sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Um pouco de história: pra não esquecer a poligonal do Mangue de Pedra



O Mangue de Pedra tem sua poligonal definida de acordo com sugestões de especialistas renomados como a Dra. Kátia Mansur e o Dr. Cyl Farney Catarino de Sá, e de estudos de diversos cientistas de instituições como UFRJ, DRM, UENF, UERJ e Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Senadores querem limitar os efeitos da Lei da Ficha Limpa


Pode ser votado na próxima terça (20) o texto que limita os efeitos da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), que prevê oito anos de inelegibilidade para políticos condenados pela Justiça Eleitoral por abuso de poder.

Em outubro de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que essa pena pode ser imposta inclusive a pessoas condenadas antes da entrada em vigor da Lei da Ficha Limpa. PLS 396/2017, do senador Dalirio Beber (PSDB-SC), acaba com essa possibilidade. Segundo ele, o legislador abriu espaço para a insegurança jurídica.
"Não parece razoável que o aumento de prazos de inelegibilidade, sejam os já encerrados ou aqueles ainda em curso, e já objeto de sentenças judiciais, possa conviver em paz com os postulados do estado de direito. Um tal aumento configura, de modo inequívoco, um claro exemplo de retroatividade de lei nova para conferir efeitos mais gravosos a fatos já consumados. Não existe nada mais gravoso para o cidadão do que a perda, mesmo que parcial, de sua cidadania. Portanto, isto revela uma cara e danosa forma de sanção a todo aquele que pretenda participar da vida política nacional", alegou na justificativa do projeto.
A matéria foi incluída na pauta em regime de urgência e está pendente de parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Fonte: "Senado"

Lava-Jato é apontada em encontro internacional como a maior operação de combate à corrupção da história.

Encontro bienal oferece aos membros representantes de mais de 100 países a oportunidade de analisar os desenvolvimentos nacionais e globais e trocar informações acerca do assunto


CGU participa de encontro da International Corruption Hunters Alliance na Dinamarca

Brasil e a Operação Lava-Jato foram mencionados positivamente em quase todos os painéis

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), representado pelo diretor da DIE (Diretoria de Pesquisas e Informações Estratégicas) Victor Raymond Steytler participou, a convite do Banco Mundial, nos dias 25 e 26 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca, da quarta reunião sobre combate à corrupção, realizada pela International Corruption Hunters Alliance (ICHA).  Trata-se de um encontro bienal que oferece aos membros representantes de mais de 100 países a oportunidade de analisar em conjunto os desenvolvimentos nacionais e globais e trocar informações acerca do assunto. 

A maior operação de combate à corrupção da história
Ainda na opinião do diretor, os aspectos mais interessantes em ambas as conferências foram as menções ao Brasil e à Lava-Jato na maioria das plenárias e painéis, como sendo a maior operação de combate à corrupção da história.

O encontro reuniu pessoas que trabalham nas linhas de frente para impedir a corrupção em seus países, como os chefes de agências de combate à corrupção e diretores de promotoria pública ou investigações.
ICHA 
A International Corruption Hunters Alliance (ICHA), do Grupo Banco Mundial, é uma plataforma global que promove o diálogo entre diferentes países sobre o combate à corrupção. As sessões plenárias e o debate contam com 20 a 30 sessões de trabalho que abordam, entre outros, tópicos como:
programas de conformidade de integridade;
técnicas de auditoria forense;
ligação entre a evasão fiscal e a corrupção;
rastreamento e recuperação de ativos;
mecanismos de denúncia.

Especialistas em áreas afins, como jornalismo investigativo e big data, oferecem aos participantes uma perspectiva ampliada sobre outras ferramentas que podem ser bem-sucedidas no combate à corrupção.

Fonte: "CGU"

Bem-Vindo a Búzios


Buraco na reta da Marina, próximo à antiga ponte. Foto 1 

Buraco na reta da Marina, próximo à antiga ponte. Foto 2

Todas e Todos


Esse buraco ainda vai provocar um acidente sério!

Buraco localizado na reta da Marina, próximo a entrada da Hípica.

