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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Jânio Mendes e a prestação de contas dos 19 mil reais à Justiça Eleitoral

Após ter seu nome listado como recebedor de R$ 19 mil em uma planilha de pagamentos encontrada durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de Luiz Carlos Bezerra durante a Operação Calicute, em que Sérgio Cabral foi preso, o Deputado Estadual Jânio Mendes disse à Folha dos Lagos (ver "folhadoslagos") que esse valor é referente a uma doação de campanha legal, feita em 2014, inclusive declarada à Justiça Eleitoral e que está à disposição da Justiça para prestar esclarecimento. 

Realmente, no site do TSE, em sua prestação de contas da campanha eleitoral de 2014, consta uma doação eleitoral de 19 mil reais. Ela não foi feita diretamente ao candidato, mas via Comitê Financeiro Nacional da campanha de Dilma Roussef. Mas o que mais chama a atenção é o fato desta doação ter sido a única recebida em dinheiro vivo ("estimada") do referido Comitê. Todas as outras três doações recebidas do Comitê Financeiro de Dilma, no valor de 100 mil reais cada, foram feitas por meio de cheques (ver abaixo). Por que ele recebeu estes recursos dessa forma e não por meio de "depósito em espécie", "cheque" ou "transferência eletrônica", outras três formas de recebimento de valores declaradas por ele na sua prestação de contas? Em tempos de Lava Jato não basta provar que não recebeu recursos por fora, via caixa dois de empresas. É preciso mostrar também que as doações feitas por dentro, via caixa um, têm origem lícita.   

Observem que a JBS doou 100 mil reais a Jânio via Comitê Financeiro Nacional de Dilma por meio de cheque. A JBS e a Vigor, que pertence à primeira, são citadas na representação que provocou a cassação da chapa Pezão-Dornelles pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo o jornal O Dia (ver "odia"), em junho de 2014, as duas empresas ganharam do governo do estado um empréstimo por 30 anos de terreno em Barra do Piraí, no Sul Fluminense. Depois, a JBS doou R$ 6,6 milhões para o Comitê Financeiro Único do PMDB do Rio.

A JBS reiterou que todas as doações foram realizadas de forma legal, e que “é desleal a tentativa de quem (...) tenta associar doações políticas a investimentos produtivos que geram empregos e fomentam a economia.” A Vigor informou que o investimento fez parte de estratégia de expansão regional e que hoje, com 100 empregados, a fábrica apresenta crescimento de 50% ao ano.


Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República  20.501.231/0001-96 CARIOCA CHRISTIANI HIELSEN  40.450.769/0001-26  19/09/14  126010700000RJ000045  100.000,00 Cheque  850118

Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República  20.501.231/0001-96    02/10/14  126010700000RJ000054  19.000,00 Estimado 

Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República  20.501.231/0001-96 JBS S/A  02.916.265/0001-60  02/10/14  126010700000RJ000049  100.000,00 Cheque  850195 

Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República  20.501.231/0001-96 CONSTRUTORA QUEIROZ GAVÃO SA  33.412.792/0001-60  29/07/14  126010700000RJ000007  100.000,00 Cheque  850026

Veja a seguir toda prestação de contas:
Prestação de contas de Jânio Mendes, 2014, página 1, circundado a doação de 19 mil reais
Prestação de contas de Jânio Mendes, 2014, página 2
Prestação de contas de Jânio Mendes, 2014, página 3
Prestação de contas de Jânio Mendes, 2014, página 4
Prestação de contas de Jânio Mendes, 2014, página 5
Fonte: "tse"

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Revista ISTO É acusa Lula de ter recebido propina em dinheiro vivo

