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sábado, 22 de junho de 2019

Cidade em Febre

Cartaz do curta Cidade em Febre

O IAB-Núcleo Búzios promove na próxima quarta-feira, dia 26/06, no Gran Cine Bardot, a exibição do curta “Cidade em Febre”, produzido como trabalho final de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ por Marcos Reis e Felipe Teles. O documentário trata da relação da indústria do turismo e seus impactos na cidade de Búzios.
Após a exibição acontecerá um debate com os produtores e pessoas envolvidas com o tema na cidade.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

As contradições dos candidatos a prefeito na eleição suplementar em Cabo Frio no debate da Inter TV

Candidatos na INTERTV para o debate, foto G1

O debate da Intertv, realizado na noite do último domingo (17), reuniu os seis candidatos a prefeito de Cabo Frio na eleição suplementar do próximo domingo (24). Curiosamente, quase todos garantiram que não são políticos. Esta é a primeira contradição. O único que assumiu a condição de político sem ressalvas foi Marquinho Mendes. Relaciono a seguir as contradições dos candidatos observadas durante o debate.

Quem não viu o debate, acesse o link: "eleicaosuplementarcabofrio"

1) MARQUINHO MENDES

Como não poderia deixar de ser, o candidato que provocou a eleição suplementar apresenta a maior contradição. É a contradição em si, pois quem provoca uma nova eleição, não pode de forma alguma disputá-la. É questão de bom senso.

Estranhamente Marquinho apresentou-se muito nervoso para um candidato com larga experiência política. Chegou a esquecer de fazer a primeira pergunta.

Em nenhum momento assumiu parte da responsabilidade pela grave crise pela qual passa o município de Cabo Frio. Como se não tivesse, segundo Dr. Adriano, "caminhado 16 anos com Alair Corrêa", sido seu vice por 8 anos, "deputado estadual eleito com ele e prefeito eleito por ele".

Marquinho não teve o mínimo pudor em se apresentar como gestor competente que "muito fez" por Cabo Frio, e que, por isso, será capaz de fazer "muito mais" no futuro.

Perguntado por Dr. Adriano e Rafael Peçanha sobre a corrupção que imperou no município durante os últimos 22 anos (super-salários, prisões na Comsercaf, etc), teve a cara de pau de dizer que não existiu corrupção alguma em seu governo. Logo o candidato "multiprocessado", como afirmou Leandro (dizem que ele responde a mais de 500 processos), que recentemente ficou inelegível por 8 anos, após condenação por improbidade administrativa em segunda instância. 

Marquinho alega que nada foi apurado de irregular na Comsercaf. Tanto que todos os envolvidos  "estão soltos", segundo ele. As investigações prosseguem e seu nome não apareceu nas denúncias, acrescentou. 

Marquinho se defende do ataque de Dr. Adriano contra-atacando. Garantiu que Alair Corrêa é o padrinho político de Dr. Adriano, que sua coordenadoria de campanha estaria formada por ex-assessores de Alair e mais grave, denunciou que os pais de Dr. Adriano teriam sido fantasmas da prefeitura. Ambos, pai e mãe, receberam portarias dada pelo ex-prefeito e que ficavam em casa sem trabalhar. 

Populista ao extremo, nas considerações finais, se apresenta como "cuidador" de pessoas. Conclue mandando um grande beijo no coração dos telespectadores, a moda Chiquinho da Educação. Não sem antes agradecer a Deus.

2) DR ADRIANO
Dr. Adriano tenta durante grande parte do debate se defender da acusação de que é apadrinhado por Alair Corrêa. Para tanto, é obrigado a mentir que como vereador votou contra todas as matérias que Alair Corrêa encaminhou à Câmara de Vereadores. Pode ter votado, como disse, contra a reeleição de Marcelo Corrêa, mas isso não teve a menor importância porque Marcelo foi reeleito. Pode não ter compactuado com nenhum ilícito como assegurou, mas é fato que participou da base parlamentar de sustentação política do desgoverno do ex-prefeito Alair Corrêa. Seria melhor que tivesse assumido o fato e ter feito autocrítica desse posicionamento político do passado. 

Dr. Adriano é um dos que se apresenta como não político. Diz que é médico e não um profissional da política. Prometeu mudar o modelo político imposto a Cabo Frio nesses últimos 22 anos, fazendo um governo "enxuto, técnico e transparente". 

Dr. Adriano mostrou que acusou o golpe quanto a denúncia feita pro Marquinho Mendes  de que seus pais teriam sido fantasmas na Prefeitura. Pediu direito de resposta aos organizadores do debate, mas não foi  atendido. Ainda atordoado pela denúncia, esquece o tema da pergunta ao se dirigir ao candidato Leandro. Sua defesa é muito frágil: disse que a "campanha política está tão baixa que se ataca pai e mãe sem provas". 

Rafael Peçanha o acusa justamente de não ter fiscalizado o governo Alair quando era vereador. Não fiscalizou porque era da base de apoio parlamentar a Alair. A Câmara passada era a Câmara do Silêncio. Nessa condição realmente se calou quanto às irregularidades na Comsercaf. A sua argumentação de que não conseguiu aprovar o projeto de informatização dos postos de Saúde por ser de oposição a Alair não convence ninguém.

