Excesso de leis? Fico com o MP: é mau uso de verba pública mesmo.
terça-feira, 24 de março de 2015
Nota da Prefeitura
Excesso de leis? Fico com o MP: é mau uso de verba pública mesmo.
segunda-feira, 23 de março de 2015
VERGONHA! INDIGNAÇÃO! REVOLTA!
Esgoto no cais do Centro, foto G1 |
sábado, 21 de março de 2015
Quem é Nelson Belotti 2?
"Os investigadores da Força Tarefa da Operação Lava-Jato encontraram novos indícios que reforçam as suspeitas de que o doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras, foi sócio oculto da estatal em uma de suas subsidiárias, a BR.
O doleiro controlaria duas empresas indiretamente, a Ellobras e a Genpower, sócias da Petrobras no consórcio da Usina Termelétrica Suape II, em Pernambuco. A usina começou a ser erguida em 2008 e ficou pronta em 2013, após R$ 600 milhões de investimentos, feitos por um consórcio formado pela BR, pelas duas empresas, pela MPE Montagens e Projetos Especiais e pela a Genren.
Documentos apreendidos pela Polícia Federal revelam uma série de empréstimos de Nelson Luiz Belotti, sócio da Ellobras, para a CSA Project Finance Ltda, empresa de fachada do doleiro. As transações somam R$ 929 mil e ocorreram durante a licitação da Usina. O doleiro teria intermediado a venda da participação das duas empresas do consórcio. Um negócio de R$ 35 milhões.
Os investigadores suspeitam que a Ellobras e a Genpower são controladas pela CSA. As duas tinham 40% das cotas do consórcio. As outras três tinham 20%, cada, incluindo a BR".
Leia o esclarecimento divulgado pela subsidiária Petrobras Distribuidora sobre o empreendimento termelétrico Energética SUAPE II S. A. em 3/8/2014 quando pela primeira vez se falou de um possível sociedade da BR com a CSA de Youssef:
"A Petrobras Distribuidora (BR) nega veementemente que houve qualquer relação comercial com o Sr. Alberto Youssef ou com a Empresa CSA Project Finance, seja diretamente ou por meio das empresas Ellobras Infra-Estrutura e Participações Ltda (Ellobras) e Genpower Energy Participações Ltda (Genpower), estas últimas duas empresas, sócias do empreendimento termelétrico Energética SUAPE II S. A. (Suape II), vencedor do Leilão de Energia Nova – LEN A-5 de 2007, ocorrido em 16/10/2007. Os outros três sócios de Suape II, na época de sua constituição, eram as empresas Genrent Participações Ltda (Genrent) e MPE Montagens e Projetos Especiais S. A. (MPE), além da BR, todos com 20% de participação acionária. A Petrobras informa que desde a criação da empresa, em 22/01/2008 até hoje, permanecemos com a mesma participação acionária de 20%.
Na constituição da empresa Suape II, em 22/01/2008, os sócios da Ellobras eram o Sr. Nelson Luiz Belotti dos Santos (90%) e a Sra. Selma Regina Fuks (10%). A Genpower tinha como sócios o Sr. Marcos Antonio Grecco (99,927%) e o Sr. Fabio Oliveira Grecco (0,073%), informações que podem ser comprovadas no parecer nº 06369/2008/RJ, de 17/06/2008, da Secretaria de Acompanhamento Econômico do MF, na ocasião de solicitação de aprovação de ato de concentração pelo CADE. Portanto, desconhecemos haver qualquer relação da Ellobras e Genpower, nesse negócio da termelétrica Suape II, com a empresa CSA Project Finance, relacionada ao Sr. Alberto Youssef, conforme publicado na Folha de São Paulo, em 02/08/2014.
A estratégia da BR se constituía na participação minoritária em empreendimentos de geração de energia elétrica, com o objetivo principal de fornecer combustível, por um período de longo prazo, garantindo assim a colocação dos seus produtos no mercado, uma vez que o óleo combustível estava sendo continuamente deslocado pelo Gás Natural, principalmente no segmento industrial. Assim, a BR buscou parceiros com competência em implantação de projetos de geração termelétrica, complementando a experiência da BR como fornecedora de combustível."
sexta-feira, 20 de março de 2015
Vem aí a CPI das Licitações 2
Vereadores que poderão constituir a CPI das Licitações, foto site RC24H |
Comentários no Facebook:
- Stela Sobreira Nossa! Mas porquê a vereadora demorou um ano pra assinar o que já é notório para todos nós?
