sábado, 22 de agosto de 2020

O coronel de Búzios e seu soldado

Prefeito de Búzios André Granado e o secretário de educação Robalo




Em que município do Brasil um prefeito e um secretário de educação se negam terminantemente a conversar com professores, servidores públicos, sindicatos, conselheiros municipais, pais e responsáveis de alunos em plena pandemia mundial sobre assuntos que podem colocar em risco suas vidas? 

O coronel de cidade do interior que hoje está sentado na cadeira de prefeito da cosmopolita Búzios e o seu soldado posto no comando da fundamental secretaria de educação do município se recusam a dialogar com a comunidade escolar – professores, servidores, pais e responsáveis pelos alunos- o que fazer com as escolas durante a crise sanitária que o país e o mundo atravessam. Como a dupla de ditadores vai garantir a plena segurança sanitária aos trabalhadores e às comunidades escolares da rede municipal de ensino se, antes mesmo da eclosão da pandemia mundial, as condições de trabalho, quanto às normas de saúde e segurança, em estabelecimentos de ensino e escolas já eram descumpridas, como foi revelado na recente sentença da Justiça do Trabalho que condenou o município?

O Coronel e seu soldado resolveram, sem consultar uma viva alma sequer, convocar os funcionários administrativos e as equipes pedagógicas para o retorno ao trabalho presencial nas unidades escolares justamente neste momento de grave risco à vida provocado pela pandemia do Covid-19. A dupla de ditadores se recusa a qualquer tipo de diálogo com os profissionais da educação em Búzios- representados pelo seu sindicato SEPELAGOS- em greve há mais de 70 dias, justamente para exigir da prefeitura garantia de plena segurança sanitária à toda comunidade escolar da rede municipal de ensino.

A dupla coronel-soldado ditatorialmente envia à Câmara de Vereadores PROJETO DE LEI Nº 048/2020 (AUXÍLIO EMERGENCIAL PECUNIÁRIO) sem nenhuma discussão prévia com os principais interessados, que são os pais e responsáveis, mesmo depois de todos os problemas enfrentados pela população quando da concessão das cestas básicas adquiridas pelo Fundo Municipal de Saúde. 

Nem mesmo ao Conselho Municipal de Alimentação Escolar o ditador de plantão e seu soldado dão publicidade a respeito dos CONTRATO Nº 050/2020 (FORNECIMENTO DO DENOMINADO “KIT ALIMENTAÇÃO”), da EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, e demais CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO, que, em razão da suspensão das aulas presenciais, tiveram seus objetos reduzidos, tais como os de serviços de limpeza, jardinagem e manutenção das unidades escolares.

A falta de diálogo do ditador de plantão não é de hoje. Quando os estudantes do Colégio Paulo Freire ocuparam a escola para impedir seu fechamento pela prefeitura, o coronel se recusou a receber uma comissão de representantes dos estudantes. Foi necessária a intervenção do Ministério Público e da Justiça de Búzios para garantir a manutenção do ensino de 2º grau no colégio municipal e INEFI, acabando com a ocupação. 

O autoritarismo do coronel é tanto que contagia. O secretário da Mesa da Câmara- vereador da sua turma do amém- ao ler no democrático Plenário da Casa Legislativa a carta aberta “Por Nossos Filhos” elaborada por pais e responsáveis de alunos de Búzios, resolveu censurar justamente a parte que fala da necessidade de transparência do governo municipal. Pela primeira vez na história da Câmara de Vereadores de Búzios uma Carta Aberta foi censurada. Triste dia! O dia 20 de agosto de 2020 já entrou para a história do legislativo buziano como O DIA DA CENSURA. 



Observação: você pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na parte superior da coluna lateral direita. Desfrute! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário