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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Cinco razões pelas quais não há segurança para aulas presenciais na rede pública

Augusto Rosa

 Desde o ano passado, o Sepe Lagos (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro, Núcleo Lagos) tem tentado negociar condições mínimas para um retorno às aulas em segurança.

Os educadores são vítimas de uma guerra de narrativa: governos e partidos patronais buscam jogar a população contra os trabalhadores das escolas, os responsabilizando pelo retumbante fracasso da administração pública em responder à crise sanitária. Fazem isso para esconder que colocam os interesses econômicos de grandes empresários à frente da preservação das vidas da maioria da população.

Para que você entenda a realidade dos fatos, reunimos neste artigo 5 razões pelas quais defendemos que não há segurança para aulas presenciais na rede pública.

1 – A pandemia continua descontrolada

Temos menos de 19% dos brasileiros totalmente imunizados; Houve leve queda nos óbitos, mas a transmissão do vírus continua altíssima. Na última quarta-feira (28), superou-se 550 mil óbitos por COVID-19 e se mantém uma média de mais de mil mortes diárias.

A não implementação de medidas eficientes para conter os contágios, como os “lockdowns”, a vacinação e a testagem em massa, fez do Brasil uma usina para o surgimento e difusão de variantes do vírus.

Tudo isso piora com a chegada da mais preocupante das cepas do vírus, denominada “Delta”, que já ceifa vidas em mais de 111 países, incluído o Brasil, e é 50% mais contagiosa.

2 – Profissionais da educação não estão imunizados

Os trabalhadores da educação, até o momento, só receberam a primeira dose da vacina. Os imunizantes só são eficazes após a aplicação das duas doses. E é preciso aguardar um prazo mínimo de 14 dias para que o organismo vacinado produza anticorpos para combater o vírus.

A maioria da comunidade escolar, incluindo alunos e familiares, não foi vacinada. Isso significa que as salas de aula se tornarão incubadoras de contágios.

3 – Não houve adaptações das escolas

Mesmo após 1 ano e meio em pandemia, os governos municipais e estadual não investiram em obras de adaptação das escolas. Sequer foram levantadas quais intervenções serão necessárias nas unidades de ensino. A maioria delas não têm condições adequadas de ventilação e em muitas falta estrutura até para lavar as mãos.

4 – Não há protocolos rígidos e alinhados à ciência

Apesar de os governos alegarem que estão “cumpridos os protocolos” para o retorno, a realidade é que estes sequer existem! Até hoje o Governo Estadual e as prefeituras de Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio utilizam recomendações genéricas que, em maioria, só faziam sentido no início da pandemia, quando se acreditava que a principal forma de contágio era o contato com superfícies infectadas e ainda não existiam variantes mais contagiosas do vírus.

Hoje, sabe-se que a doença se propaga, principalmente, pelo ar, em partículas microscópicas que soltamos enquanto respiramos ou conversamos, chamadas aerossóis. Por isso, são necessárias medidas de proteção respiratória, como máscaras PFF2 e a correta ventilação dos ambientes.

5 – Governos não fornecem os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) apropriados

Apesar de o Sepe Lagos reivindicar isso há cerca de 1 ano, os governos se recusam a fornecer os EPIs apropriados aos trabalhadores. Os profissionais são forçados a trabalhar presencialmente com máscaras artesanais, fora dos parâmetros recomendados pelos cientistas. Não houve praticamente nenhum treinamento para a prevenção de contágios e utilização dos EPIs.

Por tudo isso, o Sepe Lagos afirma que não há condições de segurança para que o retorno às aulas presenciais ocorra sem aumento dos contágios e mortes pela COVID-19. Alertamos às mães, pais e responsáveis por alunos que esta medida colocará suas vidas e de suas crianças e adolescentes em grave risco. Reafirmamos que continuaremos a lutar em defesa da saúde da comunidade.

Retorno presencial, sim! Mas com segurança para alunos, profissionais e toda a comunidade.

Augusto Rosa

Coordenador-geral do SEPE Lagos

Fonte: 5 razões pelas quais não há segurança para aulas presenciais na rede pública - Augusto Rosa - Folha dos Lagos

Deu no New York Times: os pais nos EUA estão preocupados com o retorno seguro de seus filhos às salas de aula

Crianças em salas de aula nos EUA. Foto: NYT

Matéria assinada por Tara Parker-Piper no NYT ("nytimes") de ontem (2) revela que os pais nos EUA estão muito preocupados com o retorno de seus filhos às salas de aula, principalmente agora que uma variante muito mais contagiante da COVID-19 se propaga. Os pais se perguntam como seus filhos poderão retornar com segurança para as escolas enquanto a variante Delta se alastra pelo país? 

