domingo, 4 de novembro de 2018

Delação premiada do ex-diretor do DER do Paraná que revelou corrupção sistêmica no governo Richa - 1



LEIA o termo da delação de Nelson Leal Júnior, que disse à Lava Jato que esquema de propinas em rodovias era replicado no Porto de Paranaguá, na Sanepar, na Fomento Paraná e na Receita Estadual; ex-governador foi alvo de duas operações.

O ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) do Paraná Nelson Leal Júnior afirmou em acordo de delação premiada na Operação Lava Jato que o esquema de propinas confesso pela Odebrecht em negócio de rodovias no Estado no governo Beto Beto Richa (PSDB) – atual candidato do partido ao Senado – era parte de uma corrupção sistêmica replicada no Porto de Paranaguá, na Sanepar (a empresa de água e esgoto), na Receita Estadual e na Fomento Paraná (instituição financeira estadual de fomento).

Beto Richa e a sua mulher, Fernanda Richa, foram alvos de duas operações deflagradas em setembro (11): uma da Lava Jato e outra do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual do Paraná.

O governo do Estado do Paraná possuía um esquema sistêmico de arrecadação de vantagem indevida junto a diversas empresas que possuíam contratos com o Poder Público”, registra o termo 1 da delação.

Leal Júnior foi preso na 48.ª fase da Lava Jato, deflagrada em fevereiro deste ano. Em maio, fechou delação com o Ministério Público Federal (MPF) e virou delator, saiu da prisão em 28 de maio. Batizada de Operação Integração, a frente colocou na semana passada no banco dos réus 11 pessoas, entre elas Deonilson Roldo, ex-braço direito de Richa.

Eles são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação em negócio de concessões rodoviárias do Paraná. Leal Júnior é categórico ao registrar em seu termo 1, prestado em 7 de maio, que o ex-governador, seu irmão, José Richa Filho, o Pepe Richa, o ex-chefe de gabinete Deonílson Roldo, e outros dois assessores do tucano Ezequias Moreira Rodrigues e Luiz Abi “capitaneavam a arrecadação de pagamentos indevidos”.

Fonte: Estadão

"Operação Integração"
Investiga supostos fatos criminosos envolvendo a execução de contratos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná (denominado "Anel de Integração do Paraná").

Em 22/02/2018, foi deflagrada a primeira fase ostensiva da operação, quando foram cumpridos 7 mandados de prisão temporária e 51 mandados de busca e apreensão expedidos.

Na denúncia a acusação descreve diversos fatos criminosos relacionados a um complexo esquema criminoso que existiria há anos, envolvendo empresários e agentes públicos, alimentado pelo suposto superfaturamento na cobrança dos pedágios nas rodovias públicas federais concedidas à ECONORTE (Empresa Concessionária de Rodovias do Norte), empresa do Grupo Triunfo (que inclui a controladora TPI - Triunfo Participações e Investimentos S/A e as demais controladas Construtora Triunfo e Rio Tibagi Serviços de Operações e Apoio Rodoviário).

DELAÇÃO PREMIADA DE NELSON LEAL JUNIOR

ANEXO 159: TERMO DE DEPOIMENTO Nº 2 – HISTÓRICO DAS CONCESSÕES DE RODOVIAS FEDERAIS NO ESTADO DO PARANÁ:

QUE houve licitação para concessão de rodovias do Anel de Integração em 1996; QUE dos 2.450KM concedidos à iniciativa privada, 1850 KM são de rodovias federais delegadas, sendo que os trechos federais tinham maior tráfego e viabilizavam o negócio; QUE na licitação foi feita a divisão dos lotes de forma consensual, sendo que na época não teve concorrência, havendo um arranjo entre as empresas que formaram os seis lotes; QUE o chefe da Casa Civil do Governo Fernando Henrique Cardoso EUCLIDES ESCALCO foi o responsável pela articulação junto ao Governo Federal para delegação das rodovias para o Estado do Paraná; QUE HEINZ HERWIG articulou o esquema dos pedágio no Estado do Paraná, tendo sido Secretário de Transportes; QUE o diretor-geral do DER/PR na época era LUIZ KUSTER, que hoje trabalha na TRIUNFO, sendo ele indicação de MARIO CELSO PETRALIA; QUE indicação se deu pelo fato de MARIO CELSO PETRALIA ter sido o financeiro da primeira campanha de JAIME LERNER;

