em Búzios. Nunca antes na sua história uma escola municipal foi ocupada por estudantes. Antes, apenas o Colégio Estadual João de Oliveira Botas e a recepção da Prefeitura foram ocupados.
Com a ocupação, o movimento em defesa do ensino médio municipal atinge um novo patamar. Se inicialmente o movimento foi deflagrado para impedir a extinção de turno e turmas, agora luta-se pela defesa da melhoria da qualidade do ensino médio municipal como um todo, no Paulo Freire e no INEFI. 
A ocupação está muito bem organizada. Comissões estudantis foram criadas pela União Municipal de Estudantes de Armação dos Búzios (UMEAB): segurança, alimentação, limpeza e de atividades. O governo municipal e secretaria de Educação, apesar da justiça de Búzios ter decidido que nenhum turma ou turno poderia ser fechado no Paulo Freire e no INEFI, não permitiram que alunos do turno noturno do colégio tivessem aula e tentaram de todas as formas impedir que a ocupação acontecesse. Mas tiveram que se dobrar à força do movimento. Aos novos diretores da escola, escolhidos pelo governo, após a renúncia da diretoria anterior,  não restou outra coisa a fazer a não ser entregar o colégio aos estudantes, que a partir de agora administrarão a escola.
Os estudantes pedem aos pais, ex-alunos e membros da sociedade civil buziana que apoiem o movimento. A ajuda com alimentação ( Pão, Queijo, Presunto, Biscoito, Suco Tang, Água, 
Requeijão, Manteiga), material de limpeza, copo descartável e papel toalha será muito bem vinda.
A ocupação se dará por tempo indeterminado até a vitória final. Nenhum turno e turma a menos. Por um Ensino Médio Municipal de qualidade.
Todos juntos em defesa do Colégio Municipal Paulo Freire, do INEFI e da escola pública municipal como um todo!

UMA AULA DE CIDADANIA



 
RODA CULTURAL COM TIO LÉO. Outro momento histórico em Búzios. Nunca antes na história de Búzios presenciamos uma roda cultural em uma escola municipal.





FALA UMEAB 1




FALA UMEAB 2




terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Vamos lutar até a vitória final




Justiça determina que o Município de Búzios (prefeito André):

1) restabeleça as vagas extintas no ensino médio no Colégio Municipal Paulo Freire, inclusive no turno da noite;
2) restabeleça as vagas extintas no turno da noite no INEFI;

E que o Estado do Rio de Janeiro (governador Pezão):

3)  impeça a criação de novas vagas no Colégio Estadual João de Oliveira Botas, sem prévio estudo de viabilidade e impacto. 
4) mantenha o número de vagas e turnos oferecidos aos alunos de ensino médio ao longo do ano letivo de 2017, no prazo de 48 horas.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Justiça obriga prefeito de Búzios a restabelecer cursos noturnos de ensino médio no Paulo Freire e INEFI

Nenhuma turma a menos



Acabou de sair a decisão do juíz. As turmas ficam no Inefi e C.M.Paulo Freire!!!

Ensino Médio Municipal em Búzios

Vencemos!!!

Ousar lutar, ousar vencer!!!


