Realmente,
no site do TSE, em sua prestação de contas da campanha eleitoral de
2014, consta uma doação eleitoral de 19 mil reais. Ela não foi feita diretamente ao candidato, mas via Comitê Financeiro Nacional da campanha de Dilma Roussef. Mas o
que mais chama a atenção é o fato desta doação ter sido a única
recebida em dinheiro vivo ("estimada") do referido Comitê.
Todas as outras três doações recebidas do Comitê Financeiro de
Dilma, no valor de 100 mil reais cada, foram feitas por meio de
cheques (ver abaixo). Por que ele recebeu estes recursos dessa forma
e não por meio de "depósito em espécie", "cheque"
ou "transferência eletrônica", outras três formas de
recebimento de valores declaradas por ele na sua prestação de contas? Em tempos de Lava Jato não basta provar que não recebeu recursos por fora, via caixa dois de empresas. É preciso mostrar também que as doações feitas por dentro, via caixa um, têm origem lícita.
Observem que a JBS doou 100 mil reais a Jânio via Comitê Financeiro Nacional de Dilma por meio de cheque. A JBS e a Vigor, que pertence à primeira, são citadas na representação que provocou a cassação da chapa Pezão-Dornelles pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo o jornal O Dia (ver "odia"), em junho de 2014, as duas empresas ganharam do governo do estado um empréstimo por 30 anos de terreno em Barra do Piraí, no Sul Fluminense. Depois, a JBS doou R$ 6,6 milhões para o Comitê Financeiro Único do PMDB do Rio.
A JBS reiterou que todas as doações foram realizadas de forma legal, e que “é desleal a tentativa de quem (...) tenta associar doações políticas a investimentos produtivos que geram empregos e fomentam a economia.” A Vigor informou que o investimento fez parte de estratégia de expansão regional e que hoje, com 100 empregados, a fábrica apresenta crescimento de 50% ao ano.
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