Nas suas considerações finais reafirma que não é político profissional e que não quer ser político de carreira. Segundo ele, "minha missão é quebrar o modelo político que se instalou nessa cidade e que tanto mal fez para a a população desta cidade. Vamos fazer a verdadeira mudança que essa cidade precisa".

3) CARLÃO
Chamado de "amigo" por Marquinho Mendes. No debate, sem a menor cerimônia, pediu o apoio de Alair Corrêa. Para ele, Alair foi um "grande prefeito". "Seu erro foi ter negligenciado na escolha de seus assessores e secretários". Como se fosse possível, pretende que o próximo governo não resulte de acordos políticos. Não esquece de ensaiar uma aproximação com Dr. Adriano, afirmando que ele é um "homem bom e puro".

Conclui, nas suas considerações finais, que a única solução para Cabo Frio é um "governo técnico, sem compromisso com grupos empresariais e políticos". E que ele seria o único que poderia estar a frente de um governo desses porque o seu partido "não tem nenhum empresário". Como se isso fosse garantia de um "governo técnico".

4) CRISTIANE FERNANDES
Foi a escolhida por Marquinho Mendes para fazer dobradinha. Das 4 perguntas que fez, três foram dirigidas a ela. Não se sabe se houve algum acordo prévio, mas Cristiane não o incomodou nem um pouco com questionamentos durante o debate. 

O mesmo não se pode dizer em relação a Rafael Peçanha. Logo em sua primeira pergunta criticou a fala de politica de emprego e renda também no governo passado do PDT. Também tentou comprometê-lo com as duas greves dos professores de 2016 e 2017 perguntando sobre a questão da "aprovação automática" que, segundo Cristiane, elas teriam causado.

Cristiane se apresenta como gestora pública técnica. Esse argumento passa uma ideia de neutralidade que permite justificar a participação em qualquer governo, inclusive dos "mais desastrosos", como os governos de Marquinho e Alair, segundo Leandro. Mesmo tendo participado desses dois governos disse, nas considerações finais, que é a candidata da transformação e que defende um novo modo de fazer política.

5) RAFAEL PEÇANHA
Parece que gosta de fazer pegadinhas. Como se mostrar conhecimentos pontuais fosse pré-condição essencial para uma boa gestão. Fez duas no debate: 
1) Pegou Leandro ao perguntar sobre a escola quilombola Francisco Franco, situada na área rural de Cabo Frio, no Araçá. Leandro ficou em falação genérica sobre educação por desconhecer completamente a realidade da escola.

2) Pegou Dr. Adriano que desconhecia completamente a existência do Grupo Executivo (GEX) estabelecido pela Lei Municipal de Incentivos Fiscais para fazer a captação de investimentos, atrair novas empresas e ir ao encontro dos empresários locais.

Ao ser questionado por Leandro de que sua candidatura não pode ser considerada independente porque seu partido, o PDT, apoiou o "multiprocessado' Marquinho Mendes,  fez dobradinha de deputado com ele , elegendo Marquinho  suplente de Eduardo Cunha e Jânio Mendes, e que o partido de seu vice, o PSB, era da base do prefeito cassado, Rafael Peçanha nada responde. Prefere qualificar a pergunta como "picuinhas pequenas e provincianas".

Rafael diz, com razão, que tem história de luta na cidade. Membro do CAE e do FUNDEB, não faz política apenas de 4 em 4 anos. Realmente denunciou compras emergenciais e o mau uso do FUNDEB, coisas que a Câmara não fiscalizou. 

Nas considerações finais se apresentou "como o único que tem coragem para romper com esse sistema de 22 anos" e que está preparado pois tem "tem trabalho para mostrar, tem força e coragem para transformar a cidade". Como se só bastasse força e coragem.

6) LEANDRO
Cai na pegadinha de Rafael Peçanha no caso da escola quilombola Francisco Franco, que parece não conhecer. Nervoso em grande parte do programa, comete alguns erros básicos em debates como ler pergunta e elogiar adversário como fez com Rafael: "hábil no uso das palavras".

Também se apresenta como não político. Disse que é funcionário da Petrobrás e professor de administração da Universidade Estácio de Sá. Por isso, garante, teria "capacidade administrativa para promover a maior transformação que CF já viu".

Questionado por Rafael pelo fato do presidente do seu partido PSOL ser um "portariado" (ter cargo comissionado) do governo Marquinho Mendes, governo que tanto critica, limita-se a responder que tem "orgulho de nossos militantes".