O maior fator de preocupação se deve ao fato de que enquanto a variante Delta se propaga, as taxas de vacinação permanecem baixas em muitas partes dos Estados Unidos.

Na próxima semana, vários distritos escolares no Sul, onde os casos de Covid-19 estão aumentando, incluindo vários no Alabama e na Geórgia, iniciarão o ano letivo de 2021-22. Ainda mais em escolas localizadas em áreas com maior incidência de contaminação por COVID  no país, incluindo os distritos no Texas, Louisiana e Flórida.

Os pais estão muito frustrados com a falta de aconselhamento para as famílias, especialmente aquelas com crianças menores de 12 anos, que ainda não são elegíveis para a vacina Covid. Nas redes sociais e nas reuniões do conselho escolar, os pais dizem que enfrentam uma escolha impossível: mandar as crianças para a escola e correr o risco de uma infecção por Covid-19 ou manter as crianças em casa e colocar em risco sua saúde mental e desenvolvimento educacional.

É triste para mim que isso continue a ser um problema para as famílias”, disse Liz Stuart, professora de saúde mental na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, que tem um aluno da 5ª série não vacinado e um aluno da 8ª série vacinado. de volta à escola. “Acho que em muitos lugares as crianças e as famílias não foram priorizadas em termos de reflexão sobre o que é necessário para ajudá-las a voltar à escola”.Embora as autoridades de saúde pública geralmente ofereçam garantias sobre a segurança das crianças que voltam para a escola, o conselho varia dependendo das condições do seu estado.

 A grande questão é: como pode ser seguro para as crianças voltar às salas de aula durante uma pandemia?

Surpreendentemente, as escolas não têm sido uma das principais causas dos eventos de disseminação da Covid, especialmente quando uma série de medidas de prevenção estão em vigor. Uma combinação de precauções - usar máscaras dentro de casamanter os alunos a pelo menos um metro de distância nas salas de aulamanter os alunos em grupos separados ou “pods”encorajar a lavagem das mãos testes regulares quarentena tem sido eficaz.

Plano de Resgate Americano também alocou US $ 122 bilhões para ajudar distritos escolares a pagar por medidas de saúde e segurança, e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças alocaram US $ 10 bilhões para testes de triagem para professores, funcionários e alunos.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Documento do próprio governo lista 23 acusações sobre seu papel na pandemia

 

23.abr.2021 - Bolsonaro e Pazuello participaram da cerimônia de inauguração do Centro de Convenções do Amazonas. Imagens: Allan Santos/PR




Uma tabela distribuída pela Casa Civil da Presidência enumera 23 acusações frequentes sobre o desempenho do governo Bolsonaro no enfrentamento à Covid-19. A coleta de dados do governo coincide com a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia no Senado, prevista para a amanhã (27).

A tabela foi encaminhada por e-mail a 13 ministérios para que cada um produzisse e enviasse uma resposta à Casa Civil até a última sexta-feira (23). Cada ministério deveria dizer o que está fazendo ou o que fez a respeito dos temas críticos. Como todos os assuntos citados pelo próprio governo poderão ser alvo da Comissão, o trabalho da Casa Civil deverá funcionar como material de defesa durante a investigação parlamentar.

A tabela faz 23 afirmações e marca os ministérios que deverão respondê-las. O tema "genocídio indígena" é o que demandará a resposta de mais ministérios, num total de cinco.

As afirmações feitas pelo governo são as seguintes, na íntegra:

"1-O Governo foi negligente com processo de aquisição e desacreditou a eficácia da Coronavac (que atualmente se encontra no PNI - Programa Nacional de Imunização);

2-O Governo minimizou a gravidade da pandemia (negacionismo);

3-O Governo não incentivou a adoção de medidas restritivas;

4-O Governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas;

5-O Governo retardou e negligenciou o enfrentamento à crise no Amazonas;

6-O Governo não promoveu campanhas de prevenção à Covid;

7-O Governo não coordenou o enfrentamento à pandemia em âmbito nacional;

8-O Governo entregou a gestão do Ministério da Saúde, durante a crise, a gestores não especializados (militarização do MS);

9-O Governo demorou a pagar o auxílio-emergencial;

10-Ineficácia do PRONAMPE (programa de crédito);

11-O Governo politizou a pandemia;

12-O Governo falhou na implementação da testagem (deixou vencer os testes);

13-Falta de insumos diversos (kit intubação);

14-Atraso no repasse de recursos para os Estados destinados à habilitação de leitos de UTI;

