Lula, foto revista istoe |
Em
delação premiada, Marcelo Odebrecht diz que fez pagamentos ao
ex-presidente Lula em espécie. Recursos faziam parte do montante
de aproximadamente R$ 8 milhões destinados ao petista pela
empreiteira
Nos
últimos meses, o ex-presidente Lula foi emparedado pela Lava Jato.
Virou réu três vezes por práticas nada republicanas: obstrução
de Justiça, ocultação de patrimônio — ao omitir um
tríplex no Guarujá —, lavagem de dinheiro, corrupção
passiva, organização criminosa e tráfico de
influência no BNDES, em razão do esquema envolvendo a
contratação de seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos. Ou seja,
já há uma fartura de provas contra o petista, ao contrário do que
costuma alardear sua defesa. Nada, no entanto, pode ser mais
categórico e definitivo como conceito de corrupção, na acepção
da palavra, do que o recebimento de pagamentos de propina em dinheiro
vivo. Por isso, o que ISTOÉ revela agora acrescenta um ingrediente
potencialmente devastador para o ex-presidente.
Eles
também acusam lula:
Ricardo
Pessoa:
O
empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, disse em delação
premiada que o consórcio Quip, do qual a sua empresa fazia parte,
deu R$ 2,4 milhões de caixa dois para a campanha da reeleição
de Lula em 2006. O empresário disse que se encontrou sete vezes
com Lula durante o pleito
Emílio
Odebrecht:
O
presidente do conselho de administração da Odebrecht, Emílio
Odebrecht afirmou em delação premiada que o estádio do
Corinthians, o Itaquerão, foi construído como uma espécie de
presente ao ex-presidente Lula, torcedor fanático do clube
paulista.
Recursos
repassados a lula teriam vindo do setor de operações estruturadas
da odebrecht, o chamado departamento da propina
Num
dos 300 anexos da delação da Odebrecht, considerada a mais robusta
colaboração premiada do mundo, o herdeiro e ex-presidente da
empresa, Marcelo Odebrecht, diz ter entregue a Lula dinheiro em
espécie. Nunca uma figura pública que chegou a ocupar a
presidência da República demonstrou tanta intimidade com a
corrupção. Os repasses foram efetuados, em sua maioria, quando Lula
não mais ocupava o Palácio do Planalto. O maior fluxo ocorreu entre
2012 e 2013. Foram milhões de reais originários do setor de
Operações Estruturadas da Odebrecht – o já conhecido
departamento da propina da empresa. Segundo já revelado pela Polícia
Federal, aproximadamente R$ 8 milhões foram transferidos ao
petista. Conforme apurou ISTOÉ junto a fontes que tiveram acesso
à delação, o dinheiro repassado a Lula em espécie derivou desse
montante.
Os
pagamentos em dinheiro vivo fazem parte do que investigadores
costumam classificar de “método clássico” da prática
corrupta. Em geral, é uma maneira de evitar registros de
entrada, para quem recebe, e de saída, para quem paga, de dinheiro
ilegal. E Lula, como se nota, nunca se recusou a participar dessas
operações nada ortodoxas. O depoimento agora revelado por ISTOÉ é
a prova de que, sim, o petista não só esteve presente durante as
negociatas envolvendo dinheiro sujo como aceitou receber em espécie,
talvez acreditando piamente na impunidade. Se os repasses
representavam meras contrapartidas a “palestras”, como a defesa
do ex- presidente costuma repetir como ladainha em procissão, e se
havia lastro e sustentação legal, por que os pagamentos em dinheiro
vivo?
Na
Odebrecht, as entregas de recursos a Lula sempre foram tratadas sob o
mais absoluto sigilo. Não por acaso, segundo apurou ISTOÉ, logo que
Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, a empreiteira presidida
por ele, naquele momento vulnerável a buscas e apreensões da
Polícia Federal, acionou um esquema interno de emergência chamado
de Operação Panamá. Consistia em promover uma varredura nos
computadores, identificar os arquivos mais sensíveis e enviá-los
para a filial da empresa no país caribenho. O objetivo não era
outro, senão desaparecer com digitais e quaisquer informações
capazes de comprovar transferências de recursos financeiros da
Odebrecht ao ex-presidente Lula. Àquela altura, a empreiteira ainda
resistia a entregar o petista, topo da hierarquia do esquema do
Petrolão. Mudou de planos premida pelo instinto de sobrevivência.