Este buraco, localizado na reta da Marina, próximo a entrada da Hípica, a cada dia que passa aumenta de extensão e profundidade, já ocupando quase a metade da pista. À noite, o risco de acidente é muito grande, pois a  via não é iluminada. 

Descendo a pista em direção à antiga ponte da Marina encontramos buracos e mais buracos que nos obriga a imitar o personagem da charge abaixo. BEM VINDO A BÚZIOS



    

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Um pouco de história: o Mangue de Pedra já foi Monumento Natural



Este decreto foi publicado pelo Vice-Prefeito e Secretário de Meio Ambiente de Búzios Carlos Alberto Muniz em uma das muitas substituições do prefeito André Granado, afastado do cargo diversas vezes pela justiça de Búzios. O Monumento Natural do Mangue de Pedra criado pelo Decreto nº 177 passou a existir a partir da data de sua publicação (22/05/2014). quanto tempo durou, não se sabe! Também não se sabe se o Prefeito André Granado o revogou depois que retomou o mandato. Se o revogou, por que o fez? Quais as suas razões? Por que não criou uma APA no Mangue naquela ocasião. Por que Prefeito?


   

Um pouco de história: Muniz notifica o representante da Península da revogação da licença do Gran Riserva 95

O vice-prefeito e Secretário de Meio Ambiente de Búzios Carlos Alberto Muniz notifica o representante da Península da revogação da licença do Gran Riserva 95. Foto: autor desconhecido. Data: 19/03/2013

Um pouco de história: Bina dá aula sobre o Mangue de Pedra na área em que estava sendo construído o Gran Riserva 95

Manifestação em defesa do Mangue de Pedra realizada na área em que estava sendo construído o Condomínio Gran Riserva 95. Foto de 15/06/2012 




Gravação feita em 25/03/2014 em manifestação em defesa do Mangue de Pedra e contra a construção do condomínio Gran Riserva 95 no seu entorno. Estava prevista a construção de 221 casas no local. No seu discurso, a ambientalista Bina alerta para o perigo que o Mangue de Pedra corria se as obras não fossem paralisadas.   
  

Em vez de Monumento Natural a Prefeitura de Búzios cria uma APA no Mangue de Pedra

Monumento Natural do Mangue de Pedra

Participo do movimento de defesa do Mangue de Pedras desde o seu início, em 2012. Participei da luta contra a construção ilegal de um condomínio de 221 casas próximo a ele. O blog aplaudiu o então secretário de meio ambiente Carlos Alberto Muniz (e o governo municipal) quando ele, em 2013, cancelou o processo administrativo e o licenciamento do condomínio. Desde então, o blog tornou-se plataforma de denúncias dos ambientalistas/quilombolas/cientistas de invasões e queimadas realizadas no Mangue de Pedra, sempre cobrando do governo, que nada fazia, medidas rígidas para evitá-las. Um governo que não tem fiscais de meio ambiente em número suficiente e não cria uma brigada municipal anti-incêndio não tem moral para falar em defesa do meio ambiente.

Em nenhum momento o movimento ambientalista/quilombola/cientistas defendeu a criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) no Mangue. Sempre se falou em Monumento Natural ou Parque Municipal. Era divergência de detalhes. Mas com o consenso da necessidade de uma Unidade de Conservação Integral. A proposta de APA é considerada hoje proposta atrasada, pois a APA não protege quase nada. Teve seu valor no século passado.  

Por isso, muita estranheza causou a estes ambientalistas/quilombolas/cientistas a criação na sexta-feira (9) de uma APA no Mangue de Pedra pelo Prefeito de Búzios através do Decreto nº 1059 publicado no Boletim Oficial.

No site da Prefeitura (ver em "buzios") consta a informação distorcida de que a instituição desta APA é uma “antiga aspiração” da população local formada por remanescentes de quilombolas/ambientalistas/cientistas da cidade. O movimento ambientalista/quilombola/cientistas sempre defendeu, devido a importância do Mangue, a criação de uma Unidade de Conservação de proteção integral. E entre estas estão o Monumento Natural/Parque Municipal. A APA é uma menos restritiva, de uso sustentável. Inclusive, quando o governo André, em seu primeiro mandato, apresentou aos ambientalistas/quilombolas/cientistas a proposta de criação de uma APA no Mangue de Pedra ela foi recusada. 

