segunda-feira, 17 de abril de 2017

Conselho Municipal de Saúde para fiscalizar, mas nem tanto

Em 2013 publiquei aqui no blog que seis licitações realizadas na Saúde de Búzios haviam sido fraudadas porque realizadas sem a devida publicidade. Os editais dos Avisos de Licitação para “aquisição de fraldas descartáveis”, “confecção de material gráfico”, “locação de ambulância UTI móvel”, “limpeza das unidades de saúde”, “aquisição de medicamentos” e “aquisição de material hospitalar” não foram publicados nos Boletins Oficiais distribuídos à população. A CPI instalada a partir de minha denúncia- a CPI do BO- apurou que os referidos editais foram publicados em BOs de capa dupla, distribuídos a um restrito número de leitores e aos órgãos de controle, como Câmara de Vereadores, MP-RJ, TCE-RJ, etc.

Na ocasião estranhei o fato de o Conselho Municipal de Saúde (CMS) não ter se manifestado em relação à minha denúncia. Afinal tratavam-se de seis licitações importantíssimas da área de Saúde, que consumiam grande parte dos recursos da pasta que possuía o maior orçamento do município. O silêncio do Conselho perdurou mesmo diante do estardalhaço provocado na cidade pelas apurações levada a cabo pela CPI do BO, que funcionou por mais de seis meses.

Tenho o maior respeito por algumas pessoas que participaram das gestões anteriores ou que participam hoje do CMS, mas, diante de omissões graves como as ocorridas em relação às citadas licitações fraudadas, me vejo obrigado a questionar a legitimidade do CMS de Búzios como órgão de controle social. A mim, me parece mais um órgão decorativo, criado e mantido ativo pelo governo municipal apenas para cumprir uma exigência legal, sem a qual não receberia recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

De fato, o governo municipal mantém o Conselho de Búzios em funcionamento sem cumprir com as exigências da legislação pertinente. (Vide Lei nº 8.689, de 1993) que “dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências”. Temos Conselho de Saúde, realizamos Conferência de Saúde, mas não temos um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para os servidores da pasta, condição necessária, estabelecida pela Lei citada, para que o município possa receber recursos do Fundo Nacional de Saúde. Sem o PCCS, ou ao menos a existência de uma Comissão para elaborá-lo no prazo de dois anos, pela Lei, o município não poderia nem mesmo administrar esses recursos, cabendo a tarefa, até que se elabore o PCCS, ao Estado ou à União. 

Vejam o item VI do artigo 4º da Lei nº 8.689, de 1993:

Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.

Em Ofício enviado ao Prefeito, o MPF pede que ele se manifeste a respeito da representação encaminhada pelo não cumprimento da Lei 8.689.



Ofício MPF de 11/11/2016

Realizamos a V Conferência Municipal de Saúde em 10/07/2015, mas o governo desprezou suas deliberações solenemente até os dias de hoje. Nenhuma delas foi atendida pelo governo. As deliberações aprovadas na Conferência foram publicadas no Boletim Oficial nº 756, de 19/05/2016 (ver abaixo):   


Reparem que a proposta (aprovada) número 1 do Grupo 1 é justamente a implementação do PCCS na Saúde municipal valorizando a carreira pública, motivando o trabalho e, consequentemente, melhorando a prestação de serviço à população. 

Como se pode aprovar quaisquer contas de gestão do FMS de Búzios, se a legislação é descumprida e deliberações da Conferência Municipal não são implementadas? Como se pode aprovar as contas de 2015, se a própria Conselheira Maria Augusta (representante da SOMUNEAR), reconhece que com a documentação apresentada pelo governo o "colegiado não é capaz de avaliar por completo as contas, principalmente pela ausência de um FMS funcionando plenamente na Secretaria de Saúde"? Se 1) o CMS não participa da elaboração do Orçamento anual e do acompanhamento da execução orçamentária, 2) há ausência de transparência nos portais da gestão municipal, e  3) o CMS não avalia as demandas que geram os processos de licitação, como votar pela aprovação das contas, mesmo com ressalvas? Votou-se no escuro? Não seria mais coerente votar pela reprovação das contas como fez o Conselheiro Marcos Santos (ASFAB)? 