Lula, foto revista istoe
Em delação premiada, Marcelo Odebrecht diz que fez pagamentos ao ex-presidente Lula em espécie. Recursos faziam parte do montante de aproximadamente R$ 8 milhões destinados ao petista pela empreiteira
Nos últimos meses, o ex-presidente Lula foi emparedado pela Lava Jato. Virou réu três vezes por práticas nada republicanas: obstrução de Justiça, ocultação de patrimônio — ao omitir um tríplex no Guarujá —, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, organização criminosa e tráfico de influência no BNDES, em razão do esquema envolvendo a contratação de seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos. Ou seja, já há uma fartura de provas contra o petista, ao contrário do que costuma alardear sua defesa. Nada, no entanto, pode ser mais categórico e definitivo como conceito de corrupção, na acepção da palavra, do que o recebimento de pagamentos de propina em dinheiro vivo. Por isso, o que ISTOÉ revela agora acrescenta um ingrediente potencialmente devastador para o ex-presidente.
Eles também acusam lula:
Ricardo Pessoa:
O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, disse em delação premiada que o consórcio Quip, do qual a sua empresa fazia parte, deu R$ 2,4 milhões de caixa dois para a campanha da reeleição de Lula em 2006. O empresário disse que se encontrou sete vezes com Lula durante o pleito
Emílio Odebrecht:
O presidente do conselho de administração da Odebrecht, Emílio Odebrecht afirmou em delação premiada que o estádio do Corinthians, o Itaquerão, foi construído como uma espécie de presente ao ex-presidente Lula, torcedor fanático do clube paulista.
Recursos repassados a lula teriam vindo do setor de operações estruturadas da odebrecht, o chamado departamento da propina
Num dos 300 anexos da delação da Odebrecht, considerada a mais robusta colaboração premiada do mundo, o herdeiro e ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, diz ter entregue a Lula dinheiro em espécie. Nunca uma figura pública que chegou a ocupar a presidência da República demonstrou tanta intimidade com a corrupção. Os repasses foram efetuados, em sua maioria, quando Lula não mais ocupava o Palácio do Planalto. O maior fluxo ocorreu entre 2012 e 2013. Foram milhões de reais originários do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – o já conhecido departamento da propina da empresa. Segundo já revelado pela Polícia Federal, aproximadamente R$ 8 milhões foram transferidos ao petista. Conforme apurou ISTOÉ junto a fontes que tiveram acesso à delação, o dinheiro repassado a Lula em espécie derivou desse montante.
Os pagamentos em dinheiro vivo fazem parte do que investigadores costumam classificar de “método clássico” da prática corrupta. Em geral, é uma maneira de evitar registros de entrada, para quem recebe, e de saída, para quem paga, de dinheiro ilegal. E Lula, como se nota, nunca se recusou a participar dessas operações nada ortodoxas. O depoimento agora revelado por ISTOÉ é a prova de que, sim, o petista não só esteve presente durante as negociatas envolvendo dinheiro sujo como aceitou receber em espécie, talvez acreditando piamente na impunidade. Se os repasses representavam meras contrapartidas a “palestras”, como a defesa do ex- presidente costuma repetir como ladainha em procissão, e se havia lastro e sustentação legal, por que os pagamentos em dinheiro vivo?
Na Odebrecht, as entregas de recursos a Lula sempre foram tratadas sob o mais absoluto sigilo. Não por acaso, segundo apurou ISTOÉ, logo que Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, a empreiteira presidida por ele, naquele momento vulnerável a buscas e apreensões da Polícia Federal, acionou um esquema interno de emergência chamado de Operação Panamá. Consistia em promover uma varredura nos computadores, identificar os arquivos mais sensíveis e enviá-los para a filial da empresa no país caribenho. O objetivo não era outro, senão desaparecer com digitais e quaisquer informações capazes de comprovar transferências de recursos financeiros da Odebrecht ao ex-presidente Lula. Àquela altura, a empreiteira ainda resistia a entregar o petista, topo da hierarquia do esquema do Petrolão. Mudou de planos premida pelo instinto de sobrevivência.
A maior delação do mundo
R$ 6 bilhões é o valor total previsto de multa no acordo de leniência negociado pela empresa com o Brasil, Estados Unidos e a Suíça
50 executivos fazem delação e mais 32 são incluídos como colaboradores
300 anexos envolvendo políticos dos mais diversos partidos
50 advogados negociam os últimos detalhes para a assinatura, ainda neste mês, dos acordos de colaboração, que depois serão enviados ao Supremo Tribunal Federal para homologação
Alexandrino Alencar:
Em seu depoimento, o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar revelou que a empresa participou da reforma do sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, que pertenceria ao ex-presidente Lula. Ele contou também detalhes das viagens que fez com Lula a bordo de jatinhos da empreiteira.
O ex-presidente recebeu a maior parte do dinheiro entre 2012 e 2013. Nada mais definitivo como conceito de corrupção do que o recebimento de pagamentos em espécie
Investigadores da Lava Jato vão querer saber, num próximo momento da investigação, se os repasses em dinheiro vivo ao ex-presidente guardam conexão com a operação desencadeada na última semana pela PF, sob o epíteto de Dragão. Na quinta-feira 10, foram presos os operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, cujo papel era justamente oferecer dinheiro em espécie para o sistema de corrupção. Pelo esquema, as empreiteiras contratavam serviços jamais prestados, efetuavam o pagamento a Duran e, ato contínuo, recebiam o dinheiro para pagar agentes públicos. A trama só foi desbaratado graças à colaboração de um delator da Odebrecht: Vinícius Veiga Borin. Ele contou à PF e procuradores como funcionava a engrenagem da lavagem de dinheiro criada pelas empreiteiras: as contas no exterior sob a batuta de Marcos Grillo, outro executivo da Odebrecht, alimentavam o Departamento de Propina da empreiteira. Quando havia necessidade de entregar valores em espécie no Brasil, eles recorriam a offshores, controladas por Duran. A Lava Jato suspeita que o dinheiro repassado a Lula possa ter integrado esse esquema.