LICITAÇÃO DIRIGIDA
QUE segundo ouviu de GILBERTO LOYOLA, atual superintendente do DER/PR, que na época das concessões o DER/PR recebeu um edital pronto e a indicação das empresas beneficiárias na licitação enviado do Rio de Janeiro por um engenheiro relacionado a PETRALIA, ESCALCO e HERWIG;

ATÉ TÚ JAIME LERNER
QUE JAIME LERNER baixou a tarifa do pedágio em 50% para fins eleitorais; QUE este ato unilateral foi favorável às concessionárias porque inicialmente elas ficaram desobrigadas de obras de ampliação, sendo que logo após a eleição a tarifa foi restabelecida, mas as concessionárias continuaram desobrigadas de fazer investimentos;

O ESQUEMA DOS ADITIVOS
QUE, na sequência em 2000 e 2002 foram celebrados mais dois termos aditivos com cada concessionária que supostamente deveriam reequilibrar os contratos; QUE esses aditivos foram na realidade extremamente benéficos, pois inicialmente no contrato original havia a previsão de 850 km de duplicações, sendo que após os dois aditivos foi reduzido para 450 km, sendo que a grande maioria deveria ser executado nos últimos cinco anos dos contratos;

ATÉ TÚ REQUIÃO
QUE em 2003 veio o Governo Requião com o slogan “ou baixa ou acaba”; QUE REQUIÃO iniciou uma briga judicial com as concessionárias totalmente inócua pois o governo não efetivava as desapropriações necessárias para as obras, o que acarretava na não realização de obras; QUE em 2005 o Governo REQUIÃO assinou uma ata da comissão tripartite de acompanhamento contratual que reduziu a tarifa da ECOCATARATAS em 30%, em troca da retirada de todos os investimentos de ampliação que a concessionária estava obrigada; QUE uma das ampliações que foi retirada foi a duplicação Cascavel Foz do Iguaçu; QUE, assim, nos governos anteriores já haviam ocorrido diversos atos que favoreceram a concessionária;

PAGAMENTO DE VANTAGENS INDEVIDAS NO ÂMBITO DO DER

DESEQUILÍBRIO SEMPRE EM FAVOR DOS CONCESSIONÁRIOS DE PEDÁGIO
QUE quando o Governo BETO RICHA ingressou, em 2011, já haviam ocorrido vários fatores que desequilibraram os contratos em favor das concessionárias, o que inclusive foi objeto de auditoria do TCU em 2012, que determinou que o DER/PR deveria promover o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos em favor dos usuários;

APOIO ELEITORAL ILEGAL E AS VANTAGENS POSTERIORES
QUE, entretanto, o depoente ouviu de PEPE RICHA que as concessionárias tinham apoiado financeiro a campanha de eleição do governador em 2010, sendo que, em razão disso, o Governo BETO RICHA já tinha assumido um compromisso com as concessionárias que se fosse eleito iria celebrar os aditivos contratuais para atender os interesses das concessionárias;

ESQUEMAS ANTIGOS
QUE, assim, este esquema de aditivos e vantagem ilícita vinha desde antes de o depoente ingressar no DER/PR, sendo que o depoente só deu continuidade; QUE, nesse contexto o COLABORADOR foi convidado, entre o final do ano de 2012 e início do ano de 2013, para ser diretor do DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM do Paraná; QUE foi JOSÉ RICHA FILHO, também conhecido pelo apelido de PEPE, que convidou o COLABORADOR para assumir a diretoria do DER; QUE conhecia PEPE RICHA da época em que ambos trabalharam na Prefeitura de Curitiba