Outra coisa: como podem não se sentir impedidos de votar Conselheiros representantes de entidades civis que recebem subsídios do governo municipal, como acredito ser o caso do CRER-VIP e do Centro Social Esportivo de Cem Braças? A mesma situação ocorre em muitos outros conselhos, desequilibrando a balança da paridade a favor do governo. 

Os interesses na área da Saúde municipal são tantos que fatos realmente estranhos acontecem. A única vez que as contas de gestão do FMS de Búzios foram reprovadas ocorreu em 2013 (8ª REUNIÃO de 9 de setembro). E por unanimidade!   Qual não foi o espanto de um Conselheiro ao saber que, mesmo com a reprovação das contas da Saúde pelo CMS, as contas de gestão do Prefeito Mirinho Braga receberam parecer prévio favorável de outros Conselheiros, os do TCE-RJ. Sigilosamente, como recomenda a fúria persecutória de nossos prefeitos, o Conselheiro se dirigiu à Ouvidoria do Tribunal (código da manifestação 147.080.789.227). Transcrevo abaixo a resposta do Conselheiro Ouvidor Aluísio Gama de Souza. É, naqueles tempos, o TCE-RJ já era o TCE do Quinto do Ouro! 


"Na análise do teor da manifestação em referência, assim se pronunciou a Secretaria-Geral de Controle Externo, órgão interno competente pela fiscalização no âmbito desta Corte de Contas:
A reclamação foi encaminhada ao setor competente, que constatou, após consulta ao Sistema de Controle e Acompanhamento de Processos – SCAP, que a prestação de contas foi apreciada em Plenário em Sessão de 05.12.2013, que decidiu pelo Parecer Prévio Favorável, em desacordo com o Corpo Instrutivo, que havia sugerido o Parecer Prévio Contrário, não pelas razões apontadas pela manifestante, mas por outra.

Quanto à solicitação da manifestante, que deseja "marcar uma hora no TCE com alguém que nos consiga informar como aprovaram as contas do Prefeito Delmires Braga", ainda que o corpo instrutivo tenha feito análise técnica da prestação de contas, a aprovação é uma decisão soberana do Plenário 

Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários".

Atenciosamente,
Aluísio Gama de Souza
Conselheiro Ouvidor

Mas felizmente a Promotora Vânia Cirne Manhães, do MP da Tutela Coletiva/ Núcleo cabo Frio, já instaurou (em 31/10/2016) Inquérito Civil para "apurar supostas irregularidades relacionadas às contas da Saúde do Município de Armação dos Búzios, referentes ao período de 2012, sendo que foram rejeitadas pelo CMS". 


Inquérito Civil, MP de cabo Frio



domingo, 16 de abril de 2017

A Lava Jato também pegará o Judiciário, diz ex-ministra

Eliana Calmon, foto Alexandra Martins, Agência Câmara

"A Lava Jato pegará o Poder Judiciário num segundo momento. O Judiciário está sendo preservado, como estratégia para não enfraquecer a investigação." A previsão é de Eliana Calmon, ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça, ex-corregedora nacional de Justiça. "Muita coisa virá à tona", diz.

Ela foi alvo de duras críticas ao afirmar, em 2011, que havia bandidos escondidos atrás da toga. "Os políticos corruptos nunca temeram a Justiça e o Ministério Público. O que eles temem é a opinião pública e a mídia", afirma.

Pergunta - A Lava Jato poderá alcançar membros do Poder Judiciário?
Calmon - No meu entendimento, a Lava Jato tomou uma posição política. É minha opinião pessoal. Ou seja, pegou o Executivo, o Legislativo e o poder econômico, preservando o Judiciário, para não enfraquecer esse Poder. Entendo que a Lava Jato pegará o Judiciário, mas só numa fase posterior, porque muita coisa virá à tona.

Pergunta - Os tribunais superiores têm condições de instaurar e concluir todos esses inquéritos?
Calmon - É possível o Poder Judiciário punir a corrupção com vontade política. É difícil, porque tudo depende de colegiado. Muitas vezes alguém pede vista e "perde de vista", não devolve o processo. Hoje, o Judiciário está convicto de que precisa funcionar para punir.

Pergunta - Como deverá ser a atuação do Judiciário nos Estados com os acusados sem foro especial?
Calmon - Hoje, o Judiciário mudou inteiramente. Todo mundo quer acompanhar o sucesso de Sergio Moro. Os ventos começam a soprar do outro lado.