15-Genocídio de indígenas;

16-O Governo atrasou na instalação do Comitê de Combate à Covid;

17-O Governo não foi transparente e nem elaborou um Plano de Comunicação de enfrentamento à Covid;

18-O Governo não cumpriu as auditorias do TCU durante a pandemia;

19-Brasil se tornou o epicentro da pandemia e 'covidário' de novas cepas pela inação do Governo;

20-Gen Pazuello, Gen Braga Netto e diversos militares não apresentaram diretrizes estratégicas para o combate à Covid;

21-O Presidente Bolsonaro pressionou Mandetta e Teich para obrigá-los a defender o uso da Hidroxicloroquina;

22-O Governo Federal recusou 70 milhões de doses da vacina da Pfizer;

23-O Governo Federal fabricou e disseminou fake news sobre a pandemia por intermédio do seu gabinete do ódio."

Segundo a tabela da Casa Civil, o Ministério da Saúde deveria responder a todos os itens, com exceção do 9, 10 e 11. O MCTI (Ciência e Tecnologia) responderia aos itens 1, 7, 9, 19 e 20. O MRE (Ministério das Relações Exteriores) cuidaria dos itens 1, 11 e 13. O MD (Defesa) ficou responsável pelos itens 5, 7, 8, 15 e 20. O MCOM (Comunicações) ficou com os itens 6 e 17.

A AGU (Advocacia Geral da União) deveria responder aos itens 7, 18 e 23. O ME (Economia) ficou com as afirmações 8, 9, 10, 14 e 18. A Segov (Secretaria de Governo) deveria esclarecer os itens 9, 11, 12, 14, 16, 17, 19 e 20 - depois do Ministério da Saúde, foi a mais sobrecarregada com a tarefa das respostas. O Ministério da Cidadania ficou com os itens 9 e 10.

O MJSP (Justiça e Segurança Pública) deveria responder aos itens 9 e 10. O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ficou com dois temas, 15 e 23. O MMFDH (Mulher, Família e Direitos Humanos) abordaria um tema, de número 15. A CGU (Controladoria Geral da União) também ficou com uma área, a de número 18.

No final da tarde deste domingo (25), após a divulgação da lista pela coluna, o ministro da Casa Civil, o general da reserva do Exército Luiz Eduardo Ramos, confirmou à colunista do UOL Carla Araújo a existência do documento e disse as respostas vão ajudar na defesa do governo na CPI da Pandemia no Senado.

Rubens Valente

Fonte: "UOL"

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Carta Aberta em solidariedade à ciência no Brasil

 

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"Terça-feira, 6 de abril de 2021: o Brasil contabilizou 4.195 mortes ligadas à Covid-19. Ao todo, mais de 340 mil brasileiros já morreram desde o começo da pandemia. Se o coronavirus atinge todos os países do mundo, a amplitude da crise sanitária no Brasil não pode ser dissociada da gestão catastrófica do presidente Jair Bolsonaro. Ele deve ser denunciado por suas ações, que não apenas fez explodir o número de vítimas, mas acentuou a desigualdade no país.

Em várias ocasiões, o presidente da república do Brasil qualificou a Covid-19 como “uma gripezinha”, minimizando a gravidade da doença. Criticou as medidas preventivas, como o isolamento físico e a utilização de máscaras, e provocou inúmeras vezes aglomerações populares. Defendeu pessoalmente o uso da cloroquina, apesar de cientistas terem advertido sobre os efeitos tóxicos de sua utilização. Os pesquisadores que publicaram estudos científicos demonstrando que a utilização do medicamento aumentava o risco de morte de pacientes com Covid foram ameaçados no Brasil. Bolsonaro igualmente desencorajou a vacinação, chegando a sugerir, por exemplo, que as pessoas poderiam se transformar em “jacaré”. Entre o negacionismo, a proliferação de informações falsas e os ataques contra a ciência em plena crise sanitária, Bolsonaro mudou quatro vezes de ministro da Saúde.

A ciência no Brasil está sob fogo cruzado. De um lado, cortes orçamentários que golpeiam a pesquisa e ameaçam o trabalho de cientistas; de outro, a instrumentalização da ciência para fins eleitorais, como mostram as declarações do presidente. Não é possível esquecer também os ataques de Bolsonaro ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), num contexto alarmante de altos níveis de desmatamento na Amazônia.