E os outros fiscais do executivo? Que representantes do povo nós temos!
Que lástima!
Dr. André, Prefeito de Búzios, é condenado pelo TCE-RJ a devolver R$ 207.927,61
Decisão judicial confirma que Búzios não pode fazer contratações temporárias
Logo do MP RJ |
quinta-feira, 19 de março de 2015
Professora Denize Alvarenga é reintegrada judicialmente
Professora Denize Alvarenga protesta contra sua demissão |
O ditardozinho de plantão em Búzios perdeu! A Justiça- e felizmente hoje ela funciona em Búzios- pôs as coisas em seus devidos lugares. Parabéns professores de Búzios!
quarta-feira, 18 de março de 2015
Operação Dolos (Escândalo imobiliário) na Região dos Lagos
ASCOM/DPF, Jornal Folha dos Lagos, 18/03/2015 |
Operação Dolos: investiga quadrilha que fraudava contratos imobiliários em agências da Caixa Econômica Federal (CEF) em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Detidos:
Armação dos Búzios - 10
Cabo Frio - 2
Mandados de busca e apreensão - 8
Armação dos Búzios - 7
Cabo Frio - 1 (uma imobiliária).
Mandados de condução coercitiva (quando o suspeito é obrigado a acompanhar a polícia, não pode se recusar) - 4
Armação dos Búzios - 3
Duas pessoas foram localizadas apenas por telefone.
Bairros onde a operação aconteceu: Rasa e Centro.
Cabo Frio - 1
Os investigados serão indiciados por
1) associação criminosa
2) falsificação de selo ou sinais públicos
3) falsificação de documentos públicos
4) estelionato
5) peculato
6) corrupção ativa
7) corrupção passiva
8)lavagem de capitais
Delegado Felício Laterça, titular da Delegacia de Polícia Federal de Macaé, Jornal Folha dos Lagos, 18/03/2015.
terça-feira, 17 de março de 2015
Polícia Federal na Região dos Lagos
A operação da PF, com participação de 133 agentes federais, tem como objetivo cumprir 34 mandados de condução coercitiva e 31 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Além disso, há 10 pedidos de afastamento de empregados públicos e bloqueios de contas correntes.
"Os membros da organização, com a ajuda de empregados da própria Caixa, inclusive gerentes regionais, facilitavam o recebimento de valores de contratos de até R$ 1 milhão, aceitando documentos falsos e liberando os valores sem as devidas garantias", disse a PF em nota oficial sobre a operação, intitulada Dolos.
Segundo a polícia, a maior parte dos imóveis utilizados no esquema de fraude estaria na Região dos Lagos fluminense, alguns dos quais receberam sobrevalorização de 1.000% do valor de mercado. Também há contratos de imóveis que nem existem.
Os investigados serão indiciados, de acordo com suas participações, por associação criminosa, falsificação de selo ou sinais públicos, falsificação de documentos públicos, estelionato, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais, informou a PF.
(Texto de Pedro Fonseca)
Ás 12:25 recebi a informação de que os policiais não estiveram na casa do ex-vereador Marquinho da Farmácia. E que ele, inclusive, está em Búzios.
"Um dos envolvidos na fraude demonstrou-se disposto a colaborar com as investigações sob o esquema de delação premiada".
Manifestação "das elites”?
Manifestação do dia 15 de março de 2015 em Copacabana foto 1: Dilma, Lula e FHC na cadeia. |
Manifestação do dia 15 de março de 2015 em Copacabana foto 2 |
Manifestação do dia 15 de março de 2015 em Copacabana foto 3 |
Segundo pesquisa DataFolha, apenas 23% da população aprova a presidenta. 44% acham seu governo ruim ou péssimo, 33% regular. Trata-se de um dos piores índices de aprovação desde FHC. Não me parece crível pensar em mais da metade da população brasileira como "fascistas".
