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domingo, 10 de fevereiro de 2019

As 3.309 indicações suspeitas feitas por políticos e servidores do Rio




O Ministério Público Federal se debruça sobre uma investigação envolvendo as nomeações feitas por parlamentares do estado do Rio.

No computador de Edson Albertassi, preso em 2017, a Polícia Federal apreendeu “o controle do aparelhamento de parte da máquina pública nos últimos anos”, relata O Globo. “A planilha registra 3.309 indicações feitas por 88 políticos e servidores”.

A maioria das indicações foi feita por 50 deputados estaduais e suplentes da última legislatura, além de sete prefeitos, ex-prefeitos e quatro deputados federais. Também há menções a codinomes como "Palácio" e "chefe". A contabilidade vai até julho de 2016. Será que aparecerá algum prefeito de Búzios? Bibinho, morador de Búzios, apareceu na lista (ver "ipbuzios"). O nome do ex-deputado Jânio Mendes também aparece.  

Veja abaixo os 20 políticos com mais indicações, segundo o documento: 



O documento lista 2.409 pessoas que foram indicadas pelos parlamentares para trabalhar em quase 30 órgãos públicos, incluindo o Detran e empresas terceirizadas. Para o MPF, as nomeações são um indicativo de corrupção.

Indicativo de corrupção

Para o MPF, as nomeações são um indicativo de corrupção. A maioria delas são feitas para cargos na área de atuação dos deputados, constituindo o que os procuradores tratam como feudos eleitorais.

— A ocupação de cargos é uma vantagem indevida para que aquele político atenda aos interesses do governo — ressalta o procurador Carlos Aguiar, coordenador da Lava-Jato do Rio na segunda instância.

Segundo Aguiar, os cargos descritos na planilha apontam que as indicações extrapolam as chamadas funções de confiança. A planilha cita casos de condenados até mesmo por homicídio qualificado indicados por parlamentares.

Em relatório, a PF diz que “a constatação de que as empresas de prestação de serviço terceirizado ao DETRAN/RJ estão ‘subordinadas’ a esses políticos demonstram a utilização da máquina pública para atender interesses espúrios”. Afirma também que “o esquema pode resultar, ainda, na arrecadação de propina”.

Fonte: O Antagonista

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Nova lista da Coaf traz 27 deputados estaduais ligados a movimentações financeiras suspeitas

ALERJ. Foto: cliquediario.com.br

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) volta a ser alvo de suspeitas com divulgação de novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

Novas movimentações financeiras apontadas em novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e anexadas aos autos da Operação Furna da Onça, que em novembro do ano passado, levou à prisão 7 deputados estaduais, trazem mais 27 deputados fluminenses, entre eles o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL).

Além dele, que teria recebido 96 mil reais de forma fracionada entre junho e julho de 2017, constam na lista ainda os seguintes deputados:

1) Jorge Picciani (MDB), 
2) Iranildo Campos (SD), 
3) Chiquinho da Mangueira (PSC), 
4) Márcio Pacheco (PSC), 
5) Dr. Deodato (DEM), 
6) Edson Albertassi (MDB), 
7) Marcelo Simão (PP), 
8) Rafael Picciani (MDB), 
9) Pedro Augusto (PSD), 
10) Luiz Martins (PDT), 
11) Márcia Jeovani (DEM), 
12) Marcos Muller (PHS), 
13) Daniele Guerreiro (MDB), 
14) Coronel Jairo (MDB), 
15) Christino Áureo (PSD), 
16) Paulo Melo (MDB), 
17) João Peixoto (PSC), 
18) Marcos Abrahão (AVANTE), 
19) Milton Rangel (DEM), 
20) Thiago Pampulha (PDT), 
21) Átila Nunes (MDB).
22) André Corrêa (DEM)
23) Marcus Vinícius Neskau (PTB)

Ex-deputados: 
24) Flávio Bolsonaro (PSL)
25) Andreia Busatto (PDT) 
27) Ricardo Abrão (PDT),

Prefeitos também aparecem na lista do COAF: 
25) de Itaguaí, Carlos Busatto Júnior (MDB), 
26) de Nilópolis, Farid Abrão (PTB), 
27) de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa (PR), 
28) de Belford Roxo, Waguinho (MDB), 
29) de São Gonçalo, José Luiz Nanci (PPS). 

A primeira lista, divulgada em dezembro do ano passado, culminou com 10 pedidos de prisão a deputados estaduais, sendo que 3 já estavam presos. O campeão de movimentações financeiras suspeitas é o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), Jorge Picciani, que teria movimentado 478 milhões de reais, quantia que envolveria transações de empresas de sua família que atuam no setor de mineração e pecuária.

