Engenheiros fazem vistoria da Barragem de Juturnaíba que fica entre Silva Jardim e Araruama, no RJ — Foto: Prefeitura de Iguaba Grande/ Divulgação |
Trabalho
realizado nesta quinta-feira (14) por empresa terceirizada
pela Prolagos vai resultar em relatório atualizado sobre as
condições da barragem, que fica entre Araruama e Silva
Jardim.
O
Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Estadual do Ambiente
(Inea) acompanharam nesta quinta-feira (14) uma visita
técnica para
atualização dos laudos sobre as condições
da barragem de Juturnaíba,
que fica entre Araruama e Silva Jardim, no interior do Rio.
A
ação foi realizada a pedido do MPF que deu prazo até 4 de março
para entrega da documentação. O trabalho foi realizado por uma
empresa terceirizada
pela Prolagos, que
vem cuidando das inspeções na área desde 2016. O engenheiro José Renato Cotrim, da Cotrim e Sato Consultoria em Engenharia, afastou qualquer possibilidade de risco de dano estrutural na barragem. Além da Cotrim & Sato, a Prolagos contratou os serviços da VLB
“O laudo ainda está sendo elaborado, mas diante do que estamos acompanhando nas vistorias posso afirmar que não há evidência de risco de colapso que possa preocupar a sociedade”, pontuou.
Além da Cotrim & Sato, a Prolagos contratou os serviços da VLB Engenharia para emitir um laudo técnico para que sejam aprofundadas as medidas de segurança.
“O laudo ainda está sendo elaborado, mas diante do que estamos acompanhando nas vistorias posso afirmar que não há evidência de risco de colapso que possa preocupar a sociedade”, pontuou.
Além da Cotrim & Sato, a Prolagos contratou os serviços da VLB Engenharia para emitir um laudo técnico para que sejam aprofundadas as medidas de segurança.
“Os estudos são complementares e a
concessionária não medirá esforços ou recursos para executar
todas as possíveis melhorias que podem ser apontadas. Entendemos que
segurança é fundamental e todos os laudos apresentados até hoje
atestam que a barragem está totalmente íntegra”, reforçou Sérgio
Braga, diretor-presidente da Prolagos.
Estas informações estão no site da Prolagos. O interessante é que, ao que tudo indica, não se tinha laudo anterior algum. Eles estão sendo providenciados agora após a tragédia de Brumadinho.
O
laudo faz parte de um programa
de segurança de barragens do Inea,
que exige registros atualizados nesses locais. O MPF afirma que é
preciso tornar esses
relatórios acessíveis ao público.
"Vou
recomendar que esses estudos sejam publicados. Arrisco dizer que o
segredo é pior porque gera uma incerteza. Já adianto que, daqui pra
frente, a gente precisa
dar publicidade a esses laudos",
afirmou Leandro Mitidieri, procurador do MPF.
A
ação também foi acompanhada pelo "Movimento
atingidos por barragens",
que reforçou a divulgação dos laudos.
"Se
a gente não põe a população a par do que está acontecendo,
quando perceber, o mal já estará sobre nossas cabeças", disse
Silas Borges, representante do movimento.
Durante
a inspeção, foi constatada a presença
de plantas aquáticas nos reservatórios
e houve a preocupação
em relação à sujeira,
falta
de segurança
e escombros
de uma estrutura abandonada de irrigação agrícola.
Apesar
da Política
Estadual de Segurança de Barragens
ter sido criada em 2016,
os trabalhos de fiscalização foram intensificados após a tragédia
de Brumadinho (MG).
A Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj) criou nesta quinta uma comissão para
fiscalizar as barragens no estado.
A
barragem de Juturnaíba, assim
como outras do interior,
foi classificada como de alto
potencial de dano,
o que significa que, caso aja um rompimento, o dano será de grande
porte. Porém, os
relatórios da empresa que fiscaliza a barragem não apontam
evidências de risco.
"Não
há evidência nenhuma de que [a barragem de Juturnaíba] esteja em
risco
de colapso",
explicou o engenheiro responsável pela empresa, José Renato Cotrim.
A
barragem
A
barragem de Juturnaíba foi construída
em 1982
na reserva ecológica de Poço
das Antas,
entre Silva Jardim e Araruama. O reservatório tem 43
quilômetros quadrados de superfície de água
e, em alguns pontos, chega a 12 metros de profundidade.
No
local, existe uma barragem para captação
e distribuição de água feitas por duas concessionárias,
Prolagos
e Águas de Juturnaíba.
Elas atendem, ao todo, oito
municípios da Região dos Lagos.
Cerca de 650 mil
pessoas recebem a
água da barragem. Na alta temporada, o
número de consumidores ultrapassa um milhão.
Por
meio de nota, a concessionária Águas de Juturnaíba informou que
representantes da empresa acompanharam os trabalhos nesta quinta e
que a barragem é de
responsabilidade da Prolagos.
Fonte:
"g1"
Meu comentário:
O laudo ser feito por uma empresa terceirizada pela concessionária é um grande problema. Em Brumadinho, noticiou-se que a empresa alemã que elaborou o relatório da inspeção foi pressionada pela Vale para dar parecer favorável sob risco de perder o contrato. Por que um órgão público não faz o trabalho?