Apesar de não estarem apenas "nas elites", é preciso reconhecer, é verdade, que os descontentes não pedem "reformas estruturais" ou "a defesa dos direitos dos trabalhadores". O que eles querem, previsivelmente, é continuar consumindo. Não foi esse, afinal, o sinônimo de desenvolvimento e progresso vendido nos últimos 12 anos pelo governo com o patrocínio, aí sim, das elites dirigentes? Acontece que o endividamento chegou e aquele entusiasmo com o Brasil murchou, como era de se esperar. O limite do modelo está posto. Como "seguir avançando" quando a saúde pública é um caos, o plano é ruim e caro e a educação privada não garante as oportunidades esperadas? Como seguir lotando os shopping centers aos finais de semana com todos os preços subindo? Como comprar imóveis com o crédito rareando?
Em parte das esquerdas, as vinculadas ao governo, a cooptação, a burocratização, deram o tom do silêncio nos últimos anos. Lá como cá, limitaram-se a defender o atual pacto de governabilidade, seja como a melhor ou a "menos pior" das opções. Sem politização cotidiana, sem uma gramática política para manifestar objetivamente sua revolta, os brasileiros entregam-se à agenda conservadora. Só restou bradar contra a corrupção, como se o problema fosse unicamente moral. Já conhecemos essa história.
A elite "de fato" se aproveita do momento porque aprendeu que é nas crises em que se abrem as melhores oportunidades políticas. Para o seu núcleo duro, engolir o PT foi sempre uma necessidade, nunca uma escolha entusiasmada.
Em 2013 o PT perdeu as ruas. Em 2014/15 perdeu o Congresso. Está ficando patente que, ao sacrificar os trabalhadores/as e capital produtivo em nome da finança (o dito 1%), Dilma trai seu programa eleito nas urnas, e desagrada às maiorias, sobretudo às classes médias que, sim, carregam bastante em seus ombros (os pequenos negócios são os que mais empregam, mais pagam impostos e menos recebem incentivos no Brasil). É verdade que é dessa força vital, sobretudo, que se alimentam as elites com sede de poder. Mas não nos enganemos. O descontentamento é "popular e de massas". Atinge os trabalhadores/as, os precarizados/as, a base da pirâmide.
O regime todo está podre, mas seja isso justo ou não, o alvo primário não poderia ser outro. Como deus ex machina da política brasileira, a Presidência historicamente é responsável por tudo o que acontece no país – de bom ou ruim.
Logo depois das eleições, escrevi no Congresso em Foco (link - http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/outros-destaques/sem-meio-termo-na-economia/) sobre não haver meio termo para Dilma e o PT. Ou assumiam o combate por uma outra agenda popular e realmente democrática, ou estariam superados como alternativa política. A aposta, no entanto, foi pela agenda do austericídio, que dirige o país rumo ao desastre da recessão e do desemprego.
Estamos, pois, justamente a vê-los pagar o preço por esse caminho. O Brasil está ficando pior. E está ficando pior para as maiorias. O atoleiro econômico, político e social parece não ter fim, mas está apenas começando.
Sair em defesa do governo e do PT, esse morto-vivo sem programa e direção política, no entanto, é o pior que a esquerda "de fato" pode fazer agora. Porque, dessa forma, afundará junto dele aos olhos da população descontente. Sob pena de nunca construirmos uma alternativa progressista real e de fôlego ao atual arranjo, a hora é, como temos defendido, de puxar a corda para a esquerda, mais e mais. Apresentar soluções concretas e saídas próprias para esse dilema.
Em relação à crise política atual, é certo que a situação se degrada e pode, sim, redundar numa crise institucional ainda mais densa, mas poucas comparações são mais esdrúxulas do que com as tentativas de golpe no Chile de Allende ou na Venezuela de Chávez. Ao que consta, não era um Chicago Boy, ex-FMI, que ocupava o ministério da fazenda chileno à época; e Chávez tampouco havia atacado o direito dos trabalhadores/as em 2001 às vésperas de tentar ser derrubado pela elite venezuelana sediada em Miami.
Talvez a chapa esquente e o oportunismo das elites políticas e das oposições se manifeste em apostas mais arriscadas. Mas parece ingenuidade, nesse quadro, acreditar que o povo sairá em defesa de Dilma e do PT por puro legalismo. Ele pedirá mais do que isso, muito mais, para sair às ruas em nome de um governo que parece ter-lhe virado as costas. Talvez seja tarde demais.
O governo, no entanto, sabe exatamente o que precisa ser feito. Terá possibilidades, ou melhor, coragem e disposição política para isso?"