Que se vê em séries na TV, mundialmente famosas. Iria
estourar os índices de audiência de programas de TV, concorrer a um Oscar,
ganhar o Globo de Ouro, vencer no Festival de Cannes. O mistério assombra a
população de Búzios.
Em 22/02/2014 mais de 50 pessoas, homens, mulheres e
crianças sentiram mal-estar ao entrarem em contato com a água na praia da
Tartaruga e foram encaminhadas para diversas unidades de atendimento médico. A
água tinha cor alaranjada e o INEA, rápido como um foguete da NASA, despachou
técnicos para colherem amostras da água. Esses técnicos não fizeram contatos
com médicos e enfermeiros/as que atenderam as pessoas, por uma compreensível
razão: teriam que pedir autorização, em papel timbrado do INEA, aos seus
superiores, protocolado, claro, e seguir os canais competentes até chegar para
consideração pela presidência do órgão que, a seguir, decidiria se encaminharia
ou não o pedido para a SEA.
Em 25/02/2014 foi divulgada uma nota sobre o incidente:
"A Secretaria Estadual do Ambiente e o Inea esclarecem que... os testes
preliminares realizados com amostras de água da praia da Tartaruga não foram
conclusivos quanto a (sic) presença de substâncias que possam ter causado o mal
estar relatado por banhistas e moradores na quinta-feira (20/02) passada. Os
resultados dos últimos testes realizados a partir de amostras coletadas no fim
de semana na praia da Tartaruga indicam o retorno das condições normais de
balneabilidade".
A população está, com toda razão, preocupada. A água, sem
mais nem menos, fica cor de rosa, vermelha, e ninguém sabe por quê. Isso dá
margem para especulações. Pode ter sido alguém com a intenção de macular o
prestígio de Búzios. Pode ter sido coisa de agentes da CIA, das agências de
espionagem da Rússia, Ucrânia, etc. E pode ter sido coisa de extraterrestres
que lançaram um líquido misterioso com a intenção de amedrontar a população e
forçá-la a abandonar o lugar. Criaria a oportunidade de ocuparem o município,
limpá-lo e ali passarem o carnaval.
O INEA deveria mandar imprimir um panfleto, usando a mesma
gráfica que a Prolagos usou para divulgar o alagado ou brejo (wetland) que diz
ter R$42,7 milhões para construir em Búzios. Em se achando um suspeito, seria
jogado dentro do brejo, ali permanecendo até confessar. Nenhum aguentaria lá
ficar por mais de um minuto. Seria desinfetado com soda cáustica para poder dar
entrevista à imprensa.
Ernesto Lindgren
CIDADE ONLINE
26/02/2014
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