Além de Marcelo Odebrecht, no corpo da delação da empreiteira Lula é citado por Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, ex-executivo da empresa, e o diretor de América Latina e Angola, Luiz Antônio Mameri. Faz parte do pacote de depoimentos relatos sobre uma troca de mensagens eletrônicas entre Mameri e Marcelo Odebrecht. Nessas conversas fica clara a participação de Lula para a aprovação de projetos da empreiteira no BNDES. Em seu depoimento, o diretor confirmou as mensagens e disse que as influências de Lula e do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, hoje preso, foram decisivas para a aprovação de projetos definidos exatamente como foram concebidos nas salas da Odebrecht.
100 parlamentares deverão ser delatados pelo esquema de propinas na Petrobras
20 governadores e ex-governadores deverão ser denunciados a partir das revelações dos executivos da Odebrecht sem que fossem submetidos a nenhum tipo de checagem. Mameri citou obras em Angola e Cuba.
Nos últimos dias, a Procuradoria-Geral da República iniciou o estágio da validação dos depoimentos, em que os 50 delatores e 32 colaboradores lenientes da Odebrecht passaram a ler e confirmar o que já escreveram. Tudo será gravado. A checagem de informações pode durar até o final deste mês, uma vez que nem todos os executivos foram informados sobre a data do encontro com os procuradores.
O alcance da delação
No total, a empreiteira vai reconhecer que pagou algo em torno de R$ 7 bilhões em propinas no Brasil e no exterior. Marcelo Odebrecht, presidente da maior construtora do País, com 200 mil funcionários e um faturamento anual de R$ 135 bilhões, só decidiu fazer delação premiada depois de março desde ano, após ter sido condenado pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Aos 48 anos, Marcelo se deu conta de que poderia envelhecer na cadeia. Como o empreiteiro ainda é réu em várias outras ações, seus advogados calcularam que ele poderia ser condenado a no mínimo 50 anos. Com o acordo, suas penas reduzirão a dez anos de reclusão. Como já cumpriu 1 ano e cinco meses, ficará detido até dezembro do ano que vem. Depois, passará mais dois anos e meio em prisão domiciliar e outros cinco anos em regime semi-aberto. As outras condenações que vierem estarão englobadas no acerto.
As negociações se arrastaram por seis longos meses. A Procuradoria-Geral da República só concordou com a delação para efeito de abatimento de pena com a condição de que ele e os 80 executivos da empresa relatassem crimes os quais a Justiça ainda não tinha comprovado. Além da resistência inicial em implicar Lula, os executivos impuseram outro dificultador: não admitiam que os repasses eram pagamentos de propina. Queriam limitar tudo a caixa dois, mesmo diante de provas inequívocas. A questão, no entanto, foi vencida depois que...
as reuniões e as negociatas de dilma
Já afastada do poder por irregularidades na condução da economia e suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, a ex-presidente Dilma Rousseff vai ser envolvida diretamente em negociações ilícitas na delação dos executivos da Odebrecht. Fontes com acesso às investigações afirmam que a ex-presidente é apontada como intermediária de recursos desviados da petrobras. Ela é citada 18 vezes na delação da odebrecht
Ela foi citada como intermediária direta de dinheiro oriundo de caixa 2 em ao menos 18 vezes, por vários diretores da companhia. Os depoimentos mais comprometedores seriam do próprio Marcelo Odebrecht.
Marcelo detalhou três encontros pessoais com Dilma, todos no Palácio da Alvorada e sem registro na agenda oficial. Um deles teria sido logo depois da sua posse, em 2011. Outros dois, em 2014, ano da campanha à reeleição. É justamente em uma dessas ocasiões que Marcelo fala de forma mais comprometedora sobre a ex-presidente. O empreiteiro conta que ela negociou pessoalmente pagamentos via caixa dois para a campanha.
A Lava Jato já investiga a suspeita de que recursos de caixa dois da Odebrecht abasteceram a campanha presidencial petista em 2014 depois de encontrar uma planilha da empresa que indicaria repasses ao marqueteiro João Santana entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014 no valor de R$ 4 milhões. Santana foi o responsável pela propaganda da campanha petista naquele ano e também negocia um acordo de colaboração premiada.
Marcelo contou que, em um dos encontros, pediu a intervenção de Dilma na liberação de repasses do BNDES para a construção do porto de Mariel, em Cuba, feito pela Odebrecht com financiamento de mais de US$ 600 milhões do banco de fomento brasileiro. Dilma teria lhe prometido resolver o assunto em 24 horas. O porto já é alvo de investigações, como da Procuradoria do Distrito Federal, sob a suspeita de que Lula teria também atuado por meio de tráfico de influência junto ao BNDES para liberar os recursos.
Além desse caso, Dilma já é investigada no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de tentar obstruir a Lava Jato por meio da nomeação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro. O caso tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que afirmou que o real motivo pela indicação de Navarro era um compromisso em soltar os presos da Lava Jato, principalmente os empreiteiros.
Por último, há ainda um caso na Procuradoria do DF que investiga se Dilma cometeu ato de improbidade administrativa nas pedaladas fiscais.
Enquanto responde a essas acusações, Dilma tenta retomar sua vida longe da Presidência, com a ajuda dos correligionários petistas, os únicos que têm coragem de lhe dar emprego atualmente. Na última semana, o partido aprovou sua indicação para a presidência do conselho da Fundação Perseu Abramo, ligada à sigla. O convite partiu do atual presidente do PT, Rui Falcão, que procurava algum cargo para amparar a correligionária. Nesse, pelo menos, ela não deve interferir nas finanças e há pouca margem para a Fundação Perseu Abramo partir também para as pedaladas fiscais.
As denúncias:
Obstrução da lava Jato
Lula é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de comandar a compra do silêncio do ex-diretor Nestor cerveró, para evitar sua delação premiada. Primeiras audiências do caso já ocorrem este mês.
Tríplex no Guarujá
Em Curitiba, Lula se tornou réu sob acusação de corrupção em duas benesses ofertadas pela OAS: a reforma de um tríplex reservado ao ex-presidente e o pagamento da armazenagem de seu acervo.
Angola
A última denúncia contra o petista o acusa de organização criminosa, corrupção passiva e tráfico de influência. A Procuradoria do DF diz que Lula atuou para o BNDES liberar recursos para uma obra da Odebrecht em Angola, obtendo em troca a contratação de uma empresa de seu sobrinho.



