Endereço do Diretório Municipal do PSOL de Búzios. Fonte: TSE |
Membros do Diretório do PSOL. Fonte:TSE |
Meu
comentário:
O
PSOL fez a sua Convenção no dia 10. Decidiu não lançar candidato
a prefeito e apresentou dois candidatos a vereador: Andréa e Eder.
Não
lançar candidato, e não decidir apoiar nenhum candidato de outro
partido, significa dizer que o partido em Búzios abriu mão de fazer
Política- pelo menos a partidária. Uma absurda contradição: um
partido político que recusa fazer Política- repito, mesmo que
apenas a partidária. A recusa deixa entendido que, para o PSOL de
Búzios, todos os candidatos a prefeito são iguais. O que é outro
absurdo! Só falta aquela ladainha do velho esquerdismo infantil que
diz que não se deve apoiar ninguém porque todos são burgueses, de
direita, bolsonaristas. Sendo assim, o PSOL não deve se meter nisso,
não deve sujar as suas puras mãos!
Mais
coerentes com essa tese seria lançar candidatura própria na
majoritária. Como ninguém é louco de imaginar que o partido
pudesse ganhar as eleições para prefeito em Búzios, a candidatura
própria serviria para marcar a posição do partido, mostrando para
os eleitores buzianos as diferenças entre o PSOL e os demais
partidos.
O
problema é que essa estratégia que já foi viável não mais é
pois se perdeu no tempo. Foi válida em 1996, quando a esquerda
buziana lançou professor Ricardo como candidato a prefeito pelo PT,
obtendo 92 (1,36%) votos. Mas, daí em diante, a esquerda só voltou
a lançar candidato próprio em 2008 com Silvano, que conseguiu menos
votos ainda- 86 votos. A lacuna de 2000 e 2004 sem lançamento de
candidatura própria já tinha esvaziado a estratégia. Com o apoio
a Mirinho em 2004, e Toninho em 2004, o partido perdeu credibilidade.
Essa
estratégia de lançar candidatura própria deu certo em Maricá. O PT
de lá insistiu com o nome de Whasington Quaquá como candidato a
prefeito. Perdeu em 2000 com 2.427 votos (6,3%). Em 2004, com 12.736.
Ganhou em 2008, com 36133 (62,6%) e 2012, com 26.622 (42,4). Ainda
fez o sucessor- Fabiano Horta- com 39.128 votos (96,12%). O que se
precisa investigar é se essa estratégia teria dado certo sem que
Quaquá precisasse se tornar ficha suja como se tornou em 2018.
Na
verdade, o PSOL de Búzios, como Pôncio Pilatos político, lavou as
mãos, não diferenciando os inimigos principais dos inimigos
secundários, o que pode custar caro ao partido. Numa eleição que,
apesar de ter uma dezena de candidatos, deve terminar polarizada
entre dois- o candidato do governo e um candidato da oposição-
todos terão que fazer uma escolha entre a continuidade desse
desgoverno do grupo político de André Granado, ou uma mudança, por
menor que seja. É uma triste sina da esquerda, mas é a realidade: o
voto útil no menos pior. Quando a esquerda não consegue se
construir como alternativa, só lhe resta essa opção. Não votar,
anular o voto ou votar em branco pode gerar satisfação pessoal,
mas, objetivamente- não tem escapatória- pode representar, e na maioria das vezes representa, uma opção pelo
candidato do governo!
Observação:Você
pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da
pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na
parte superior da coluna lateral direita. Desfrute!
Nenhum comentário:
Postar um comentário