Mostrando postagens com marcador trabalhadores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador trabalhadores. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 12 de maio de 2020

Funcionários da Câmara de Vereadores de Búzios não são “colaboradores” da presidente e sim servidores públicos

Joice Costa, presidente da Câmara de Vereadores de Búzios

No vídeo abaixo, a vereadora Joice se refere aos servidores da câmara como "colaboradores".




Os funcionários da Câmara de Vereadores de Búzios são servidores públicos e não “colaboradores” como se refere a eles a Presidente da Casa Legislativa Joice Costa. Ela própria, apesar de detentora de mandato eletivo, também é uma servidora pública como seus "colaboradores".

Nunca antes na história do Legislativo buziano um presidente assim se referiu aos trabalhadores da Casa. Esse tratamento de “colaborador” é usado por empresários “moderninhos” para se referir aos seus empregados, como uma forma de tentar atenuar a relação de desigualdade que existe entre eles. Será que a vereadora Joice acha que a Câmara de Vereadores é uma empresa sua?

Atualização em 13/05/2020, às 9:55 horas
Consta na folha de pagamento de abril deste ano da Câmara de Vereadores de Búzios 102 servidores públicos. Destes, 81 ocupam cargos comissionados, de livre nomeação e exoneração pela Presidente da Casa Srª Joice Costa. Número de funcionários equivalente à uma média empresa. Daí se entende porque a vereadora-presidente os chama de "colaboradores".   

Observação: você pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na parte superior da coluna lateral direita. Desfrute!

Pelo governo dos 99% em Búzios

A maioria da população decide seu destino

Segundo o Ministério do Trabalho, Armação dos Búzios tinha no dia 1º de janeiro de 2019 7.298 trabalhadores na hotelaria e 2.741 empregados no comércio. Somados são 10.039 trabalhadores. Mesmo que em algumas famílias buzianas tenhamos mais de um membro trabalhando no comércio e/ou hotelaria, com certeza esses trabalhadores somados a seus familiares formam a maioria da população buziana. Como a democracia é o governo da maioria, o destino da cidade deveria ser decidido por eles. Ou não?

Acredito que isso não acontece ainda pela falta de consciência política desses trabalhadores. Mas, aos trancos e barrancos, a consciência vem sendo forjada. Anos após anos, eleições após eleições, com as traições aos seus interesses. O nível educacional, apesar de vontade contrária das elites dirigentes, vem lentamente aumentando. Com a melhora do nível educacional e o aumento da consciência política, o próximo passo, com certeza, será retirar os pelegos da direção do sindicato da categoria em Niterói.


Observação: você pode ajudar o blog clicando nas propagandas. E não esqueçam da pizza do meu amigo João Costa. Basta clicar no banner situado na parte superior da coluna lateral direita. Desfrute!

terça-feira, 1 de maio de 2018

Feliz dia do trabalho trabalhadores buzianos!



Força de trabalho em Búzios (empregos formais):
1) Serviços - 7.672
2) Comércio - 2.619
3) Indústria (Serviços industriais de utilidade pública) - 121
4) Construção civil - 107
5) Agricultura familiar - 18 
Total: 10.537
Fonte: Ministério do trabalho e Emprego

O dia que os trabalhadores do setor de serviços e os comerciários retomarem o seu Sindicato das mãos dos pelegos (*) lá de Niterói, Armação dos Búzios nunca mais será a mesma! São mais de 10 mil trabalhadores. Uma força colossal!

Nesse dia, eles poderão "cortar o mal bem pelo fundo!" e então perceberão que "são poderosos, porque produtores de riqueza!". Nesse dia, eles poderão construir "uma terra" onde "todos os seres são iguais": "Não mais deveres sem direitos, Não mais direitos sem deveres!" Afinal, eles só querem "o que é deles!"  E nunca mais esquecerão que todos os trabalhadores são irmãos. 

