Dario Messer, o doleiro dos doleiros |
Em
sua delação homologada na quarta, 12, com o Ministério Público
Federal do Rio de Janeiro, Dario
Messer citou
supostos serviços prestados para a família Marinho, dona da Rede
Globo. Em depoimento realizado no dia 24 de junho e que consta no
anexo 10 da delação que tem mais de 20 capítulos, o doleiro afirma
ter realizado
repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões.
Segundo o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro
da sede da Rede Globo,
no Jardim Botânico. Messer diz que um
funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês
quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares.
No
depoimento, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho
por intermédio de Celso
Barizon, supostamente gerente da conta da
família no banco Safra de Nova York. De acordo com o
delator, os repasses teriam começado no início dos anos
90, quando Messer tocava sua operação de dólar a partir do
Rio de Janeiro. Segundo a versão de Messer, os valores em espécie
entregues no Brasil seriam
compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta
administrada por Barizon. Os Marinho depositariam para
Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no
Brasil.
De
acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um
funcionário identificado por ele como José Aleixo.
Messer não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em
depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho,
segundo autoridades que leram a delação, em Brasília. Apesar
disso, o doleiro sustenta em depoimento que os
destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu
(Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João
Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo).
Em
nota encaminhada à redação de VEJA, a assessoria de Roberto Irineu
Marinho e João Roberto Marinho negou as informações dadas por
Messer: “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de
Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João
Roberto Marinho não
têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades
brasileiras no exterior.
Da mesma maneira, nunca
realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”.
Fonte: "veja.abril"
O
jornal Folha de São Paulo (ver em "folha" )
disse que ao compartilhar a notícia em uma rede social, o presidente
Jair Bolsonaro afirmou:
"30
anos = 360 meses 3 X por mês = 1080 vezes
1080
x U$ 300 mil U$ 324.000.000,00
U$
1,00 = R$ 5,42
R$
1,75 bilhão...
é
o valor que pode ter sido repassado, em dinheiro vivo à família
Marinho da Globo, segundo o doleiro Dario Messer".
Meu comentário:
E
agora, Rede Globo? Quem nunca questionou delação não vai poder
questionar agora. Ou vai usar o argumento surrado de que os delatores
falam qualquer coisa para reduzirem suas penas?
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