Frentes de investigação:
Atibaia
Força-tarefa da Lava Jato em Curitiba ainda conduz inquérito sobre os benefícios dados a Lula por empreiteiras no sítio de Atibaia (SP)
exterior
Além do caso de Angola, os procuradores do DF investigam se Lula também cometeu tráfico de influência para levar obras de empreiteiras brasileiras a outros quatro países: Cuba, Equador, Panamá e Venezuela. A suspeita é que a propina teria sido paga por meio da contratação de Lula, por essas empreiteiras, para dar palestras.
casa civil
Supremo investiga o petista e a ex-presidente Dilma em uma trama para obstruir a Lava Jato que incluiria a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil, com o objetivo de ganhar foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro.
Marcos valério
Nova frente de investigação na Justiça Federal do DF é para investigar se Lula atuou para comprar o silêncio do publicitário Marcos valério, condenado no mensalão

OPERAÇÃO DRAGÃO

Esquema de lavagem de dinheiro foi desbaratado graças à delação de executivo da Odebrecht
procuradores e agentes federais endureceram o jogo. Sem as confissões de propina o acordo voltaria à estaca zero, advertiram. Foi o suficiente para imprimir velocidade às tratativas.
Todas as pessoas envolvidas no acordo ouvidas por ISTOÉ são unânimes em afirmar que Lula é a estrela principal da delação. Recentemente, a Polícia Federal associou os codi- nomes “amigo”, “amigo de meu pai” e “amigo de EO” (Emílio Odebrecht) – que aparecem em planilhas de pagamentos ilícitos apreendidas durante a Operação Lava Jato – ao ex- presidente. Foi assim que a PF conseguiu rastrear o repasse de aproximadamente R$ 8 milhões a Lula. Os pagamentos foram coordenados por Marcelo Odebrecht e por Antonio Palocci. De acordo com o delegado Filipe Pace, o dinheiro saía de uma conta corrente mantida pela Odebrecht para pagamento de vantagens indevidas. O que Pace não sabia, e a delação de Odebrecht conseguiu elucidar, era sobre os pagamentos em espécie ao petista. Dinheiro era remetido às empreiteiras pelos operadores para, em seguida, ser distribuído para os agentes públicos
Evidentemente que os depoimentos dos executivos da empreiteira não vão abarcar apenas os crimes praticados pelo ex-presidente Lula. Envolverá também Dilma Rousseff (leia mais na pág. 36), integrantes do governo do presidente Michel Temer, mais de 100 parlamentares e 20 governadores e ex- governadores. Os principais partidos atingidos pelas delações da Odebrecht serão o PT e PMDB. É certo, no entanto, que integrantes do PSDB também serão implicados pelos executivos da empreiteira.
Para viabilizar os depoimentos, a Odebrecht utilizou serviços de 50 escritórios de advocacia de Brasília, São Paulo, Rio e Salvador, onde depôs o empreiteiro Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Ao todo 400 advogados acompanharam os depoimentos. Como envolve políticos com foro privilegiado, o acordo será assinado pelo ministro do STF, Teori Zavascki. A expectativa é de que a homologação saia até o dia 21. Paralelamente às delações premiadas, a Odebrecht fará um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), que deverá ser o maior do mundo. O campeão até aqui era o da Siemens, celebrado com autoridades dos Estados Unidos e vários países europeus em 2008. A empresa alemã pagou US$ 1,6 bilhão em multas. Já no acordo de leniência da Odebrecht com o governo brasileiro, a empreiteira poderá pagar uma multa de R$ 6 bilhões. Com isso, a empreiteira poderá voltar a realizar obras para o governo federal, hoje proibidas.
Por: Débora Bergamasco, Sérgio Pardellas e Mário Simas Filho

Mais nomes na delação da Odebrecht

Segundo a reportagem da Isto é, além de Lula, os depoimentos de Marcelo Odebrecht devem envolver ainda Dilma Rousseff (PT), integrantes do governo de Michel Temer (PMDB), mais de 100 parlamentares e 20 governadores e ex-governadores. Os principais partidos citados serão PT, PMDB e PSDB.
Michel Temer  foi citado ainda na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que revelou uma suposta operação de captação de recursos ilícitos, envolvendo Temer e o senador Valdir Raupp (PMDB-RR), para abastecer, em 2012, a campanha do então candidato Gabriel Chalita (PMDB) para a Prefeitura de São Paulo. Machado cita em sua delação mais de 20 políticos, entre eles José Sarney (PMDB), Renan Calheiros (PMDB) e Aécio Neves(PSDB).


Além da investigação sobre seu quadro de funcionários, a Odebrecht deverá selar um acordo de leniência com a CGU (Controladoria-Geral da União) e pagar uma multa recorde de R$ 6 bilhões — até hoje, a maior do mundo foi paga pela Siemens em 2008, quando a alemã desembolsou R$ 1,8 bilhão. Se esse acordo sair, a empreiteira poderá voltar a executar obras públicas do governo federal.
R7
A DEFESA DE LULA 
LULA VAI À JUSTIÇA CONTRA DELCÍDIO E ISTOÉ
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta sexta-feira, 11, ação de danos morais contra o senador cassado Delcídio do Amaral, por ele ter dito, em delação, que Lula teria agido para obstruir a justiça; advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins também representaram a revista IstoÉ, por reportagem em que acusa Lula de supostamente receber propina da Odebrecht; "À medida que caem por terra pilares antes fincados por membros da força tarefa da Operação Lava Jato para incriminar Lula, não surpreende que a revista IstoÉ antecipe de forma sensacionalista sua edição semanal, para promover uma nova denúncia frívola e sem prova contra o ex-Presidente", diz a defesa de Lula em nota; "Os responsáveis pela reportagem serão acionados na Justiça, para que respondam pelos ilícitos civis e criminais cometidos em decorrência dessa publicação"

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Cristóvam Buarque x Fernando Morais

Senador Cristóvam Buarque e o escritor Fernando Morais (Foto: Montagem Blog do Noblat)

Do escritor Fernando Morais:

"Anos atrás recebi do então governador de Brasília Cristóvam Buarque o "premio Manuel Bonfim", atribuído ao meu livro "Chatô, o rei do Brasil". Já pedi à Marília para localizar a placa de prata. Vou devolver. De golpista não quero nada. Nem prêmio".

Do senador Cristóvam Buarque (PPS-DF):

"Fernando Morais mostra como para o PT não há diferença entre partido, governo e estado. Não fui eu que dei o prêmio, foi o Governo do DF, selecionado pelo mérito de seu maravilhoso livro. Mas ele acha que foi uma bolsa-escritor. Porque, para ele, não há diferença entre partido-governante-governo-estado.

Que pena que nossos gênios estejam tão obtusos. E tão viciados no aparelhamento. O PT corrompeu mais do que a política, corrompeu a inteligência e o caráter. E aos poucos vão mostrando que a volta da Dilma por mais dois anos, com essa gente, vai embrutecer o País e seguir se apropriando do Estado. Pior que não tem juiz Moro para este tipo de roubo: da inteligência e do caráter. Ele não falou em devolver os dez mil que recebeu do prêmio. Na época eram dez mil dólares. Nem o que ele fazia no governo do Quércia".


Vamos assinar a petição BÚZIOS NÃO QUER MAIS PREFEITO FICHA-SUJA
Link: http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR93354

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Marcelo Morel

3 horas atrás  -  Compartilhada publicamente
 
Muito boa essa nota.
Acho o Senador de uma crítica muito generosa. O livro como todos do autor são frutos de uma pesquisa primorosa, a opinião política do escritor de uma conveniência sofrível.

domingo, 24 de julho de 2016

Ué, não era golpe?

A presidente afastada Dilma Roussef, em discurso em evento na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, disse que é preciso aprender com as críticas e "trilhar um caminho mais efetivo":
Até porque uma das constatações que temos que fazer é que algo não deu certo, tanto é que eles estão lá e nós, aqui" ( O Globo, 19/07/2016).

