sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Área devastada por queimadas no Parque Costa do Sol é equivalente a cinco Maracanãs





Equipes sobrevoaram a área para apurar incidência de ocupação irregular e desmatamento na Região dos Lagos. Um foi detido na ação desta quinta-feira (24).

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou nesta quinta-feira (24) que a área devastada no Parque Estadual da Costa do Sol, entre Arraial do Cabo e Araruama, é equivalente a cinco Maracanãs.

O levantamento foi feito durante um sobrevoo na área para apurar a incidência de desmatamento e ocupação irregular na Região dos Lagos do Rio. De acordo com o Inea, além de uma área de 36 mil metros quadrados devastada por queimadas, uma área onde havia Mata Atlântica perdeu espaço após a construção de 120 casas, todas habitadas.

Imagens áreas mostram a transformação na área de Massambaba entre julho e dezembro de 2018, onde a vegetação perde lugar para casas.

A equipe da Inter TV acompanhou a operação que contou com pelo menos 30 agentes da Secretaria Estadual de Ambiente Sustentabilidade, com apoio da Polícia Militar. Um homem foi detido na ação por crime ambiental e furto de energia.

O homem preso durante a ação foi levado para a 132ªDP, em Arraial do Cabo.

As investigações por crimes ambientais serão feitas pela corregedoria do Inea e a Polícia Civil. Várias propriedades foram demolidas.



Além da construção irregular, o número de registros de fogo em vegetação em 11 cidades da Região dos Lagos e Baixada Litorânea já chegou a 471 apenas em 2019, enquanto em todo o mês de janeiro de 2018 foram 72 ocorrências.

Esta foi a primeira ação do novo governo para fiscalizar e demolir construções irregulares. Fiscais vão continuar no local para garantir que novas construções não sejam feitas, além de realizar uma ação para recuperar o que já foi destruído.

Fonte: "g1"

Lista de funcionários fantasmas da Alerj tem indicações políticas, pastor e até morador de Búzios

Procuradoria-Geral da Alerj tem 42 funcionários fantasmas Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Depois da prisão de 10 deputados estaduais e da revelação das movimentações financeiras atípicas de servidores, ex-funcionários e parlamentares – especialmente do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) e de seu ex-motorista Fabrício Queiroz –, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) continua dando o que falar. Nesta quinta-feira (24/1), o jornal O Globo revelou que 42 servidores da Procuradoria-Geral da Casa não aparecerem para dar expediente no setor, e a própria chefia admite o fato.

Segundo a reportagem, na lista de funcionários que recebem salários, mas não trabalham ali, há assessores ligados a PT, PP e MDB, um pastor evangélico, uma dona de salão de beleza e até um morador de Búzios, município da Região dos Lagos distante 175 km da capital.

Nem no gabinete nem na procuradoriaA matéria cita o caso de Adionson Farias, nomeado em março de 2018. Antes, ele estava vinculado ao gabinete do deputado Gilberto Palmares (PT), a quem também acompanhou na passagem do parlamentar pela Secretaria de Administração de Maricá. O jornal informa que agora Farias está na Procuradoria-Geral, mas, na prática, continua trabalhando para o político, embora formalmente fora do gabinete

Eu trabalho no apoio, pagando contas. Estou com o Gilberto Palmares desde 1997”, disse Adionson à reportagem, por telefone. Ele não soube explicar o motivo de estar ligado à Procuradoria-Geral: “Não sei te dizer.”
Acionado pelo jornal, Gilberto Palmares afirmou que, como não preside comissões (isso lhe daria direito a mais cargos), combinou com o presidente da Casa, André Ceciliano (PT), que indicaria um nome para a Procuradoria-Geral.

Ele [Ceciliano] me permitiu indicar uma pessoa que permaneceria trabalhando conosco. Mas eu e meu chefe de gabinete temos condições de provar que o Adionson é figura assídua, trabalha todo dia. Não dá para misturar com outros casos”, reclamou o deputado, acrescentando que presidiu uma frente parlamentar na área da saúde sem estrutura adicional de comissionados.