ESQUEMA NA PREFEITURA DE CURITIBA – PREFEITO CÁSSIO TANIGUCHI E PREFEITO BETO RICHA
QUE na época da Prefeitura de Cassio Taniguchi havia esquema de arrecadação na Secretaria da Fazenda, sendo que durante a gestão de BETO RICHA na Prefeitura de Curitiba já existia um esquema de arrecadação ilícita que era gerenciado por LUIZ ABI; QUE o depoente ficou pouco tempo na Prefeitura de Curitiba durante a gestão de BETO RICHA porque teve um problema político com o presidente da câmara de vereador JOÃO DEROSSO; QUE, na reunião em que JOSÉ RICHA FILHO convidou o COLABORADOR para ser diretor do DER, JOSÉ RICHA FILHO orientou o COLABORADOR a procurar a pessoa de ALDAIR WANDERLEI PETRY, também conhecido pelo apelido de NECO, o qual iria tratar com o COLABORADOR sobre os valores indevida que ele receberia como diretor do DER; QUE ALDAIR PETRY era Diretor Geral da Secretaria de Infraestrutura e Logística;

SALÁRIO OFICIAL MAIS 30 MIL POR FORA
QUE, após a reunião com ALDAIR WANDERLEI PETRY, o COLABORADOR tomou conhecimento de que o seu salário oficial como diretor de DER seria “complementado” com um valor mensal ilícito de R$ 30 mil, o qual era oriundo de arrecadações ilícitas realizadas por ALDAIR WANDERLEI PETRY junto às empresas com as quais o DER possuía contratos, em especial as empresas concessionárias de rodovias no Paraná;

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
QUE o esquema de arrecadação ilícita funcionava da seguinte forma: mensalmente ALDAIR WANDERLEI PETRY se encontrava com os presidentes ou diretores das concessionárias RODONORTE, ECOVIA, ECOCATARATAS e VIAPAR, muitas vezes no próprio prédio da Secretaria de Infraestrutura e Logística, na sala de NECO, para receber valores em espécie; QUE, nesta sala, NECO guardava esses valores dentro de um armário; QUE os próprios diretores levavam esses valores em espécie mensalmente a NECO; QUE, com relação à concessionária RODONORTE, ALDAIR WANDERLEI PETRY conversava com a pessoa de SILVIO MARCHIORI e JOSE MOITA sobre o tema; QUE, com relação à concessionária VIAPAR, o diálogo ocorria com a pessoa de MARCELO STACHOW MACHADO, presidente até 31/12/2014; QUE após a saída de MARCELO MACHADO, assumiu JOSE CAMILO CARVALHO, com quem o depoente nunca manteve negociações sobre vantagens indevidas diretamente, mas sabe que CAMILO deu continuidade ao esquema de pagamento de vantagens indevidas por intermédio das empresas IASIN e IACOM que prestavam um serviço superfaturado; QUE, com relação às concessionárias ECOVIA e ECOCATARATAS, as conversas ocorriam com a pessoa de EVANDRO COUTO VIANNA; QUE via essas pessoas entrando e saindo da sala de NECO e o depoente via o dinheiro no armário do NECO, estando por algumas vezes reunido com essas pessoas na sala de NECO; QUE, por vezes, quando o representante da concessionária se encontrava com ALDAIR WANDERLEI PETRY no prédio da Secretaria de Infraestrutura e Logística, o COLABORADOR era chamado na sala deste;

CUIDE BEM DAS EMPRESAS!
QUE, nestas vezes, ALDAIR WANDERLEI PETRY sempre ressaltava para o COLABORADOR, na frente do representante da concessionária, que ele deveria “cuidar bem da empresa” e manter um bom diálogo com a mesma;

PROPINAS DE 300 A 500 MIL POR MÊS PARA O DIRETOR GERAL DA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA. IMAGINA A PROPINA DO GOVERNADOR BETO RICHA?
QUE o depoente estima que esse esquema ilícito de arrecadação junto às empresas gerava para ALDAIR WANDERLEI PETRY um valor mensal que variava entre R$ 300 e R$ 500 mil reais, que oscilava muito conforme as chuvas do mês, pois quando há chuva há menos obras e menos pagamentos; QUE a CAMINHOS DO PARANÁ e a ECONORTE não costumavam ir até NECO, sendo que certa vez o depoente questionou a NECO razão pela qual isso ocorria, sendo informado por NECO que isso ocorria porque essas empresas tinham uma interlocução muito boa diretamente no Palácio; QUE essas empresas pagavam vantagem indevida diretamente a interlocutores do Palácio Iguaçu, sendo que a CAMINHOS DO PARANA pagava a RICARDO RACHED, sendo CARLOS LOBATO o representante da concessionária CAMINHOS DO PARANÁ responsável pelo contato, e a ECONORTE pagava a EZEQUIAS MOREIRA, sendo LUIZ CARVALHO o executivo responsável pelo contato;