Mas políticos não são os únicos que aparecem na lista da Coaf. Segundo o jornal Estado de São Paulo, pelo menos duas escolas de samba do Rio, Beija-Flor e Mangueira, são citadas em transações suspeitas ligadas a deputados e ex-deputados da Alerj, entre eles o presidente da verde-e-rosa, Chiquinho da Mangueira, mencionado em duas operações atípicas no valor de 32,6 milhões de reais.

Chiquinho está preso desde o fim do ano passado, assim como os deputados André Corrêa (DEM), Coronel Jairo, Albertassi, Paulo Melo, Jorge Picciani, Luiz Martins, Marcelo Abrahão, Marcelo Simão, e Marcus Vinícius Neskau (PTB).

Da Beija-Flor, Farid Abrão, irmão do patrono da escola, Aniz Abrahão David, e seu filho, Ricardo Abrão, atual presidente da escola de Nilópolis.

Da região, 2 parlamentares constam na lista da Coaf, um deles é o ex-candidato a prefeito de Macaé nas eleições de 2012, eleito deputado federal em 2018, Christino Áureo, que teria movimentado 0,8 milhões de reais e 8 operações imobiliárias em que constam um imóvel de 1,2 milhões de reais. A outra é a deputada estadual não reeleita, Marcia Jeovani, esposa do ex-prefeito de Araruama, Miguel Jeovani (MDB), que teria movimentado 2,4 milhões de reais.


sábado, 15 de dezembro de 2018

Loteamento de cargos públicos também é crime!

Sergio Cabral foi denunciado pelo Ministério Público Federal, nesta sexta-feira - 



Vídeo: "r7"

MPF denuncia Sérgio Cabral, 10 deputados e mais 18 pessoas no RJ

O ex-governador Sérgio Cabral, dez deputados estaduais de diversos partidos, ex-secretários de estado, ex-presidentes do Detran e assessores parlamentares estão entre os 29 denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por organização criminosa e corrupção ativa e passiva, no âmbito da Operação Furna da Onça.

O procurador federal Carlos Aguiar destacou que, diferente das outras tantas denúncias contra Cabral, na distribuída ontem à Justiça Federal, o ex-governador aparece como o agente corruptor. "O Cabral costumava cometer corrupção passiva. Ele ganhava propina das empreiteiras e da Fetranspor. Aqui, a propina veio do próprio governo do estado", disse. Cabral foi denunciado por corrupção ativa e por ter cooptado os deputados estaduais que passaram a integrar a organização criminosa.

Questionado se além dos dez deputados denunciados, outros parlamentares poderiam ser presos, o procurador Carlos Aguiar advertiu que "nem todos que se alimentaram do esquema foram alcançados".

Fonte: "odia" 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Cotização: "uma prática criminosa disseminada na Alerj” (Delegada Xênia) .

Do jornal O Estado de São Paulo. Documento, parte 1

ESQUEMA DE CONTRATAÇÃO DE FANTASMAS

Um relatório da Polícia Federal baseado em interceptações telefônicas conclui que há indícios de um esquema de contratação de servidores fantasmas que repassariam parte de seus salários para deputados estaduais e assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As informações estão em um documento produzido pelo grupo de trabalho da PF responsável pelos casos relacionados à Lava Jato e que foi anexado à Operação Furna da Onça – que apura o suposto envolvimento de parlamentares fluminenses com corrupção e loteamento de cargos públicos.

OS SENHORES FEUDAIS DA ALERJ

A investigação, batizada pela PF de Senhores Feudais”, aponta suposta atuação do servidor Jorge Luis de Oliveira Fernandes, responsável pelo setor do “preparo de pagamentos” da Casa, na “coordenação de nomeações fraudulentas” para cargos comissionados na Alerj. Ele é um dos citados no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que mostra funcionários e ex-funcionários da Casa com movimentações de valores incompatíveis com suas capacidades financeiras.

Assim como Fabrício de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), o servidor Jorge Fernandes apareceu no documento produzido pelo Coaf por causa de transações suspeitas de R$ 845 mil em um ano e por ter um fluxo padrão de recebimentos em sua conta proveniente de outros funcionários da Alerj.

UMA PRÁTICA CRIMINOSA DISSEMINADA NA ALERJ

O relatório sobre a atuação de Fernandes foi feito a pedido da delegada da Furna da Onça, Xênia Ribeiro Soares, e trata apenas de parte da documentação recolhida na investigação. Até o momento, segundo a PF, foi possível mapear a atuação de Fernandes na nomeação de funcionários atrelados aos deputados Coronel Jairo (preso na Furna da Onça), Jair BittencourtGilberto Palmares e Márcio Pacheco. Entretanto, segundo a delegada do caso, a nomeação de funcionários fantasmas e posterior devolução de parte dos salários seria “uma prática criminosa disseminada na Alerj”.