Candidato a vereador de Búzios em 2008, quando obteve 208 votos, e ex-gerente de Transportes Públicos da secretaria de Ordem Pública da Prefeitura de Búzios, no primeiro governo André (2013-2016), Sherman Willians, o Bibinho, afirmou ao jornal que dá expediente na 1ª Secretaria da Alerj, não na Procuradoria-Geral, na qual está lotado com um salário líquido de R$ 2,9 mil. Também garantiu ter ajuda de familiares para vencer todos os dias a distância entre Búzios e a assembleia. “Tenho parentes no Rio. Chego na segunda e vou embora na sexta”, afirmou.

Sindicância
Procuradoras da Casa que atestaram à publicação a possível irregularidade com 42 servidores do setor disseram que, mensalmente, chega à Procuradoria-Geral “uma enorme quantidade de cartões de ponto de servidores que não se encontram desempenhando funções neste local”. Ao O Globo, a Alerj informou ter instaurado um processo administrativo que deve apresentar resultado até o fim do mês.

Por telefone, Bruna Calafange, dona de um salão de beleza desde 2017, disse que não daria explicações porque já havia se justificado na apuração aberta pela Alerj. Ela pediu exoneração da Casa em dezembro. Outros nomes da lista noticiados pelo jornal são Soraia Joulak, que fez campanha para Leonardo Picciani (MDB) na última eleição, e Marilyn Pedrosa, filiada ao PP – ambas não foram encontradas para comentar a situação.

Já o pastor evangélico Huguaraci Simões, à frente da Assembleia de Deus Aijalon, em Nova Iguaçu, ficou irritado ao ouvir as perguntas e disse que só daria as explicações pessoalmente. “Não te conheço, grande. Você é detetive?”, questionou.

Fonte: Jornal O Globo

Meu comentário:
O jornal O Globo está se referindo apenas a fantasmas da Procuradoria-Geral da ALERJ. Ainda temos outros fantasmas de Búzios na Casa Legislativa. Já tivemos muito mais, mas com as prisões dos caciques do PMDB esse número diminuiu.  

Bibinho foi cabo eleitoral de Flávio Machado na eleição de 2004. E candidato a vereador em 2008, com apoio do grupo político de Toninho Branco, leia-se Nani Mancini, para tirar votos do desafeto do grupo, vereador Flávio Machado. Flávio, mesmo tendo mais votos (292) que em 2004 (278 votos), não conseguiu se eleger. Bibinho teve 208 votos. 

Atualização: 26/01/2019 às 10:11
Flávio me disse que Bibinho nunca foi cabo eleitoral seu, mas confirma que a candidatura dele, assim como de outros candidatos do bairro São José, foram estimuladas pelo grupo político de Toninho Branco para que os votos do bairro fossem fracionados. Acrescentou também que alguns de seus apoiadores na eleição de 2004 foram empregados na prefeitura com a condição de não participarem da campanha de reeleição de Flávio Machado em 2008.  
     
Comentário no Facebook:
Flávio Machado Informo que Bibinho jamais foi meu cabo eleitoral e que também nunca fomos desafetos , sempre mantivemos boas relações independente de qualquer posição política


Mulheres fazem ato simbólico em frente ao Hospital da Mulher, em Cabo Frio, após mortes na unidade

Grupo faz ato simbólico em frente ao Hospital da Mulher, em Cabo Frio, no RJ — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV

Ato foi realizado na tarde desta quinta-feira (24) para conscientizar sobre violência obstétrica e reivindicar direitos das gestantes.

Um grupo de mulheres se reuniu em frente ao Hospital da Mulher em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, na tarde desta quinta-feira (24) para realizar um ato simbólico de conscientização sobre a violência obstétrica e reivindicar os direitos das gestantes.