Se Dilma foi afastada por "algo que não deu certo",  entao não houve golpe algum. O golpe é algo externo, movimento de fora pra dentro. O erro é interno. Apesar de não explicitar qual o erro, reconhece-se que o governo fez "algo que não deu certo" e por isso sua dirigente máxima foi afastada. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Rabiscos locais 28

Rabiscos locais 28

Lembrete

É bom não esquecer que ameaça é crime. Mesma a realizada pela internet. Quem acha que se esconde atrás de curtidas de ameaças está muito enganado. No período eleitoral as coisas devem se acirrar. Já começam a pipocar agora. Quem por acaso for ameaçado deve printar o teor da ameaça e fazer registro na Delegacia local. No meu caso, além disso, publico o conteúdo da ameaça aqui no blog. 

Falta de argumentos 

É muito comum em Búzios pessoas surpreendidas com a boca na botija cometendo malfeitos, por falta de argumentos para se defenderem, contra-atacarem com acusações de ordem pessoal. Em geral, fazem isso sem citar nomes, com medo de serem processadas, pois não têm como provar as calúnias de ordem pessoal feitas. Com esse comportamento revelam o que são: pessoas covardes e menores.

Em meu blog me recuso terminantemente a fazer isso, apesar das inúmeras denúncias de ordem pessoal que recebo de leitores do blog a respeito de políticos da cidade, por email, SMS, inbox do Facebook e Whatsapp. Nunca as levei em consideração. Não me interessa nem um pouco se alguém bebe, fuma, cheira, tem amante, é corno, etc.  Se bebe, droga lícita, o problema é unicamente dele; se usa drogas ilícitas, o problema é da policia; e se tem amante ou é corno, o problema é do  companheiro/a dele (ou dela).

Antes tarde do que cunha

É incrível a incapacidade de  nossos políticos fazerem autocrítica. Dilma passou mais de um ano e meio para reconhecer que pode ter cometidos erros em sua gestão anterior. Não os nominou, mas só o fato de ter admitido que eles podem ter acontecido já é um avanço. Acredito que as coisas poderiam ter saído diferente para seu governo, se nos primeiros dias do novo mandato alertasse a população em rede nacional de TV para a real situação da crise econômica brasileira. Preferiu continuar com a farsa da campanha eleitoral. Deu no que deu.

Cunha deixa a Presidência da Câmara sem reconhecer um único erro, negando recebimento de propina e que mantenha contas secretas no exterior. Em sua carta de renúncia faz papel de vítima, queixando-se de perseguições. São todos uns santos.  

Bom pai, bom marido, bom filho

Com a emoção demonstrada pelo outrora político frio e calculista ao se referir à família, EduardoCunha joga por terra um argumento muito usado em quase todas as eleições municipais  pelo ex-prefeito Mirinho Braga, de que o povo de Búzios deveria escolher entre os postulantes ao cargo de Prefeito aqueles que fossem bom pai, bom filho, bom marido, etc. Ao meu modo ver, com as lágrimas derramadas, para mim verdadeiras, Cunha deve ser um bom marido e um bom pai. E porque não bom filho? Definitivamente, se se for usar estes critérios, eles não devem ser exclusivos para a escolha de um bom prefeito. É preciso que o povo de Búzios escolha como o próximo prefeito de Búzios uma pessoa que seja honesta e boa gestora da coisa pública.

Justiciamento (sic)

O terceiro melhor currículo do Brasil- segundo o próprio- anda maltratando a língua pátria. Ao criticar alguns juízes por realizarem possíveis justiçamentos com suas sentenças, o sujeito escreve "justiciamento" (sic). Assim vou ser obrigado a rebaixá-lo pra quarto melhor currículo.

sábado, 30 de abril de 2016

Impeachment no Brasil não é chamado de golpe pela imprensa internacional

Arte do Jornal Folha de São Paulo

Dois artigos publicados recentemente na imprensa brasileira (ver abaixo Artigo 1 e Artigo 2) mostram cabalmente que não é verdade que a imprensa internacional vem tratando o impeachment da presidente Dilma como golpe. Para chegar a essa conclusão os dois jornalistas distinguiram o que é opinião do jornal (editorial) de opinião de colunistas contratados para manifestar sua opinião ou de alguém que queira manifestar sua opinião em artigos avulsos assinados. 

No artigo 1 a jornalista Patrícia Campos Mello "avaliou 11 editoriais dos principais veículos de mídia estrangeira". No artigo 2 de Pedro Dória foram avaliados praticamente os mesmos editorias, levando o autor a concluir que "nenhum compra a ideia de que há um golpe em curso". 

1) "Financial Times"
Em editorial de 15 de abril, afirma que falar em golpe é um "exagero", já que o processo é conduzido por um Judiciário independente e está previsto na Constituição.

2) "Le Monde"
Em seu editorial "Brasil: Isto não é um golpe de Estado", afirma que é uma "retórica infeliz" usar a palavra golpe. 

3) "New York Times"
Em editorial de 18 de abril, não julga se o impeachment é legítimo ou não. Diz apenas que o processo não está baseado nas "pedaladas fiscais" e trata-se de um "referendo" sobre o governo Dilma. No texto, o diário concorda que muitos dos legisladores liderando o processo de impeachment são acusados de crimes muito mais sérios do que os imputados à presidente. Mas diz que ela também não pode driblar os questionamentos sobre corrupção.

4) "Washington Post"
Em editorial de 18 de abril, diz que “a presidente brasileira Dilma Rousseff insiste que o impeachment levantado contra ela é um ‘golpe contra a democracia’. Certamente não o é.” A partir daí, desanca tanto o governo Dilma quanto o Congresso Nacional. O único elogio que os editorialistas do “Post” conseguem fazer ao Brasil é que, no fundo, “este é um preço alto a pagar pela manutenção da lei — e, até agora, esta é a única área na qual o Brasil tem ficado mais forte.”