PAGAMENTO DE DESPESAS PESSOAIS DO GOVERNADOR COM DINHEIRO DA PROPINA
QUE esses valores eram usados para pagamento de despesas pessoais do Governador e para repasse a LUIZ ABI; QUE NECO cuidava da contabilidade desses recebimentos a partir das informações de faturamento que eram enviadas ao DER/PR pelas concessionárias; QUE NECO gerenciava toda a contabilidade de arrecadação da Secretaria de Infraestrutura e Logística;

Fonte: Justiça Federal do Paraná

Prefeito e novo secretário de meio ambiente de Búzios se comprometem com a criação do Parque Municipal do Mangue de Pedra

Hamber recebendo as chaves da Secretaria de Meio Ambiente na Feira Periurbana. Foto Ronald Pantoja

Hamber Carvalho é o novo secretário de meio ambiente e pesca de Búzios. Ele assumiu neste sábado (3) em uma cerimônia na Feira Periurbana. 
Durante o seu discurso, o prefeito André Granado se comprometeu a criar o Parque Municipal do Mangue de Pedra:
Essa função é importante, o meio ambiente. Eu diria que é uma das mais importantes inclusive. Para conseguirmos nosso objetivo, vamos precisar da participação popular em todos os eventos na limpeza das praias, plantando árvores, realizando trilhas. Com o Mangue de Pedra já vou assumir aqui um compromisso: Criar o Parque de Mangue de Pedras lembrando que este é um patrimônio da humanidade, não somente de Búzios. Em 2013 nós cassamos a licença daquele condomínio criminoso que iria ser construído encima daquele aquífero, que permite a sobrevivência das árvores na água salgada. Aquele lugar é um santuário, para ser contemplado, e que todos possam desfrutar daquele milagre, daquele espaço, daquela coisa maravilhosa e especial que é o Mangue de Pedra”.
André Granado aproveitou a ocasião para anunciar novos secretários. Secretário de Segurança: Capitão Diogo. Secretário de Esportes:  Paulinho de Beloca. Subsecretário de Esportes: Vitor . E chefe de gabinete: Lorram Silveira. Lorram, recentemente apresentou na Câmara  uma indicação para que o executivo torne a Feira Periurbana Patrimônio Histórico Cultural Municipal.
O novo secretário de meio ambiente e pesca Hamber Carvalho anunciou, em seu primeiro discurso após a posse, a primeira ação que tomará à frente da Pasta: o compromisso de enviar ao legislativo um projeto de Lei Municipal, que cria o Parque Municipal do Mangue de Pedra- aspiração antiga de ecologistas e militantes do movimento ambiental buziano. Segundo ele, já na segunda-feira(5) irá se debruçar sobre a lei, para que ela seja enviada ao legislativo local o mais rápido possível, tendo em vista os estudos já realizados e uma minuta de lei já elaborada por especialistas de reconhecido renome como, a geóloga e professora da UFRJ, Katia Mansur.
Meu comentário: 
Parabéns prefeito André Granado! Pelo compromisso de preservar o Mangue de Pedra: um dos nossos principais ativo ambiental. Parabéns também pela escolha de Hamber Carvalho para a secretaria de Meio Ambiente e Pesca. O movimento social e ambiental de Búzios agradece. Valeu prefeito! Gol de placa! 

As lições que vêm da ALERJ

Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani — Foto: Reprodução / TV Globo

Os vereadores de Búzios bem que poderiam aprender com as lições que vêm da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). Deveriam prestar muita atenção no desdobramento político das prisões dos três caciques do PMDB: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi . Se pensam em reeleição, não deveriam esquecer a Sessão Extraordinária da ALERJ, realizada no dia 17/11/2017, na qual 39 deputados estaduais votaram a favor da revogação das prisões dos três deputados estaduais. Lembrar, principalmente, que destes 39 deputados, não se reelegeram 22. 