O grupo colou cartazes na frente do hospital e distribuiu panfletos e adesivos para orientar outras mulheres sobre o assunto.

Entre as reclamações, está o pedido de que sejam cumpridas as leis que dão direito ao parto humanizado, lei das doulas e lei do acompanhante. O ato aconteceu durante o horário de visita das pacientes.

Associação de Doulas do Rio de Janeiro distribuiu adesivos durante ato em frente ao Hospital da Mulher, em Cabo Frio, no RJ — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV

A Associação de Doulas do Rio de Janeiro participou do ato e informou as mulheres que entravam no hospital sobre a episiotomia, que é o corte feito entre a vagina e o ânus. De acordo com médicos, para facilitar a saída da criança no parto normal. Segundo a associação, a episiotomia já é proibida e considerada uma violência obstétrica.

As doulas são profissionais treinadas e capacitadas para acompanhar as mulheres durante a gestação e o parto. A função delas é dar suporte durante a gestação, pré-parto, parto, pós-parto e puerpério, que é o período desde o parto até que os órgãos genitais voltem à forma que eram antes da gestação, com a finalidade de promover o bem-estar neste período.

Ainda segundo a associação, seis bebês morreram no Hospital da Mulher na semana passada. O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio e aguarda os números oficiais de registros de óbitos na unidade nos últimos meses.

Mulheres colam cartazes de conscientização para reivindicar direitos no Hospital da Mulher, em Cabo Frio, no RJ — Foto: Paulo Henrique Cardoso/Inter TV
"Quantos mais vão ter que morrer? Basta! Queremos nossas mães e bebês vivos!", diz um dos cartazes.

O Hospital Municipal da Mulher é a única emergência obstétrica e maternidade pública da cidade, funciona 24 horas por dia e atende demandas de toda a região, com equipe médica completa, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos de plantão, além de uma unidade intensiva especializada para bebês prematuros com neonatologista.

Desde 2015, o hospital é alvo de denúncias de negligência médica e mau atendimento. Em 2017, por exemplo, uma família acusou a unidade de falta de um acompanhamento pré-natal adequado após morte de bebê com 38 semanas de gestação.

Auditoria

De acordo com o município, um grupo formado por médico, enfermeiro e auditor do setor de controle e avaliação da pasta vai analisar todos os 1069 prontuários de atendimentos do Hospital da Mulher feitos desde 1º de janeiro deste ano.

Será levado em conta todo o atendimento prestado às pacientes na unidade, desde a recepção até o momento em que ela vai para casa. Em seguida, será feito um relatório que será avaliado internamente para nortear as medidas que serão tomadas em todo o acompanhamento gestacional e no atendimento no Hospital da Mulher.

Vamos apurar com afinco o que pode ter causado a morte destes bebês. Toda vez que há a morte de um nascituro, a unidade hospitalar comunica à Vigilância Sanitária Municipal, que por sua vez comunica ao Estado por meio de notificação compulsória. Isso é essencial para nortear e desenvolver as políticas públicas” esclareceu o prefeito Dr. Adriano Moreno.

Fonte: "g1"

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Acusado de liderar quadrilha de tráfico na Região dos Lagos vai continuar na prisão



O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, indeferiu pedido de liminar em habeas corpus impetrado pela defesa de um homem apontado como líder de quadrilha de tráfico de drogas que atuava nas cidades de Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio.

O habeas corpus foi impetrado contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que negou a ordem requerida naquela instância.

Segundo o processo, o homem, conhecido como Bigode, liderava a quadrilha conhecida como Comando Vermelho. Além de coordenar toda a atividade criminosa, como a contabilidade e logística da associação, a venda e distribuição das drogas, ele autorizava cobranças violentas e determinava a execução de inimigos, usuários ou integrantes da própria quadrilha que não pagavam suas dívidas.