Pergunta - Como avalia o desempenho da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia?
Calmon - A ministra Cármen Lúcia demonstra grande vontade. Mas vai precisar de muito jogo de cintura. O colegiado é muito complicado, muito ensimesmado. Os ministros são muito poderosos. Há muita vaidade.

Pergunta - Como vê a crítica de que a lista criminaliza os partidos e a atividade política?
Calmon - É uma forma de inibir a atividade do Ministério Público e da Justiça. Os políticos corruptos nunca temeram a Justiça. O que eles temem é a opinião pública e a mídia.

Pergunta - A Lava Jato cometeu excessos?
Calmon - Houve alguns excessos, porque o âmbito de atuação foi muito grande.

FREDERICO VASCONCELOS, FOLHAPRESS


Fonte: "yahoo"


sábado, 15 de abril de 2017

Sabino, ex-prefeito de Rio das Ostras, recebeu propina da Odebrecht em 2006, diz delator

Sabino, ex-prefeito de Rio das Ostras

Alcebíades Sabino, ex-prefeito de Rio das Ostras recebeu propina, como contribuição eleitoral, da Odebrecht em 2006, alocada como despesa em obras de saneamento que a empresa realizava no município à época. O valor não foi especificado. 

Em 2008, Sabino recebeu R$ 195.000,00 de doação eleitoral da Odebrecht. O seu Secretário de Obras Wayner Fajardo, segundo o delator, recebeu pessoalmente a doação instrumentalizada pelo Setor de Operação Estruturadas da empresa (Setor de caixa 2). 

"Nesse contexto, o egrégio Supremo Tribunal Federal homologou o acordo de colaboração premiada de integrantes do Grupo ODEBRECHT, incluído nesse rol o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura BENEDICTO BARBOSA DA SILVA ÚNIOR e LEANDRO ANDRADE AZEVEDO.

A Petição nº 6816 trata do Termo de Depoimento nº 12 de BENEDICTO JÚNIOR e do Termo de Depoimento nº 7 de LEANDRO ANDRADE AZEVEDO.

No Termo de Depoimento nº 7, LEANDRO ANDRADE AZEVEDO relatou pagamentos feitos a pretexto de contribuições eleitorais para a campanha de ALCEBÍADES SABINO DOS SANTOS, ex-Prefeito de Rio das Ostras (RJ) e então candidato a Deputado Estadual, em 2006.

Narrou o colaborador que não se recorda da quantia exata paga em 2006, mas que, a pedido do seu superior hierárquico BENEDICTO JÚNIOR, alocou a despesa na obra de saneamento que a Odebrecht realizava em Rio das Ostras à época.

Wayner Fajardo, ex-secretário de Obras de Rio das Ostras 



Por fim, destacou que, em 2008, por determinação do seu líder BENEDICTO JUNIOR, operacionalizou pagamentos para a campanha de ALCEBÍADES SABINO para a Prefeitura de Rio das Ostras. Relatou, ainda, que WAYNER FAJARDO GASPARELLO, atual Secretário de Obras do Município de Rio das Ostras, foi a pessoa indicada por SABINO para receber pessoalmente os valores (RS 195.000,00) e que a operação foi intermediada pelo Setor de Operações Estruturadas".

Fonte: STF


Delação da Odebrecht provoca estragos nas hostes petistas

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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Os apelidos na Odebrecht dos políticos do estado do Rio de Janeiro

Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura, foto site poder360


Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, era diretor da Odebrecht Infraestrutura e um dos chefes do “departamento de propina” da empreiteira. Para corroborar as informações de seus depoimentos, o delator entregou aos procuradores uma espécie de versão 2.0 da “lista da Odebrecht”.

Trata-se de um arquivo sistematizado com nomes de políticos, apelidos e valores pagos por meio de caixa 2. O arquivo cobre as eleições de 2008 a 2014 e lista cerca de 180 políticos, do nível federal ao municipal.

