Foto: Ministério da Saúde |
O quantitativo enviado pelo Ministério da Saúde é para atender a vacinação de rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação e para situações de surto do sarampo em alguns municípios
Ministério
da Saúde, neste ano, já enviou para os estados brasileiros mais de
16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra
sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo é para
atender a vacinação de rotina,
conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os
estados do país, e para intensificar a vacinação de crianças de
seis meses a menores de um ano de idade que residem ou estão em
deslocamento para municípios que, neste
momento, apresentam surto ativo da doença, ou seja,
com crescimento do número de casos confirmados da doença nos
últimos 90 dias.
A
vacina é a principal forma de tratamento do sarampo. Com a entrada
de novos casos da doença no país, o ministério tem reforçado as
ações de combate e prevenção da doença nos estados
que estão com circulação ativa do vírus do sarampo,
entre eles, o estado de São Paulo, que já recebeu neste ano, 6,5
milhões de doses da vacina; e os estados do Rio
Janeiro, Bahia e Paraná, que juntos receberam 8,2
milhões de doses.
O
Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 12 de maio a 03 de
agosto de 2019, 1.226
casos confirmados de sarampo no Brasil,
em quatro estados: São Paulo (1.220), Rio de Janeiro (4),
Bahia (1) e Paraná (1). O coeficiente de incidência da doença foi
de 0,58 por 100.000 habitantes.
Prevenção
ao Sarampo
Nesta
semana, o Ministério da Saúde encaminhou às Secretarias Estaduais
e Municipais de Saúde, um conjunto de recomendações voltadas aos
profissionais de saúde sobre proteção e cuidados para evitar a
propagação do sarampo nas unidades de saúde do país. Entre as
orientações está que todos
os trabalhadores dos serviços estejam vacinados;
além da necessidade da oferta
de treinamentos periódicos,
em relação a segurança e riscos biológicos no trabalho; e
remanejamento
das gestantes
que prestam assistência diretamente aos casos suspeitos e que não
têm comprovação prévia de vacinação.
Já
no último dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou alerta
aos pais, mães e responsáveis
que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de
idade para municípios
em situação de surto ativo do sarampo no país.
A recomendação é que todas essas crianças, nesta faixa etária,
sejam vacinadas contra a doença, no
período mínimo de 15 dias, antes da data prevista para a viagem.
Além de proteger, a medida de segurança pretende interromper a
cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país. Atualmente, 53
cidades em quatro estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro,
Bahia e Paraná) se mantém com surto ativo.
A
chamada “dose zero” não substitui e não será considerada
válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança.
Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e
responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina
tríplice viral (D1)
aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar
a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela. A vacinação
de rotina das crianças deve ser mantida independentemente do
planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou
não.
Na
rotina do Sistema Único de Saúde (SUS) a tríplice
viral está disponível em todos os mais de 37 mil postos de
vacinação em todo o Brasil.
A vacina previne também contra rubéola e caxumba.
Histórico
O
país vinha de um histórico de não registrar casos autóctones
desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença
a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com
1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio
vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado
de Eliminação do Sarampo,
emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Brasil
perdeu o certificado em fevereiro
deste ano
e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a
transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o
sarampo. Manter
altas e homogêneas coberturas vacinais na população
é a única forma de evitar a transmissão da doença.
A
pasta também tem atuado ativamente junto aos estados e municípios
no enfrentamento do surto de sarampo desde dezembro de 2017, quando o
Brasil foi notificado
do surto na Venezuela.
Para isso, manteve equipes técnicas e treinadas nos estados com
transmissão da doença para acompanhar as ações e prestar
orientação no enfrentamento do sarampo.
Até
o momento, diante do atual cenário epidemiológico do sarampo, não
está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação
contra a doença, em outros locais, considerando que esta ação já
está sendo realizada nas áreas
onde há circulação do vírus atualmente.
Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a
vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS,
conforme as indicações do Calendário
Nacional de Vacinação
e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua
população não vacinada para a devida atualização.
Municípios
com surto ativo de sarampo até 13/08/2019
São
Paulo
Aspásia, Atibaia. Barueri, Caçapava, Caieiras, Campinas, Capela
Do Alto, Carapicuíba, Diadema, Embu, Fernandópolis, Franca, Francisco
Morato, Franco Da
Rocha, Guarulhos, Hortolândia, Indaiatuba, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Itu, Jales, Jose
Bonifácio, Jundiaí, Mairiporã, Marília, Mauá, Mogi
Das Cruzes, Osasco, Pindamonhangaba, Piracaia, Poá, Praia
Grande, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Rio Grande
Da Serra, Santo André, Santos, São Bernardo Do
Campo, São Caetano Do Sul, São Jose Do Rio Preto, São
Jose Dos Campos, São
Paulo, Sertãozinho, Sorocaba, Sumaré, Taboão
Da Serra, Taubaté, Valinhos, Votorantim
Rio
de Janeiro
Nilópolis, Paraty
Bahia
Salvador
Paraná
Campina
Grande do Sul
Fonte:
"Governo
Federal"
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