De acordo com a acusação, Bigode também recebia e distribuía armas de fogo a serem usadas pelos demais integrantes e, mesmo depois de preso, continuou a exercer o controle disciplinar da quadrilha, autorizando a prática de diversos crimes.

Operação Constantino
A prisão preventiva de Bigode foi decretada para a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, após investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Constantino II. Outros 52 envolvidos também foram denunciados, e o caso foi desmembrado em cinco processos diferentes.

No STJ, a defesa pediu a revogação da prisão ou, alternativamente, a aplicação de outras medidas cautelares. Alegou excesso de prazo e ausência de requisitos para a manutenção da prisão preventiva.


Requisitos ausentes
O ministro Noronha não verificou a presença dos pressupostos que autorizam a concessão da tutela de urgência no caso: a demonstração concomitante da plausibilidade do direito alegado e do perigo na demora.

Segundo o ministro, os fundamentos do acórdão do TJRJ não foram “desarrazoados ou ilegais, principalmente considerando a gravidade concreta do delito, evidenciada pelo modus operandi com que o crime foi praticado e a quantidade de denunciados na referida operação”.
Para ele, as circunstâncias descritas “denotam a potencial periculosidade do agente, a justificar a segregação cautelar como garantia da ordem pública”.

O presidente do STJ explicou também que o Supremo Tribunal Federal já afirmou ser “idôneo” o decreto de prisão preventiva “quando assentado na garantia da ordem pública, ante a periculosidade do agente, evidenciada não só pela gravidade in concreto do delito, em razão de seu modus operandi, mas também pelo risco real da reiteração delitiva”.

A necessidade de permanência ou não do paciente na prisão deve ser examinada pelo órgão competente após a tramitação completa do feito”, afirmou, ao negar a liminar.

O mérito do habeas corpus será julgado pela Quinta Turma do STJ, sob a relatoria do ministro Joel Ilan Paciornik.

Fonte: "stj"


A Operação Constantino II é um desdobramento da Operação Constantino, deflagrada em outubro de 2015 para desarticular uma quadrilha responsável pela venda e distribuição de drogas em municípios da Região dos Lagos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, a quadrilha atuava entre as cidades de Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio, mais precisamente nos bairros e comunidades conhecidos como Manoel Corrêa (Favela do Lixo), São Cristóvão, Guarani, Parque Burle, Peró e Boca do Mato.

O bando era liderado por um homem que, apesar de preso, permaneceu coordenando as atividades do grupo de dentro da penitenciária por meio de mensagens e ligações telefônicas. O homem que seria um braço direito do chefe da quadrilha foi preso durante as investigações.

Operação Constantino I

Em outubro de 2015, nove pessoas foram presas por suspeita de tráfico de drogas e associação para o tráfico na Região dos Lagos do Rio. As prisões aconteceram em Cabo Frio e Araruama. Chamada de "Operação Constantino", a ação cumpriu 21 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão.


Além destas prisões, os agentes também apreenderam R$ 1 mil dentro de uma cela do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, 17 celulares, cocaína e anotações do tráfico.

O bando era integrado a uma facção criminosa e liderado pelo denunciado Carlos Eduardo Rocha Freire Barboza, conhecido como “Cadu Playboy”. Apesar de preso desde 7 de novembro de 2014, ele continuou coordenando as atividades do grupo de dentro da penitenciária por meio de mensagens e ligações telefônicas.

Fonte: "g1"

Praia dos Ossos (Ontem e hoje)

Praia dos Ossos 1977. Foto: blog do prof Chicão
Praia dos Ossos em 15/01/2015

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

BASTA! CONVOCAÇÃO DOS CONCURSADOS JÁ!




A política de contratação de servidores temporários em substituição de servidores públicos ocupantes de cargos de provimento efetivo era e ainda é a tônica de todas as Administrações Públicas no âmbito da Prefeitura de Armação dos Búzios.