(*) Observação: Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de Niterói.

(*) Ver link: http://ipbuzios.blogspot.com.br/2013/01/e-nao-teve-assembleia.html

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Vendem-se fim de greves!

Sede da Odebrecht, SP, foto O globo


Cinco vezes em que as empreiteiras da Lava Jato compraram sindicalistas

Não é raro que dirigentes sindicais acabem enriquecendo ao longo da sua carreira. Em um único caso investigado pela Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo rendia R$ 1 milhão/mês para sua presidente.

Desviar dinheiro do trabalhador não foi o único meio que sindicalistas encontraram para o enriquecimento fácil. Chantagear empresas com movimentos grevistas e receber para encerrá-los parece ter sido uma prática mais comum do que se suspeitava. Como as cinco vezes em que as empreiteiras envolvidas na Lava Jato mandaram em sindicalistas comprovam:

1. Lula: Polo Petroquímico de Camaçari

Em 1985, Emílio Odebrecht estava encurralado. A empreiteira que leva o seu nome começava a perfurar poços no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, quando foi abatida por uma greve.

Diferentemente do usual, o movimento não contava com o apoio do sindicato, tornando tudo mais difícil. Sem uma liderança clara com quem negociar, o diálogo com os grevistas estava se provando impossível.

Atirando para todos os lados, Odebrecht pediu ajuda ao então prefeito MDBista de São Paulo Mário Covas. Este teria ido em seu auxílio com uma pergunta: “Você conhece Lula?”

Em sua delação, o patriarca da família Odebrecht afirma que o encontro com o líder sindical foi marcado na casa de Covas. Um almoço que começou ao meio-dia e durou até nove horas da noite. De acordo com Emílio, a empatia instantânea entre ambos foi o início de uma parceria que duraria décadas.

Após a aproximação, Lula o teria ajudado a lidar com o movimento paredista e criou condições para que a Odebrecht tivesse uma “relação diferenciada com o sindicato na área petroquímica em particular”. Em troca, a construtora apoiou a candidatura de Lula ainda em 1989, impondo a condição de que o candidato do PT controlasse o seu partido e não estatizasse o setor petroquímico.

A sociedade também atuou em 2002. Com o setor empresarial e financeiro ainda temendo Lula, Emílio Odebrecht organizou encontros e jantares para reduzir a desconfiança contra a candidatura.

Com o fim do período de Lula na presidência, a Odebrecht continuou cuidando da vida do ex-presidente e dos seus parentes. De acordo com Marcelo Odebrecht, Lula teria uma conta de R$35 milhões para atender seus pedidos junto à empreiteira. Além disso, a Odebrecht pagou uma mesada para o irmão do ex-presidente, contratou a empresa do seu sobrinho – até então um vidraceiro – para realizar grandes obras em Angola e deu suporte financeiro para que o projeto de Luís Cláudio (filha caçula de Lula) de criar uma liga de futebol americano no Brasil saísse do papel.

2. CUT: Usina de Santo Antônio

Como parte integrante do consórcio que ergueu a Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, a Odebrecht receava que manifestações, greves e atos de sabotagem pudessem atrapalhar o andamento das obras. Ainda mais com o histórico da região.

A solução veio fácil. De acordo com o delator Henrique Valladares, os 25 mil operários da usina atraíram rapidamente a presença de sindicatos. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) teria sido a primeira a se estabelecer na região e arregimentar apoio.
Não é de se estranhar que tenham chegado tão rápido. Central sindical em atividademais antiga do Brasil, a CUT também é a entidade com mais filiados e ramificações por todo o território brasileiro.

Como se isso não fosse suficiente, o dinheiro para a central ligada ao PT financiar suas atividades parece infinito. Além das dezenas de milhões de reais do imposto sindical, a central também conta com financiamento da Fundação Ford e usualmente recebeu o patrocínio de estatais nos últimos anos. A relação com as empresas do governo era tão profunda que Vagner Freitas, presidente da CUT, recebia para participar das reuniões do conselho do BNDES.