COMO ERAM DADOS OS APELIDOS
Aos procuradores de Curitiba, Benedicto explica como o “departamento” dava os apelidos aos políticos para os quais fazia repasses. BJ diz que não era o responsável pelos apelidos. Essa função, segundo ele, cabia aos operadores do “departamento”. Se a pessoa [o operador] conhecia o outro lado [o político], ele sugeria o codinome. Se não existisse ainda no sistema, era aceito. Mas não tinha uma regra”, diz BJ.
1- Anthony Garotinho - Bolinha e Pescador
2- Eduardo Paes - Nervosinho
3- Moreira Franco - Angorá
4- Jorge Piciani - Grego
5- Júlio Lopes - Bonitão, Bonitinho, Casa de Doido, Pavão e Velho. 
6- Sérgio Cabral - Próximus
7- Adrian Mussi - Flamengo
8- André Corrêa - Verdinho
9- Ayrton Xerez - Persa
10- Bernardo Ariston - Raspuntinzinho *
11- César Maia - Déspota
12- Jorge Bitar - Passadão
13- Lindbergh Farias - Lindinho e Feio
14- Luiz Paulo Corrêa - Disco
15- Manoel Neca - Baixada
16- Otávio Leite - Garoto
17- Alcebíades Sabino - Atravessador
18- Rodrigo Maia - Botafogo e Inca 

* Bernardo Ariston
Ano: 2010
CARGO: DEPUTADO FEDERAL
ESTADO: RIO DE JANEIRO
CODINOME: RASPUNTINZINHO
Nome: BERNARDO ARISTON
INTERMEDIÁRIO DO POLÍTICO: SEM INTERMEDIÁRIO
Valor doado (caixa 2): 100.000,00
PROPÓSITO: SOLICITAÇÃO DE GOVERNADOR
Observação : NÃO ELEITO  


Fonte: "poder360"


Políticos do interior do Rio de janeiro na lista de Fachin

Veja nomes de políticos do interior do RJ que também aparecem em lista do ministro Fachin
Eles foram denunciados por delatores da Odebrecht por suposto recebimento de recursos indevidos.
Seis políticos do interior do Rio aparecem na lista do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, com nomes de autoridades que podem ser investigadas por uma suposta ligação com a Operação Lava Jato.
São eles:

Rosinha e Garotinho, foto site noticias
1) Anthony Garotinho
2) Rosinha Garotinho
Caixa 2
PETIÇÃO 6.730
Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações dos colaboradores Benedicto Barbosa da Silva Júnior (Termos de Depoimento n. 37 e 38) e Leandro Andrade Azevedo (Termo de Depoimento n. 1), os quais relatam o pagamento em favor de Rosângela Barros Assed Matheus de Oliveira, nos anos de 2008 e 2012 de vantagens não contabilizadas, quando da campanha eleitoral para a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes – RJ. No mesmo contexto, narra-se o repasse de recursos também em favor de Anthony William Matheus de Oliveira, para fins da campanha eleitoral do ano de 2014, quando candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
Paulo Melo, foto jornal orebate

3) Paulo Melo
Caixa 2
PETIÇÃO 6.719

Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações prestadas pelo colaborador Leandro Andrade de Azevedo (Termo de Depoimento n. 5), o qual noticia a ocorrência de pagamento, no ano de 2014, por meio de recursos não contabilizados, à campanha de Paulo César de Melo Sá, então candidato à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e hoje deputado estadual.
Riverton Mussi foto o debate on

4) Riverton Mussi Ramos
5) Adrian Mussi
Caixa 2
PETIÇÃO 6.708
Cuida-se de petição instaurada com lastro nas declarações prestadas pelos colaboradores Leandro Andrade Azevedo (Termo de Depoimento n. 8) e Benedicto Barbosa da Silva Júnior (Termo de Depoimento n. 11), os quais narram a ocorrência de pagamentos indevidos em favor de Riverton Mussi Ramos, ex-Prefeito de Macaé/RJ, bem como a seu irmão, Adrian Mussi, a pretexto das campanhas eleitorais dos anos de 2008 e 2010, somas que não foram devidamente contabilizadas.
Sabino, foto Silva Jardim Portal