FUNÇÃO: ARREGIMENTAR PESSOAS

O documento de 30 páginas explica a função de Fernandes em “arregimentar pessoas”, sendo que a remuneração de cada cargo seria repartida, segundo a PF, entre os envolvidos no esquema. Nas interceptações telefônicas feitas pela PF, o servidor diz aos fantasmas como devolver parte até da restituição do imposto de renda dos funcionários (ver abaixo Documento parte 2, 3 e 4).

Em uma delas, um funcionário de nome “Lerri” diz que ligou para Fernandes para “dar uma satisfação” que “bateu” R$ 4 mil em sua conta e que o dinheiro não é seu. Após isso, Fernandes afirma que ele deve repassar R$ 1.500 e que isso “foi um esquema que o contador fez”. Ao ouvir esta resposta, Lerri avisa a Fernandes que ele pode ir buscar o dinheiro, mas recebe a orientação para transferir a quantia para a conta do “contador”. “Mil e quinhentos e o restante é seu, tá bom?”, diz ele.

Em outra conversa, desta vez com uma pessoa identificada como “Rômulo”, Fernandes negocia um repasse de R$ 200 porque o cargo da pessoa “é baixo”.

Tipo assim, vamos dizer que vai perder uma semana do cargo, vai tipo R$ 250, R$ 300, porque o cargo que eu vou dar a ela é baixo, aí dá até para fazer isso. Ela vai perder essa pratinha, entendeu? Mas aí ela já está dentro do esquema”, afirma o servidor, na gravação feita pelos agentes da Polícia Federal.


observação: Jorge Luis de Oliveira Fernandes foi exonerado da ALERJ por determinação judicial do TRF-2.  


Do Jornal O Estado de São Paulo. Documento, parte 2 
Do Jornal O Estado de São Paulo. Documento, parte 3
Do Jornal O Estado de São Paulo. Documento, parte 4

Fonte: Estadão

Meu comentário:
Já apareceu um nome de Araruama. Trata-se de uma servidora comissionada lotada no gabinete da Deputada Estadual Márcia Jeovani. Em postagem anterior já publiquei o nome dela. Será que vão aparecer nomes de "servidores" de algum outro município da Região dos Lagos? E de Búzios?


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Relatório do COAF (2016) traz movimentação atípica até de deputado do PSOL




O relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) que apontou movimentação atípica do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), mencionou auxiliares de outros 20 deputados da ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

A Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro instaurou um procedimento criminal há cerca de quatro meses para investigar as circunstâncias das movimentações dos funcionários de ALERJ. A apuração também tem como alvo os deputados aos quais estão vinculados os servidores.

A menção no relatório não significa a prática de algum ilícito. O volume da movimentação, por sua vez, não é medida para a suspeita que eventualmente recaia sobre os deputados. O deputado Marcos Abrahão (Avante), preso na Furna da Onça, teve uma movimentação atípica de R$ 289 mil, por exemplo.

Com certeza os deputados presos não movimentavam o dinheiro da propina que recebiam através de contas de seus assessores parlamentares. Esses recursos passavam muito longe de contas bancários. Em geral, a propina era paga em dinheiro vivo. Estes recursos descobertos agora pelo COAF muito provavelmente originam-se de cotização imposta pelos deputados aos seus assessores parlamentares. Parte de seus salários eram expropriados pelos parlamentares e circulavam nas contas de alguns assessores de confiança. 

O gabinete com o maior volume de comunicações é o de André Ceciliano (PT). Foram quatro assessores (Elisângela Barbieri, Carlos Alberto Dolavale, Benjamin Barbieri e Ana Paula Pereira Alves)  com movimentação atípica de, somados, R$ 49,3 milhões. A maior parte se refere a entradas e saídas na conta de Elisângela, que movimentou R$ 26,5 milhões em sua conta, segundo o Coaf.

O segundo da lista é o deputado Paulo Ramos (PDT), cujo gabinete registrou movimentações atípicas de R$ 30,3 milhões. Elas estão concentradas em nome de Luiz Felipe Conde, cuja conta recebeu e retirou R$ 18,6 milhões, segundo o Coaf. Outros assessores listados: Edson Fortes Rangel, Alba Lil Porto Mont Pinkusfeld, Eduardo Travassos Corrêa e Letícia Domingos de Assis. 

