"São ovas de peixes; pode liberar a praia",
decretou um cientista do INEA. "Mas, pode ser microalga", comentou
outro. Não colheram amostras da água e, portanto, não fizeram análises. São
profissionais que só se encontraria no INEA.
No domingo 08/02/2015 a praia da Tartaruga, Armação de
Búzios, foi interditada pela secretaria de Meio Ambiente e Pesca de Búzios
depois que uma mancha amarela apareceu na água e na areia da praia. O mesmo
fenômeno ocorreu ano passado, em 20/02/2014. A água não tinha cheiro e, segundo
o secretário, não causou nenhum tipo de problema aos banhistas.
O cientista do INEA afirmou que o evento ajudaria a atestar
a boa qualidade da água do mar. Admitiu não saber qual a espécie de peixe
liberou a quantidade excessiva de ovas, mas o fenômeno é natural, não existe
contaminação, nem risco para a saúde de banhistas. A mancha tinha cheiro de
peixe.
Quem sabe? A espécie de peixe pode ter origem na costa norte
da África. Há gente se arriscando na travessia até a Itália. Porque seria
diferente com alguma espécie de peixe? Atravessaram o Atlântico e milhões de
fêmeas prenhas começaram a anunciar: "Está chegando a hora. Precisamos
desovar". E o peixe-guia disse, "Conheço um lugar. Estive lá ano
passado com milhões de grávidas". Chegaram à praia da Tartaruga, desovaram
e seguiram seu caminho.
Anote-se: o fenômeno é natural. O cientista do INEA deve ter
presenciado o mesmo fenômeno em muitas praias mundo afora. O fato de ter
ocorrido pela primeira vez ano passado na praia da Tartaruga não significa
absolutamente nada.
Ao INEA não restará alternativa senão afirmar que também não
significa absolutamente nada que alguns banhistas apresentaram problemas como
ardência nos olhos, irritação nas vias respiratórias, catarro a noite inteira,
coriza de um dia, sintomas de gripe forte, mas sem febre ou calafrio. Em
outros, surgiram assaduras na pele, infecções supuradas em áreas de corte
anterior na pele. Só haveria uma explicação: chegaram em Búzios com algum tipo
de infecção ou doença.
Mas, como acontece em eventos como esse, uma ativista
independente recolheu amostra da água, guardou na geladeira e solicitou que uma
bióloga fizesse uma análise. O resultado preliminar é o seguinte: ausência de
microalgas, ausência de ovas de peixes, presença de gordura e uma bactéria
conhecida como cocóide. É uma bactéria muito comum no intestino humano.
Prolifera nas fezes. Quem sabe? Também no intestino de peixe.
Conclusão preliminar: as fêmeas desovaram e os machos
defecaram. As ovas (caviar) foram recolhidas e talvez sejam vendidas no mercado
negro na Rússia. A maré levou as fezes para o oceano.
Para o INEA estaria tudo normal, como quando Vespúcio esteve
aqui em 1503.
Ernesto Lindgren
Fonte:
"revistacidade"
Observação: tem uma nova enquete no canto superior direito do blog, logo abaixo da propaganda do Google. Agora, quero saber quem será, na sua opinião, o futuro Prefeito de Cabo Frio. Participe e divulgue. Grato.
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