5) "Wall Street Journal"
Publicou várias reportagens sobre a crise política, mas não fez nenhum editorial.

6) "The Economist"
Pediu a saída de Dilma em editorial de 26 de março, "Hora de ir embora", dizendo que a presidente, ao indicar seu antecessor Lula para um ministério, tinha perdido credibilidade. 

Trechos de outro editorial: "Em manifestações diárias, a presidente brasileira Dilma Rousseff e seus aliados chamam a tentativa de impeachment de Golpe de Estado. É uma afirmação emotiva que mexe com pessoas além de seu Partido dos Trabalhadores e mesmo além do Brasil.” (...) “a denúncia de Golpes tem sido parte do kit de propaganda da esquerda.” (...) ” o problema é que Dilma perdeu a capacidade de governar, e, em regimes presidencialistas, quando isso ocorre a crise é sempre grave".

Mas ressaltava que, sem provas de crimes, o impeachment seria apenas pretexto para derrubar uma presidente impopular. 

Editorial de 23 de abril, a revista argumenta que a melhor opção seria a realização de novas eleições.

"Se Rousseff for afastada com base em uma tecnicalidade, Temer terá dificuldades para ser visto como um presidente legítimo."

7) "El País"
Em editorial de 18 de abril, afirma que o processo é baseado em uma "tecnicalidade fiscal", "recorrer a empréstimos de bancos públicos para equilibrar o orçamento", e que a presidente Dilma é a única a não ser acusada de enriquecimento ilícito. Mas não usa a palavra golpe.

8) "The Guardian"
Muita gente tem citado como se fosse opinião do jornal o texto “A razão real pela qual os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment”, assinado por David Miranda. Na verdade, não é a opinião do jornal. É a opinião de um cidadão brasileiro.

O “Guardian” manifestou sua opinião no editorial “Uma Tragédia é um Escândalo”, no qual aponta os que considera responsáveis pela crise brasileira atual: “Transformações da economia global, a personalidade da presidente, o PT ter abraçado um sistema de financiamento partidário baseado em corrupção, o escândalo que estourou após as revelações, e uma relação disfuncional entre Executivo e Legislativo”. Sem poupar em momento algum o Congresso ou Eduardo Cunha, em nenhum momento o jornal britânico sequer cita o termo “golpe”.

9) "Miami Herald"
Em editorial recente afirmou: “Os brasileiros não devem se distrair. O crime que trouxe o país abaixo é roubo por parte de quem ocupa cargos públicos. Que sigam atrás dos bandidos e deixem para os eleitores o destino de políticos incompetentes.” Para os editorialistas, a incompetente é Dilma, e bandidos, os políticos envolvidos em corrupção.

10) "Süddeutsche Zeitung"
Em artigo de opinião do correspondente no Brasil Boris Herrmann intitulado "Quase um golpe: o processo contra a presidente é errado", afirma que a palavra golpe não é "necessária nem adequada", mas que o processo tem "contornos golpistas". "A tentativa de se livrar de uma presidente eleita" não é "processo democrático".

11) "Der Spiegel"
Outro correspondente no Brasil, Jens Glüsing, diz: "Partidários de Lula alertam para um 'golpe não tradicional' contra a democracia. Não dá para dizer que essa preocupação seja totalmente descabida", declara. Foi o único a criticar a Operação Lava-Jato, afirmando que “o sucesso subiu à cabeça (do juiz Sérgio) Moro”. 

12) CNN
Há também uma série de manifestações avulsas de opinião. Dentre as mais populares dos blogueiros governistas está a entrevista concedida pelo jornalista americano Glenn Greenwald a Christiane Amanpour, da CNN. Greenwald, que vive no Brasil e é companheiro de David Miranda,  autor de um outro artigo do “Guardian” também muito citado por blogueiros petistas e governistas. À CNN, disse que “plutocratas veem agora uma chance de se livrar do PT por meios antidemocráticos.” Cita, como contexto, o extenso envolvimento de inúmeros deputados, a começar pelo presidente da Câmara, com escândalos de corrupção. Mas, mesmo quando questionado diretamente por Amanpour, evitou o termo “golpe”.

Fonte: Artigo 1 - "Imprensa internacional não chama impeachment de golpe", de Patrícia Campos Melo. (http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1765921-imprensa-internacional-nao-chama-impeachment-de-golpe.shtml)

Artigo 2 - "A imprensa estrangeira não vê golpe", de Pedro Dória. (http://oglobo.globo.com/brasil/artigo-imprensa-estrangeira-nao-ve-golpe-por-pedro-doria-19165357#ixzz47DacYfKN) 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Rabiscos locais 27




Só em Búzios mesmo

A presidente Dilma viaja pra Nova Iorque e automaticamente o vice-presidente Michel Temer assume. Mesmo acusando -o de oportunista, golpista e traidor, Dilma em nenhum momento pensou em fazer qualquer coisa para impedi-lo de ocupar seu cargo. Aqui em Búzios, nosso prefeitinho cheio de hipersensibilidade não-me-toques sempre consegue uma liminar no Plantão judiciário do TJ do Rio para que Muniz, seu vice, não assuma quando viaja ao exterior. Tudo isso com o beneplácito da maioria dos vereadores da Câmara do "Sim Senhor" de Búzios. Eta cidadezinha atrasada politicamente. 

Não vai ter golpe

Parte da esquerda, PC do B, PDT e PSOL- aquela que o povo tá chamando de puxadinho do PT- insiste na tese petista de que o impeachment é golpe. Como se o governo que obteve conquistas sociais para o povo pobre e trabalhador,  tivesse salvo conduto para roubar, ou, quando menos,  deixar roubar. Não é crível que o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma não soubessem que uma organização criminosa operava na Petrobrás por mais de uma década. Se sabiam, nao podiam permitir. Se permitiram, é porque se beneficiaram dos malfeitos, talvez até mesmo a nível pessoal, pois  é muito difícil separar dinheiro de corrupção para o partido de dinheiro de corrupção para proveito pessoal. O caso Celso Daniel está aí como prova. 