Processo No 0000466-22.2018.8.19.0078

Juiz:DANILO MARQUES BORGES

Data Decisão:19/02/2018

"Trata-se de ação civil pública com pedido de tutela de urgência proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO em face de MUNICÍPIO DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, todos qualificados na inicial. O Ministério Público alega, em síntese, que o município réu, em meados de janeiro do corrente ano, implementou modificações de grande impacto na rede pública de ensino médio, as quais refletirão graves prejuízos e violação aos direitos relacionados à educação dos alunos de ensino médio neste município. Tais modificações consistiram na supressão de cerca de 750 vagas de ensino médio no Colégio Municipal Paulo Freire, inclusive, com extinção total do turno da noite, bem como a extinção total das turmas de ensino médio no turno da noite oferecidas pelo INEFI - Instituto de Educação e Formação Integral Judite Gonçalves, ambos administrados pelo município réu. As vagas extintas na rede municipal foram transferidas de forma unilateral para o Estado do Rio de Janeiro, através de criação de vagas no Colégio Estadual João de Oliveiras Botas. Informa que referida transferência não foi autorizada pela SEEDUC - Secretaria de Estado de Educação, a qual foi contrária à referida transferência, vez que o Colégio Estadual João de Oliveira Botas, única unidade de ensino estadual estabelecida no município réu, não possui capacidade de absorção das vagas extintas na rede municipal. Alega, ainda, que a determinação prevista no § 3º, do art. 211, da Constituição Federal, de que os Estados atuarão prioritariamente no ensino médio, não afasta o dever de cooperação do Município réu. O Ministério Público entende que a transferência das vagas de ensino médio da rede municipal para a rede estadual deveria ocorrer de forma gradativa, seguindo cronograma previamente estabelecido, aprovado pela SEEDUC. Endente, ainda, que a simples anuência do diretor do Colégio Estadual João de Oliveira Botas não é suficiente para autorizar a transferências das vagas de ensino médio oferecidas pelo município para a rede estadual de ensino. Requer o deferimento da tutela provisória de urgência para que o município réu seja obrigado a restabelecer as vagas extintas no ensino médio no Colégio Municipal Paulo Freire, inclusive no turno noturno, bem como restabelecer as vagas extintas no turno da noite do INEFI, além de vedar a criação de novas vagas no Colégio Estadual João de Oliveiras Botas, a fim de manter o número de vagas e turnos oferecidos aos alunos do ensino médio destas três unidades escolares equivalente ao número de vagas oferecidas no ano letivo de 2017. É O RELATÓRIO. DECIDO. Inicialmente, temos que a educação é um direito social, universal e gratuito, sendo dever do Estado, com a tríplice função de garantir a realização plena do ser humano, inseri-lo no contexto do Estado Democrático e qualificá-lo para o trabalho, conforme disposto nos artigos 6º e 205 da Constituição Federal. Portanto, a educação representa um mecanismo de desenvolvimento pessoal de cada indivíduo, bem como um mecanismo de desenvolvimento da própria sociedade. Ademais, nos termos do disposto no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Estado, com absoluta prioridade, o acesso à educação. A Constituição Federal estabelece, em seu art. 211, que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ´organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino´, cabendo aos municípios atuar ´prioritariamente´ no ensino fundamental e educação infantil (§ 2º) e aos Estados e ao Distrito Federal atuar ´prioritariamente´ no ensino fundamental e médio (§ 3º). Feito o introito acima, passo a analisar o pedido de tutela de urgência, a qual deve ser concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, conforme disposto no art. 300 do Novo Código de Processo Civil. No caso em tela, o Município réu, através da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, promoveu modificações na rede municipal de ensino, dentre elas a supressão de todas as turmas de ensino médio do turno da noite do Colégio Municipal Paulo Freire, bem como a supressão de todas as turmas de ensino médio do turno da noite do INEFI - Instituto de Educação e Formação Integral Judite Gonçalves, conforme ofício de fls. 128/129, encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia ao Ministério Público. No referido ofício, consta que as vagas de ensino médio suprimidas na rede municipal de ensino foram transferidas para o Estado, através de criação de novas vagas no Colégio Estadual João de Oliveira Botas, com anuência da diretoria do referido estabelecimento de ensino. Não