Sectariamente, afirma que só o PSOL pode estabelecer uma Gestão Participativa, porque seria, ao seu modo de ver, o único que tem compromisso com o social. E que só a sua candidatura é realmente independente, pois não tem compromisso com nenhum grupo político da cidade.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Delação Premiada: Repercussões Legais e Sociais

Nosso eterno Juiz Dr. Marcelo Villas- melhor juiz que a cidade já teve- participou recentemente de debate na Universidade Cândido Mendes de Friburgo. Os debates foram  transmitidos pela Luau TV. Veja os blocos 1, 2 e 3 nos links abaixo:  





Debates UCAM  26/10/2017 - Bloco 4 - Luau TV


sábado, 12 de agosto de 2017

As desculpas esfarrapadas do Deputado Jânio Mendes

Deputados que retiraram assinaturas da CPI da Fetranspor: Jânio Mendes e Jorge Felippe Neto (no alto); Luiz Martins e Márcia Jeovani; Milton Rangel e Zaqueu Teixeira, Foto do Blogdogarotinho

O Deputado Estadual Jânio Mendes assinou o requerimento de instalação da CPI da Fetranspor e, dias depois, retirou sua assinatura, com a desculpa esfarrapada de que o MPF e a PF já estão investigando as empresas de ônibus. Essa desculpa é muito manjada. Sempre é usada pelos governos quando querem abafar CPIs incômodas para si e para os seus deputados. Também é muito comum esses governos acusarem, como fez Jânio, os requerentes de CPIs de estarem fazendo firula, jogando para a plateia. 

Revelando total falta de argumentos para o fato de ter retirado sua assinatura do requerimento, passa a atacar o deputado Freixo do Psol, o acusando de não querer ver instalada a CPI dos Incentivos Fiscais. Freixo, segundo Jânio, teria ingressado com um recurso à Justiça para "engavetar" esta CPI.   

Presente no Plenário, o Deputado Freixo desmentiu imediatamente Jânio. Não há nenhum recurso judicial em relação à CPI dos Incentivos Fiscais. Freixo explica que o que há é um recurso à Mesa, que "não foi respondido até agora". O próprio Presidente André Ceciliano reconhece que existe uma ação judicial sim, mas quanto ao impeachment do governador.    

Segundo Freixo, o recurso à Mesa se deve ao fato do Regimento Interno ter sido rasgado, pois quem propõe a CPI preside a CPI e indica um membro. Essa manobra regimental da Mesa, visava controlar a CPI, que o governo não queria ver funcionando. Uma CPI que foi aprovada a contragosto do governo. Sabe, é aquela coisa: assina porque vai pegar mal se não assinar, depois a gente resolve controlando a CPI.

E conclui: "O que entramos na Justiça foi um pedido de impeachment contra esse Governador corrupto. O que muita gente aqui não tem coragem também de fazer, porque faz parte desse Governo, que vem falar em defesa do servidor, mas faz parte, é da base desse Governo que arruinou a vida dos servidores. Tem que ter lado e admitir o lado que tem". 

Veja na íntegra o debate realizado na sessão do dia 10/08/2017. 
Observação: os grifos são meus.