6) Alcebíades Sabino
Propina
PETIÇÃO 6.816
Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações dos colaboradores Benedicto Barbosa da Silva Júnior (Termo de Depoimento n. 12) e Leandro Andrade Azevedo (Termo de Depoimento n. 7). Segundo o Ministério Público, um dos colaboradores relata pagamento ao então candidato a Deputado Estadual Alcebíades Sabino dos Santos, no ano de 2006. Já sem indicar precisamente o valor repassado, é narrado que se alocou a despesa na obra de saneamento que o Grupo Odebrecht realizava no Município de Rio das Ostras, esclarecendo que se realizou novo pagamento para a campanha à prefeitura local, para a qual concorreria Alcebíades Sabino. O pagamento foi intermediado por Wayner Fajardo Gasparello.
Dr. Aluízio, foto youtube

7) Aluízio dos Santos Júnior
PETIÇÃO 6.697

Atual prefeito de Macaé. Trata-se de petição instaurada com lastro nos termos de depoimento dos colaboradores Renato Amaury Medeiros (Termos de Depoimento n. 1, 2 , 3 e 4) e Roberto Cumplido (Termos de Depoimento n. 7 e 8). Segundo o Ministério Público, os colaboradores noticiam o pagamento de vantagens indevidas a Eduardo Cunha, Andréia Légora, Helil Cardozo, Carlos Roberto Casteglione Dias, José Irineu de Oliveira, Rodrigo Coelho, Aluísio dos Santos Júnior, Marcos André Riscado de Brito, Jean Vieira de Lima, Alcebíades Sabino dos Santos, Everaldo Dias Pereira, entre outros. Todos esses repasses objetivavam garantir o interesse do Grupo Odebrecht em contratos do setor de saneamento de municípios do Rio de Janeiro.

Fonte: STF

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Guto Job Fachina neles !!!


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Responsáveis pela Farmácia Municipal de Búzios são convocados para explicar queima de remédios

Remédios e receituários queimados, Foto do blog do reportereduandersilva

Na sessão legislativa de terça-feira (11), os vereadores de Búzios aprovaram requerimento convocando os dois servidores responsáveis pela Farmácia Municipal para que deem explicações sobre a queima de medicamentos e documentos da Secretaria Municipal de Saúde ocorrida no ano passado. A convocação é decorrência do depoimento da ex-secretária de Saúde Raquel Haddad, dado na semana passada, em que ela apontou os nomes dos servidores Keylles Ramos da Silva e Rony Freire Andrade como responsáveis pelo setor.

A proposta foi aprovada por 4 votos favoráveis (Gladys, Valmir, Dida e Josué) e 3 contrários (Miguel, Niltinho e Dom). Para Miguel e Niltinho, justificando seus votos, o atual secretário de saúde e a ex-secretária da pasta já compareceram ao plenário da Casa para tratar do assunto e a sindicância para apurar o fato já teria sido aberta.

Por outro lado, a vereadora Gladys, autora do requerimento, defendeu a convocação, por entender que não houve esclarecimento por parte do poder Executivo em relação à queima dos medicamentos. “Nós queremos esclarecer quem foi que queimou os remédios na Baía Formosa e em Tamoios. Por que foram queimados tantos remédios, se eles não estavam vencidos?", questionou Gladys (site camarabuzios).

Os vereadores também aprovaram outro requerimento solicitando cópia do processo de sindicância aberto para apurar as responsabilidades pela queima dos medicamentos. Em seu depoimento, a ex-secretária Raquel Haddad afirmara que abrira à época um processo de investigação para apurar o ocorrido. 

Este segundo requerimento foi aprovado por unanimidade.

Observação: os dois servidores responsáveis pela farmácia municipal são farmacêuticos 20 horas efetivos com vencimentos de R$ 1.924,81. O que chama atenção, e foi destacado pela vereadora Gladys, é a quantidade de horas extras que eles fazem levando seus salários ás alturas. Keylles recebeu salário de R$ 6.300,96 em janeiro deste ano, com R$ 3.805,87 de horas extras. Rony, R$ 8.400,90, com R$ 5.686,21 de extras.       