há dúvidas quanto à possibilidade de transferência das vagas de ensino médio da rede municipal de educação para a rede estadual de educação, pois, como asseverado acima, cabe ao Estado, prioritariamente, atuar no ensino médio, disponibilizando instituições de ensino e vagas suficientes para atender toda a população, o que não afasta o dever de colaboração do Município, até porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu art. 18, inciso I, prevê que os sistemas municipais de ensino compreendem instituições de ensino fundamental, médio e educação infantil. Desta forma, no caso em tela, o que deve ser analisado é se a transferência do ensino médio municipal para o único colégio estadual localizado no território do município réu não ofende ao regime constitucional colaborativo. Analisando os autos, em juízo de cognição sumária, verifico que o município réu vinha buscando a transferência do ensino médio municipal para o Estado há alguns anos, tendo, inclusive, ingressado com ação judicial, que tramita nesta Serventia, sob o nº 0004137-24.2016.8.19.0078, visando transferir os custos de manutenção do ensino médio municipal para o Estado, na qual o Juízo indeferiu o pedido de tutela de urgência, por entender que há previsão constitucional de cooperação entre a União, o Estado e Municípios nos serviços de ensino na forma do art. 211 da Constituição Federal, bem como pela pública, notória e grave crise econômica que acomete o Estado do Rio de Janeiro. Nos autos do processo supramencionado, conforme documentos de fls. 15/24, verifica-se que o Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Educação, elaborou estudo para absorção do ensino médio do município réu, apresentando duas propostas para que a absorção ocorresse de forma gradativa, a partir do ano letivo de 2017. No referido estudo, consta que o Colégio Estadual João de Oliveira Botas, no ano letivo anterior, já estava com sua capacidade máxima, não havendo como disponibilizar novas vagas, por ausência de espaço físico e condições materiais. Portanto, pelo que consta nos autos, não há anuência da Secretaria de Estado de Educação, para a transferência do ensino médio da rede municipal para o Colégio Estadual João de Oliveira Botas. A anuência da diretoria do colégio estadual para a transferência do ensino médio municipal não parece suficiente, pois, pelo teor dos documentos de fls. 144/145, encaminhados ao Ministério Público, em anexo ao ofício de fls. 128/129, não houve qualquer estudo prévio para determinar a possibilidade e o impacto da transferência do ensino médio da rede municipal de ensino para o colégio estadual. Além disso, tendo em vista a grave crise econômica enfrentada pelo Estado do Rio de Janeiro, a transferência do ensino médio municipal para a rede estadual de ensino, sem qualquer estudo prévio ou planejamento, pode causar inequívocos prejuízos aos alunos que necessitam cursar o ensino médio, vez que pelo que consta nos autos, vislumbra-se que, para absorver todas as vagas extintas na rede municipal, o Colégio Estadual João de Oliveira Botas terá de funcionar com número de alunos acima de sua capacidade máxima, o que poderá acarretar superlotação, queda na qualidade de ensino, desestímulo e evasão escolar. Desta forma, entendo que estão presentes os requisitos autorizadores da concessão da tutela de urgência, em especial o perigo de dano, vez que centenas de alunos poderão ficar sem vaga para cursar o ensino médio. Ante o exposto, DEFIRO a tutela de urgência para determinar que o município réu: (i) restabeleça as vagas extintas no ensino médio no Colégio Municipal Paulo Freire, inclusive no turno da noite; (ii) restabeleça as vagas extintas no turno da noite no INEFI; (iii) bem como para impedir a criação de novas vagas no Colégio Estadual João de Oliveira Botas, sem prévio estudo de viabilidade e impacto, com intuito de manter o número de vagas e turnos oferecidos aos alunos de ensino médio ao longo do ano letivo de 2017, no prazo de 48 horas, a contar da intimação desta decisão, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), ficando autorizado o arresto dos valores a cada 10 dias de descumprimento. Intimem-se, pessoalmente, o Prefeito e a Secretária de Educação, para tomarem ciência desta decisão. Cite-se e intime-se, com urgência, o município réu, na pessoa do seu representante legal, para, querendo, apresentar contestação, no prazo legal, sob pena de confissão e revelia. Cite-se o Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do seu representante legal, na qualidade de interessado, para que se manifeste, querendo, no prazo de 15 dias, nos termos do disposto no art. 721 do Código de Processo Civil".