Márcio Pacheco (PSC) aparece em terceiro com uma movimentação atípica de R$ 25,3 milhões envolvendo assessores de seu gabinete. O volume está distribuído entre nove funcionários: Claudio sérgio O. de Oliveira, André Santola da Silva Costa, Paulo Roberto Abboud Pinto, José Eduardo Coutinho da Costa, Rosa Maria dos Santos, Fabiano Machado da Rosa, Paulo Roberto Petri da Silva, Danielle Laranjeira Santola da Silva Costa, André Araújo Costa.

Apenas quatro dos dez deputados alvo da operação foram mencionados no relatório do Coaf. O gabinete que apresentou a maior movimentação entre eles foi o de Luiz Martins (PDT), com R$ 18,5 milhões, quarto da lista geral. Luiz Martins está preso.  Assessores: José Eduardo Magalhães da Silva, Octávio Taveira Teixeira, Adriana de Oliveira Lacerda, Tatiana Marques da Silva, Maria da Glória do Amaral Nunes, Sueli de Jesus Ferreira, Célia Regina Paar Santiago e Eduardo Soares da Rocha. 

Outros deputados estaduais cujos funcionários realizaram movimentações atípicas em 2016 são: 

Dr. Deodalto (DEM): R$ 16,3 milhões
Assessores: Márcia Regina Lagos Reis, Diogo Teixeira Dias de Oliveira, Eduardo Sidnei de Queiroz Pinheiro Neves, Fábio Monteiro Leite Flávio Campos Ferreira.

Carlos Minc (PSB): R$ 16 milhões
Assessores: Augusto Cézar Sérvulo, Antônio Lisboa Melo de Oliveira, Carlos Henrique Rocha Vianna, Luciano Pereira da Silva  e Denise Rosa Lobato.

Coronel Jairo (PSC): R$ 10,2 milhões. (preso)

Marcos Müller (PHS): R$ 7,8 milhões

Luiz Paulo (PSDB): R$ 7,1 milhões

Tio Carlos (SD): R$ 4,3 milhões

Pedro Augusto (MDB): R$ 4,1 milhões

Átila Nunes (MDB): R$ 2,2 milhões

Iranildo Campos (SD): R$ 2,2 milhões

Márcia Jeovani (DEM): R$ 2,1 milhões
Ana Cristina Lopes do Carmo Lins, servidora lotada no gabinete da Deputada Márcia Jeovani, teve movimentação atípica de 259 mil reais. 

Jorge Picciani (MDB): R$ 1,8 milhões. (preso)

Eliomar Coelho (PSOL): R$ 1,7 milhões

Flávio Bolsonaro (PSL): R$ 1,3 milhões

Waldeck Carneiro (PT): R$ 700 mil

Benedito Alves (PRB): R$ 500 mil

Marcos Abrahão (Avante): R$ 289 mil (preso)

Com informações do Coaf e da Folha de São Paulo

Meu comentário:

Uma parte dessa movimentação pode ser explicada pela COTIZAÇÂO que consiste na expropiação de parte do salário do comissionado pelo deputado que o indicou para o cargo. Como o salário médio de servidor comissionado da ALERJ é de 5 mil reais e cada deputado pode indicar até 20 funcionários temos 100 mil reais por mês em cada gabinete. Por ano, chega-se a 1,2 milhão de reais. Dividindo-se este valor ao meio temos 600 mil para o deputado e 600 mil para os 20 funcionários seus. 

Agora, 49 milhões é inexplicável, considerando-se que dinheiro de propina não circula em conta corrente. Geralmente ela é paga em dinheiro vivo. Só circula em conta corrente depois de lavada. Simulação de prestação de serviço com notas fiscais é o método mais usado. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Você sabia que todos os presidentes da ALERJ nos últimos 27 anos foram presos?

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José Nader -      1991-1994

Sérgio Cabral -  1995-1999
                          1999-2002

Jorge Picciani - 2002-2010

Paulo Melo -      2011-2014

Jorge Picciani -  2015 - 2019


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Fazendo as contas ...



Trinta e nove (39) deputados votaram contra as prisões de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Somados a estes três (3), temos quarenta e dois (42) deputados. Como dez (10) foram presos, restam trinta e dois (32). Claro que um ou outro deputado pode ter votado contra a prisão sem estar na caixinha da Fetranspor, mas, com certeza, a maioria estava. Portanto, quase três dezenas de deputados estaduais da ALERJ devem ser presos em breve.

