Sérgio Cabral |
Publico
abaixo, na íntegra, a delação do presidente da Andrade Gutierrez
Rogério Nora, feita no Rio de Janeiro, no dia 14/07/2016, que vem
complementar a delação do dia 22/06/2016, feita em Brasília, pelo que
ela tem de elucidativo do processo de corrupção que tomou conta de
nosso país em quase todos os níveis. O processo que Sérgio Cabral
responde na Justiça Federal do Rio de Janeiro já acumula 66
documentos, todos eles tornados públicos pelo Juiz Marcelo Bretas,
considerado o Moro do Rio de Janeiro. Nada de sigilo. E que sirva de
aprendizado para quem pretende fiscalizar nossos governantes. A
delação é uma aula sobre o modo de atuação de uma quadrilha que
assalta os cofres públicos fraudando licitações. Nossa Região dos
Lagos está repleta de gestores que atuam da mesma forma.
TEMA
DA DELAÇÃO: Estádios da Copa do Mundo
DELAÇÃO
COMPLEMENTAR DE ROGÉRIO NORA (RN) - PRESIDENTE DA ANDRADE GUTIERREZ
(AG)
JFRJ 1 |
JFRJ 2 |
Rogério Nora (RN) confirma que para a AG participar das obras do Estádio do Maracanã, ela teria que se entender com o diretor da CNO, Benedito Júnior, e dar a Cabral uma "contribuição" (propina) de 5%, como contrapartida.
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Na reunião, realizada no Palácio Laranjeiras, também estavam presentes Alberto Quintaes, diretor da AG, e Wilson Carlos, secretário de Governo. RN e Cabral acordarvam os valores e Wilson Carlos (WC) e Alberto Quintaes (AQ) operacionalizavam o acordo. AQ promovia, por parte da AG, a distribuição da propina e WC definia, por parte do governo, a forma de pagamento.
JF4 |
Quem recebia a propina paga pela AG era Carlos Miranda (CM).
RN conheceu CM quando ele era assessor de Cabral, entaõ presidente da ALERJ.
Retificação de seu depoimento anterior: a primeira vez que SC solicitou pagamentos a AG em relação a obras futuras foi em 2007, em seu primeiro mandato como governador do RJ. Quem fazia os pagamentos desde essa época era Alberto Quintaes (AQ).
Esses pagamentos eram uma “espécie de mesada”. Inicialmente, Cabral solicitou mesada de 350 mil reais a título de adiantamento da propina de 5%, que seriam abatidos nas contratações futuras.
JFRJ 5 |
Qualquer obra do governo de RJ tinha acerto. Era a “regra”.
Na reunião de 2009 para tratar da entrada da AG no consórcio das obras do Maracanã Cabral pediu propina de 5%.
Os recursos destinados ao pagto de propina eram provenientes do caixa 2 da AG, gerados através das empreas de Adir Assad. Flávio era o intermediário da AG com Adir.
JFRJ6 |
Era o governo do estado do RJ que definia previamente as empresas e consórcios que ganhariam cada obra pública.
Após a reunião com Cabral, Clóvis primo fechou a parceria com Benedito Júnior da Odebrecht. Em nenhum momento a AG conversou com a Delta ou Cavendish.
O processo licitatório das obras do Maracanã foi simulado, Tudo foi acertado de antemão.
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