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Ministério Público exige volta do Ensino Médio ao Paulo Freire e ao Inefi

Defenda o Ensino Médio Municipal de Búzios, foto de Mateus Guanaes

Promotoria de Búzios entrou com ação civil pública com tutela de urgência nesta quarta (7).
A 1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público em Búzios abriu ontem na Justiça local uma ação civil pública, com tutela de urgência, para obrigar a prefeitura de Búzios a manter as turmas de Ensino Médio no colégio Paulo Freire e no Inefi, fechadas no meio de janeiro. 
Segundo a Promotoria, a ação de transferir os alunos para o Colégio Estadual João de Oliveira Botas foi ‘unilateral’, pois não contou com a concordância da Secretaria Estadual de Educação, que disse não ter condições de absorver a demanda. Apenas o diretor da unidade  estadual concordou com a transferência. 
Em caso de descumprimento, o MP pede aplicação de multa diária pessoal de R$ 1 mil  ao prefeito André Granado (PMDB).

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Aproximadamente 46% (739) dos jovens buzianos de 15 a 17 anos estão fora da escola

Considerando que a população de Búzios era de 27.560 moradores em 2010 segundo o Censo do IBGE.

Considerando que o mesmo IBGE estimou a população do município em 2017 em 32.260 pessoas, um crescimento de 17% entre 2010 e 2017, ou seja, 2,42% ao ano.

Considerando que o IBGE também verificou no Censo de 2010 que tínhamos 1.377 jovens com idade entre 15 e 17 anos.

Projetando a mesma taxa de crescimento para a população de jovens de 15 a 17 anos teremos 1.611 deles em 2017.

Segundo o Censo Escolar do INEP de 2017 tínhamos 1.448 alunos matriculados no ensino médio em Búzios, sendo 894 no Paulo Freire (municipal) e 554 no Botas (estadual).

Considerando a taxa média de distorção série-idade de 40% em ambas as escolas (TCE-RJ), teremos 579 alunos fora da faixa de 15 a 17 anos. Logo, dentro da faixa, temos 60%, ou 1.448 menos 579, o que dá 872 alunos.

Estudos Socieconômicos, TCE-RJ

Se tivemos em 2017 um total de 1.611 jovens na faixa entre 15 e 17 anos, e tivemos 872 (54%) deles matriculados, chegamos à conclusão que 46% estão fora da escola, ou seja, 739 jovens com idade entre 15 e 17 anos. Mesmo que alguns destes jovens estudem em escola particular, o número deles é ínfimo (inferior a 50), segundo o TCE-RJ. Resta investigar quantos estudam em outros municípios, o que, também, me parece não significativo. 

Fontes:

TCE-RJ
  

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

É LEI: GARANTIR e MANTER a OFERTA de ENSINO MÉDIO em nível Municipal; CUMPRA-SE!!!




META MUNICIPAL 3 Plano Municipal de Educação da Cidade de Armação dos Búzios.

GARANTIR e MANTER a OFERTA de ENSINO MÉDIO em nível Municipal, ampliando o número de vagas dentro da necessidade do município, buscando parceria com o Estado, visto que a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional apresenta as responsabilidades aos entes federados para com os níveis da Educação Básica.

Art. 6º da Lei Municipal nº 1.114/2015 (Plano Municipal de Educação 2015 - 2025):

A execução do PME e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias:

I – Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Ciência e Tecnologia;
II – Comissão de Educação, Esporte e Lazer da Câmara de Vereadores;
III – Conselho Municipal de Educação;
IV – Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Conselho FUNDEB.

Fonte: Boletim Oficial Nº 707 - Armação dos Búzios,
14 a 16 de julho de 2015, página 4.



sábado, 27 de janeiro de 2018

Fala Professora Luisa

Fala da professora Luisa Barbosa na Audiência Pública que discutiu os problemas do ensino médio em Armação dos Búzios, realizada na Câmara de Vereadores no dia 25/01/2018. 





"Não há medo que abafe o amor no peito
Não tem jeito
Não há disse me disse
Receio de boato, opressão e seu aparato,
da covardia, mentira, perseguição, coação
Há: REAÇÃO
Porque sei que nessa estrada não sigo na contramão
Defendo minha escola, meu turno, minha turma - a educação
E o medo não será o meu patrão
Lutar nos torna livres

"Esse foi o vídeo da minha intervenção na consulta pública realizada na Câmara de Vereadores sobre a educação em Búzios. Obrigada aos vereadores que nos acolheram nesta noite Gladys Costa II @lorransilveira @didagabarito Niltinho De Beloca Josue Pereira Miguel Pereira e deliberaram contra o fechamento de turmas e turnos na rede municipal" (Professora Luíza, via Facebook)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