Texto da Ordem do Dia

O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Havendo número legal, está aberta a Sessão.
Convido o Sr. Deputado Janio Mendes a proceder à leitura da Ata da Sessão anterior.
(O SR. JANIO MENDES LÊ A ATA)
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Lida e aprovada a Ata, passa-se à Ordem do Dia.
O SR. JANIO MENDES – Peço a palavra, pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. ZAQUEU TEIXEIRA – Peço a palavra, pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Imagino o que V. Exas. querem falar, mas temos o compromisso de falar sobre a pauta.
O SR. ZAQUEU TEIXEIRA – Sr. Presidente, quero esclarecimento sobre o Regimento, por isso quero falar pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Então, pela ordem, tem a palavra o Sr. Deputado Janio Mendes.
O SR. JANIO MENDES (Pela ordem) – Sr. Presidente, V. Exa. tem sido rigoroso, porém condescendente nos últimos dias, principalmente com a oposição. Que seja, hoje, com os seus.
Fui citado como um parlamentar que retirou a assinatura, dentro das normas regimentais, do Requerimento que solicita uma CPI para apurar as empresas de ônibus no Estado do Rio de Janeiro. Devo um esclarecimento a este Parlamento e àqueles que nos acompanham pela TV Alerj, ao eleitor, ao cidadão do Estado do Rio de Janeiro.
Está instalada, no Ministério Público Federal, uma investigação em curso da Lava-Jato que apura as empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro e sua relação com o Governo do Estado. Essa investigação já levou à prisão de todos os diretores da Fetransport, apreendeu todos os documentos e computadores, levou à prisão os agentes públicos responsáveis pela política pública do Estado à época, já indiciou criminalmente, concluindo a fase de investigação de alguns atos dessa apuração. A investigação está anos-luz à frente do que se propõe uma CPI da Assembleia Legislativa. Uma CPI implica em custo para a Assembleia Legislativa e para o Estado. É alimentação, criação de cargos e, ao final, vai levar seu resultado ao Ministério Público para processar, uma coisa que o Ministério Público já está fazendo.
Tenho acompanhado muitas comissões parlamentares em câmaras municipais muito próximas que servem para atrapalhar a investigação judicial. Tenho certeza de que esse não era o objetivo da CPI, mas ela perdeu o seu objeto, porque o Ministério Público Federal e a Polícia Federal já o estão fazendo, punindo, inclusive bloqueando recursos da empresa para ressarcir o prejuízo do Estado. Portanto, uma CPI nessa direção é apenas firula, jogar para a plateia para criar palanque político, e a isto eu não me sirvo, eu não me prestarei.
Quero dizer, concluindo, que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal só estão anos-luz à frente da Assembleia Legislativa nesse processo porque, infelizmente - e essa é a verdade - este Parlamento aprovou uma CPI e a Mesa publicou, designou os membros para apurar os incentivos fiscais e tributários concedidos pelo Estado de 2008 até os dias atuais, onde seriam investigadas as empresas de ônibus, Barcas S/A, Fetranpor; todas que tiveram incentivos tributários e fiscais do Estado. Mas infelizmente, essa CPI foi engavetada por um recurso atravessado aqui para o Tribunal de Justiça apenas com o objetivo de não a ver instalada, de não se apurar.
Se alguém merece dar alguma explicação ao povo do Rio de Janeiro são aqueles que engavetaram a CPI dos incentivos fiscais, porque se ela tivesse sido instalada em 15 de março, a Assembleia Legislativa teria sido a protagonista das ações que hoje estão sendo desencadeadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Qualquer coisa diferente disso é buscar palanque político.
Eu, aqui na Casa, respeito as diferenças, respeito as minorias. Trabalhei muito aqui para que Deputados da minoria não perdessem Comissão, não fossem agredidos moralmente. Se há uma obstrução que eu fiz neste Parlamento foi impedir a agressão, a injúria e a ofensa àqueles que não a mereciam. E continuarei nesta linha.
Agora, não vou admitir nunca na minha vida. Tenho 52 anos de idade, venho do interior, 30 anos de vida pública, moro na mesma casa há 52 anos, tenho uma família e um nome a zelar. Fui vereador, o único a votar contra a prorrogação da concessão das empresas de ônibus na minha cidade, por 50 anos. Fui ao Ministério Público e denunciei. Fui à Justiça e ganhei a ação determinando que houvesse concorrência pública para as empresas de ônibus na minha cidade. Não vou admitir que o meu nome seja utilizado para aqueles que, loucos por um holofote, uma mídia, tentam enganar a população dizendo que querem fazer uma CPI.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Conclua, Sr. Deputado.
O SR. JANIO MENDES – Quer fazer uma CPI? Tirem da gaveta a que está autorizada e comece a trabalhar.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Deputado Zaqueu Teixeira.
O SR. ZAQUEU TEIXEIRA – Sr. Presidente, os argumentos pelos quais o Deputado Luiz Martins, o Deputado Janio Mendes e eu, que somos do PDT, retiramos a CPI já foram explicados pelo Deputado...
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Não citou nome de ninguém. Não vou dar.
Votada a pauta, se cair a Sessão, fala.
Por favor, Deputado Zaqueu Teixeira.
O SR. ZAQUEU TEIXEIRA – E nós estamos aqui para que os esclarecimentos necessários sejam dados. Na hora em que se precisa de uma assinatura, nós servimos. Quando se reflete sobre os fatos e entende que o melhor é deixar a Justiça fazer o seu trabalho, você é crucificado. Aí, só lembram daqueles que apoiaram para a instalação da CPI; não lembram daqueles que nem assinar, assinaram.
Então, se errei, errei muito mais porque assinei. Nem assinar a CPI eu deveria ter assinado, porque analisando os fatos de forma madura, o fato é que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão a anos-luz de qualquer investigação que poderíamos fazer aqui. Lá existem provas colhidas, mandado de busca e apreensão, escutas telefônicas, quebra de sigilo, delações. Muito mais do que nós poderíamos fazer aqui, o Ministério Público Federal já está fazendo. As denúncias já estão feitas.
Nada será paralisado. O seu caminho, o seu curso transcorrerá normalmente.
Tenho aqui, por hábito, apoiar todas as CPIs, inclusive, a das isenções fiscais para a qual fui designado como membro. Quero saber de V.Exa. por que essa CPI não foi instalada. Quero a palavra oficial da Presidência da Assembleia, porque o requerimento foi publicado no dia 15 de março, os membros foram designados no dia 16. Hoje, está caindo na conta da Presidência da Assembleia a não instalação.
Se tivesse sido instalada, independentemente dos membros que lá estivessem - e qualquer um dos 70 Deputados pode participar de uma CPI; mesmo não sendo membro, pode fazer qualquer tipo de questionamento, qualquer requerimento -, ela teria produzido algum efeito. Um dos principais seria investigar os benefícios tributários que as empresas de ônibus receberam. Teríamos contribuído, sim, com aquela investigação do Ministério Público que denunciou todos aqueles que são das empresas de ônibus. Agora, estamos a reboque, porque o papel central que ela teria, que era a instalação da CPI para apurar as isenções e os benefícios tributários, não foi realizado.
Faço essa questão de ordem a V.Exa. para saber por que não foi instalada, já que está publicada e regimentalmente amparada nesta Casa.
(MANIFESTAÇÃO NAS GALERIAS)
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Respondendo a questão de ordem do Deputado Zaqueu Teixeira, foi protocolada e foi publicada. O titular do pedido, o Deputado Marcelo Freixo, por conta do Regimento, pode indicar um membro da CPI. Não instalou porque, na publicação, o membro que ele indicou não era titular. No entendimento da Mesa, os membros da CPI são os titulares e os suplentes. No entendimento do Deputado Marcelo Freixo, teria que ser titular e ele buscou o Judiciário...
O SR. MARCELO FREIXO – Não buscamos o Judiciário. Isso não é verdade.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Não buscou?
O SR. MARCELO FREIXO – Não há qualquer ação judicial. Isso é uma inverdade. O recurso é à Assembleia Legislativa; não há qualquer ação judicial. Mente quem fala isso.
Ordem do Dia 10/08/2017