Com tantas fontes de renda, a CUT pareceu não ter problemas em ter mais uma e fez a Odebrecht pagar pedágios mensais aos seus dirigentes em Rondônia. A ideia, nas palavras de Valladares, era que os sindicalistas não “apoiassem greves, atos de violência, esse tipo de coisa”.

A construtora também teria feito pagamentos regulares aos diretores do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia. Em troca, eles não estimulariam os trabalhadores a praticar atos de vandalismo no período de negociações coletivas.

3 e 4. Paulinho da Força (SD-SP): Embraport e a Hidrelétrica São Manoel

Paulo Pereira da Silva é uma das grandes lideranças do atual sindicalismo brasileiro. Presidente da Força Sindical há anos, Paulo carregou o nome da central que apoiou todos os governos desde a redemocratização, inclusive Collor, e se tornou o “Paulinho da Força”.
Apesar de seus discursos supostamente em favor do trabalhador, Paulinho parece ser um contumaz defensor de investigados na Lava Jato. Ex-integrante da tropa de choque de Eduardo Cunha na Conselho de Ética da Câmara, Paulinho agiu mais de uma vez para defender as empreiteiras dos trabalhadores.

Em 2013, um dos alvos dos protestos de estivadores e operários foi a Empresa Brasileira de Terminais Portuário (Embraport), do grupo Odebrecht, que chegou a ser invadida por 350 pessoas.

Assustados, os executivos do grupo procuraram Paulinho, que pediu uma doação eleitoral, via caixa 2, de 1 milhão de reais! Em troca, além da sua boa vontade, também utilizada para atenuar movimentos na Refinaria de Abreu e Lima e nas usinas do Rio Madeira, a Odebrecht recebeu uma tutoria de como lidar com movimentos sindicais.

De acordo com Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, a construtora também bancou os eventos de 1º de Maio organizados pela Força. Sempre intencionando manter uma boa relação com o deputado.

Paulinho também teria servido Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. Recebendo mais de R$ 1,6 milhão durante seis anos, o deputado e dirigente sindical passou a trabalhar para resolver os imbróglios trabalhistas de Pessoa.

Quando os trabalhadores da Usina Hidrelétrica São Manoel, em Mato Grosso, pareciam que iam causar problemas à sua construtora, o dono da UTC ligou para Paulinho e pediu para ele resolver a situação. O presidente da Força Sindical respondeu dizendo que estava entrando no circuito para entender o que estava ocorrendo.

5. Luiz Sérgio (PT-RJ) e Angra 3

Deputado pelo PT há cinco legislaturas, Luiz Sérgio iniciou sua carreira como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis (RJ). Foi prefeito da cidade em 1994 e desde 1998 é sucessivamente eleito para uma vaga na Câmara Federal

Em 2014, o deputado fluminense recebeu uma doação de R$ 200 mil da construtora UTC. Em sua delação premiada, Ricardo Pessoa afirma que, na verdade, a doação foi uma troca com objetivo de evitar paralisações em um dos contratos mais importantes da sua construtora: a montagem de equipamentos da usina nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis.

Ivanildo Terceiro

Fonte: "spotniks"

terça-feira, 21 de junho de 2016

Prazo para sacar PIS/Pasep termina dia 30 de junho

Prazo para sacar PIS/Pasep termina dia 30 de junho

1,6 milhão de trabalhadores ainda não sacaram PIS/Pasep


Cerca de 1,6 milhão de trabalhadores ainda não sacaram o abono salarial do PIS/Pasep este ano. O prazo para resgatar o benefício, que corresponde a um salário mínimo (R$ 880), termina em 30 de junho, quinta-feira da próxima semana. 