Para entender o caso:

Em uma área ambiental da cidade, na Baía Formosa, foram encontrados em 25 de julho do ano passado uma grande quantidade de remédios, fraldas geriátricas, , comprimidos, seringas , receituários e processos com o brasão da Prefeitura Municipal de Búzios incinerados e descartados de maneira irregular.
Atletas realizavam uma trilha no bairro de Baía Formosa e se assustaram quando encontraram em meio um matagal os restos e a quantidade do produto em meio a cinzas. De imediato acionaram o Vereador Gugu de Nair que informou ao Fórum o acontecido. Acompanhado por um Oficial de Justiça e sua equipe, a veracidade da denúncia foi constatada.
Dado o tamanho do local, com a quantidade de remédios encontrados, acredita-se que um caminhão foi usado para levar os produtos.
Dentre os remédios que foram encontrados estão Losartana, Enalapril, Diclofenaco, Omeprazol, Fluoxetina, Amoxilina, Captopril dentre outros. (Jornal Folha de Búzios)
À época, o vereador Gugu de Nair propôs em requerimento que a Secretária de Saúde Raquel Haddad comparecesse à Câmara de Vereadores para dar explicações sobre o ocorrido, mas a turma do amém da época (Lorram, Messias, Zé Márcio, Joice e Henrique)  barrou a iniciativa. Quatro vereadores votaram a favor do comparecimento: Genilson, Felipe, Leandro e Gugu. 
Fonte: Blog Repórter Eduander Silva

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Marcelo Odebrecht: o verdadeiro Presidente do Brasil

VOCÊ VOTOU NESTES:

OS PRESIDENTES: JOSÉ SARNEY, LULA, DILMA ROUSSEFF, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO E FERNANDO COLLOR DE MELLO (FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO/PR)

MAS QUEM MANDAVA ERA ESTE, O VERDADEIRO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:

Marcelo Odebrecht foto zecirilonatv

FALA PRESIDENTE:






E EM BÚZIOS, VOCÊ VOTOU EM ANDRÉ, MAS QUEM MANDA É ... (adivinhe? Uma dica: ele é bem gordinho)

terça-feira, 11 de abril de 2017

Ex-secretária de Saúde Raquel Haddad também não sabe de nada

Ex-secretária de Saúde de Búzios Raquel Haddad

Assim como o secretário de Saúde atual, Fábio Waknin, a ex-secretária Raquel Haddad demonstrou pouco conhecimento sobre a pasta. Raquel, que foi Secretária de Saúde de Búzios de  1º de novembro de 2014 a  31 de janeiro de 2017, compareceu à Câmara de Vereadores na última quinta-feira(06) para prestar esclarecimentos sobre os problemas da   pasta da Saúde durante sua gestão. 

Apesar de reconhecer que era ordenadora de despesas fez questão de ressaltar que administrou a pasta com uma equipe técnica, como se quisesse dividir responsabilidades. Para ela, cada unidade tinha um responsável e cada contrato um fiscal. Nessa mesma linha, afirma que o hospital foi fechado por ela, a gestora, pelo Prefeito e por Waknin, responsáveis técnicos pela decisão.  


Questionada pelo vereador Dida sobre quanto foi economizado com o  fechamento do Hospital Rodolpho Perissé, ela não soube responder. Mesmo assim, garantiu que foram feitas algumas economias:

Eu não trouxe esses dados totais, mas posso trazer por ofício para o presidente da Câmara. Só de exames laboratoriais, em novembro de 2015 o valor era 204 mil reais e no mesmo mês em 2016 foi de 170 mil. O valor dos exames de imagem em novembro de 2015 eram de 42 mil reais e em novembro do ano passado foi de 14 mil.” (*)

O atual secretário da Saúde, Fábio Waknin, que também estava presente no plenário, apesar de ter prometido, quando prestou depoimento,  que o hospital seria reaberto, se desdisse agora, afirmando que ainda não há previsão para a abertura do hospital. 

A única coisa que posso informar é que existe uma emenda, que vai passar pela Câmara, para reforma da Policlínica, inclusive a parte do PU.”, acrescentou Waknin (*).

Respondendo à vereadora Gladys, a ex-secretária Raquel surpreendentemente disse que não sabia que empresas terceirizadas da Saúde foram denunciadas pela CPI do BO. 

Para lembrá-la, cito as seis licitações fraudadas DE RESPONSABILIDADE DA SECRETARIA DE SAÚDE (à época o secretário de saúde era o Sr. Alberto Costa). 

1) Aquisição de fraldas descartáveis para as unidades de Saúde.
PP: 020/2013. PA: 5381/2013. Empresa vencedora: Difarmaco Distribuidora. de Medicamentos EPP. BO 595, de 15/08/2013.

