Jânio e Pezão, foto blog cartaovermelho |
A Folha dos Lagos noticiou ontem (15) que o deputado Jânio Mendes teve seu nome listado como recebedor de R$ 19 mil em uma planilha de pagamentos entre as seis encontradas durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de Luiz Carlos Bezerra. A ação ocorreu em novembro de 2016 durante a Operação Calicute, em que Sérgio Cabral foi preso. Bezerra é acusado de ser o operador da organização criminosa liderada pelo ex-governador.
Planilha em que o nome de Jânio Mendes aparece |
A PF investiga se a contabilidade de Bezerra é referente ao pagamento de propinas, inclusive ao governador cassado Luiz Fernando Pezão, que recebeu cerca de R$ 300 mil, segundo a lista. O nome do governador aparece em seis planilhas de contabilidade apreendidas.
Segundo o jornal O Dia, nas planilhas, a Polícia Federal diz que o apelido “Pé” refere-se a Pezão e aponta quatro pagamentos de R$ 140 mil. As grafias “Pezão” e “Pzão” aparecem em outras duas planilhas com repasses de R$ 100 mil (parcelados em duas vezes) e de R$ 140 mil.
Planilha dois |
Na lista, há outros apelidos como “Fani”, “Ramos”, “Susi”, “Stern” e “Tia” com repasses que chegam a R$ 200 mil. O nome do Deputado Jânio Mendes aparece por completo, sem apelido.
Planilha três |
O agente federal que fez o relatório diz que não há dúvidas do recebimento do dinheiro por parte do governador. “Apesar de ainda não determinada a análise do material (outras pessoas recebedoras de valores estão sendo identificadas) é certo que foi identificado como recebedor de valores o Sr. Luiz Fernando Pezão”, escreveu.
Como o governador possui foro privilegiado, a documentação deverá ser encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça, mas antes o Ministério Público Federal dará o parecer sobre o caso.
As anotações não dizem o ano em que os repasses foram feitos, somente os dias. Eles seriam entregues em mochilas por Bezerra no escritório de Adriana Ancelmo e para o seu sócio, o advogado Thiago Gonçalves Pereira, que se encontram presos.
JBS e Vigor se posicionam sobre doação
Citadas na representação que provocou a cassação da chapa Pezão-Dornelles pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), as empresas JBS e Vigor enviaram nota ao DIA depois de reportagem publicada ne edição desta quinta-feira. Em junho de 2014, elas ganharam do governo do estado um empréstimo por 30 anos de terreno em Barra do Piraí, no Sul Fluminense. Depois, a JBS (à qual pertence a Vigor) doou R$ 6,6 milhões para o Comitê Financeiro Único do PMDB do Rio.
A JBS reiterou que todas as doações foram realizadas de forma legal, e que “é desleal a tentativa de quem (...) tenta associar doações políticas a investimentos produtivos que geram empregos e fomentam a economia.” A Vigor informou que o investimento fez parte de estratégia de expansão regional e que hoje, com 100 empregados, a fábrica apresenta crescimento de 50% ao ano.
Fonte: "odia"
A resposta dada por Jânio assemelha-se às dadas por todos os suspeitos pegos pela Operação Lava Jato: todas as doações que recebi foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral, que aprovou minhas contas.
A resposta dada por Jânio assemelha-se às dadas por todos os suspeitos pegos pela Operação Lava Jato: todas as doações que recebi foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral, que aprovou minhas contas.
Por telefone, Jãnio negou à Folha dos Lagos fazer parte de ‘esquema’. Diz que esse valor é referente a uma doação de campanha legal, feita em 2014, inclusive declarada à Justiça Eleitoral. Deputado diz que recebeu doações legais e que está à disposição da Justiça
– Não recebi doação de Cabral, recebi doação estimada em material de campanha, placas, santinhos e cotas do programa de TV. Muito menos conheço a pessoa de quem se fala [Bezerra] – ele disse, ontem, por telefone, à Folha.
"Jamais recebi propina. Todas as doações que recebi foram oficiais. A doação que recebi está na página do Tribunal de Contas no ano de 2014. O valor foi de R$ 19 mil. Se chamado pela Polícia Federal, prestarei esclarecimento".
Fonte: "folhadoslagos"
A notícia repercutiu na Região dos Lagos. O blog RC24h ("rc24h") publicou o post "SÓ
SE FALA NELE", onde garante que "o povo não está se dando por convencido com as alegações do deputado".
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