sábado, 12 de setembro de 2020

Partidos políticos de Búzios: órgãos partidários (PSOL)

Endereço do  Diretório Municipal do PSOL de Búzios. Fonte: TSE

Membros do Diretório do PSOL. Fonte:TSE

 Meu comentário: 
O PSOL fez a sua Convenção no dia 10. Decidiu não lançar candidato a prefeito e apresentou dois candidatos a vereador: Andréa e Eder.

Não lançar candidato, e não decidir apoiar nenhum candidato de outro partido, significa dizer que o partido em Búzios abriu mão de fazer Política- pelo menos a partidária. Uma absurda contradição: um partido político que recusa fazer Política- repito, mesmo que apenas a partidária. A recusa deixa entendido que, para o PSOL de Búzios, todos os candidatos a prefeito são iguais. O que é outro absurdo! Só falta aquela ladainha do velho esquerdismo infantil que diz que não se deve apoiar ninguém porque todos são burgueses, de direita, bolsonaristas. Sendo assim, o PSOL não deve se meter nisso, não deve sujar as suas puras mãos!

Mais coerentes com essa tese seria lançar candidatura própria na majoritária. Como ninguém é louco de imaginar que o partido pudesse ganhar as eleições para prefeito em Búzios, a candidatura própria serviria para marcar a posição do partido, mostrando para os eleitores buzianos as diferenças entre o PSOL e os demais partidos.

O problema é que essa estratégia que já foi viável não mais é pois se perdeu no tempo. Foi válida em 1996, quando a esquerda buziana lançou professor Ricardo como candidato a prefeito pelo PT, obtendo 92 (1,36%) votos. Mas, daí em diante, a esquerda só voltou a lançar candidato próprio em 2008 com Silvano, que conseguiu menos votos ainda- 86 votos. A lacuna de 2000 e 2004 sem lançamento de candidatura própria já tinha esvaziado a estratégia. Com o apoio a Mirinho em 2004, e Toninho em 2004, o partido perdeu credibilidade.

Essa estratégia de lançar candidatura própria deu certo em Maricá. O PT de lá insistiu com o nome de Whasington Quaquá como candidato a prefeito. Perdeu em 2000 com 2.427 votos (6,3%). Em 2004, com 12.736. Ganhou em 2008, com 36133 (62,6%) e 2012, com 26.622 (42,4). Ainda fez o sucessor- Fabiano Horta- com 39.128 votos (96,12%). O que se precisa investigar é se essa estratégia teria dado certo sem que Quaquá precisasse se tornar ficha suja como se tornou em 2018.

Na verdade, o PSOL de Búzios, como Pôncio Pilatos político, lavou as mãos, não diferenciando os inimigos principais dos inimigos secundários, o que pode custar caro ao partido. Numa eleição que, apesar de ter uma dezena de candidatos, deve terminar polarizada entre dois- o candidato do governo e um candidato da oposição- todos terão que fazer uma escolha entre a continuidade desse desgoverno do grupo político de André Granado, ou uma mudança, por menor que seja. É uma triste sina da esquerda, mas é a realidade: o voto útil no menos pior. Quando a esquerda não consegue se construir como alternativa, só lhe resta essa opção. Não votar, anular o voto ou votar em branco pode gerar satisfação pessoal, mas, objetivamente- não tem escapatória- pode representar, e na maioria das vezes representa, uma opção pelo candidato do governo!

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