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Nas
eleições de 2018 para Presidente da República Jair Bolsonaro teve
13.028 votos no primeiro turno e 13.938 votos no segundo turno. A
votação no primeiro turno correspondeu a 65,21% dos votos válidos
e a 72,69% no segundo turno.
Já
Fernando Haddad, que disputou o segundo turno com Jair Bolsonaro,
obteve 10,91% dos votos no primeiro turno e 26,82% no segundo.
Se
somarmos todos os votos de todos os candidatos considerados de
direita, centro-direita e centro (Jair Bolsonaro, Cabo Dalciolo,
Geraldo Alkmin, João Amoedo, Henrique Meireles, Alvaro Dias, Eymael,
João Goulart Filho) teremos 74,11%, que correspondem a 13.938 votos
no primeiro turno. Esse número- 74,11%- é muito próximo dos 72,69%
dos votos obtidos por Bolsonaro no 2º turno. Isso quer dizer que
quem votou na direita no primeiro turno, repetiu o voto no segundo
turno.
Por
outro lado, se somarmos todos os votos de todos os candidatos
considerados de centro-esquerda e esquerda (Ciro Gomes, Fernando
Haddad, Marina Silva, Guilherme Boulos e Vera do PSTU) teremos
26,82%, que correspondem a 5.358 votos. Da mesma forma, a esquerda
repetiu o voto do primeiro turno no segundo turno.
Conclusão:
De cada 4 eleitores de Búzios, 3 votaram na direita e 1 votou na
esquerda.
Esse
quadro repete-se em todos os municípios da Região dos Lagos com
pequenas variações (Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba
Grande e São Pedro da Aldeia). Mesmo em Maricá, governada pelo PT
desde , Bolsonaro teve 62,30% contra 37,70% de Haddad.
Obviamente
que a eleição municipal é bem diferente da eleição presidencial.
Mas a onda bolsonarista de 2018 trouxe para os municípios da região
vários candidatos militares ou ligados às forças de segurança
(polícia civil e militar). Em Búzios temos como pré-candidatos o
Comandante da Marinha Serafim (PSD) e os policiais militares Leandro do Bope (DEMOCRATAS E
PDT) e Tom Viana (PSL). Todos bolsonaristas.
E
mesmo entre os pré-candidatos civis não encontramos um que seja de esquerda. Todos,
de uma forma ou outra, são ligados ao bolsonarismo: Gladys (PSC e
PTB), Alexandre Martins (Republicanos, PL, MDB, PV), Henrique Gomes
(Patriota, PSDB), Joice (PP), Tolentino Reis (PODEMOS) e Joãozinho Carrilho (PRTB e PROS).
Marcelo Morel (PMB) seria a exceção. Ele se diz MOURÃOnista.
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