domingo, 10 de fevereiro de 2019

As 3.309 indicações suspeitas feitas por políticos e servidores do Rio




O Ministério Público Federal se debruça sobre uma investigação envolvendo as nomeações feitas por parlamentares do estado do Rio.

No computador de Edson Albertassi, preso em 2017, a Polícia Federal apreendeu “o controle do aparelhamento de parte da máquina pública nos últimos anos”, relata O Globo. “A planilha registra 3.309 indicações feitas por 88 políticos e servidores”.

A maioria das indicações foi feita por 50 deputados estaduais e suplentes da última legislatura, além de sete prefeitos, ex-prefeitos e quatro deputados federais. Também há menções a codinomes como "Palácio" e "chefe". A contabilidade vai até julho de 2016. Será que aparecerá algum prefeito de Búzios? Bibinho, morador de Búzios, apareceu na lista (ver "ipbuzios"). O nome do ex-deputado Jânio Mendes também aparece.  

Veja abaixo os 20 políticos com mais indicações, segundo o documento: 



O documento lista 2.409 pessoas que foram indicadas pelos parlamentares para trabalhar em quase 30 órgãos públicos, incluindo o Detran e empresas terceirizadas. Para o MPF, as nomeações são um indicativo de corrupção.

Indicativo de corrupção

Para o MPF, as nomeações são um indicativo de corrupção. A maioria delas são feitas para cargos na área de atuação dos deputados, constituindo o que os procuradores tratam como feudos eleitorais.

— A ocupação de cargos é uma vantagem indevida para que aquele político atenda aos interesses do governo — ressalta o procurador Carlos Aguiar, coordenador da Lava-Jato do Rio na segunda instância.

Segundo Aguiar, os cargos descritos na planilha apontam que as indicações extrapolam as chamadas funções de confiança. A planilha cita casos de condenados até mesmo por homicídio qualificado indicados por parlamentares.

Em relatório, a PF diz que “a constatação de que as empresas de prestação de serviço terceirizado ao DETRAN/RJ estão ‘subordinadas’ a esses políticos demonstram a utilização da máquina pública para atender interesses espúrios”. Afirma também que “o esquema pode resultar, ainda, na arrecadação de propina”.

Fonte: O Antagonista

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