O ex-presidente do TCE-RJ Jonas Lopes de Carvalho afirmou em delação premiada que 70 prefeitos do estado do Rio pagavam propina para terem suas contas de gestão aprovadas no Tribunal.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

ESQUEMA DE APROVAÇÃO EM EXAMES PARA HABILITAÇÃO DO DETRAN/RJ DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DA ALERJ




Data / Hora 12/9/2018 / 12:37:56
Alvo / Telefone Jorge Luiz /
Interlocutor / Telefone Adriano /

Degravação
ADRIANO DIZ QUE O "DELE" É SÓ A SIMULAÇÃO DA CARTEIRA. ELE FEZ 19 E TINHA QUE FAZER 21. JORGE DIZ QUE SE FOR A DO COMPUTADOR, É PARA REMARCAR PARA RIO BONITO QUE CONSEGUE RESOLVER.

JORGE: fala Adriano
ADRIANO: oh, é rapidinho, eu vou falar, o dele, ele falou comigo agora aqui, é só a simulação, que ele precisa, da carteira
JORGE: simulação?
ADRIANO: é, da carteira
JORGE:(ininteligível), não tô entendendo
ADRIANO: ele só fez dezenove e vinte, tem que fazer vinte e um
JORGE: ah, diz aquela do computador?
ADRIANO: é
JORGE: se for a do computador, manda ele marcar pra Rio Bonito, que eu faço pra ele ADRIANO: tá bom então, depois a gente fala então, vou falar com ele aqui
JORGE: se for a do computador
ADRIANO: é isso mesmo, computador pô
JORGE: aquela que tem que acertar vinte e, vinte e um pontos?
ADRIANO: ele falou, ele falou que isso aí, ele falou que acertou dezenove, depois ele foi fazer acho que de novo, só acertou vinte
JORGE: passa dificuldade, bota dificuldade
ADRIANO: é
JORGE: mas diz que eu consigo resolver isso
ADRIANO: tá tranquilo
JORGE: tá bom?
ADRIANO: aí, mas fala o que pra ele. é, tem que pegar o que com ele? tem que falar o que pra ele?
JORGE: tem que falar pra ele que (ininteligível) pra agendar pra Rio Bonito
ADRIANO: tá bom então, vou falar com ele aqui
JORGE: valeu

Fonte: "mpf"

ESQUEMA DE FANTASMAS DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DA ALERJ



No caso do CORONEL JAIRO a interceptação telefônica demonstrou que os esquemas criminosos que favorecem o deputado estadual vão desde nomeações fraudulentas de funcionários “fantasmas”, preferencialmente com filhos (para fazerem jus à gratificação) na própria Alerj – não restritas ao gabinete desse deputado, mas se espraiando para outros setores –, passando pelo rateio dos valores restituídos a esses nomeados quando do ajuste anual de imposto de renda e chegando à ingerência nos procedimentos para habilitação (inclusive, para garantir a aprovação de pessoas reprovadas em exames teóricos!) e vistorias levados a cabo pelo Detran/RJ. A contrapartida era o apoio político.

JORGE LUIS DE OLIVEIRA FERNANDES - Assessor e operador financeiro do deputado estadual CORONEL JAIRO
aparece em operações atípicas indicadas pelo COAF; - conforme interceptação telefônica, arregimenta nomes para ocupar cargos públicos em diversos setores da Alerj, em troca de apoio eleitoral para o deputado estadual CORONEL JAIRO

ESQUEMA DE INTERMEDIAÇÃO DE NOMEAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS “FANTASMAS” (v. doc. 99)

CASO 1
Data / Hora 11/9/2018 / 18:54:59
Alvo / Telefone Jorge Luiz /
Interlocutor / Telefone Carin / (21)
Degravação
CARIN DIZ QUE JÁ MANDOU PARA ELE O PAPEL. CARIN DIZ QUE RÔMULO ESTÁ SEM CELULAR. JORGE DIZ QUE É PARA RÔMULO IR LÁ AMANHÃ PARA TOMAR POSSE. CARIN PERGUNTA SE VAI TER QUE FAZER ISSO TAMBÉM. JORGE CONFIRMA QUE CARIN TAMBÉM TERÁ DE TOMAR POSSE MAS A TRANQUILIZA QUE ELA VAI TOMAR POSSE E PODE IR EMBORA. CARIN PERGUNTA PARA QUEM ELA TEM QUE PEDIR VOTO. JORGE DIZ QUE É PARA JAIRO. CARIN QUER VER COM JORGE SANTINHOS. JORGE FALA QUE LÁ NO GABINETE PARA RENAN TEM QUE FALAR QUE VAI VOTAR NO JAIR.