Negando a ciência, Bolsonaro não apenas atinge a comunidade científica, mas a sociedade brasileira em sua totalidade. Os números da devastação desde o início da pandemia só faz aumentar; de acordo com os dados da Fiocruz, quase 92 novas cepas de coronavirus foram identificadas, transformando o país numa verdadeira usina de variantes, e a estas estatísticas deve-se acrescentar os impactos sobre o meio-ambiente, sobre povos tradicionais da Amazônia e sobre o clima em todo o mundo.

Neste contexto de crise sanitária, agravamento da desigualdade e mudança climática, este tipo de comportamento é inaceitável e o presidente deve ser responsabilizado por seus atos. Estamos preocupados com o agravamento da crise no Brasil e os ataques à ciência. Nesta carta aberta, queremos manifestar nossa solidariedade com nossos colegas no Brasil, cuja liberdade está ameaçada. Manifestamos igualmente nossa solidariedade com a população brasileira, que vem sendo diariamente afetada por esta política destruidora."

Fonte: "G1"

Até o dia 19 de abril, o documento já somava mais de 200 assinaturas. Entre os signatários estão três pesquisadores laureados com o Nobel: Michel Mayor (Nobel de física em 2019), Peter Ratcliffe (Nobel de medicina em 2019) e Charles Rice (Nobel de medicina em 2020).

A carta também é assinada por brasileiros membros de diferentes universidades e institutos científicos. No texto, os signatários afirmam que a ciência brasileira sofre com cortes orçamentários, perseguições e a instrumentalização para fins eleitorais.


sábado, 10 de abril de 2021

A única maneira de retardar a disseminação do COVID-19 no Brasil é com um lockdown de 20 dias, diz epidemiologista

A epidemiologista Ethel Maciel disse (dia 8) à agência de notícias AFP (ver em "BBC") que o Brasil está em uma "situação terrível.” "No ritmo que estamos vacinando ... a única maneira de retardar a disseminação extremamente rápida do vírus é um bloqueio efetivo por pelo menos 20 dias.”

O Brasil registrou mais de 4.000 mortes relacionadas à Covid em 24 horas pela primeira vez, à medida que uma variante mais contagiosa aumenta o número de casos.

Os hospitais estão superlotados, com pessoas morrendo enquanto esperam pelo tratamento em algumas cidades, e o sistema de saúde está à beira do colapso em muitas áreas.

O número total de mortos no país agora é de quase 337.000, perdendo apenas para os EUA.

Mortos no Brasil e mortos por cem mil habitantes


Mas o presidente Jair Bolsonaro continua a se opor a quaisquer medidas de bloqueio para conter o surto.

Ele argumenta que o dano à economia seria pior do que os efeitos do próprio vírus e tem tentado reverter algumas das restrições impostas pelas autoridades locais nos tribunais.

Falando a apoiadores fora da residência presidencial na terça-feira, ele criticou as medidas de quarentena. Ele não comentou as 4.195 mortes registradas nas 24 horas anteriores.

Até o momento, o Brasil registrou mais de 13 milhões de casos de coronavírus, de acordo com o ministério da saúde. Cerca de 66.570 pessoas morreram com Covid-19 em março , mais do que o dobro do recorde mensal anterior.

"O Brasil agora ... é uma ameaça a todo o esforço da comunidade internacional para controlar a pandemia", disse o Dr. Miguel Nicolelis, que acompanha de perto os casos no país, à BBC.

Se o Brasil não estiver sob controle, o planeta não estará seguro, porque estamos produzindo novas variantes toda semana ... e elas vão cruzar as fronteiras”, disse ele.

Qual é a situação no Brasil?

Na maioria dos estados, os pacientes com Covid-19 ocupam mais de 90% dos leitos das unidades de terapia intensivasegundo o instituto de saúde Fiocruz.

Vários estados relataram poucos suprimentos de oxigênio e sedativos. Mas, apesar da situação crítica, algumas cidades e estados já estão flexibilizando medidas que limitam o movimento de pessoas.

"O fato é que a narrativa anti-lockdown do presidente Jair Bolsonaro (até agora) venceu", disse à Associated Press Miguel Lago, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Estudos de Políticas de Saúde, que assessora autoridades de saúde pública.

O presidente de extrema direita - que minimizou o vírus, levantou dúvidas sobre vacinas e defendeu drogas não comprovadas como tratamento - viu sua popularidade despencar em meio a fortes críticas à forma como lidou com a crise.

Ele mudou seu tom sobre as imunizações recentemente, prometendo fazer de 2021 o ano das vacinações. Mas o país tem lutado com a implementação de seu programa.

Os críticos dizem que seu governo demorou a negociar suprimentos. Apenas cerca de 8% da população recebeu pelo menos uma dose, de acordo com o rastreador Our World in Data.

Qual é a variante do Brasil?

