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Barragem de Juturnaíba, na Região dos Lagos, também será vistoriada pelo MPF na próxima semana. Foto: MPF/Divulgação |
Outras barragens
no interior do Rio também serão fiscalizadas, diz Agência Nacional de
Águas (ANA)
Elas
têm alto
e médio risco
de dano potencial associado e integram lista
de prioridade para inspeção
divulgada pela ANA.
Após
a tragédia
que ocorreu em Minas Gerais, com o rompimento da barragem
de Brumadinho, a
Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou na terça-feira (29) um
relatório de barragens que têm riscos de Dano Potencial Associado
(DPA) médio
e alto
e que terão fiscalização priorizada. Dessas, 13 estão situadas
nas regiões Serrana, dos Lagos e Noroeste do Rio.
Segundo
o relatório da ANA, no interior do Rio as barragens
são usadas como hidrelétricas e para abastecimento de água,
diferentes da barragem de Brumadinho que acumulava rejeitos.
De
acordo com a ANA, dano
potencial
refere-se ao que pode acontecer em caso de rompimento de uma barragem
e leva em conta as perdas de vidas humanas, além de impactos
sociais, econômicos e ambientais.
O
Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável pela fiscalização
de quatro
das 13 barragens localizadas no interior,
esclarece que os danos potenciais médio e alto significam o
potencial impacto que o dano em alguma estrutura pode acarretar e não
o risco iminente de rompimento.
Segundo
a lista divulgada pela ANA, a maior parte das barragens do interior
do Rio está situada na Região Serrana, em cidades como Areal, Bom
Jardim, Carmo, Cachoeiras de Macacu, Cordeiro, Teresópolis,
Petrópolis, São Sebastião do Alto, Santa Maria Madalena e Trajano
de Moraes.
Na
Região dos Lagos, está localizada a barragem
de Juturnaíba.
E no Noroeste Fluminense, as barragens de Pirapetinga e Calheiros
estão situadas no município de Bom Jesus do Itabapoana.
Segundo
a ANA, apenas a barragem de Cachoeiras de Macacu representa risco
médio de dano potencial associado. As demais estão listadas como
alto
risco
de dano potencial.
Fiscalização
Segundo
a ANA, o Inea
é responsável por fiscalizar as barragens de Cachoeiras de Macacu,
Juturnaíba,
Rio Imbuí-UT Triunfo e Elevatória Ponte de Ferro.
Já
as barragens de Calheiros, Pirapetinga, São Sebastião do Alto,
Caju, Santo Antônio, Santa Rosa II, Ilha dos Pombos, Areal e Macabu
são de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
O G1 aguarda
respostas do Inea e da Aneel para saber mais informações sobre a
fiscalização das barragens.
Situação
atual das barragens
O G1 entrou
em contato com as empresas responsáveis por cada uma das barragens
localizadas nas cidades do interior do Rio para saber em
que situação se encontram,
se as vistorias
estão em dia,
quais foram os resultados
dos últimos laudos divulgados
e como funciona a política de prevenção para evitar rompimentos.
Veja a resposta refrente à Barragem de Juturnaíba.
Juturnaíba
A
barragem é administrada
pela concessionária Prolagos.
Segundo a empresa, ela segue o manual de Procedimentos para Operação
de Barragem aprovado pelo Comitê
de Bacias Hidrográficas Lagos São João.
Além
disso, para atestar a eficiência da operação, a empresa também
conta com a análise
de consultorias especializadas
para realizar estudos
técnicos
e segundo o último
laudo de maio de 2018,
as condições estruturais da barragem estão dentro da normalidade.
A
concessionária informou que está atualizando
o laudo técnico,
através de consultoria contratada, o que vem ao encontro das
solicitações da Agenersa e INEA.
A
companhia disse ainda que vai continuar tomando todas as medidas
indicadas pelas autoridades para monitoramento
e correção
das estruturas associadas à segurança das instalações.
O
Ministério Público Federal (MPF) convocou uma visita técnica para
verificação das condições de segurança na Barragem que está
marcada para quinta-feira (7).