Para não considerar as pedaladas  e os decretos suplementares da denúncia que fundamenta o impeachment como crimes de responsabilidade não é difícil encontrar 100 juristas. Da mesma forma não é difícil encontrar outros 100 juristas para a posição contrária. Logo, essa não é a questão central em um julgamento que não é unicamente jurídico, mas político-jurídico. Uma presidente que mente descaradamente durante o processo eleitoral para vencer as eleições, escondendo da população a realidade econômica- financeira do país, através de pedaladas e contabilidade "criativa", não poderia esperar outra coisa muito diferente daquela que está acontecendo. Apenas 10% da população aprovam seu governo, 61% são favoráveis à tirá-la do cargo, 6 milhões vão pra rua pedindo que ela deixe o cargo e 367 deputados (72% da Câmara), atendendo a este apelo, votam pela admissibilidade do impeachment.

Vários ministros do STF deram ontem (20) declarações de que não houve golpe algum. O processo segue segundo o rito estabelecido pela maioria dos ministros da Suprema Corte. Isso quer dizer que tudo correu de acordo com o que estabelece a constituição brasileira, pois eles são, em última instância, a constituicao. 

Mesmo declarações do ex-ministro Joaquim Barbosa- por sinal odiado pelos petistas-  a respeito do baixo nível de nossa representação parlamentar, demonstrado pelo teor dos discursos dos  deputados na hora da declaração do voto no dia da votação do impeachment, foram deturpadas, como se ele também fosse partidário da tese do golpe.  

Se há realmente um golpe em curso, mesmo que parlamentar, a presidente Dilma, em vez de ficar reclamando do golpe, tem que , por dever de ofício, decretar Estado de Defesa e convocar o exército para prender os golpistas. No caso, os 367 deputados e as seis milhões de pessoas que foram para as ruas no dia 13 de março pedir o seu impeachment.

Golpe coisa nenhuma. O problema é que a esquerda  no poder reproduzuiu o que  a direita faz e, por isso, ela (a direita) está deitando e rolando. Vão fazer a festa. Talvez levemos duas dezenas de anos para nos recuperarmos do estrago causado pelo lambuzamento petista.

Ficar ao lado deles hoje é a pior opção. 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

PLACAR do IMPEACHMENT: 346 FAVORÁVEIS X 128 CONTRÁRIOS

O jornal O Estado de São Paulo publica diariamente as intenções declaradas de voto dos deputados federais no processo de impeachment da presidente Dilma Roussef. A expectativa entre os parlamentares é de que a votação ocorra em 17 de abril, quando o rito de tramitação terá sido cumprido.

A publicação relaciona todos os 513 deputados federais e suas intenções de voto em relação ao impeachment, tornando possível que os eleitores tomem conhecimento da posição dos seus eleitos em relação à esta questão crucial para os rumos políticos do país. 

Dou destaque especial aos 46 deputados federais do Rio de Janeiro.

Por isso, a partir de hoje republicarei aqui no blog o placar diário do impeachment do Estadão.

Dia 15/04: 

FAVORÁVEIS = 346 (4 votos a mais do que o necessário)

Deputados do Rio de Janeiro favoráveis: (35)

OtavioLeite
PSDB – RJ

AlexandreSerfiotis
PMDB – RJ

AltineuCortes
PMDB-RJ 

EduardoCunha
PMDB – RJ

FernandoJordão
PMDB – RJ

MarcoAntonioCabral
PMDB-RJ

PedroPaulo
PMDB-RJ

SérgioSveiter
PMDB-RJ

SorayaSantos
PMDB-RJ

WashingtonReis
PMDB-RJ

JulioLopes
PP – RJ

SimãoSessim
PP – RJ

HugoLeal
PSB-RJ

FranciscoFloriano
DEM – RJ

MarcosSoares
DEM – RJ

RodrigoMaia
DEM – RJ

SóstenesCavalcante
DEM – RJ

Indioda Costa
PSD – RJ

AlexandreValle
PR-RJ

ClarissaGarotinho
PR – RJ

Dr.João
PR – RJ

PauloFeijó
PR – RJ

RobertoSalles
PRB – RJ
RosangelaGomes
PRB – RJ

CristianeBrasil
PTB-RJ

Deley
PTB-RJ

Aureo
SD – RJ

AroldodeOliveira
PSC – RJ
JairBolsonaro
PSC – RJ

EzequielTeixeira
PTN – RJ

LuizCarlos Ramos
PTN – RJ

MarceloMatos
PHS-RJ

FelipeBornier
PROS – RJ

MiroTeixeira
Rede – RJ

CaboDaciolo
PT do B – RJ



INDECISOS =14

Deputados do Rio de Janeiro indecisos: 0

NÃO DECIDIRAM: 25

Deputados do Rio de Janeiro que não quiseram responder: 0

CONTRÁRIOS = 128 (faltam 44)

Deputados do Rio de Janeiro contrários: 11

BeneditadaSilva
PT - RJ

ChicoD'angelo
PT – RJ

LuizSérgio
PT – RJ

WadihDamous
PT – RJ

JandiraFeghali
PC do B – RJ

CelsoPansera
PMDB-RJ

LeonardoPicciani
PMDB-RJ

ChicoAlencar
PSOL – RJ

GlauberBraga
PSOL – RJ

JeanWyllys
PSOL – RJ

AlessandroMolon
REDE - RJ



terça-feira, 12 de abril de 2016

PLACAR do IMPEACHMENT: 299 FAVORÁVEIS X 123 CONTRÁRIOS

O jornal O Estado de São Paulo publica diariamente as intenções declaradas de voto dos deputados federais no processo de impeachment da presidente Dilma Roussef. A expectativa entre os parlamentares é de que a votação ocorra em 17 de abril, quando o rito de tramitação terá sido cumprido.

A publicação relaciona todos os 513 deputados federais e suas intenções de voto em relação ao impeachment, tornando possível que os eleitores tomem conhecimento da posição dos seus eleitos em relação à esta questão crucial para os rumos políticos do país. 