Têm direito ao abono salarial de 2015 as pessoas cadastradas no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos; com remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base de atribuição do benefício; e que exerceram atividade remunerada durante pelo menos 30 dias em 2014. Além disso, o trabalhador tem que ter seus dados informados pelo empregador (Pessoa Jurídica) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes, lembra que o abono salarial é um direito dos trabalhadores, assegurado na Constituição. “É um dos mais importantes benefícios assegurados na Constituição Federal para quem recebe até dois salários mínimos. Ele auxilia os trabalhadores de mais baixa renda a fecharem suas contas no ano”, lembra.

Antes de sacar o PIS, o trabalhador deverá verificar se o benefício não foi depositado diretamente na conta. Caso contrário, deve comparecer com o Cartão Cidadão e senha cadastrada nos terminais de autoatendimento da Caixa ou em uma Casa Lotérica. Se não tiver o Cartão Cidadão, o beneficiado pode receber o abono em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento de identificação.  Já os participantes do Pasep (Banco do Brasil), após verificar se houve depósito na conta, devem procurar uma agência do banco e apresentar um documento de identificação. 

O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são contribuições sociais de natureza tributária, devidas pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do Seguro-Desemprego e Abono Salarial. O PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Pasep é devido aos servidores públicos. Os recursos que não são sacados retornam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Informações

As informações sobre o direito ao saque também podem ser obtidas pela Central de Atendimento Alô Trabalho – 158; pelo 0800-7260207, da Caixa; e pelo 0800-7290001, do Banco do Brasil.

Assessoria de Imprensa
Ministério do Trabalho
imprensa@mte.gov.br
(61) 2021-5449

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Trabalhadores de Búzios 2: Maria das redes

Maria das redes






Últimos dias:
Vote nas três enquetes situadas no canto superior direito do blog, logo abaixo da propaganda do Google. As pesquisas terminam no dia 31.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

FRAUDES NO SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE NITERÓI

Policiais cumprem mandados de busca e apreensão em sindicato
Osvaldo Prado/Agência O Dia


"Na manhã de ontem a Delegacia Fazendária da Polícia Civil realizou a operação Sindicato do Crime, que teve objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão de documentos no Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo (Itaboraí, Tanguá, Maricá, Rio Bonito e Saquarema), no Centro de Niterói. Uma das salas teve que ser arrombada e no local foram encontrados e recolhidos diversos documentos que vão ajudar nas investigações, além de computadores.

As investigações, que começaram em 2013, tiveram início após denúncia de dois crimes, cárcere privado e homicídio, que aconteceu em uma fazenda da presidente do sindicato, Rita de Cácia da Silva Rodrigues de Almeida, em Barra do Piraí, interior do estado. Dois homens foram achados mortos no local, que pertencia ao ex-marido de Rita, Eládio Gonzales Vasques.

A partir daí foram descobertos muitos imóveis e carros de luxo no nome da mulher e a Polícia Civil iniciou outra investigação. Rita foi indiciada por diversos crimes como apropriação indébita, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

A sede do sindicato, localizado na Travessa Cadete Xavier Leal, 11/13, na Praça do Comerciário, no Centro de Niterói, foi o primeiro ponto percorrido na operação. Na sala, que teve que ser arrombada, os funcionários não podiam entrar.

Em entrevista a um telejornal, a delegada responsável pelo caso, Tatiana Queiroz, explicou um dos crimes que Rita cometeu. “Existe sempre um acordo entre os comerciantes e o sindicato dos empregados. Eles pagam uma taxa a cada acordo que fazem para os empregados trabalharem naquelas datas específicas. Ela pegava e se apropriava de parte dessas taxas e aplicava no patrimônio próprio, aplicava no patrimônio dela”, explicou.