2) Confecção de material gráfico para as unidades de saúde.
PP: 025/2013. PA: 7076/2013. Empresa vencedora: Malaquias 3.10 Com. e Serv. e A C dos Santos Oliveira Com. e Serv. BO 594, de 8/8/2013.

3) Locação de ambulância UTI móvel.
PP: 029/2013. PA: 4874/2013. Empresa vencedora: E A C Daier Ltda. BO 595, de 15/08/2013.
Valor: R$ 83.500,00 mensais. Valor anualizado: R$ 1.002.000,00

4) Limpeza das unidades de saúde.
PP 030/2013. PA: 2528/2013. Contrato: 057/2013. Empresa vencedora: Rótulo Empreendimentos Comerciais e Serviços Ltda. BO: 595, de 15/08/2013.
Valor: R$ 2.280.000,00. Período: 12 meses. Valor anualizado: R$ 2.280.000,00

5) Aquisição de medicamentos.
PP: 038/2013. PA: 9497/2013. Empresas vencedoras: Especifarma, Rynus Noroeste, SNA Com. e Distrib., Insumed Comº de Medicamentos, House Med. Pro. Farmac., Distrib. Medic. Brasil Miracema.
BO 605, de 17/10/2013.

6) Aquisição de material hospitalar.
PP: 040/2013. PA: 9849/2013. Empresa vencedora: Top Com. e Serv. Ltda, Difarmaco Distrib. Medic. , Plácidos Cirúrgica Ltda.  BO: 605, de 17/10/2013.

Diante da afirmação da vereadora Gladys de que os contratos  oriundos dessas licitações fraudadas deveriam ter sido cancelados, a ex-secretária Raquel se saiu com um questionamento singelo e irresponsável: 

"Por que cancelar, se elas estavam fazendo o serviço direitinho?"  

Sobre a questão dos remédios queimados, ela ingenuamente pergunta se já foi confirmado que os remédios são de Búzios mesmo. Apesar disso, afirma que um processo de investigação está tramitando na secretaria de Saúde. 

A secretária parece desconhecer a sua responsabilidade pela prorrogação do contrato de "locação de ambulâncias UTI móvel". Se houve fraude na licitação, a prorrogação também é uma fraude. Chegou a provocar risos na plateia quando, em sua defesa, afirmou que o processos de licitação da Saúde de Búzios foram auditados pelo TCE-RJ, demonstrando que também desconhece que o órgão é um antro de corrupção, de acordo com as investigações da Operação Lava Jato no Rio.  

Questionada pela vereadora Gladys sobre o alto valor gasto com o aluguel das 3 ambulâncias que atendem na cidade, que custam cerca de R$1 milhão e 80 mil reais por ano aos cofres públicos, a ex-secretaria esclareceu, entretanto, que no contrato inicial eram 4 ambulâncias alugadas, como houve devolução de uma, ficaram três pelo valor de 750 mil e 500 reais/ ano. 

Sobre a demora para realização de exames, a ex-secretária veio com as desculpas de sempre. Primeiro, tentando jogar a culpa na população: "o paciente marca e falta, o que torna a demanda muito grande". Em segundo lugar, exagerando no número de cadastrados na Saúde de Búzios, que seriam de 87 mil pessoas, esquecendo que o próprio secretário Waknin, quando depôs, citou 41 mil cadastrados. 

Questionada pelo vereador de situação Niltinho sobre a quantidade de cirurgias e partos feitos em "munícipes ou de fora", a secretária não soube responder. 

NENHUM TOSTÃO A MAIS PARA A SAÚDE ATÉ QUE O HOSPITAL SEJA REABERTO

A vereadora Gladys através de requerimento verbal pediu que fossem retirados de pauta dois projetos de lei de iniciativa do prefeito que pediam autorização para abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 350 mil e de R$ 677.941,88, sob o argumento de que muito dos recursos da saúde de Búzios estavam se esvaindo pelo ralo da corrupção. Com a bandeira NENHUM TOSTÃO A MAIS PARA A SAÚDE ATÉ QUE O HOSPITAL SEJA REABERTO sugeriu que seu requerimento fosse aprovado. Resultado: 5 votos (Gladys, Dida, Josué, Dom e Miguel) a 1 (Niltinho). O presidente Cacalho não vota. Joice faltou.  

Fonte: (*) "camarabuzios"