A Fiocruz afirma ter detectado 92 variantes do coronavírus no país, incluindo o P.1, ou variante do Brasil, que se tornou preocupante por ser considerado muito mais contagioso.

Acredita-se que tenha surgido no estado do Amazonas em novembro de 2020, disseminando-se rapidamente na capital Manaus, onde respondia por 73% dos casos até janeiro de 2021, segundo dados analisados ​​por pesquisadores no Brasil.

Especialistas temem que a proliferação da variante brasileira signifique aumento de casos por vários meses.

O Dr. Nicolelis, que até recentemente era o coordenador da equipe de resposta à pandemia no nordeste do Brasil, disse à BBC que a resposta do país foi uma "calamidade completa".

É a maior tragédia humana da história do Brasil”, disse ele.

Podemos chegar a 500.000 mortes até 1º de julho, essa é a estimativa mais recente”, disse ele. " Mas a Universidade de Washington divulgou uma estimativa na sexta-feira sugerindo que se a taxa de transmissão aumentar em cerca de 10%, poderemos chegar a 600.000 mortes."

A variante do Brasil também foi associada a um aumento nas infecções e mortes em vários países sul-americanos.


Países da América com alto número de casos confirmados de Covid-19


sábado, 27 de março de 2021

Maus gestores deixam Búzios roxa

 

Mapa do estado

Mapa de Búzios


Se vai impor as necessárias medidas de restrição para conter a propagação do vírus, tem que botar dinheiro na mão do povo pra ele ficar em casa com dignidade. Tem que financiar a folha de pagamento dos pequenos e médios empresários. Tem que fornecer crédito subsidiado pra microempresários. Se não sabe como fazer, pode dar uma passadinha em Maricá para ver como uma prefeitura protege seu povo durante a pandemia. E não me venha com aquela história fiada de que não existem recursos. Búzios é rica. Riquíssima! Se tem dinheiro pra dar cargo comissionado pra própria esposa e algumas esposas de secretários e vereadores, se tem dinheiro pra distribuir cargos a rodo para os aliados e para realizar terceirizações caras e desnecessárias, obviamente que tem dinheiro para ajudar o povo buziano necessitado a atravessar esta difícil crise econômica-sanitária. 

domingo, 7 de março de 2021

CARTA ABERTA À HUMANIDADE

 

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Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hanna Arendt.

O Brasil grita por socorro.

Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.

Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.

O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.

O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.

Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.

Vida acima de tudo!

Assinam esse manifesto:

Padre Julio Lancelotti

Leonardo Boff, teólogo

Dom Mauro Morelli

Miguel Nicolélis, cientista

Frei Betto, escritor

Chico Buarque, compositor, escritor, cantor

Silvio Tendler, cineasta

Nilton Bonder, rabino

Celso Amorim, diplomata, ex-chanceler

Jessé de Souza, sociólogo

Zélia Duncan, cantora, compositora

Silvia Buarque, atriz

Milton Hatoum, escritor

Eric Nepomuceno, jornalista, escritor

Marieta Severo, atriz

Edu Lobo, compositor, músico

Camila Pitanga, atriz

Paulinho da Viola, cantor, compositor

Ivan Lins, compositor, músico

Gregorio Duvivier, ator, escritor

Edino Krieger, compositor

Antonio Carlos Secchin, escritor e professor

João Bosco, compositor, músico

José Luis Fiori, cientista político

Patricia Pillar, atriz

Jorge Durán, cineasta

Fernando Morais, Jornalista e Escritor, São Paulo/SP

Ricardo Coutinho - ex-governador da Paraíba

Gisele Cittadino, jurista, ABJD

Marta Skinner, economista

Murilo Salles cineasta

Lucia Murat, cineasta

José Joffily, cineasta

Carol Proner, jurista

Francis Hime, compósitos, músico

Olivia Hime, cantora

Wagner Tiso, musico

Frei Atílio Battistuz, Francisco Missionário

Hildegard Angel, Jornalista

Chico Diaz, Ator

José de Abreu, Ator

Marcelo Barros, teólogo

Maria Victoria de Mesquita Benevides, cientista política São Paulo/SP

André Constantine, Movimento Nacional de Favelas e Periferias.

