O
Ministério Público Federal se debruça sobre uma investigação
envolvendo as nomeações feitas por parlamentares do estado do Rio.
No
computador de Edson Albertassi, preso em 2017, a Polícia Federal
apreendeu “o controle do aparelhamento de parte da máquina pública
nos últimos anos”, relata O Globo. “A planilha registra 3.309
indicações feitas por 88 políticos e servidores”.
A
maioria das indicações foi feita por 50 deputados estaduais e
suplentes da última legislatura, além de sete
prefeitos, ex-prefeitos e quatro deputados federais. Também
há menções a codinomes como "Palácio" e "chefe".
A contabilidade vai até julho de 2016. Será que aparecerá algum
prefeito de Búzios? Bibinho, morador de Búzios, apareceu na lista
(ver "ipbuzios"). O nome do ex-deputado Jânio Mendes também aparece.
Veja
abaixo os 20 políticos com mais indicações, segundo o documento:
O
documento lista 2.409 pessoas que foram indicadas pelos parlamentares
para trabalhar em quase 30 órgãos públicos, incluindo o Detran e
empresas terceirizadas. Para o MPF, as nomeações são um indicativo
de corrupção.
Indicativo
de corrupção
Para
o MPF, as nomeações são um indicativo de corrupção. A maioria
delas são feitas para cargos na área de atuação dos deputados,
constituindo o que os procuradores tratam como feudos eleitorais.
— A
ocupação de cargos é uma vantagem indevida para que aquele
político atenda aos interesses do governo — ressalta o procurador
Carlos Aguiar, coordenador da Lava-Jato do Rio na segunda instância.
Segundo
Aguiar, os cargos descritos na planilha apontam que as indicações
extrapolam as chamadas funções de confiança. A planilha cita casos
de condenados até mesmo por homicídio qualificado indicados por
parlamentares.
Em
relatório, a PF diz que “a constatação de que as empresas de
prestação de serviço terceirizado ao DETRAN/RJ estão
‘subordinadas’ a esses políticos demonstram a utilização da
máquina pública para atender interesses espúrios”. Afirma também
que “o esquema pode resultar, ainda, na arrecadação de propina”.
Fonte:
O Antagonista