CARIN: oi
JORGE: oi Karen, tudo bem?
CARIN: tudo bem?
JORGE: tá tudo certo?
CARIN: tudo, tudo certinho, já mandei pra ele, tá? tá o papel
JORGE: tá, deixa eu te falar uma coisa
CARIN: fala
JORGE: você tá com o Rômulo?
CARIN: não, não tô não
JORGE: eu tô tentando falar
CARIN: ele, ele tava sem celular Jorge, que tinha acabado a bateria
JORGE: ah, você vai com ele?
CARIN: vou, mais tarde
JORGE: avisa ele pra mim, que eu tô tentando falar com ele
CARIN: eu esqueci os papéis dele menino
JORGE: não, não tem problema não
CARIN: hum
JORGE: eu consegui resolver
CARIN: ah, que bom
JORGE: ficou aquela situação mesmo
CARIN: ah que bom
JORGE: eu só vou precisar que ele venha aqui amanhã tomar posse
CARIN: eita, que delícia hein, hahaha
JORGE: eu consegui resolver aqui com o chefão
CARIN: humhum
JORGE: aí ele falou, pô não Jorge, eu vou quebrar seu galho, aí resolveu pra mim
CARIN: tá, eu vou, vou avisar
JORGE: aí você avisa ele que amanhã, porque ele vem aqui tomar posse, de dez
CARIN: hã
JORGE: de dez às cinco, pra ele ver o horário melhor pra ele
CARIN: eu vou ter que fazer isso também, Jorge?
JORGE: também
CARIN: caraca, meu
JORGE: aí não tem jeito, você não tem pra onde fugir
CARIN: é
JORGE: entendeu?
CARIN: deixa eu te fazer uma pergunta
JORGE: é só assinar e ir embora
CARIN: de quem eu tenho, pra quem eu tenho que pedir voto agora?
JORGE: pro Jairo
CARIN: ah, então tá
JORGE: ah
CARIN: tá, porque isso eu fiquei meio que na dúvida né? Hahahaha.
JORGE: não, eu imaginei, todo mundo fica, entendeu?
CARIN: é, é, aí eu falei, eu vou ver com o Jorge, porque, depois eu queria ver contigo, se você tem os santinhos, entendeu, porque eu tenho uma galera de Petrópolis, que meu, meu tio também é de lá, então minha família é de lá, eu vou puxar, e tem um pessoal também de Magé, entendeu?
JORGE: depois eu vou a foto do cartãozinho no zap
CARIN: hãhã
JORGE: mas, agora deixa eu te explicar o esquema, lá no gabinete, o Renan, essas porras assim falar alguma coisa
CARIN: não, isso aí eu não sei de nada
JORGE: entendeu?
CARIN: é, não, lógico
JORGE: é Jair, é Jair, entendeu?
CARIN: é, com certeza, ele falou isso pra mim, entendeu? aí eu falei, com certeza
JORGE: é
CARIN: que que eu ia falar, entendeu? mas
JORGE: isso aí
CARIN: por isso que eu falei, vou perguntar a Jorge o que que eu faço agora, entendeu?
JORGE: não, é, não é Jairo, é Jairo
CARIN: tá, tranquilo, não, o Rômulo deixou uns cartõezinhos comigo também
JORGE: tá
CARIN: entendeu?
JORGE: não, tá tranquilo
CARIN: porque é bom ter mais né?
JORGE: é, depois, eles querem, eles querem fazer as coisas, entendeu, querem lá recolher tudo, e ainda quer voto? Não, entendeu?
CARIN: é, isso é verdade
JORGE: é, entendeu?
CARIN: é, verdade, é
JORGE: é o que eu faço, eu arrumo as pessoas
CARIN: hãhã
JORGE: mas, eu não tenho compromisso de ajudar não, eu tenho que ajudar quem é o meu, entendeu?
CARIN: mas é isso que eu to te perguntando, porque pelo que eu saiba é ele né?
JORGE: é, não, é, é, o Jairo, o Jairo
CARIN: então, por isso que eu falei, eu vou, eu vou pra quem
JORGE: pro, pro, eu que arrumo as coisas, agora pro, pro gabinete lá, é faz de conta que nós vamos votar em Jair, entendeu?
CARIN: claro, com certeza, isso, isso é fato, isso daí ninguém precisa saber né?
JORGE: é, é verdade
CARIN: mas ficou tudo certinho, eu vou pedir ao Rômulo pra entrar em contato com você, porque ele ainda tá enrolado.... (03min 29 segundos.......)


