Esposas
e familiares dos policiais lamentam o caos da corporação
Instaladas
em frente ao portão do 25º Batalhão desde a noite de anteontem e
sem previsão de quando vão sair, os manifestantes – em sua grande
maioria esposas de policiais – fazem questão de gritar para quem
quiser ouvir os problemas da corporação, que, segundo elas,
chegaram a um nível insuportável. As queixas são muitas, mas a
principal é o calote do Governo do Estado, que resultou despejos de
PMs e falta de dinheiro para comprar comida.
– Dois
PMs que conheço foram despejados. Nossas contas estão atrasadas.
Tem amigo que está quase perdendo o carro financiado. Alguns têm
que escolher entre comer ou pagar o IPVA – afirma uma delas, que,
como todas, não quis se identificar.
Debaixo
do forte sol, elas disseram que não há dia marcado para ir embora.
Elas vão lutar até o fim para que situações como essa deixem de
acontecer:
– Tem
PM que não tem dinheiro para comprar comida. Não tem nem
possibilidade de botar o combustível no carro.
Outra
manifestante reclamou da insegurança do trabalho. Segundo ela, o
marido sai para trabalhar sem saber se volta.
– Nós,
familiares, amigos ou conhecidos dos policiais, passamos por
insegurança todo dia. É um trabalho muito perigoso. Todos querem
sempre os seus direitos, mas nunca o direito dos outros –
questiona, defendendo o direito de greve dos policiais, que é negado
pelo regimento militar que impera na corporação.
Uma
das esposas não viu o marido receber mesmo após trabalhar por três
dias seguidos.
Durante
as Olimpíadas, meu marido trabalhou três dias consecutivos e não
recebeu por isso. O Regime Militar só pune o PM. O salário é a
base da nossa manifestação. Mas não é só isso. Os policias
enfrentam diariamente viatura com pneu careca, falta de munição...
Tem PM empurrando viatura dentro de uma comunidade. Isso é absurdo
– contesta ela, revoltada com o governo.
Fonte:
"folhadoslagos"
Nenhum comentário:
Postar um comentário