O Município faz a maioria das contratações do magistério através de 'contratos', não tendo como meio o concurso público. As escolas estão abarrotadas de contratados, o que torna mais 'barato' para o Município. Instaura-se, desse modo, o voto de cabresto local´.

Para tais contratações em processo mais do que simplificado para admissão de servidores temporários bastava que houvesse pedido de um dos vereadores, de um dos Secretários ou do próprio Prefeito mediante mero preenchimento de ficha cadastral, acompanhada de documentos pessoais e, nos próprios dizeres ministeriais - voillá - o contratado recebia uma matrícula e contracheque, pago graciosamente pelo Erário Municipal com recursos advindos de receitas derivadas de pagamento de impostos e taxas, além de transferências constitucionais previstas na Carta Magna

Em suma, milhares de pessoas, grande parte delas sem qualquer qualificação, 'mamando nas tetas desta idílica municipalidade', que, contudo, até os dias atuais não possui saneamento básico decente, não dispõe de um hospital com mero serviço de tratamento intensivo e que detém diversas deficiências na prestação de serviços públicos básicos.

Essa prática de contratação é um instrumento mais do que eficaz para a adoção de barganhas políticas em períodos de eleição municipal ante a formação de verdadeiro curral eleitoral em prol do detentor da ocasião do mandato eletivo concernente a chefia do Poder Executivo Municipal.

Não se descarta a hipótese de que muitos deles nada mais sejam do que funcionários 'fantasmas', ou seja, admitidos no serviço público municipal sem, de fato, prestarem serviços públicos ou cumprirem carga horária às expensas de estipêndios advindos do Erário Municipal.

Com a contínua prática de contratação ilegal, elevada e desarrazoada de servidores temporários pela Prefeitura do Município de Armação dos Búzios é que a população local, ao final, acaba sendo prejudicada com o comprometimento da capacidade orçamentária de investimento do município na melhoria de serviços públicos, como a prestação de serviços de saúde, educação, saneamento básico, pavimentação, coleta de lixo e etc., inclusive, constando dentre tais prejudicados, muitos dos próprios contratados temporários.

Em consequência, quando tais serviços são desatendidos ou prestados de modo ineficaz, o que faz o cidadão, mesmo o contratado temporário da própria Prefeitura de Armação dos Búzios, acaba por ingressar em Juízo em face da municipalidade, sobrecarregando assim, ainda mais, a administração da Justiça. É nesta toada que o Conselho Nacional de Justiça estima que tramitam perante a Justiça Brasileira na atualidade mais de 100 milhões de ações judiciais, milhões dos quais figuram como litigantes os próprios entes estatais, sejam os entes de direito público, sejam entes estatais, sejam empresas ou fundações públicas, restando claro que o funcionamento deficiente dos demais Poderes incumbidos das funções executivas e legislativas é um fenômeno que vem desvirtuando o regular equilíbrio entre os Poderes, com a sobrecarga cada vez mais exponencial dos serviços jurisdicionais demandados do Poder Judiciário

Todas as gestões deste município praticaram, portanto, a contratação indiscriminada e desarrazoada de servidores temporários em substituição a seleção de pessoal por meio da observância da regra constitucional do concurso público de provas ou provas e títulos para o preenchimento de cargos e empregos públicos, ou melhor, para o provimento e subsequente investidura em cargos ou empregos públicos. Com efeito, resta claro que todos os gestores municipais responsáveis pela administração superior se aproveitaram da situação de descalabro administrativo resultante da falta de realização de concursos públicos no âmbito da Prefeitura de Armação dos Búzios para o aparelhamento da máquina administrativa com fins eleitoreiros.

