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quinta-feira, 9 de julho de 2020

Ex-presidente do TCE-RJ em delação cita ex-prefeito de Cabo Frio Alair Corrêa

Contrato entre prefeitura de Cabo Frio e a empresa DENJUD refeições Coletivas



Conforme narrado na denúncia de autos nº 5013518-02.2020.4.02.5101, ASTÉRIO PEREIRA DOS SANTOS e CARLSON RUY FERREIRA ajustaram juntamente a Conselheiros do TCE/RJ a sistemática de pagamento de vantagens indevidas para divisão entre integrantes da Corte de Contas, para obter benefícios no recebimento dos valores devidos pelo Estado em razão de contratos firmados entre a SEAP/DEGASE e as empresas DENJUD/SINGULAR e JB ALIMENTAÇÃO E SERVIÇOS (corrupção passiva e ativa - artigo 317, § 1º e artigo 333, parágrafo único, do Código Penal).

Em razão da vantagem indevida paga aos Conselheiros do TCE, a empresa DENJUD/SINGULAR recebeu o valor de R$ 9.457.295,24 (nove milhões, quatrocentos e cinquenta e sete mil, duzentos e noventa e cinco reais e vinte e quatro centavos) do Fundo do TCE. Demais disso, a narrativa do colaborador JONAS LOPES NETO demonstra que a empresa DENJUD/SINGULAR foi beneficiada ilicitamente em contratação com o Município de Cabo Frio, sendo praticados crimes de licitação (artigos 89, 90, 92 e 96, da Lei nº 8.666/93).

Segundo o Colaborador, mediante sua intermediação, foram praticados crimes de licitação (artigos 89, 90, 92 e 96, da Lei nº 8.666/93) em contratos firmados entre o Município de CABO FRIO e a empresa DENJUD/SINGULAR: […]

Que no tocante a CABO FRIO, o depoente foi procurado por uma advogada de ALAIR CORREA, de nome DANIELA, por volta de 2012; Que essa advogada disse ao depoente que queria resolver as questões de ALAIR CORREA no TCE; Que o depoente ofereceu o serviço de consultoria; Que o depoente falou que o Município tinha que contratar a empresa de CARLSON RUY para pagar os serviços do depoente; Que DANIELA indagou qual era o serviço prestado pela empresa de CARLSON RUY e o depoente falou que era de alimentação; Que DANIELA falou que o Município de fato estava precisando contratar esse tipo de serviço; Que houve uma dispensa de licitação e a empresa de CARLSON RUY foi contratada; Que a contratação foi por volta de março de 2013 e recebeu regularmente pelo contrato até o segundo semestre, com alguns atrasos; Que no segundo semestre de 2013 ALAIR CORREA começou a ter problema no TCE; Que o depoente foi procurado por DANIELA que falou que ALAIR estava chateado com os problemas que estava tendo no TCE; Que o depoente começou a tirar o corpo fora, e disse que não tinha prometido nada, que daria apenas uma consultoria; Que em razão disso, a empresa de CARLSON RUY parou de receber do Município; Que no período que CARLSON RUY recebeu pelo contrato, o depoente recebeu por volta de R$ 20.000,00 a R$ 25.000,00; […] (DOC n. 01)

Com efeito, em 2013, ALAIR CORREA era o prefeito do Município de Cabo Frio, e nesse ano foi firmado o contrato emergencial 001/2013 entre o Município de Cabo Frio e a empresa DENJUD REFEIÇÕES COLETIVAS, para o preparo e distribuição de alimentação hospitalar. O valor do contrato original foi de R$ 1.387.160,02 (um milhão, trezentos e oitenta e sete mil, cento e sessenta reais e dois centavos) (DOC n. 02):

Fonte: "MPF RJ"

Observação: você pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na parte superior da coluna lateral direita. Desfrute!  