O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Ah! Perdão!
O SR. MARCELO FREIXO – O recurso era à Mesa, e não foi respondido até agora.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Existe, sim, uma ação, mas é contra o impeachment, que assinei semana passada.
O SR. MARCELO FREIXO – Exatamente, impeachment que muita gente que não tem coragem de votar.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Mas isso é outra coisa.
Está respondido, Deputado Zaqueu?
O SR. ZAQUEU TEIXEIRA – Está respondida a questão de ordem. Acho importante, já que o recurso é à Mesa, que a Mesa tenha uma posição, porque a CPI tem prazo de 90 dias para funcionar, podendo ser prorrogada por mais 60. Eu fui indicado suplente dessa CPI e não quero que, amanhã, a Mesa venha dizer que, por decurso de prazo, a CPI não pode ser mais instalada. Então, Sr. Presidente, tem que haver uma decisão. Se é para instalar, que se instale. Não é possível que apoiemos uma ação, para que a investigação seja feita, e isso não acontece. E fica a dúvida quanto ao porquê.
As coisas devem ficar bem claras. Coloquei meu nome para ser suplente, porque quero trabalhar, quero contribuir e apurar as responsabilidades daquilo que foi concedido. Tenho certeza de que muitos dos benefícios são lícitos, corretos e deveriam ser dados e essas empresas também ficam maculadas com a dúvida sobre o benefício. Queremos pegar aqueles que, de fato, utilizando os benefícios dos incentivos, estão tirando recursos do Estado, que faltam na hora de pagar o servidor público e na hora de fazer com que os serviços básicos estejam funcionando. Esses é que temos que apontar e só conseguiremos fazer isso fazendo a CPI e avançando nas investigações.
Muito obrigado.
O SR. MARCELO FREIXO – Peço a palavra pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Tem a palavra pela ordem, o Deputado Marcelo Freixo, e vamos seguir com a pauta.
O SR. MARCELO FREIXO (Pela ordem) – Presidente, primeiro, quero deixar claro que o debate político não é um debate pessoal. Por mais que, às vezes, isso se aproxime desse ponto.
Sempre tive relação pessoal fraterna e respeitosa. Sempre! E vou continuar tendo. Mas alguns pontos precisam ser esclarecidos. Mente o Deputado que vem dizer que a CPI não funciona por uma ação da Justiça. No mínimo, é desinformado. Não é verdade. Não há essa notícia.
Tem um recurso à Mesa por uma questão muito evidente: ninguém, mais do que nós, bateu na questão dos incentivos fiscais ao longo de todo tempo nesta Casa. Foi a bancada do PSOL que mais falou sobre isso. Fomos nós. Por que os outros, que estão dizendo agora que querem muito trabalhar, não fizeram a proposta? Não fizeram porque o Governo não deixa. Não fizeram porque são subservientes à vontade do Governo. Em relação a todas as pautas. Não tem independência, não tem autonomia. Mas queremos também trabalhar, por isso fomos nós que fizemos a proposta da CPI.
O que não vamos aceitar, Sr. Presidente, é que o Regimento Interno seja rasgado e que tentem controlar uma CPI que não queriam aprovar. O Regimento Interno é claro quando define quem é membro e quem é suplente. Há diferença. Membro é titular e o Regimento Interno é claro sobre isso: membro é titular. Por isso o nome é suplente de quem não é membro. O Regimento Interno é evidente sobre isso e é claro: quem propõe a CPI preside a CPI e indica um membro. Não fala membro ou suplente. Indica um membro. Então, tem que ser titular. Quando foi publicado, o Regimento Interno não foi respeitado.
Esse é o nosso recurso à Casa e não ao Judiciário, querendo que possamos presidir e ter mais um membro. Não estou respondendo porque é esse Governo que não quer essa investigação. Acho ótimo que o Deputado queira trabalhar e que trabalhe, mas não vem aqui dizer isso.
Presidi duas CPIs, com vários Deputados que estão aqui. Foram bem-sucedidas, chegaram até o final e foram corajosas. E relatei uma outra, com vários Deputados que estão aqui. Todas as CPIs em que participei, foram sérias e chegaram ao final. Todo mundo aqui sabe disso.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Queira concluir, por favor, Deputado.
O SR. MARCELO FREIXO – E com grande consequência.
Vou usar o mesmo tempo que foi usado aqui.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – V. Exa. usou ontem o tempo ...
O SR. MARCELO FREIXO – Mas ontem era ontem, era uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – ... mais que cinco minutos ...
O SR. MARCELO FREIXO – Sr. Presidente, eu vou concluir.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Deputado Marcelo Freixo, ...
O SR. MARCELO FREIXO – Eu vou concluir, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Deputado Marcelo Freixo, por favor.
Sobre esse assunto, não vou dar mais pela ordem. Vamos votar a pauta. Se cair a pauta, após a pauta ...
O SR. MARCELO FREIXO – Eu vou continuar meu raciocínio.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – ... todo mundo pode usar da palavra.
O SR. MARCELO FREIXO – O que entramos na Justiça foi um pedido de impeachment contra esse Governador corrupto. O que muita gente aqui não tem coragem também de fazer, porque faz parte desse Governo, que vem falar em defesa do servidor, mas faz parte, é da base desse Governo que arruinou a vida dos servidores. Tem que ter lado e admitir o lado que tem.
Não venha me dizer que não sabia o que estava assinando. Fomos claros na hora em que pedimos a assinatura. É uma assinatura para investigar a Fetranspor, que nunca foi investigada e que tem pressão do Governo, sim.