Marcelo Barros , Monge e Teólogo Recife/PE

Ivo Herzog, Engenheiro São Paulo/SP

Marcio Pochmann Economista Campinas/SP

Siro Darlan de Oliveira Desembargador TJRJ Rio de Janeiro/RJ

Isabel Salgado, Técnica de Vôlei , Rio de Janeiro/RJ

Carol Solberg, Vôlei de Praia Rio de Janeiro/RJ

Joel Cornelli , Técnico de Futebol Caxias do Sul/RS

Acioli Cancellier de Olivo Servidor Público Federal Aposentado, São José dos Campos/SP

Sérgio Pinto, Presidente da Associação dos Servidores da Cultura Brasilia/DF

Chico Alencar, Professor, escritor e vereador Rio de Janeiro/RJ

Wilson Ramos Filho, Xixo, Professor, escritor e vereador Curitiba/PR

Frei Atílio Battistuz, Francisco Missionário Marajó/PA

Afonso Borges Escritor e Gestor Cultural Belo Horizonte/MG

Tiago Maiká Muller Schwade Geógrafo Amazonas

Carolina Kotscho Roteirista São Paulo/SP

Luiz Fernando Emediato Escritor e Editor São Paulo/SP

Hélio Doyle Jornalista Brasília/DF

Regina de Assis Professora/Doutora Rio de Janeiro/RJ

Geraldo Mainenti Jornalista Rio de Janeiro/RJ

Eva Doris Rosental Gestora da Área Cultural Rio de Janeiro/RJ

Benedito Tadeu César Professor da UFRGS Porto Alegre/RS

Padre Niraldo Lopes de Carvalho Religioso Rio de Janeiro/RJ

Deyvid Bacelar, Petroleiro e Coordenador da FUP Feira de Santana - BA

Affonso Henriques Guimarães Correa, Economista Rio de Janeiro/RJ

Marina Maluf, Historiadora São Paulo/SP

Olivia Byington, cantora e escritora

Daniel Filho, diretor

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Em Búzios o número acumulado de casos curados diminuiu em vez de aumentar

 



No dia 6 de janeiro a prefeitura de Búzios informou que até aquela data 1.937 pessoas tinham sido curadas de COVID-19. Obviamente, o número de pessoas curadas sempre crescia, acumulando os novos curados diariamente. Entretanto, estranhamente, a prefeitura informou no dia de hoje que o número de curados diminuiu para 1.930. O que aconteceu? Trinta e sete pessoas que estavam curadas no dia 6, se reinfectaram nesses dois últimos dias? Ou será que acharam que o crescimento dos números sempre eram negativo e resolveram dar uma maquiada, diminuindo o número? 

Outra  estranheza foi o grande decréscimo no número de pessoas que estavam em isolamento domiciliar nesses dias. No dia 6 tínhamos 1.520 pessoas. Hoje (8), 650 pessoas deixaram o isolamento, permanecendo nessa situação apenas 870 pessoas. Durante a pandemia nunca tantas pessoas deixaram o isolamento domiciliar em apenas dois dias. Um fenômeno!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Dezembro foi disparado o pior mês da pandemia em Búzios; aguardem Janeiro



Infelizmente foram registrados 1.396 novos casos e 14 mortes por Covid-19 no mês de dezembro de 2020. O número de mortes nesse mês quase equivale ao número de mortes (16) nos 8 meses anteriores de pandemia em Búzios (de março a novembro). Nesse período, o número de casos confirmados (1300) é inferior ao de dezembro (1396). A expectativa para janeiro, depois dos vários casos de aglomerações e festas de reveillon na cidade, não é das melhores. Reparem que em apenas 4 dias do novo ano, 423 pessoas foram se juntar às 861 pessoas que estavam em isolamento domiciliar. Um recorde negativo

Fiquem em casa!

Se não puderem e tiverem que sair de casa, se cuidem. Usem máscaras. Álcool em gel. Evitem aglomerações.  

Os números não mentem jamais!


   

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Festas de final de ano são eventos patológicos

 

Festa clandestina em Manaus. Foto: UOL


Mal comparando, a pandemia do coronavírus é como uma avalanche. Cada pessoa representa uma pedra. Se infectada, ela desliza por um penhasco, e vai contaminando outras pessoas. Esse movimento, quando foge ao controle, soterra o sistema de saúde, provocando mortes. É contra esse pano de fundo fúnebre que proliferam por diferentes pontos do mapa do Brasil grandes celebrações de final de ano. Pessoas se reúnem às centenas para dançar, comer, beber e se infectar.

Convites são comercializados na internet com inusitada transparência. Flagrantes de grandes aglomerações inundam as redes sociais com hedionda naturalidade. Não bastasse a pandemia, o Brasil enfrenta surtos de insensatez. O grande problema é que a imprudência dos insensatos infecciona a precaução dos cuidadosos. Nenhum ser humano tem domínio sobre a vida e a morte. O nascimento é uma contingência. O funeral, uma fatalidade. O segredo da existência está em saber usufruir da transição entre o útero e a sepultura.