No dia 1º último, o Ministério Público Federal apresentou as alegações finais no processo da operação Cadeia Velha, que desvendou um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio do qual os três participavam. Os procuradores agora pedem a condenação dos três deputados estaduais.

Picciani, Melo e Albertassi integravam o núcleo político da organização criminosa que, ao lado de empresários, se aproveitaram dos cargos para enriquecimento pessoal e fortalecimento políticoem troca de vantagens ou blindagem de interesses de grupos econômicos específicos.

Segundo o Ministério Público Federal, ficou evidente não só a força da organização criminosa, como a atuação do grupo dentro de diversos setores do estado.

Para os procuradores, impressiona o fato de, até hoje, quase um ano depois da operação cadeia velha, a Alerj não ter aberto nenhum procedimento disciplinar para apurar as condutas dos três deputados, que continuam com a estrutura que tinham desde antes da operação, inclusive com a manutenção dos assessores mais próximos, alguns deles moradores de Búzios. Além disso, eles continuam recebendo salários e verbas de gabinetes.

Como disse acima, em votação aberta, em sessão extraordinária, 39 deputados votaram por soltar os três colegas presos, seguindo o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, enquanto a manutenção das prisões recebeu 19 votos. Um deputado, Bruno Dauaire (PR), se absteve.

Além de libertar os três, o parecer da CCJ – transformado em projeto de resolução para ir a votação – também determinou que Picciani, Albertassi e Melo voltassem ao exercício do mandato. E a própria Casa Legislativa notificou o delegado responsável pelo presídio em Benfica para efetuar a soltura de Jorge Picciani, Paulo Melo e Édson Albertassi.

As coisas depois tomaram um outro rumo. Felizmente, desfavorável ao três deputados. Mas o que me interessa neste post é mostrar as consequências políticas dos votos dos deputados, verificando como os eleitores do estado do Rio de Janeiro se manifestaram em relação a eles .
Como curiosidade verifiquei quais destes deputados se reelegeram nas últimas eleições, realizadas quase um ano depois. Dos 70 deputados da ALERJ, 39 votaram a favor da revogação das prisões. Destes, apenas 17 se reelegeram. O vento de renovação que bateu lá pode bater por aqui. O povo demonstrou muita intolerância com a corrupção, tampouco aprovou o comportamento político da turma da amém da ALERJ.   

Dos 39 que votaram a favor da revogação das prisões, foram reeleitos apenas 17:
Andre Correa (DEM)
André Ceciliano (PT)
Chiquinho da Mangueira (Podemos)
Dionisio Lins (PP)-
Fabio Silva (PMDB)-
Filipe Soares (DEM)-
Gustavo Tutuca (PMDB)-
Jair Bittencourt (PP)-
João Peixoto (PSDC)-
Luiz Martins (PDT)
Marcio Canella (PSL)-
Marcos Abrahão (PT do B)-
Marcos Muller (PHS)-
Marcus Vinicius (PTB)-
Renato Cozzolino (PR)-
Rosenverg Reis (PMDB)- 
Thiago Pampolha (PDT)-

Dos 39 que votaram a favor da revogação das prisões, não se reelegeram 22 deputados:
André Lazaroni (PMDB)-
Átila Nunes (PMDB)- 
Christino Áureo (PSD)-
Cidinha Campos (PDT)-
Coronel Jairo (PMDB)-
Daniele Guerreiro (PMDB)-
Dica (Podemos)- 
Fatinha (SDD)-
Figueiredo (PROS)- 
Geraldo Pudim (PMDB)-
Iranildo Campos (PSD)-
Janio Mendes (PDT)-
Marcelo Simão (PMDB)-
Marcia Jeovani (DEM)-
Milton Rangel (DEM)-
Nivaldo Mulim (PR)-
Paulo Ramos (PSOL)-
Pedro Augusto (PMDB)-
Silas Bento (PSDB)
Tio Carlos (SDD)-
Zaqueu Teixeira (PDT)- 
Zito (PP)-