De acordo com informações da polícia ela estaria fazendo um tratamento contra o câncer em Dubai. Entre os bens adquiridos se destacam oito veículos de luxo (Porsche, BMW X6, Dodge Ram 2500, Toyota Corolla, Honda CRV, Hundai IX35 e duas Range Rover Evoque), uma casa em Cabo Frio avaliada em R$ 1 milhão, uma fazenda em Rio das Flores avaliada em R$ 750 mil, Haras JBS estimado em R$ 850 mil, uma Fazenda São Paulo com valor estimado em R$ 5 milhões além de apartamentos e casas na Região dos Lagos. O bloqueio desses bens já foi pedido pela justiça. Toda essa renda seria das taxas que os comerciantes pagavam para o sindicato e a investigação desse caso vai apontar se Rita usava familiares e funcionários como ‘laranja’, para o desvio do dinheiro, por exemplo. O filho da suspeita, Chriszanto Rodrigues, também tem um cargo importante da entidade, vice presidente. O salário beira os R$ 25 mil e a frequência de visita do diretor no sindicato, é de apenas uma vez por mês.

Em nota a Policia Civil informou que o valor da taxa é estipulado em assembleia pela categoria, que efetua o pagamento no próprio sindicato, em espécie ou cheque nominal. O sindicato lançava um valor menor de acordos, sendo que a diferença era desviada para Rita de Cácia. A delegada ainda informou que Rita agia desde que entrou no sindicato em 2010 e movia entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão por mês. Todos os integrantes responderão por formação de quadrilha ou bando, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e sonegação fiscal, podendo pegar mais de 20 anos de prisão. “O próximo passo da operação é pedir o sequestro dos bens comprados com esses recursos, para evitar que sejam desfeitos. Entre os bens tem fazendas, casas, apartamentos, haras, e veículos importados como Toyota -Corolla Altis, BMW X6 Xdrive 351, Range Rover Evoque Pure P5d, entre outros”, comentou a delegada".

Raquel Morais



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Situação da classe trabalhadora da Região dos Lagos em 2013



 
Foto do site lagossaojoao

O número de empregos formais teve uma queda espantosa em todos os municípios da Região dos Lagos no ano passado. O município que teve a menor queda foi Armação dos Búzios com menos 774 (7,5% a menos que em 2012) empregos formais em 31/12/2013 em relação à mesma data de 2012. Búzios fechou 2012 com 10.293 empregos formais e terminou 2013 com 9.519. O município que apresentou a segunda menor queda foi Cabo Frio. Em 31/12/2013 desapareceram 5.069 (13,3% a menos que em 2012) empregos. Os 37.913 empregos de 2012 foram reduzidos para 32.844 neste ano. 

Triste estatística que só vem provar o que falamos todos estes anos. Os desgovernos que temos nos municípios da nossa querida Região dos Lagos governam para uma minoria (1%). Nem têm nenhum política pública de trabalho e renda e nada fazem para melhorar as condições de vida do povo trabalhador. Para ele, apenas as migalhas do assistencialismo.

Mesmo em município governado pelo partido dito dos trabalhadores a situação não é diferente. É até pior. Detém a vergonhosa segunda pior marca da Região, só perdendo para Iguaba Grande. A São Pedro da Aldeia de Chumbinho perdeu em 2013 32,5% (3.723) do estoque de empregos formais que detinha em 2012. Os 11.432 empregos foram reduzidos para 7.709. A perda em Iguaba Grande- a pior de todas-  foi de 38,5%. 

O quadro revela que o patronato da Região deita e rola com a precarização das relações trabalhistas. Como todos os governos municipais, sem exceção, representam politicamente este setor econômico, nada fazem para mudar o quadro. Muito provavelmente houve redução da remuneração média dos empregos formais no ano que passou. 

O panorama é tão grave que em alguns municípios o total de empregos formais existentes hoje é menor do que o que existia em 2000, há 13 anos atrás! Arraial do Cabo tinha 4.174 empregos em 2000. Fechou 2013 com 3.146! Iguaba Grande tinha 1.507. Hoje tem 1.432. E São Pedro da Aldeia, antes 8.917. Hoje, 7.709. Caso de polícia!  