Pode-se até dizer que há um acordo tácito entre os atores políticos desta cidade que se revezam na chefia do Poder Executivo Municipal, inclusive com beneplácito de alguns vereadores, como revelam alguns dos documentos destacados no Inquérito Civil Público nº 39/2013

O Ministério Público, então, obtempera em sua peça vestibular que tal situação contínua de contratação de temporários em substituição a servidores efetivos, por evidência, abriu para a prática de clientelismo político, com quebra do princípio da impessoalidade e utilização da máquina pública para fins eleitoreiros, ou seja, com abuso mais do que cristalino do poder político.

Com efeito, em meio da maior crise econômico-financeira que esse país já atravessou, não poderá ser o Município de Armação dos Búzios que continuará isoladamente arcando de modo irresponsável com o pagamento de servidores temporários, contratados sem qualquer critério e com inobservância da regra constitucional do concurso público, com escopo de mera manutenção de clientelismo político e formação de curral eleitoral

Neste diapasão, o Ministério Público entendeu, ao final, que as condutas comissivas e omissivas, perpetradas de forma dolosa pelo réu, não só ofenderam diversos princípios da Administração Pública, como também podem ter permitido o enriquecimento ilícito de terceiros, a saber, dos contratados ilegalmente selecionados a título precário que perceberam remunerações pagas pelos Cofres Públicos, em que pese as contraprestações de serviços prestados em tese à municipalidade, pois não se descarta a hipótese de que quantitativo considerável desses contratados se referisse a um contingente de servidores fantasmas.

Por decorrência, segundo a lógica ministerial, se houve possibilidade de enriquecimento de terceiros às custas dos Cofres Públicos, houve também prejuízo ao Erário.

Desta feita, ao se fazer uma digressão da história política recente desta municipalidade que detém apenas vinte anos, coteja-se que todos os governos municipais de Armação dos Búzios, sem exceção, utilizaram-se indiscriminadamente da contratação de servidores temporários, fazendo cada qual no início de sua gestão o rodízio entre a clientela política angariada em suas respectivas campanhas eleitorais com a clientela do antigo gestor para o preenchimento de cargos e empregos públicos, com o menoscabo da regra constitucional do concurso público.

Apenas para exemplificar sobre a falta sistemática de organização administrativa dos quadros de pessoal dessa municipalidade, cumpre esclarecer que inclusive os ocupantes dos cargos de procuradores do Município (e da Câmara de Vereadores) não são concursados. 

A falta absoluta de planejamento administrativo no âmbito da Prefeitura de Armação dos Búzios sempre decorreu, então, de condutas omissivas conscientes dos responsáveis que estiveram à frente da Administração Superior Pública Municipal, permitindo-se assim, de modo contínuo, a geração dolosa de situações de descalabro administrativo no âmbito da gestão de recursos humanos para invocar-se pressupostos de emergência, que, em verdade, sempre inexistiram.

Trecho da sentença do Juiz Marcelo Villas proferida no dia 05/06/2014


no Processo nº 0002399-69.2014.8.19.0078 em que Mirinho foi condenado por improbidade administrativa pela prática reiterada de contratação de servidores temporários em substituição de servidores públicos ocupantes de cargos de provimento efetivo.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Parque Estadual da Costa do Sol tem novo chefe: Marcelo Morel de Búzios

Morel e dois PMs da Upam em dia da operação. Foto: Prensa de Babel


Ato de nomeação de Morel 

Marcelo Morel é Guarda Marítimo Ambiental de Búzios concursado.

O site Prensa de Babel noticiou que Marcelo Morel foi escolhido pelo governador Wilson Witzel para chefiar o Parque Estadual da Costa do Sol (PECSOL).

Morel foi nomeado para o cargo pelo governador que reconheceu sua firme atuação como agente ambiental, em especial na defesa do Parque Estadual da Costa do Sol (PECSOL) que vai passar a comandar. 

A nomeação de Morel significa uma grande derrota para a especulação imobiliária de Búzios e região. 

Parabéns Morel! Parabéns Governador Witzel! O meio ambiente da Região dos Lagos agradece.