NENHUMA VAGA A MENOS

Foto do perfil do Facebook de Cristina Pimentel


Na consulta pública que ocorreu, em 25/01, convocada pela comissão de Educação da Câmara de Vereadores, participei, como representante designada pelo Promotor de Justiça, com atribuição em tutela coletiva de educação em Búzios.
Deste lugar, algo desconfortável, porque sempre me manifestei enquanto sociedade civil organizada, porém ocupado com orgulho, antevi a importância de, naquele momento, ratificar a posição do Ministério Público em não aceitar que escolas sejam fechadas e vagas sejam suprimidas, a despeito da convicção jurídica do órgão sobre a prioridade do Estado na manutenção do Ensino Médio, mas ciente da crise financeira que assola o estado do Rio de Janeiro. Ressalto que é histórica a atuação do Ministério Público em defesa da educação pública e gratuita, através das Promotorias de Justiça de Infância e Juventude, das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Educação e de seus órgãos de apoios, GAEDUC e do CAOPJ de Tutela Coletiva da Educação.
A apenas 1 mês do início do ano letivo, a despeito de documento da Secretaria Estadual de Educação informando, em junho de 2017, que o Colégio Estadual João de Oliveira Botas não teria condições de assumir vagas advindas do Colégio Municipal Paulo Freire; a despeito de decisão judicial de que é o Município que deverá continuar arcando com os custos do citado colégio municipal e a despeito da mesma decisão em inquérito civil, no Ministério Público, a Prefeitura, que já vem fechando escolas em outros segmentos, suprimiu vagas, quando na realidade deveria oferecer o quantitativo correto, de acordo com suas obrigatórias estatísticas, no que se refere ao ensino médio.
A sociedade civil, sendo ignorada em seu legítimo direito de ser ouvida e participar da definição de políticas públicas de educação, não aceitou que, na calada da noite, fosse desferido contra ela um golpe tão covarde que deixa centenas de alunos sem escola, que embaralha a vida de pais, alunos, professores, provocando uma enorme celeuma na rede pública de ensino.
Menciono a presença do ex-prefeito Delmires de Oliveira Braga que, discreto, compareceu à consulta pública, mas não teve a presença registrada. A despeito de todos os erros cometidos pelo ex-prefeito que o deixaram inelegível, não se pode negar que foi ele o responsável pela construção de uma boa rede pública de ensino, tendo construído praticamente uma escola a cada ano, em seus 12 anos à frente da Prefeitura de Armação dos Búzios, inclusive o Colégio Municipal Paulo Freire; uma rede pública mais respeitosa, com melhores salários pagos aos professores, entre outros quesitos importantes que marcam a trajetória da luta por uma escola pública de qualidade. Consequentemente, está na memória da população de Búzios a cultura da abertura e não do fechamento de escolas.
De outro lado, o mesmo prefeito que construiu tantas escolas, deixou um passivo considerável de creches municipais. Em 2015, o Ministério Público ingressou com ação civil pública contra o Município para que vagas em creche fossem ampliadas e cerca de 480 crianças pudessem alcançar esse direito, considerando que creches, educação infantil e ensino fundamental são as responsabilidades primeiras do Município, enquanto ente federado. Manutenção de creches e de educação infantil ganhou prioridade a partir do Plano Nacional de Educação, mas somente em 2016 tal política pública passou a ter importância em Búzios.
Políticas públicas devem ser aperfeiçoadas, ampliadas, e não suprimidas, já que o projeto de formação do ser humano é eterno. A democracia depende de permanente controle social, como bem lembrou o presidente do ServBúzios, Marcos Silva, e de coragem, como suscitou a Professora, Luisa Barbosa, porque a luta de todos os povos é, sobretudo, contra o totalitarismo. Onde o poder mal exercido coloca-se, a resistência, o seu contrário, também se impõe.
Guardamos na memória fartos exemplos de governantes, cujos discursos apontavam para a superação de nossas mazelas estruturais, mas seguiram caminhos muito diferentes, agindo de forma totalitária, perseguindo, segregando pessoas e se blindando ao clamor das ruas. Aprenderemos com tanto sofrimento, pois não são os discursos, muito menos os ódios que nos permitirão superar esse passivo doloroso com a educação e demais políticas públicas estruturantes. Lutamos, portanto, para que o município volte atrás e se comprometa com uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Cristina Pimentel