Observação: Silas Bento (PSDB) não disputou a reeleição

Dos 19 que votaram pela manutenção das prisões, foram reeleitos 14:
Carlos Macedo (PRB)
Carlos Minc (sem partido)
Eliomar Coelho (PSOL)
Enfermeira Rejane (PC do B)
Flávio Bolsonaro (PSC)-
Flávio Serafini (PSOL)-
Luiz Paulo (PSDB)-
Marcelo Freixo (PSOL)-
Marcio Pacheco (PSC)-
Martha Rocha (PDT)-
Samuel Malafaia (DEM)
Wagner Montes (PRB)
Waldeck Carneiro (PT)
Zeidan (PT)

Observação:
Flávio Bolsonaro (PSC) não concorreu à reeleição. Eleito Senador
Wagner Montes (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) não disputaram a reeleição. Foram eleitos Deputado Federal.

Dos 19 que votaram pela manutenção das prisões, não se reelegeram 6:
Benedito Alves (PRB)
Osorio (PSDB)-
Dr. Julianelli (Rede)-
Gilberto Palmares (PT)-
Waldeck Carneiro (PT)
Wanderson Nogueira (PSOL)

Dos 8 ausentes, foram reeleitos 4:
Bebeto (SDD)-
Dr. Deodalto (DEM)-
Lucinha (PSDB)-
Tia Ju (PRB)-

Dos 8 ausentes, não se reelegeram 4:
Comte Bitencourt
Geraldo Moreira (PTN)-
Rafael Picciani (PMDB)

Zé Luiz Anchite (PP)


Observação: entre os ausentes, os três deputados que estavam presos, e Comte Bitencourt, que estava licenciado. .

1 Abstenção:
Bruno Dauaire (PR)- reeleito

Fonte: "g1"

sábado, 3 de novembro de 2018

DENUNCIE!

Para denunciar, basta indicar a URL da página com o print da tela ou número de WhatsApp e na Sala de Atendimento ao Cidadão:


“O ensino não se reveste apenas do caráter informativo, mas de formação de ideia”, defende Raquel Dodge no STF

Foto: Antônio Augusto/Secom/PGR


A pedido da PGR, ministros do Supremo repudiam ação policial nas universidades e confirmam nulidade dos atos. Decisão foi unânime


"A única força legitimada para invadir as universidades é a das ideias, livres e plurais. Qualquer outra que ali ingresse é tirana, e tirania é o exato contrário da democracia".