Nova lista da Coaf traz 27 deputados estaduais ligados a movimentações financeiras suspeitas

ALERJ. Foto: cliquediario.com.br

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) volta a ser alvo de suspeitas com divulgação de novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

Novas movimentações financeiras apontadas em novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e anexadas aos autos da Operação Furna da Onça, que em novembro do ano passado, levou à prisão 7 deputados estaduais, trazem mais 27 deputados fluminenses, entre eles o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL).

Além dele, que teria recebido 96 mil reais de forma fracionada entre junho e julho de 2017, constam na lista ainda os seguintes deputados:

1) Jorge Picciani (MDB), 
2) Iranildo Campos (SD), 
3) Chiquinho da Mangueira (PSC), 
4) Márcio Pacheco (PSC), 
5) Dr. Deodato (DEM), 
6) Edson Albertassi (MDB), 
7) Marcelo Simão (PP), 
8) Rafael Picciani (MDB), 
9) Pedro Augusto (PSD), 
10) Luiz Martins (PDT), 
11) Márcia Jeovani (DEM), 
12) Marcos Muller (PHS), 
13) Daniele Guerreiro (MDB), 
14) Coronel Jairo (MDB), 
15) Christino Áureo (PSD), 
16) Paulo Melo (MDB), 
17) João Peixoto (PSC), 
18) Marcos Abrahão (AVANTE), 
19) Milton Rangel (DEM), 
20) Thiago Pampulha (PDT), 
21) Átila Nunes (MDB).
22) André Corrêa (DEM)
23) Marcus Vinícius Neskau (PTB)

Ex-deputados: 
24) Flávio Bolsonaro (PSL)
25) Andreia Busatto (PDT) 
27) Ricardo Abrão (PDT),

Prefeitos também aparecem na lista do COAF: 
25) de Itaguaí, Carlos Busatto Júnior (MDB), 
26) de Nilópolis, Farid Abrão (PTB), 
27) de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa (PR), 
28) de Belford Roxo, Waguinho (MDB), 
29) de São Gonçalo, José Luiz Nanci (PPS). 

A primeira lista, divulgada em dezembro do ano passado, culminou com 10 pedidos de prisão a deputados estaduais, sendo que 3 já estavam presos. O campeão de movimentações financeiras suspeitas é o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), Jorge Picciani, que teria movimentado 478 milhões de reais, quantia que envolveria transações de empresas de sua família que atuam no setor de mineração e pecuária.

Mas políticos não são os únicos que aparecem na lista da Coaf. Segundo o jornal Estado de São Paulo, pelo menos duas escolas de samba do Rio, Beija-Flor e Mangueira, são citadas em transações suspeitas ligadas a deputados e ex-deputados da Alerj, entre eles o presidente da verde-e-rosa, Chiquinho da Mangueira, mencionado em duas operações atípicas no valor de 32,6 milhões de reais.

Chiquinho está preso desde o fim do ano passado, assim como os deputados André Corrêa (DEM), Coronel Jairo, Albertassi, Paulo Melo, Jorge Picciani, Luiz Martins, Marcelo Abrahão, Marcelo Simão, e Marcus Vinícius Neskau (PTB).

Da Beija-Flor, Farid Abrão, irmão do patrono da escola, Aniz Abrahão David, e seu filho, Ricardo Abrão, atual presidente da escola de Nilópolis.

Da região, 2 parlamentares constam na lista da Coaf, um deles é o ex-candidato a prefeito de Macaé nas eleições de 2012, eleito deputado federal em 2018, Christino Áureo, que teria movimentado 0,8 milhões de reais e 8 operações imobiliárias em que constam um imóvel de 1,2 milhões de reais. A outra é a deputada estadual não reeleita, Marcia Jeovani, esposa do ex-prefeito de Araruama, Miguel Jeovani (MDB), que teria movimentado 2,4 milhões de reais.