Dou destaque especial aos 46 deputados federais do Rio de Janeiro.

Por isso, a partir de hoje republicarei aqui no blog o placar diário do impeachment do Estadão.

Dia 12/04: 

FAVORÁVEIS = 299 (faltam 43)

Deputados do Rio de Janeiro favoráveis:

OtavioLeite
PSDB – RJ

AlexandreSerfiotis
PMDB – RJ

EduardoCunha
PMDB – RJ

FernandoJordão
PMDB – RJ

LauraCarneiro
PMDB – RJ

FranciscoFloriano
DEM – RJ

MarcosSoares
DEM – RJ

RodrigoMaia
DEM – RJ

SóstenesCavalcante
DEM – RJ

JulioLopes
PP – RJ

SimãoSessim
PP – RJ

Indioda Costa
PSD – RJ

ClarissaGarotinho
PR – RJ

Dr.João
PR – RJ

RosangelaGomes
PRB – RJ

Aureo
SD – RJ

CristianeBrasil
PTB – RJ

Deley
PTB – RJ

JairBolsonaro
PSC – RJ

EzequielTeixeira
PTN – RJ

LuizCarlos Ramos
PTN – RJ

FelipeBornier
PROS – RJ

MiroTeixeira
Rede – RJ

CaboDaciolo
PT do B – RJ

Washington Reis
PMDB - RJ

INDECISOS = 48

Deputados do Rio de Janeiro indecisos:

AltineuCôrtes
PMDB – RJ

CelsoJacob
PMDB – RJ

AlexandreValle
PR – RJ

PauloFeijó
PR – RJ

HugoLeal
PSB – RJ

RobertoSales
PRB – RJ

MarceloMatos
PHS – RJ

NÃO DECIDIRAM: 43

Deputados do Rio de Jameiro que não quiseram responder:

MarquinhoMendes
PMDB – RJ

SorayaSantos
PMDB – RJ

WilsonBeserra
PMDB – RJ

CONTRÁRIOS = 123 (faltam 49)

Deputados do Rio de Janeiro contrários:

Beneditada Silva
PT - RJ

ChicoD'angelo
PT – RJ

LuizSérgio
PT – RJ

WadihDamous
PT – RJ

JandiraFeghali
PC do B – RJ

ChicoAlencar
PSOL – RJ

GlauberBraga
PSOL – RJ

JeanWyllys
PSOL – RJ

LeonardoPicciani
PMDB – RJ

ZéAugusto Nalin
PMDB – RJ

AlessandroMolon
REDE - RJ


segunda-feira, 11 de abril de 2016

PLACAR do IMPEACHMENT: 291 FAVORÁVEIS X 115 CONTRÁRIOS

O jornal O Estado de São Paulo publica diariamente as intenções declaradas de voto dos deputados federais no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A expectativa entre os parlamentares é de que a votação ocorra em 17 de abril, quando o rito de tramitação terá sido cumprido.

A publicação relaciona todos os 513 deputados federais e suas intenções de voto em relação ao impeachment, tornando possível que os eleitores tomem conhecimento da posição dos seus eleitos em relação à esta questão crucial para os rumos políticos do país. 

Dou destaque especial aos 46 deputados federais do Rio de Janeiro.

Por isso, a partir de hoje republicarei aqui no blog o placar diário do impeachment do Estadão.

Quatro deputados, que até ontem indecisos, decidiram votar a favor do impeachment: Lúcio Mosquini (PMDB-RO), Hiran Gonçalves (PP-RR), Carlos Gomes (PRB-RS) e Marcelo Alvaro Antônio (PR-MG).  

Dia 11/04: 

FAVORÁVEIS = 291 (faltam 51)

Deputados do Rio de Janeiro favoráveis:

OtavioLeite
PSDB – RJ

AlexandreSerfiotis
PMDB – RJ

EduardoCunha
PMDB – RJ

FernandoJordão
PMDB – RJ

LauraCarneiro
PMDB – RJ

FranciscoFloriano
DEM – RJ

MarcosSoares
DEM – RJ

RodrigoMaia
DEM – RJ

SóstenesCavalcante
DEM – RJ

JulioLopes
PP – RJ

SimãoSessim
PP – RJ

Indioda Costa
PSD – RJ

ClarissaGarotinho
PR – RJ

Dr.João
PR – RJ

RosangelaGomes
PRB – RJ

Aureo
SD – RJ

CristianeBrasil
PTB – RJ

Deley
PTB – RJ

JairBolsonaro
PSC – RJ

EzequielTeixeira
PTN – RJ

LuizCarlos Ramos
PTN – RJ

FelipeBornier
PROS – RJ

MiroTeixeira
Rede – RJ

CaboDaciolo
PT do B – RJ

INDECISOS = 61

Deputados do Rio de Janeiro indecisos:

AltineuCôrtes
PMDB – RJ

CelsoJacob
PMDB – RJ

WashingtonReis
PMDB – RJ

AlexandreValle
PR – RJ

PauloFeijó
PR – RJ

HugoLeal
PSB – RJ

RobertoSales
PRB – RJ

MarceloMatos
PHS – RJ

NÃO DECIDIRAM: 46

Deputados do Rio de Jameiro que não quiseram responder:

MarquinhoMendes
PMDB – RJ

SorayaSantos
PMDB – RJ

WilsonBeserra
PMDB – RJ

CONTRÁRIOS = 115 (faltam 57)

Deputados do Rio de Janeiro contrários:

Beneditada Silva
PT - RJ

ChicoD'angelo
PT – RJ

LuizSérgio
PT – RJ

WadihDamous
PT – RJ

JandiraFeghali
PC do B – RJ

ChicoAlencar
PSOL – RJ

GlauberBraga
PSOL – RJ

JeanWyllys
PSOL – RJ

LeonardoPicciani
PMDB – RJ

ZéAugusto Nalin
PMDB – RJ

AlessandroMolon
REDE - RJ