Não venha me dizer que os seis resolveram, por coincidência, juntos, concluir a mesma coisa e, no dia seguinte, retiraram a assinatura. Retiraram porque sofreram pressão. Sabemos disso e que se converse sobre o assunto.
O que não pode é sabermos pela imprensa, porque sequer deram um telefonema para nós, sequer vieram conversar. Soubemos pela imprensa. Não houve um comunicado oficial. Não estou citando ninguém. Mas a questão toda é a seguinte – eu estou falando da CPI - ...
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – V. Exa. também não foi citado, Deputado Marcelo Freixo.
O SR. MARCELO FREIXO – ... mas o meu trabalho foi.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Deputado Marcelo Freixo.
O SR. MARCELO FREIXO – Eu vou concluir, Presidente, V. Exa. não interrompeu ninguém. Então, peço que também não me interrompa.
Dizer aqui que o Ministério Público está investigando e que a CPI não tem que acontecer? Primeiro, quero dizer que meu trabalho não é menor do que o trabalho de Promotor nenhum. Segundo, a Comissão Parlamentar de Inquérito é um instrumento fundamental, diferente de uma investigação criminal porque, se for assim, nada do que o Ministério Público está investigando o Parlamento ...
A CPI é um instrumental fundamental que pode chegar aonde o Ministério Público não chega. Claro que enviamos ao Ministério Público, mas não venham usar desse subterfúgio porque já existe uma investigação. A Comissão Parlamentar de Inquérito tem um papel e o Poder Legislativo tem autonomia, não é dependendo de Ministério Público. Se eles lá estão fazendo o seu trabalho, que bom que tardiamente estão fazendo esse trabalho. Que se faça aqui tardiamente também, mas não venha dizer isso. Retirou assinatura porque tem pressão, porque a Fetranspor tem poder. É disso que a Lava Jato está tratando, de propina para este Governo que tem base aqui dentro. Quem faz assuma.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Para concluir, Deputado.
O SR. MARCELO FREIXO – Quem foi atingido não foi quem teve o seu nome divulgado. Quem foi atingido é quem tinha uma CPI proposta e foi golpeado, no dia seguinte - sem qualquer informação - da retirada de assinatura para não haver a CPI.
Tem razão o Deputado que diz que houve quem nem quis assinar. Tem razão, é verdade
Mas houve também a quem nem foi proposto, porque já tínhamos 27 assinaturas e demos entrada. E o Regimento é claro: depois de ter dado entrada, não se podia ter retirada a assinatura. E retiraram juntos! Todos chegaram à conclusão ao mesmo tempo?
O Ministério Público já estava investigando quando assinaram! Por que, quando assinaram, não pensaram que o Ministério Público já estava investigando? Esse raciocínio só veio depois de todos eles juntos?
Ninguém aqui é criança! Sabemos que tem pressão política e sabemos do poder da Fetranspor. Nós cumprimos nosso papel e vamos continuar cumprindo!
Sobre as isenções fiscais, queremos que V. Exa. e que a Mesa responda. E que cumpra o Regimento e que possamos ter o mesmo titular, como garante o Regimento, e vamos trabalhar, como sempre trabalhamos. É a bancada mais presente aqui!
O SR. JANIO MENDES – Sr. Presidente, ...
O SR. ELIOMAR COELHO – Sr. Presidente, pela ordem.
O SR. JANIO MENDES – Sr. Presidente! Sr. Presidente!
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Eu não vou mais conceder pela ordem...
Deputado Eliomar, com todo o respeito. Deputado Gilberto ...
O SR. JANIO MENDES – Sr. Presidente... Sr. Presidente, minha fala foi citada...
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Eu vou deixar o Deputado Janio Mendes...
Eu vou votar a pauta, Deputado Eliomar Coelho.
O SR. ELIOMAR COELHO – Não, não, não, não! É prerrogativa minha. Gui eleito, tenho que ser respeitado!
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Não, não.
O SR. ELIOMAR COELHO – É prerrogativa minha, tem que ser respeitada.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Estou respeitando, mas todo mundo quer falar ...
O SR. ELIOMAR COELHO – Não está respeitando, não! Nãostá respeitando não! Eu vou falar!
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Deputado Janio Mendes.
O SR. ELIOMAR COELHO – Eu vou falar!
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Eu chamo a atenção do som, para cortar o microfone de apartes.
Deputado Janio Mendes.
O SR. JANIO MENDES – Sr. Presidente, se o recurso é à Justiça ou à Mesa, o fato é que a CPI das Isenções está engavetada por um recurso.
Qual a razão do engavetamento? Qual a razão do engavetamento? Então que se julgue o recurso e se instale a CPI.
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Está superada a questão...
Com todo o respeito aos demais deputados, Eliomar ...
O SR. JANIO MENDES – Que se instale a CPI, Sr. Presidente. O que não pode é ter dois pedidos de CPI com o mesmo objeto...
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Deputado Jânio ... Deputado Janio... Não vai falar mais, Marcelo ...
Por favor, Deputado Janio... Por favor, Janio ...
O SR. JANIO MENDES – As empresas de ônibus têm que ser investigadas na CPI das Isenções Tributárias e Fiscais! Julga...
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Por favor, Deputado Janio ...
O SR. JANIO MENDES – Julga e instala a CPI ...
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Não, não, não. Não vai falar mais. Já parei lá, Marcelo!
O SR. FLÁVIO SERAFINI – Que é isso, Presidente!
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Não vai falar, Deputado Flávio Serafini! Por gentileza!
O SR. FLÁVIO SERAFINI – Presidente, está se repetindo uma mentira no microfone!
O SR. PRESIDENTE (André Ceciliano) – Em seguida, você poder falar até às 8 horas da noite!