A vida se torna muito mais agradável e divertida quando conseguimos combinar a liberdade de fazer escolhas com a responsabilidade pelas escolhas que fazemos. Quem vai a uma grande festa em plena pandemia exibe a sensibilidade de uma pedra que não se sente responsável pela avalanche que provoca. E cada vez que alguém imagina que a crise sanitária não é seu problema, essa atitude individual magnifica o problema coletivo.

Quem enxerga neste ocaso de 2020 razões para participar de festejos coletivos empurra com mais força para dentro de 2021 uma avalanche que abarrota os hospitais, tira o sono dos profissionais da saúde, sobrecarrega os coveiros e dilacera a alma dos familiares e amigos dos quase 200 mil mortos que a Covid já produziu no Brasil. Se a sociedade brasileira já estivesse sendo vacinada, as festas seriam focos de irresponsabilidade. Numa quadra em que faltam ao Brasil, além de vacinas, também as seringas, a celebração é um evento patológico.

Josias de Souza

Fonte: “uol”

Esclarecida a questão dos novos leitos “UTI” de Búzios: eles não serão comprados mas alugados

A noticia divulgada no site da prefeitura aliada à falta de publicidade deu a entender que a Prefeitura de Búzios iria comprar 6 leitos UTI para cumprir o que fora estabelecido no TAC com a Defensoria Pública. Na verdade, a prefeitura vai alugar leitos da RTS Rio S/A. Inicialmente seis, podendo ao longo de 1 ano alugar um total de 20 leitos. A charada foi resolvida ao encontrar o Edital do Pregão Presencial (PP)  nº 69/2020 no site da prefeitura de Goiânia (GO).
O pregão, a cuja ata a prefeitura de Búzios aderiu, prevê a locação de leitos UTI com as especificações abaixo:

Edital do pregão presencial nº 69/2020 da prefeitura de Goiânia (GO)


Portanto, cada leito UTI alugado pela Prefeitura de Búzios custará R$ 23.500,00 por mês. Os seis novos leitos terão um custo mensal de R$ 141.000,00. Se a prefeitura precisar alugar todos os 20 leitos UTI por 12 meses terá que dispender R$ 5.640.00,00.  
Resta saber se os novos leitos verdadeiramente UTI foram realmente instalados no dia 29 último como prometera a prefeitura de Búzios.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

MPRJ expede notificação para que organizadores de festas e eventos privados em Búzios divulguem que as atividades estão proibidas na cidade

Notificação Búzios. MPRJ



O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio, expediu nesta terça-feira (22/12) notificação orientando os organizadores de festas e eventos privados na cidade de Armação dos Búzios a divulgarem em seus portais na internet o conteúdo do decreto municipal 1.536/2020, publicado no dia 21/12 e que, ao manter o estado de calamidade pública no município, proíbe a realização de eventos públicos e privados.

Com a edição do decreto, não poderão ser realizadas festas, shows e eventos privados com a cobrança de ingressos. A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio também requereu aos organizadores que divulguem, no prazo de 72 horas, os procedimentos de restituição dos valores cobrados pelos ingressos já adquiridos pelos consumidores.

 Atualmente, também vigora na cidade o decreto 1.533/2020, determinando que estabelecimentos comerciais, incluindo academias, restaurantes, bares, supermercados, mercados, quiosques, quitandas e quiosques de praia podem abrir as portas, mas devem operar operando com até 50% de sua capacidade máxima. Da mesma forma, igrejas e templos religiosos, escunas, catamarãs e táxis aquáticos, assim como veículos de cooperativas municipais e veículos de transporte intermunicipal, também deverão funcionar com a capacidade reduzida em 50%. Hotéis, pousadas e demais meios de hospedagem podem trabalhar com 50% de sua capacidade máxima nos dias úteis e com 70% da capacidade aos sábados, domingos e feriados.



terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O QUE OS FILÓSOFOS DIRIAM SOBRE O CORONAVÍRUS?

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PLATÃO: fiquem na caverna.

NIETZSCHE: fique em casa, por mais difícil que seja suportar sua própria presença.

DESCARTES: habito, ergo sum.

HEGEL: tese: fique em casa; antítese: fique em casa; síntese: fique em casa.

HERÁCLITO: não se pega duas vezes o mesmo vírus.

BUDA: a paz vem de dentro de você mesmo. O vírus, de fora. Fique em casa.

ROUSSEAU: o homem é bom por natureza, mas o vírus o corrompe.

ARISTÓTELES: o vírus está apenas cumprindo seu papel no Cosmos ao infectar corpos.