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Como no Rio, os pais e responsáveis de alunos poderiam provar a merenda de seus filhos nas escolas de Búzios

Pais e responsáveis de alunos experimentam merenda nas escolas do município. Foto: jornal extra

Não dizem por aí que os bons exemplos devem ser imitados. Tá aí uma boa ação da Prefeitura do Rio, que poderíamos implantar em Búzios: permitir que os pais e responsáveis de alunos provem a merenda dos filhos nas escolas. 
Segundo matéria do jornal "extra", os pais e responsáveis de alunos de creches e da Pré-escola da Rede Municipal de Ensino do Rio têm até sexta-feira (24) para provar a merenda que seus pequenos comem. 
Bem que um vereador buziano poderia criar através de um Projeto de Lei o programa "Degusta-Ação"  a ser realizado durante a Semana da Educação Infantil, durante a qual todas as escolas de Educação Infantil de Búzios participariam do programa.   
Além de apresentar o cardápio oferecido para os estudantes, o programa também incentivaria bons hábitos alimentares a toda a família. Que tal?

quinta-feira, 14 de junho de 2018

A maioria dos municípios da Região dos Lagos não sabe o preço unitário de cada refeição servida nas escolas

Foto Portal Ambiente Legal

O TCE-RJ divulgou o resultado do questionário que distribuiu para os 5.570 municípios brasileiros com o objetivo de constituir o Índice da Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) de 2016 no Brasil. Responderam ao questionário 4.466 municípios, o que representa um percentual de adesão de 80.18%. Publico a seguir parte do questionário da educação referente à merenda.

17. COMO É FEITA A PREPARAÇÃO DA MERENDA NO MUNICÍPIO?

Responderam que a merenda era preparada nas escolas que possuíam merendeiras os municípios de Armação dos Búzios (AB), Araruama (AR), Cabo Frio (CF), Iguaba Grande (IG) e São Pedro da Aldeia (SP). 

Responderam que o preparo era terceirizado os municípios de Arraial do Cabo (AC) e Rio das Ostras (RO).  

17.1 QUAL O CUSTO UNITÁRIO MÉDIO DO ALMOÇO?

Não souberam responder os municípios de AB, AR, CF, IG e SP. Arraial do Cabo respondeu que o custo médio em 2016 foi de R$ 2,51 por refeição. Rio das Ostras, R$ 2,91. 

terça-feira, 12 de junho de 2018

Conselho de Alimentação Escolar (CAE) de Búzios não fiscaliza a merenda de nossas crianças


Logo do IEGM 


O TCE-RJ divulgou o resultado do questionário que distribuiu para os 5.570 municípios brasileiros com o objetivo de constituir o Índice da Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) de 2016 no Brasil. Responderam ao questionário 4.466 municípios, o que representa um percentual de adesão de 80.18%. Publico a seguir parte do questionário da educação referente ao Conselho de Alimentação Escolar.

Em 2016, segundo o questionário, o CAE de Búzios não fez uma única fiscalização. 

20. O CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ELABOROU ATAS QUE PERMITAM ATESTAR AS CONDIÇÕES FÍSICAS/ESTRUTURAIS DA COZINHA, HIGIENIZAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DOS ALIMENTOS, BEM COMO AVALIAR O CARDÁPIO E SUA ACEITAÇÃO PELOS ALUNOS, CONSIDERANDO ITENS COMO QUANTIDADE E QUALIDADE, VARIEDADE, RESPEITO AOS HÁBITOS LOCAIS E REGIONAIS, ADEQUAÇÃO AO HORÁRIO, CONSERVAÇÃO E MANUSEIO DOS ALIMENTOS E CONDIÇÕES HIGIÊNICAS DOS LOCAIS DE PREPARO E SERVIÇO?

20.1. QUAL A QUANTIDADE DE VISITAS QUE O CAE REALIZOU NAS ESCOLAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 5º ANO) NO ANO DE 2016?

O CAE de Armação dos Búzios não fiscalizou nada em 2016. Nenhum visita foi feita às escolas dos anos iniciais do Ensino Fundamental de Búzios. O que faz esse Conselho? É um Conselho chapa branca? E em 2017, fiscalizou alguma coisa? E neste ano?

Todos os outros municípios fizeram pelo menos uma visita. É o caso de Cabo Frio. Veja abaixo o total de visitas feitas pelos respectivos CAEs municipais:

Araruama (AR) - 36
Arraial do Cabo (AC) - 4
Iguaba Grande (IG) - 32
Rio das Ostras (RO) - 2
São Pedro da Aldeia (SP) - 23

Fonte: "iegm"

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Tem muita gente comendo na Saúde de Búzios

No dia 9 de março deste ano escrevi o post "É razoável o que se gasta com alimentação no hospital, secretário?" (ver "ipbuzios")no qual questionava o gasto absurdo com alimentação no Hospital Municipal Rodolpho Perissé. 