Não temos ainda disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a remuneração média dos empregos formais em 2013. Mas temos as de 2010 e 2012. Reparem que estamos comparando dados de dois anos, em cujo período houve expansão do estoque de empregos formais. Este movimento de expansão apenas não ocorreu em Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Em Iguaba Grande permaneceu constante e em São Pedro da Aldeia ocorreu uma pequena queda  O que não é o caso do ano passado, em que se verificou queda no estoque de empregos formais em todos os municípios da Região dos Lagos.

No período analisado 2010-2012 houve aumento da remuneração média dos empregos formais em todos os município da Região. Em São Pedro da Aldeia houve aumento de apenas 3% ( de R$ 1.824,00 para 1.879,00). Arraial do Cabo, aumento de 13% (de R$ 1.314,00 para R$ 1.489,00). Armação dos Búzios, 18% (de R$ 1.165,00 para R$ 1.379,00). Araruama, 24% (de R$ 999,00 para R$ 1.242,00). cabo Frio, 25% (de R$ 1.089,00 para R$ 1.368,00). Iguaba Grande, 30% (de R$ 886,00 para R$ 1.156,00). E, confirmando mais uma vez o que venho falando no blog, o município de Rio das Ostras com o maior aumento na remuneração média: 54%. Já era em 2010 a segunda maior remuneração média (R$1.743,00) da Região. Em 2012 assume o primeiro lugar com R$ 2.698,00 de remuneração média de seus trabalhadores. 

Não é difícil explicar as razões do lugar alcançado por Rio das Ostras. Apenas é o único município da região das Baixadas Litorâneas que tem Orçamento Participativo. E uma Zona Especial de Negócios (ZEN). Que os desgovernozinhos que imperam na Região aprendam com exemplo tão próximo.

Fonte: MTE  


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Mais uma vez não teve Assembleia dos comerciários de Búzios!

Sede do Sindicato, SECHSN



Mais uma vez não teve a Assembleia dos comerciários do ramo hoteleiro e similares de Armação dos Búzios. Ver cobertura da Assembleia que não houve no ano passado no post "E não teve Assembleia".

Desta vez dois dirigentes sindicais compareceram, entre eles o presidente Sergio Trajano, com o qual conversei.

Causa espanto a desmobilização da categoria profissional mais importante de Búzios. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego o município tem 5.488 trabalhadores do setor "serviços". Diferentemente do que eu pensava- e informara erradamente aqui no blog- os "comerciários" (vendedores de lojas, etc) não fazem parte deste sindicato. Eles têm um sindicato próprio, o sindicato dos comerciários.

E não era uma Assembleia qualquer. A categoria (?) está em plena campanha salarial onde será discutida o índice de reajuste e várias cláusulas sociais. Não comparecendo à Assembleia como é que fica? A diretoria vai discutir com os patrões um novo acordo? Em que bases?

Ver:

1) http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2013/01/trabalhadores-de-buzios-uni-vos.html#axzz2JYmQtDOi

2) http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2014/01/alo-comerciarios-assembleia-da.html#axzz2sAIbOPRL

3) http://ipbuzios.blogspot.com.br/2013/01/e-nao-teve-assembleia.html#axzz2rgl3mJcl


Comentários no Facebook:



  • Santa Peixoto Não surpreendente ninguém... É uma classe que só reclama, não se interessam em se aperfeiçoar e na hora que tem para se articular e se unirem por uma classe melhor não comparecem ao que pode mudart isso não se interessam. O presidente não é um exemplo de empenho mais quem realmente mandam são os empregados que deixam seus interesses na mão de quem a quiser e como bem entender. Não podem reclamar.

  • Milton Da Silva Pinheiro Filho Esta direção deve ser pelega,não representa trabalhador nenhum do setor,é mais um sindicato de "espertos".Defende os bolsos dos patrões.