A afirmação é da ministra Cármen Lúcia e foi feita nesta quarta-feira (31), no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ). Por unanimidade, os ministros da Corte mantiveram a liminar concedida pela magistrada, que suspendeu decisões de juízes eleitorais que autorizaram a entrada da polícia em universidades de todo o país. Sob a justificativa de coibir propaganda eleitoral irregular, a ação policial realizada às vésperas do segundo turno das Eleições 2018 visou à apreensão de materiais de campanha eleitoral e à proibição de aulas e reuniões de natureza política. O STF atendeu ao pedido feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), e confirmou a nulidade desses atos. A ADPF foi apresentada pela PGR, na última sexta-feira (26) com o intuito de defender os conceitos constitucionais de liberdade de expressão, de livre manifestação de pensamento, de cátedra e a autonomia universitária.
Durante o julgamento, Raquel Dodge frisou que os princípios norteadores de ensino previstos na Constituição Federal – o pluralismo de ideias, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber – visam garantir que o ensino não se revista apenas do caráter informativo, mas de formação de ideia. A PGR ainda destacou que as ações policiais também feriram a autonomia das universidades, que se qualifica como típica garantia institucional de direitos fundamentais.
O entendimento é de que as garantias institucionais “são proteções reforçadas conferidas pela Constituição a determinadas instituições e institutos, a partir da crença da sua importância máxima para a sociedade e para o sistema jurídico”.
Raquel Dodge leu, no Plenário, nota divulgada pelo diretor da Faculdade de Direito da USP, Floriano Peixoto de Azevedo Marques, sobre as medidas realizadas nas universidades.
As diferentes opções ideológicas, econômicas, políticas, de gênero, religião ou eleitorais devem ser respeitadas. Muitas visões de mundo são possíveis. Mas, na democracia há valores e princípios que são inegociáveis: a liberdade do indivíduo, a intimidade, a dignidade do ser humano, o direito à vida e à sua integridade física, o respeito às diferenças, o compromisso com a verdade e com as eleições periódicas, a liberdade de pensar e de se expressar”.
A procuradora-geral ressaltou, ainda, a agilidade da Corte em pautar o julgamento, enfatizando que as decisões eleitorais contrariaram a jurisprudência do STF que, reiteradamente, tem afirmado a liberdade de manifestação do pensamento e de comunicação. Nessa terça-feira (30), a PGR enviou ao STF, memorial reafirmando o posicionamento do MPF em relação à defesa da liberdade de expressão nas universidades públicas.
A relatora da ADPF, ministra Cármen Lúcia, iniciou o voto ressaltando que os atos realizados nas instituições de ensino são incompatíveis com os termos constitucionais.
As práticas contrariam o Brasil como Estado constitucionalmente formalizado como Democrático de Direito. Relembro Ulysses Guimarães, que afirmou que traidor da Constituição é traidor da Pátria".
A magistrada chamou atenção para o fato de que as medidas adotadas nas universidades contrariaram o princípio da democracia.
Não há direito democrático sem respeito às liberdades. Não há pluralismo na unanimidade, pelo que se contrapor ao diferente e à livre manifestação de todas as formas de pensar, de aprender, apreender e manifestar uma compreensão do mundo é algemar liberdades, destruir o direito e exterminar a democracia”.
Ao apontar que alguns policiais entraram em universidades para operação de busca e apreensão sem sequer apresentar a decisão judicial, Cármen Lúcia defendeu que qualquer ato estatal contra a liberdade de manifestação é afrontoso, sobretudo, na área do ensino universitário.

"Quando alguém acha que pode invadir qualquer espaço, privado ou público, e, nesse caso, uma universidade, instituição plural em seu nome, universitas, e mesmo assim alega estar a interpretar o Direito, impõe-se sinal de alerta para restabelecimento do Estado Democrático no Direito mais justo", disse a ministra.

Votos – Todos os demais ministros acompanharam integralmente a relatora e votaram a favor da nulidade das ações realizadas nas universidades na última semana.

Ao se manifestar, o ministro Alexandre de Moraes questionou as decisões eleitorais.

 "Como uma decisão judicial pode proibir a ocorrência de uma aula que vai ocorrer ainda? A Constituição, no caso da liberdade de reunião, é muito clara: não se exige autorização, prévia comunicação", argumentou.
Já Gilmar Mendes lembrou que na Alemanha, em 1933, foram queimados livros com o intuito de perseguir autores que não se alinhavam ao regime nazista.
"A democracia depende da mais difícil das educações e da maior quantidade de educação. A educação que é treino, que é domesticação, e a educação que é a formação do homem livre e sadio. A democracia é, assim, o regime em que a educação é o supremo dever, a suprema função do Estado", destacou.
Na opinião do ministro Luís Roberto Barroso, confundiram liberdade de expressão com propaganda eleitoral. Ele defendeu que quando há tensões entre liberdade de expressão e outros valores, ainda que constitucionais, a liberdade de expressão tem preferência.
"Em nome da religião, em nome da segurança pública, em nome do anticomunismo, da moral, da família, dos bons costumes e outros pretextos, a história brasileira na matéria tem sido assinalada pela intolerância, perseguição e cerceamento da liberdade", ponderou.
Ao votar, Edson Fachin revelou que analisou as decisões que autorizaram as ações de autoridades nas universidades e disse que em nenhuma delas há referência ao exercício de liberdade de expressão nas universidades. O magistrado frisou que é somente no ambiente das instituições que se prepara as pessoas para reconhecerem, na pluralidade, o melhor governo, a melhor decisão, a melhor lei e o melhor argumento.
Sem educação, não há cidadania. Sem liberdade de ensino e de pensamento, não há democracia", declarou.
A ministra Rosa Weber, que também exerce o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destacou que a Justiça Eleitoral, na interpretação da legislação, não pode fechar os olhos para os direitos, as liberdades e os princípios fundamentais assegurados pela Constituição da República.
O uso desmedido e ilegítimo da força por agentes estatais, ainda mais grave quando sequer respaldado por decisões da Justiça Eleitoral, ecoa dias sombrios na história brasileira", disse, em referência ao período de ditadura militar no Brasil.
Último a se manifestar, o ministro Celso de Mello também fez referência à ditadura e relembrou julgamentos da época porque, segundo o magistrado, eles acabam se repetindo.
Se impõe construir e preservar espaços de liberdade, em tudo compatíveis com o sentido democrático que anima nossas instituições políticas, jurídicas e sociais para que o pensamento jamais seja reprimido".
O decano do STF defendeu que o direito de criticar, de opinar, de ensinar, de debater, de dissentir, qualquer que seja o meio ou o espaço de sua veiculação, especialmente quando manifestado no âmbito universitário, significa irradiação das liberdades de pensamento.
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e o ministro Ricardo Lewandowski, tinham compromissos e não aprofundaram seus votos mas também acompanharam integralmente o voto da relatora.
Fonte: "mpf"