Com base no Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios informava que "gastamos no ano passado R$ 2.310.77,48, ou R$ 192.564,79 por mês, ou R$ 6.418,80 por dia. A Vereadora Gladys tem razão. Como bem observou a vereadora em outra ocasião, se cada quentinha saísse por R$ 10,00- um preço razoável considerando o volume- seriam necessárias fornecer 641 quentinhas por dia para atingir os R$ 6.418,80 de gasto diário com o contrato. Secretário, quantas pessoas fazem refeições por dia no hospital fechado?"

Por esses dias tive acesso a uma planilha com o levantamento da quantidade de refeições consumidas mensalmente por pacientes e servidores do Hospital, PU da Rasa e CAPS. 

Antes de analisarmos a planilha republico o total do gasto com alimentação pago à JB Alimentação no ano passado:

JB ALIMENTACAO E SERVICOS LTDA ME – 8961
OBJETO: DOS SERVIÇOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE DIETAS PARA ATENDER AO HMRP NO EXERCÍCIO DE 2016
CONTRATO: 67A/2013
PROCESSO: 000/09678/13

PAGAMENTOS: JANEIRO 2016

DATA: 27/01/2016
EMPENHO: 000048
VALOR: 1.240.000,00

TOTAL DE PAGAMENTOS (01/2016): R$ 1.240.000,00

PAGAMENTOS: AGOSTO 2016

DATA: 29/08/2016
EMPENHO: 000305
VALOR: 125.250,00

DATA: 29/08/2016
EMPENHO: 000306
VALOR: 19.000,00

TOTAL DE PAGAMENTOS (08/2016): R$ 144.250,00

PAGAMENTOS: SETEMBRO 2016

DATA: 02/09/2016
EMPENHO: 000309
VALOR: 301.000,00

TOTAL DE PAGAMENTOS (09/2016): R$ 301.000,00

PAGAMENTOS: DEZEMBRO 2016

DATA: 01/12/2016
EMPENHO: 000362
VALOR: 146.033,52

DATA: 26/12/2016
EMPENHO: 000384
VALOR: 180.000,00

DATA: 29/12/2016
EMPENHO: 000394
VALOR: 299.493,96

TOTAL DE PAGAMENTOS (12/2016): R$ 625.527,48

Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios

Levantamento de 19/12/2015 a 18/01/2016

No período de um mês- de 19/12/2015 a 18/01/2016- foram servidos 3.559 almoços no Hospital, sendo:
1) 832 para pacientes (23,3%)
2) 2.322 para servidores (65,2%)
3) 407 para acompanhantes (11.4%)

Dividindo-se esse total por 30, temos que foram servidos 118 almoços por dia no nosso hospital. Pela proporcionalidade, teríamos que ter almoçando no mesmo dia 77 servidores, 28 pacientes e 13 acompanhantes. 

Já no PU da Rasa/Caps foram oferecidos 21 almoços por dia. 

E cada quentinha sai a mais de 10,00 reais. 

Reparem que o número de almoços servidos permanece praticamente o mesmo, tanto depois de outubro/2016, quando o hospital foi fechado (22), quanto nos meses que antecederam o fechamento, quando o governo afirmou que houve uma invasão de pessoas de fora em busca de atendimento em nosso hospital. 

Levantamento de 19/07/2016 a 18/08/2016
   
Levantamento de 19/08/2016 a 18/09/2016

   

Levantamento de 19/09/2016 a 18/10/2016 

Em agosto/2016 foram servidos 129 almoços no Hospital. No mês seguinte, setembro/2016, 127. E no mês de outubro/2016, mês de fechamento do hospital, 129. Em relação aos 118 almoços por dia servidos no início do ano (de 19/12/2015 a 18/01/2016), o acréscimo ficou em torno de apenas uma dezena de refeições por dia. 

Este levantamento, ao mesmo tempo que mostra que tem muita gente comendo na Saúde de Búzios, também joga por terra o argumento do prefeito para fechar o hospital municipal, de que nossa cidade fora invadida por uma horda de doentes dos municípios vizinhos em busca de atendimento no Rodolpho Perissé.

Mesmo com o hospital fechado, nos meses de novembro/dezembro, continuaram sendo servidas o mesmo número de almoços e, estranhamente, aumentou muito o número de refeições servidas no PU da RASA/CAPS, do mês de setembro (749) para novembro (1.155):

Levantamento de 19/10/2016 a 18/11/2016 

Levantamento de 19/11/2016 a 18/12/2016 


Não é sem razão que a contratação da empresa JB Alimentação se deu por meio de licitação fraudada, conforme apurou a CPI do BO. A empresa "venceu" o Pregão Presencial nº 44/2013 cujo edital foi publicado no BO de capa dupla, aquele que teve circulação restrita. Mas, misteriosamente, o nome da empresa não aparece no relatório final da CPI. Apenas é citado o nº do BO no qual o Edital do Pregão Presencial que ela "ganhou" foi publicado.