Data / Hora 06-09-2018 / 18:52:32
Alvo / Telefone JORGE LUIS /
Interlocutor / Telefone HNI e CARINA /
Degravação

CASO 2
HNI – Fala, comandante!
JORGE – Fala, irmão, tudo bem? Deixa eu te falar, você já sabe negócio do documento do seu carro?
HNI – É, eu tô sabendo.
JORGE – Ah, então tá beleza. Deixa eu te falar uma coisa, você tá com CARINA?
HNI – Tô. Quer falar com ela?
JORGE – Deixa eu falar com ela um minutinho, fazendo o favor.
HNI – Só um instante.
CARINA – Alô?
JORGE – CARINA, quando você foi lá na Assembleia você não assinou seu auxílio-educação na primeira secretaria não, né?
CARINA – Da outra vez com você.
JORGE – Oi?
CARINA – Daquela vez com você. Quando eu fui que eu encontrei com você.
JORGE – Tá, mas você foi na primeira secretaria assinar o auxílio-educação?
CARINA – Com você da outra vez, fui.
JORGE – Não, não... é porque... não é no meu prédio não... é no prédio de vidro.
CARINA – Ah não.
JORGE – Aonde é o gabinete. Não, né?
CARINA – Não, não fui não.
JORGE – Lembra que eu falei com você, quando você for lá no banco, você vai lá no banco, você vai lá na primeira secretaria e assina?
CARINA – Sim, sim lembro.
JORGE – Você não foi.
CARINA – Não.
JORGE – Minha filha, vou te falar então, então você arruma um tempinho pra ir lá, porque senão eles vão cortar lá, heim.
CARINA – Hum... mas amanhã abre, né?
JORGE – Não, amanhã não abre.

*** Degravado até 00:01:19
*** Voltando 00:01:48***

JORGE – Aí você chega assim: Ah, eu queria assinar o auxílioeducação.
CARINA – Tá, auxílio-educação. Tá bom.
JORGE – É porque chegou o papel lá para corte e eu pedi o cara para segurar, entendeu? Falei não corta não que, pô, essa pessoa é minha.
CARINA – Tá.
JORGE – Entendeu? Senão eles vão cortar e ferrou. Tá bom?
CARINA – Tá. Tá bom, segunda-feira eu vou lá. Tchau.
JORGE – Tá, valeu.


Data / Hora 11-09-2018 / 14:41:41
Alvo / Telefone JORGE LUIS / 21
Interlocutor / Telefone MÃE / 21
Degravação

CASO 3
JORGE – Oi, MÃE? Oi, MÃE?
MÃE – Filho?
JORGE – Hã? Fala, MÃE!
MÃE – Pra você ver o ponto do seu pai.
JORGE – Hum...
MÃE – Pra ver como... se tem que ir aí assinar? Aonde que é?
JORGE – Tá bom.
MÃE – Onde é? Ah, tá.
JORGE – Tá bom.
MÃE – Um beijo. Tá. Tchau.
JORGE – Tchau. (v. doc. 106)

Data / Hora 12-09-2018 / 13:30:18
Alvo / Telefone JORGE LUIS /
Interlocutor / Telefone WASHINGTON /
Degravação

CASO 4:
JORGE – Alô?
WASHINGTON – Fala, JORGINHO, beleza? Boa tarde.
JORGE – Fala, irmão. Boa tarde.
WASHINGTON – É WASHINGTON, primo do GUSTAVO. Fui lá na ALERJ lá, falar com o CORONEL.
JORGE – Fala, irmão. Beleza? Tranquilo.
WASHINGTON – Beleza, tranquilo. Tem alguma novidade, tá ruim?
JORGE – Cara, não tá ruim... Não tem como resolver nada porque o CORONEL não está indo.
WASHINGTON – Tá.
JORGE – Entendeu? E o CORONEL MEIRELES está de licença, que ele tá na campanha, então quando nego bota pessoal na campanha do gabinete eles dão licença tipo férias, entendeu?
WASHINGTON – Hã.
JORGE – Só que o CORONEL não tá indo e eu não tô conseguindo nem falar com ele. ***

Degravado até 00:51:00 /
Retomando em 00:01:56 ***

JORGE - Você tem filhos? Não né?
WASHINGTON - Pô, vai nascer dia dezesseis de setembro...
JORGE - É, tem que ser trabalho mesmo...
WASHINGTON - Entendeu? Eu tenho carteira D, entendeu? Em caso de necessidade pra dirigir, sei lá, qualquer coisa, mas... Entendeu? Vou deixar correr lá pela justiça, eu continuava nesse negócio apegado aí com vocês, como eu tô já, quase 90 dias aqui já... JORGE: É, eu sei, é aquela... aquela situação também, né? Nem isso eu posso te prometer, isso tudo eu tenho que conversar com ele. Entendeu?
WASHINGTON – Tá.
JORGE - Eu não posso prometer, porque eu, o esquema que eu tenho, é a situação de eu botar com dois filhos. Não é o seu caso, entendeu?
WASHINGTON - Hã...
JORGE - Eu posso até falar: Não, eu vou te dar uma ajuda de custo. Mas negócio de emprego, trabalho, tem que ver com ele mesmo.
WASHINGTON - Entendi, entendi.
JORGE - Entendeu? Eu não posso nem te dar essa promessa.