Fonte: "alerj"

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Joel Piscina ## JANIO MENDES ##
Contra a CPI da FETRANSPOR. Federação das Empresas de Transportes RJ.
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Serviço essencial na vida do povo (onibus, vans, trens etc..) com a prisão do ex-governador Cabrão, levantou-se a suspeita de irregularidades.
Vamos lá gente compartilhem essa maravilhosa materia do ipbuzios.blogspot.com até que o candidato jano nemdis reveja sua postura.

Milton Da Silva Pinheiro Filho Deixarem de investigar a máfia dos transportes é se associarem com o que há de pior em nosso estado do Rio de Janeiro.Golpistas,aliados de bandidos não terão sossego em 2018.Todos serão combatidos durante a campanha eleitoral.Já estamos nos organizando contra estes safados. 

domingo, 23 de outubro de 2016

‘Eu roubo, mas não peço propina’

Ultrapassado nas pesquisas, o candidato do PSDB à prefeitura de Belo Horizonte, João Leite, subiu o tom. Em debate promovido pela Rede TV!, UOL, Veja e Facebook, o tucano insinuou que o rival é corrupto. Ao responder, o novo líder Alexandre Kalil, do PHS, cometeu sincericídio diante das câmeras: ''Eu roubo, mas não peço propina em Furnas''.

Leite ferveu: ''Vai ter que provar.'' E Kalil: ''Veio muito nervoso, veio muito preparado, mas tem o rabo preso, mano. […] Pode ficar pedindo direito de resposta, tá lá, delatado em Furnas com R$ 150 mil.''

Ficou-se com a impressão de que, a julgar pela opinião de um candidato sobre o outro, a capital mineira está condenada a eleger um desqualificado. E imaginar que um dia ambos foram a ambição de suas mães!





sexta-feira, 1 de abril de 2016

Moro feriu a lei ao divulgar gravações de Lula?

Foto revista Época

Para o jurista Ives Gandra Martins, Sergio Moro tinha a obrigação de tornar as provas públicas pela gravidade do que revelavam
ÉPOCA - Sergio Moro agiu legalmente ao divulgar gravações dos telefonemas de Lula?
Ives Gandra Martins –
 Moro agiu dentro da lei. Todo juiz que está em investigação penal e suspeita da pessoa que está sendo investigada tem direito,  por jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, de determinar a quebra de sigilo. O termo de posse que a presidente Dilma mandou para Lula demonstra que estava havendo uma tentativa de fugir da jurisdição de Moro. Ao tomar conhecimento da gravação em que fica nítido um desvio de finalidade na nomeação de Lula como ministro, ele achou necessário que todos conhecessem a gravidade do fato.
ÉPOCA - O que legitima a divulgação?
Ives Gandra -
 As delações premiadas estão sendo homologadas pelo Supremo. O ministro Teori Zavascki mandou publicar a delação do senador Delcídio do Amaral no site do Supremo para que todos tomassem conhecimento do que foi dito. Quando o magistrado, dentro da sua competência, toma conhecimento da gravidade de uma informação de interesse público tem obrigação de dar publicidade a ela. Entendo que Moro fez rigorosamente o que deveria fazer como magistrado, de acordo com o princípio da publicidade, um dos cinco princípios fundamentais do artigo 37 da Constituição.
ÉPOCA - Moro deve ser punido por divulgar gravações de Lula?
Ives Gandra -
 Isso não tem o menor sentido. Ele não fez nada de incorreto. Ao contrário, divulgou um assunto de relevância nacional e alertou o país sobre uma falta gravíssima. O que impressiona é que o fato, que representa desvio de finalidade e, portanto, crime contra a administração, não está sendo combatido. Estão combatendo a periferia, aquilo que é absolutamente legal.
ÉPOCA - A prerrogativa de foro privilegiado da presidente Dilma interfere na legalidade da divulgação?
Ives Gandra -
 Não, porque quem estava sendo investigado era Lula, não Dilma. Ela ligou para ele. Qualquer gravação telefônica autorizada pela Justiça tem sempre uma pessoa falando com aquela que está sendo gravada.
ÉPOCA - Se for provado que Moro determinou a suspensão das gravações de Lula antes do momento em que a conversa aconteceu, há ilegalidade?
Ives Gandra –
 Moro pediu que sustassem a gravação e a companhia telefônica atrasou para atender ao pedido. Ele obteve as informações ainda durante a sua competência como magistrado. Até um minuto antes da posse do presidente Lula como ministro no dia 17 de março, ele ainda era o juiz competente para investigá-lo. Vamos supor que estou investigando um narcotraficante. De repente, considero inútil continuar interceptando as ligações dele e mando suspender a gravação. Logo em seguida, uma gravação prova que ele está fazendo operação de narcotráfico. Como mandei suspender as gravações, não vou usar as provas? Neste caso, qualquer juiz mandaria continuar as investigações.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Quem mentiu mais no debate do SBT?