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

MPF expede recomendação para correção de irregularidades em UPA de Iguaba Grande



Unidade de pronto atendimento está sem profissional de saúde no acolhimento dos pacientes e há falta de enfermeiros

O Ministério Público Federal (MPF) em São Pedro da Aldeia (RJ) expediu, no dia 17 de outubro, recomendação à Prefeitura de Iguaba Grande, à Secretaria Municipal de Saúde de Iguaba Grande e à direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Bergamo Mesquita Pedrosa, em Iguaba Grande, para que sejam adotadas medidas necessárias para a correção de irregularidades identificadas na unidade.

A recomendação, assinada pelo procurador da República Leandro Mitidieri, leva em consideração inconformidades verificadas na UPA em vistorias realizadas pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF), pelo Conselho Regional de Enfermagem (COREN), pelo Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) e pelo Conselho Regional de Nutricionistas (CRN).

Entre as irregularidades identificadas, estão: 
-a ausência de um profissional de saúde no acolhimento dos pacientes – impossibilitando a avaliação da necessidade de prioridade no atendimento –, 
-a insuficiência de profissionais de enfermagem, nutrição e assistência social, 
-a ausência de registro no CRF-RJ e de um farmacêutico responsável técnico legalmente habilitado junto ao CRF-RJ, 
-assim como inconformidades com relação ao armazenamento e à distribuição dos alimentos servidos aos pacientes e funcionários.

Foi fixado o prazo de 120 dias para resposta quanto ao acatamento da recomendação.

Fonte: "mpf"

Campanha da UNESCO chama meios de comunicação a lembrar jornalistas vítimas de violência

Campanha #TruthNeverDies da UNESCO 


Organização pede que imprensa compartilhe conteúdos da campanha #TruthNeverDies, iniciativa para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, 02/11
A cada quatro dias, um jornalista é assassinado, muitas vezes apenas por fazer o seu trabalho.
 Nos últimos 12 anos, mais de mil profissionais de mídia foram mortos porque queriam levar informação para o público. Em nove dos dez casos, os autores dos crimes não foram levados à justiça. Para conscientizar cidadãos de todo o mundo sobre o problema, a UNESCO lança a campanha #TruthNeverDies (A verdade nunca morre, em tradução livre) nesta sexta-feira, 02/11, Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
A agência da ONU chama meios de comunicação a utilizar as artes gratuitas da campanha, disponibilizadas para publicação em jornais impressos, veículos online e diferentes canais de mídia e redes sociais. Acesse os conteúdos clicando aqui (em português).

Para obter os arquivos em outras formatações ou resoluções, entre em contato com laetitia.de-camas(at)ddb.frmathieu.bliguet(at)ddb.fr. Acesse o guia completo da agência da ONU para veículos de comunicação que queiram participar da campanha — clique aqui (em português).

O organismo internacional também pede que a imprensa publique matérias de repórteres vítimas de violência ou textos que lembrem a trajetória desses profissionais. A UNESCO convoca a imprensa a utilizar a hashtag #TruthNeverDies, em referência à campanha. 
Fonte: "unesco"