*** Degravado até 00:02:47 ***

Data / Hora 19-09-2018 / 09:44:53
Alvo / Telefone JORGE LUIS /
Interlocutor / Telefone HNI /
Degravação

CASO 5
JORGE – Hum?
HNI - Oh, lá na ALERJ eu tô concursado ou prestador de serviço?
JORGE - Oi?
HNI - Lá na ALERJ eu tô concursado ou prestador de serviço?
JORGE - Você é comissionado.
HNI- Comissionado, né? qual é meu cargo lá, eu faço o quê?
JORGE - Oi?
HNI - Qual é meu cargo lá, eu faço o quê?
JORGE - Ué cara, que essa caralha quer saber seu cargo, tem que ver o seu contra-cheque, o valor que você ganha porra, hum...
HNI - Eu tenho que ver.
JORGE - É, é isso aí, é isso aí, é o contra-cheque que diz tudo, aí tem tudo.
HNI - Ah tá! Então eu sou prestador de serviços?
JORGE- Não, você é comissionado!
HNI - Comissionado, trabalho...
JORGE - Prestador de serviço é quem... Firma terceirizada... Tu não é de firma terceirizada, pô.
HNI - Prestador de serviço, comissionado...
JORGE – Porra!
HNI - Comissionado?
JORGE – Hã?
HNI - Tchau, beijo.
JORGE – Caralho!
HNI - Tá, tchau!


ESQUEMA DE RATEIO DE RESTITUIÇÃO DE IRPF (v. doc. 106)
Data / Hora 16-09-2018 / 13:50:38
Alvo / Telefone JORGE LUIS / 21
Interlocutor / Telefone LERRI / 21
Degravação

JORGE – Alô?
LERRI – Fala, JORGINHO!
JORGE – Fala, meu rei! Deixa eu te falar uma coisa: Hoje eu vou na sua casa. Você vai tá em casa? LERRI – Vô, pô.
JORGE – Eu vou aí mais tarde que eu quero conversar com você.
LERRI - É rapaz, eu tô te ligando porque bateu quatro mil reais na minha conta lá, três mil e novecentos...
JORGE - É, eu sei, é isso que eu quero conversar com você, entendeu?
LERRI, olha só, deixa eu te falar, muito, de coração pra você...
LERRI - Não, não, tá bom, tô te ligando porque tô te dando satisfação, o dinheiro não é meu, cara. JORGE - Não, é, eu quero, eu, eu, você sabe que você é meu amigo e jamais quero te atrasar. LERRI - Hãhã
JORGE - Você vai ficar... você só vai me dar mil e quinhentos do contador, que isso foi um esquema que o contador fez.
LERRI - Não, não, pode vir buscar o dinheiro. Não tem problema.
JORGE - Não, não, deixa eu falar com você irmão, deixa eu falar com você...
LERRI - Hum
JORGE - Você não vai nem me dar dinheiro, você vai transferir pra conta do contador, entendeu? LERRI - Tá bom, não tem problema não.
JORGE - Mil e quinhentos e o restante é seu, tá bom?
LERRI - Tô te ligando... Não. Você pega também porque eu tô te ligando porque eu quero o que é meu.
JORGE - Não, olha só... não, lembra que eu falei com você que ia entrar uma paradinha na sua conta, pápápá?
LERRI - Lembro, hãhã.
JORGE - Então, o que que eu tô te falando é isso.
LERRI - Pensei que era DPVAT cara, mas eu tô te ligando pra saber, porque está escrito IR... JORGE - Não, não, não, é da Assembléia mesmo.
LERRI - É mesmo, eu falei essa parada é do JORGINHO.
JORGE – A única coisa que eu vou te pedir, irmão, é que você... Eu vou te passar a conta do cara. LERRI – Vou... Transfiro até agora pra você, se quiser, cara, pra sua conta.
JORGE - Não, pode ser mais... não quero na minha conta não, que esse dinheiro não é meu, eu só quero... (ligação cai)