Flávio Turquino e Juliana Turquino, foto site folha de londrina |
"Não
vou fazer. Tenho
uma família, não preciso de dinheiro, eu prezo por fazer as coisas
certo. Não quero estragar o nome da minha família" ( Flávio
Turquino.
)
"O empresário Alexandre Margotto, ligado a Lúcio Bolonha Funaro - apontado como operador financeiro de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e preso na Lava Jato - revelou em sua delação premiada mais detalhes da ligação do ex-ministro Geddel Vieira Lima com um suposto esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal.
A
delação do empresário, que foi homologada pelo juiz Vallisney
Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, foi obtida com
exclusividade pelo Fantástico (veja
no vídeo acima). O
acordo de Margotto com a Justiça revela ainda o suposto envolvimento
do empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, com as
operações irregulares no banco federal. As defesas de Joesley e
Geddel negam relação com Alexandre Margotto.
O
depoimento do empresário revelou também uma surpresa pela 1ª vez:
o delator conta que esse escândalo revelou ao menos uma pessoa
honesta, um personagem que se recusou a praticar corrupção.
Caso
de honestidade
Margotto
também afirmou que Joesley Batista queria ter influência sobre o
Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério
da Agricultura, um cargo estratégico
para seus negócios.
Segundo
o delator, Joesley queria colocar um nome de confiança dentro do
governo federal. Margotto, em negociação com Funaro e Eduardo
Cunha, indicou Flávio Turquino. Isso foi em agosto de 2013 e houve
protesto contra a nomeação política para um cargo sempre ocupado
por técnicos do Ministério.
À
primeira vista, a estratégia deu certo e Turquino foi nomeado. Mas,
segundo Margotto, depois Turquino não aceitou as condições do
esquema. E com menos de dois meses pediu demissão. É a primeira vez
que uma delação revela que alguém foi honesto.
"Alguma
operação que eu não sei te dizer, o Flávio ficou absurdado. Falou
'não vou fazer'. 'Tenho uma família, não preciso de dinheiro, eu
prezo por fazer as coisas certo. Não quero estragar o nome da minha
família'", disse Margotto, na delação premiada. O Ministério
Público questiona: "Trocaram ele?". Alexandre Margotto
responde que ele próprio pediu para sair".
Fonte: "g1"
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