No texto escrito pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura não se diferencia os dois tipos de unidade de conservação. Apesar de reconhecer que o Mangue de Pedra “é um dos 3 últimos exemplares existentes no mundo, um ecossistema raro”, a prefeitura opta por instituir no Mangue como Unidade de Conservação justamente a unidade de conservação menos restritiva- a APA . Um amigo me disse que alguém lhe falou que o Mangue de Pedra é tão raro, mas tão raro, que nem mesmo avião devia ser autorizado a passar por cima dele.

A razão apresentada pela prefeitura para a escolha escamoteia a diferença, pois serve para aos dois tipos de unidades de conservação:  a decisão em transformar a área em APA, considerou o aspecto sustentável desta unidade de conservação, prevista no Sistema Nacional de Unidade de Conservação, onde poderão ser exercidas as atividades de visitação, recreação, interpretação, educação e pesquisa científica, além de possibilitar o desenvolvimento do turismo ecológico no interior da APA”.

Se era consenso entre os ambientalistas/quilombolas/cientistas criar no local um Monumento Natural/Parque Municipal porque então a Prefeitura veio com a ideia de APA? Se não foram os ambientalistas/quilombolas/cientistas que mudaram de ideia, quem fez ou quais foram as razões que fizeram a prefeitura propor a criação de uma APA no local?

Essa mudança repentina me fez lembrar a mudança na taxa de ocupação das ZCVS feita pelos vereadores de Búzios em 2003. De uma hora para outra, votada em regime de urgência urgentíssima, a taxa dobrou de 3% para 6% . Se nenhum ambientalista/quilombola/cientista havia pedido alteração da taxa, a quem os vereadores de Búzios estavam atendendo à época? Segundo o próprio então vereador Valmir da Rasa, o seu projeto de lei era “um entendimento de cabeças pensantes da cidade, como o Otavinho e o Clemente” (Jornal Armação dos Búzios, JAB, 25/10/2013) que tinha por objetivo garantir “a sustentabilidade financeira da construção civil nessa cidade por mais de 50 anos” (JAB, 31/10/2003).

Se nenhum ambientalista/quilombola/geólogo/pesquisador pediu a criação de uma APA no Mangue de Pedra agora porque então o Prefeito decidiu criar uma APA no Mangue de Pedra? Tudo indica que a história de 2003 se repete. Como dizia Marx, como farsa. Em 2003 sabíamos os nomes, agora eles estão ocultos. Mas são os mesmo personagens de sempre: aquelas raposas imobiliárias que estão sempre a espreita para comer as nossa galinhas dos ovos de ouro.  

Contatei alguns ambientalistas/quilombolas/cientistas e verifiquei que eles estão muito apreensivos com a criação da APA em substituição ao Monumento Natural. A área do Mangue de Pedra é enorme. São 75 hectares, englobando a Ponta do Pai Vitório e a Praia da Gorda. Todos consideram a Unidade de Conservação APA como um “instrumento frágil do ponto de vista da preservação, por não ser de proteção integral, como o Monumento Natural". Tanto que, do ponto de vista financeiro, a criação de um Monumento Natural aumentaria “em muito o ICMS Verde de Búzios”.

Sobre a questão de desapropriação, que talvez preocupasse o governo, um desses cientistas me disse que ela só acontece se houver discordância entre os objetivos do Monumento Natural e o dos proprietários.E mesmo que tenha que haver desapropriação a milionária Búzios- o sétimo município mais rico do segundo estado mais rico do país- tem recursos suficientes para isso.Basta parar de gastar mal.

Em discussões nas redes sociais vi muita gente defendendo que é melhor uma APA do que deixar do jeito que está. É mesmo? Claro que alguma coisa é melhor que nada! Mas porque temos nos satisfazer com migalhas? Em ter sempre em Búzios políticas menores para tudo? Porque incorporamos a síndrome de se contentar com o menos pior? Falta de recursos é que não é. Faltam recursos por outros motivos, E todos sabemos muito bem porque eles faltam!

PELO MONUMENTO NATURAL DO MANGUE DE PEDRA!