Pra não esquecer: fizemos concurso público para contratar dezenas de cozinheiras. Mesmo assim, o serviço de fornecimento de alimentação hospitalar foi terceirizado e a empresa utiliza gratuitamente nossa cozinha, água e energia, para produzir suas quentinhas. Mamão com açúcar!!!

Comentários no Facebook:
Maria Do Socorro Vergonha total a saúde tá uma m -d - 😏😏😎👀👀👀

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Laci Coutinho Negocio da China! Alem da empresa não precisar de cozinha própria e despesas, ainda cobra o olho da cara! Isso é que é economicidade, pra empresa!

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19 min
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Ronaldo Cruz 😱👏👏👏👏👏👏👍👍💐

Responder6 min
Olívia Santos Não podemos esquecer que ainda temos empresas dentro do hospital utilizando água, luz, equipamentos e etc gratuitamente.
Carlos Gil Olho vivo Gladys Costa. Tem jacare faminto comendo de graça nessa mesa eu ate lembro de qdo teve obra no hospital tinha amigos que trabalhavam na obra almocavam de graça la eita maezoa boa essa buzios

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Guilherme Barcellos Parabéns pela matéria, Luiz! Fato lamentável...


José Carlos Muita covardia com povo!!

quinta-feira, 9 de março de 2017

É razoável o que se gasta com alimentação no hospital, secretário?

Dr. Waknin, Secretario de saúde presta depoimento na Câmara de Vereadores de Búzios




Segundo o Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios gastamos no ano passado R$ 2.310.77,48, ou R$ 192.564,79 por mês, ou R$ 6.418,80 por dia. A Vereadora Gladys tem razão. Como bem observou a vereadora em outra ocasião, se cada quentinha saísse por R$ 10,00- um preço razoável considerando o volume- seriam necessárias fornecer 641 quentinhas por dia para atingir os R$ 6.418,80 de gasto diário com o contrato. Secretário, quantas pessoas fazem refeições por dia no hospital fechado? 


JB ALIMENTACAO E SERVICOS LTDA ME – 8961
OBJETO: DOS SERVIÇOS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE DIETAS PARA ATENDER AO HMRP NO EXERCÍCIO DE 2016
CONTRATO: 67A/2013
PROCESSO: 000/09678/13

PAGAMENTOS: JANEIRO 2016

DATA: 27/01/2016
EMPENHO: 000048
VALOR: 1.240.000,00

TOTAL DE PAGAMENTOS (01/2016): R$ 1.240.000,00

PAGAMENTOS: AGOSTO 2016

DATA: 29/08/2016
EMPENHO: 000305
VALOR: 125.250,00

DATA: 29/08/2016
EMPENHO: 000306
VALOR: 19.000,00

TOTAL DE PAGAMENTOS (08/2016): R$ 144.250,00

PAGAMENTOS: SETEMBRO 2016

DATA: 02/09/2016
EMPENHO: 000309
VALOR: 301.000,00

TOTAL DE PAGAMENTOS (09/2016): R$ 301.000,00

PAGAMENTOS: DEZEMBRO 2016

DATA: 01/12/2016
EMPENHO: 000362
VALOR: 146.033,52

DATA: 26/12/2016
EMPENHO: 000384
VALOR: 180.000,00

DATA: 29/12/2016
EMPENHO: 000394
VALOR: 299.493,96

TOTAL DE PAGAMENTOS (12/2016): R$ 625.527,48


Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios

terça-feira, 7 de maio de 2013

Empresários conscientes?

Publicidade da ACEB, Jornal O Perú Molhado

O último jornal O Perú Molhado, de 4 de maio de 2013, em sua página 9, trazia a publicidade da ACEB - Associação Comercial e Empresarial  de Búzios, em alusão às comemorações já passadas do Dia do Trabalho. Será que os empresários e comerciantes de Búzios são mesmo "conscientes dos direitos dos trabalhadores buzianos"? 