O blog "Preto no Branco" acompanhou ao vivo o debate presidencial promovido pelo SBT nesta quinta-feira, 16 de outubro. Confira abaixo a lista das checagens feitas com base no segundo confronto televisivo travado entre a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB, Aécio Neves.
CRISTINA TARDÁGUILA


DILMA ROUSSEFF (PT):


1) Lei Seca:
EXAGERADO
A Lei Seca (de número 11.705/2008) foi sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2008.
O que Dilma fez foi alterar a legislação tornando-a mais rígida, ao sancionar a Lei 12.760/2012 em 21 de dezembro de 2012.  
 2) Casos Pasta Rosa e Sivam:
FALSO
A Polícia Federal investigou o caso da Pasta Rosa. A acusação era que US$ 2,4 milhões foram doados pelo Banco Econômico para a campanha de 25 candidatos nas eleições de 1990. Naquele tempo, empresas eram proibidas de financiar campanhas.
O presidente do banco, Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco. Mas o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu o arquivamento do inquérito em fevereiro de 1996.
O caso Sivam também chegou a ser investigado pelo Ministério Público Federal, mas ninguém foi punido.
 3) Construção de metrôs:
VERDADEIRO
Segundo o site do Programa de Aceleração do Crescimento, na parte de mobilidade urbana, há o investimento federal para a expansão e construção de 9 metrôs no Brasil. São eles o de: Salvador, Fortaleza, Recife, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. 


AÉCIO NEVES (PSDB):
1) Morte de jovens:
VERDADEIRO MAS 
Relatório divulgado pela Unicef e citado pelo candidato informa que, em 2012 (último dado disponível na entidade), foram registradas 11 mil mortes por 100 mil habitantes na faixa etária entre 0 e 19 anos. Por dia, seriam 30,13 mortes.
Mas vale ressaltar que o estudo apontado também abrange crianças, não apenas jovens e adolescentes. 
 2) Irmão de Dilma:
VERDADEIRO 
De acordo com o Diário Oficial de Belo Horizonte, Igor Rousseff, irmão da candidata Dilma, foi realmente nomeado como assessor especial do Gabinete do Prefeito em 20 de setembro de 2003. A nomeação foi feita pelo prefeito Fernando Pimentel (PT).
 3) Inflação no país:
VERDADEIRO
Segundo a série histórica do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em janeiro de 2010, quando Dilma Rousseff assumiu a Presidência, a inflação era de 5,99%. A taxa de setembro, a última disponível, foi de 6,75%.
 4) Lei Seca:
VERDADEIRO
A proposta que endureceu a Lei Seca foi a de número 5607/2009, do deputado Hugo Leal, então no PSC, sancionada em 2012. 
 5) São Francisco:
FALSO
De acordo com o site do Ministério da Integração Nacional, a obra da transposição do rio São Francisco está com 66,1% das obras concluídas, com previsão de entrega em 2015. Ainda de acordo com o ministério, os dois canais de aproximação do eixo Norte e Leste já estão concluídos.
Segundo o site, catorze lotes estão em atividades hoje (Lote 1, em Cabrobó-PE; 2,3 e 8, em Salgueiro-PE; Lote 4, em Verdejante-PE; Lote 5, em Brejo Santo-CE; Lote 6, em Mauriti-CE; Lote 7, em São José de Piranhas-PB; Lotes 9 e 13, em Floresta-PE; Lotes 10 e 11, em Custódia-PE; 12, em Sertânia-PE; e 14, em São José de Piranhas-PB).

Outros trechos das obras no eixo Norte funcionam 24 horas por dias. São eles: de Brejo Santo a Jati-CE; de Mauriti-CE a São José das Piranhas-PB e na construção dos 15 quilômetros do túnel Cuncas I. No eixo Leste, as atividades no túnel Monteiro, localizado entre Sertânia-PE e Monteiro-PB, também estão funcionando em período integral.


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Wagner Fernandes de Almeida

6 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente
Que obra de metrô que existe em BH q não to sabendo? Não existe obra nenhuma aqui em andamento. Pelo menos em BH isso é falso.