SÓCRATES: a verdade sobre o vírus já está dentro de você. Tomara que o vírus não.

SANTO AGOSTINHO: a medida de amar é amar longe.

FRANCISCO DE ASSIS: onde houver vírus, que eu leve álcool gel.

PITÁGORAS: o vírus é a medida de todas as coisas.

HANNAH ARENDT: para o vírus, matar é uma tarefa banal e cotidiana.

MARTIN LUTHER KING: I have a virus.

KANT: duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado lá fora e eu aqui dentro.

VOLTAIRE: se o vírus não existisse, seria preciso inventá-lo.

FREUD: O vírus dá plena vazão a suas pulsões reprodutivas porque não é reprimido sexualmente, na infância, pela civilização.

JUNG: o medo arquetípico do vírus é uma herança entregue a nós pelo inconsciente coletivo.

WITTGENSTEIN: aquilo que não se pode contrair, não se pode transmitir.

MIKHAIL BAKHTIN: não há possibilidade de neutralidade, todo vírus é ideológico.

BERTOLT BRECHT: primeiro o vírus infectou os chineses, e você não disse nada, depois infectou os italianos, e você não disse nada, depois os espanhóis, e você não disse nada, agora o vírus te infectou, e você já não pode dizer nada.

JACQUES DERRIDA: o objetivo de todo vírus deve ser a desconstrução do corpo infectado.

BAUMAN: a maior evidência da sociedade líquida é sua dependência do álcool.

VILÉM FLUSSER: O DNA do vírus não pode ser decodificado porque a escrita acabou.

FOUCAULT: esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo são o que podemos chamar vírus.

WALTER BENJAMIN: a reprodutibilidade excessiva e sem freios do vírus traz como consequência a perda de sua aura de sacralidade.

SIMONE DE BEAUVOIR: não se nasce infectado, torna-se infectado.

SARTRE: nada a retificar, o inferno são os outros.

PROVÉRBIO POPULAR: se o vírus não vai até a pessoa, a pessoa vai até o vírus.

MARX: trabalhadores do mundo, separai-vos.

OLAVO DE CARVALHO: o vírus é um idiota, eu sou um idiota. Na verdade nem sei o que estou fazendo aqui nesta lista, nunca fui filósofo, só faço mapa astral.

CRISTO: amai-vos uns aos outros ficando longe uns dos outros.

JUDITH BUTLER: o fato de esta lista ser composta por 95% de homens revela como a história da humanidade é a história da dominação patriarcal. Homens são o verdadeiro vírus.

Lista elaborada pelo Prof. Dr. Rodrigo Duarte (Departamento de Filosofia da UFMG) 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Búzios levou 7 meses para ter 1.201 casos de Covid-19; neste mês de dezembro, em apenas 18 dias, teve 1.277 novos casos confirmados

O primeiro caso de Covid-19 ocorreu no dia 13 de Abril de 2020. No dia 30 de Novembro de 2020, passamos para 1.201 casos. Hoje (18), já são 2.478 casos confirmados, um acréscimo de 1.277 casos, que representa um aumento de 106% da ocorrência de Covid-19 em Búzios. Já os óbitos, que eram 16 no dia 30 de novembro, passaram a 25 mortes no dia de hoje(18), um aumento de 56% em apenas 18 dias.   


Boletim Coronavírus da Prefeitura de Búzios do dia 13/4/2020

Número de casos confirmados de Covid-19 em 30 de Novembro de 2020


Boletim Coronavírus da Prefeitura de Búzios do dia 30/11/2020

 

Número de casos confirmados de Covid-19 em 18 de dezembro de 2020


Número de casos confirmados de Covid-19 em 18 de Dezembro de 2020


Meu comentário: 

Ao meu modo de ver o lockdown é necessário. Os números citados justificam a decretação de Bandeira Vermelha em Búzios. Dr. Baddini e a Defensoria Pública estão corretos. Quando se tem desgoverno no Executivo e o legislativo está dominado pela Turma do Amém, não existe outra saída senão o Judiciário. A grande questão é que não se faz lockdown sem assistência financeira (auxilio emergencial, microcrédito, etc.) àqueles que vão ficar o tempo que durar a medida sem poder trabalhar. O prefeito Henrique Gomes nem pensou nesta hipótese. Preferiu fazer o jogo dos empresários (nem todos, claro) de Búzios, deixando as portas da cidade abertas para o lucro deles e a entrada massiva do COVID-19. Ambos, empresários e vírus, vão fazer as festas de Natal e Réveillon. A conta deve chegar em meados de janeiro do novo ano!