Quem sair pelo comércio de Búzios (bares, restaurantes, lojas de roupas, etc) e conversar com garçons, atendentes, etc, vai comprovar facilmente que muitos dos direitos dos trabalhadores de Búzios não são respeitados por seus patrões. Eles podem até ter consciência desses direitos, mas não os respeitam. Ou seja, muitos patrões de Búzios não cumprem a legislação trabalhista em vigor. 

Em janeiro deste ano publiquei o post "Armacao dos Búzios ilimitada" onde comprovava a afirmação acimaBúzios é um dos municípios (só ganha de Iguaba) da Região dos Lagos que mais tem trabalhadores informais: são mais de 4.0000 trabalhadores -37% da População Economicamente Ativa (PEA) empregada- sem carteira de trabalho assinada. E muitos daqueles que assinam a carteira pagam salários "por fora" para fugir dos encargos trabalhistas. Ou seja, o trabalhador, quando se aposentar, receberá uma aposentadoria "a menor", de acordo com o que consta em carteira. A exploração da força de trabalho dos buzianos- em alguns casos que levantei- assemelha-se às condições da época da escravidão. Soube de um restaurante, administrado por brasileiro, localizado na Rua das Pedras, que não oferece refeição para seus funcionários, nem permite que eles parem para fazer um simples lanche. Eles são obrigados a trabalhar durante 10 horas ininterruptas sem ingerir qualquer alimento! É desumano! Em muitas "casas" (pousadas de renome) horas extras simplesmente não são pagas. Na alta temporada, tem buziano trabalhando até 14 horas por dia, sem receber um tostão a mais. Quase todos os donos de restaurantes e bares de Búzios apropriam-se de 10% das gorjetas dos garçons na maior cara limpa. Uns mais, outro menos. Alguns  apropriam-se da gorjeta toda. São raros os que pagam os 10% integrais. 

Comentários no Facebook:


  • Marcos Diógenes da Silva Excelente matéria, Prof. Luiz Carlos Gomes! Quando li o anúncio no Jornal O Perú Molhado refleti sobre o mesma questão. Chega a ser irônica a frase.
  • Luiz Carlos Gomes Valeu Marcos. O patronato da internacional Buzios e' medieval. Grande abraço
    Terça às 17:20 via celular · Curtir · 1
  • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz Carlos Gomes,é " kraro " que hoje no mercado de trabalho no nosso queridíssimo Brasil é usado esta artimanha trabalhista o já famoso " por fora ", a maior parte dos empregadores alegam que " NÃO SE FALA TE FORCA NA CASA DE ENFORCADO " . Agora ká pra nóis , aqui em Búzios não tem o " por fora " é simplesmente " FORA ".
  • Francisco Mesquita Parabéns Prof. Luiz Carlos Gomes, realmente o dever do patrão é tratar seus funcionários com respeito, pagar um salário justo, ser correto e nunca explorar ninguém. 
    Mas na maioria das vezes as pessoas não agem assim porque a ganância, o orgulho, a falta de respeito pelos outros e a maldade tomaram conta da mente e do coração humano. Uns não pensam nos outros. Deus ensina que todos nós somos iguais diante Dele, que devemos respeitar uns aos outros, não podemos nos sentir melhores que ninguém, devemos agradecer a Ele pelo que temos e sermos satisfeitos com o que Ele nos der. As pessoas que têm seus negócios, suas empresas, seu dinheiro não se importam com os outros. Não param para pensar que tudo que conseguiram muitas vezes foi com a ajuda de um grupo de funcionários que fizeram seus trabalhos com honestidade e dedicação. A maioria dos patrões exige muito dos funcionários e pagam pouco, não agem com justiça, pois quando um empregado não lhe serve mais é descartado. Muitos patrões por causa da ganância perdem funcionários honestos e dedicados, pois não pagam o salário digno que esta pessoa merece. Já trabalho na ária de restaurante a mais de 10 anos, e sempre vi os donos de restaurantes locais usar os 10% que é pago pelo cliente e que é exclusivo pra ser repassado pro garçon ser usado por patrõs na ajuda com pagamentos de funcionários da limpesa, cozinha e etc. Pagar bem, é claro de forma justa é o mínimo que um bom patrão pode fazer. Agora oferecer bons salários a cozinheiro e etc contando com os 10% dos garçon é sacanagem e isso só acontece por falta de respeito de muitos outros setores do Município, cade os poderes Legislativo, Execultivo, Judiciério e o próprio Sindicatos da classe? É lamentável...