A
maior delação do mundo
R$
6 bilhões é o valor total previsto de multa no acordo de
leniência negociado pela empresa com o Brasil, Estados Unidos e
a Suíça
50
executivos fazem delação e mais 32 são incluídos como
colaboradores
300
anexos envolvendo políticos dos mais diversos partidos
50
advogados negociam os últimos detalhes para a assinatura, ainda
neste mês, dos acordos de colaboração, que depois serão enviados
ao Supremo Tribunal Federal para homologação
Alexandrino
Alencar:
Em
seu depoimento, o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar revelou
que a empresa participou da reforma do sítio em Atibaia, no
interior de São Paulo, que pertenceria ao ex-presidente Lula. Ele
contou também detalhes das viagens que fez com Lula a bordo de
jatinhos da empreiteira.
O
ex-presidente recebeu a maior parte do dinheiro entre 2012 e 2013.
Nada mais definitivo como conceito de corrupção do que o
recebimento de pagamentos em espécie
Investigadores
da Lava Jato vão querer saber, num próximo momento da investigação,
se os repasses em dinheiro vivo ao ex-presidente guardam conexão com
a operação desencadeada na última semana pela PF, sob o epíteto
de Dragão. Na quinta-feira 10, foram presos os operadores
Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, cujo papel era justamente
oferecer dinheiro em espécie para o sistema de corrupção. Pelo
esquema, as empreiteiras contratavam serviços jamais prestados,
efetuavam o pagamento a Duran e, ato contínuo, recebiam o dinheiro
para pagar agentes públicos. A trama só foi desbaratado graças à
colaboração de um delator da Odebrecht: Vinícius Veiga Borin. Ele
contou à PF e procuradores como funcionava a engrenagem da lavagem
de dinheiro criada pelas empreiteiras: as contas no exterior sob a
batuta de Marcos Grillo, outro executivo da Odebrecht,
alimentavam o Departamento de Propina da empreiteira. Quando
havia necessidade de entregar valores em espécie no Brasil, eles
recorriam a offshores, controladas por Duran. A Lava Jato suspeita
que o dinheiro repassado a Lula possa ter integrado esse esquema.
Além
de Marcelo Odebrecht, no corpo da delação da empreiteira Lula é
citado por Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, ex-executivo da
empresa, e o diretor de América Latina e Angola, Luiz Antônio
Mameri. Faz parte do pacote de depoimentos relatos sobre uma troca de
mensagens eletrônicas entre Mameri e Marcelo Odebrecht. Nessas
conversas fica clara a participação de Lula para a aprovação
de projetos da empreiteira no BNDES. Em seu depoimento, o diretor
confirmou as mensagens e disse que as influências de Lula e do
ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, hoje preso, foram
decisivas para a aprovação de projetos definidos exatamente como
foram concebidos nas salas da Odebrecht.
100
parlamentares deverão ser delatados pelo esquema de propinas na
Petrobras
20
governadores e ex-governadores deverão ser denunciados a
partir das revelações dos executivos da Odebrecht sem que fossem
submetidos a nenhum tipo de checagem. Mameri citou obras em Angola
e Cuba.
Nos
últimos dias, a Procuradoria-Geral da República iniciou o estágio
da validação dos depoimentos, em que os 50 delatores e 32
colaboradores lenientes da Odebrecht passaram a ler e confirmar o
que já escreveram. Tudo será gravado. A checagem de informações
pode durar até o final deste mês, uma vez que nem todos os
executivos foram informados sobre a data do encontro com os
procuradores.
O
alcance da delação
No
total, a empreiteira vai reconhecer que pagou algo em torno de R$
7 bilhões em propinas no Brasil e no exterior. Marcelo
Odebrecht, presidente da maior construtora do País, com 200 mil
funcionários e um faturamento anual de R$ 135 bilhões,
só decidiu fazer delação premiada depois de março desde ano, após
ter sido condenado pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de
prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação
criminosa. Aos 48 anos, Marcelo se deu conta de que poderia
envelhecer na cadeia. Como o empreiteiro ainda é réu em várias
outras ações, seus advogados calcularam que ele poderia ser
condenado a no mínimo 50 anos. Com o acordo, suas penas reduzirão a
dez anos de reclusão. Como já cumpriu 1 ano e cinco meses, ficará
detido até dezembro do ano que vem. Depois, passará mais dois
anos e meio em prisão domiciliar e outros cinco anos em
regime semi-aberto. As outras condenações que vierem estarão
englobadas no acerto.
As
negociações se arrastaram por seis longos meses. A
Procuradoria-Geral da República só concordou com a delação para
efeito de abatimento de pena com a condição de que ele e os 80
executivos da empresa relatassem crimes os quais a Justiça ainda
não tinha comprovado. Além da resistência inicial em implicar
Lula, os executivos impuseram outro dificultador: não
admitiam que os repasses eram pagamentos de propina. Queriam
limitar tudo a caixa dois, mesmo diante de provas inequívocas.
A questão, no entanto, foi vencida depois que...
as
reuniões e as negociatas de dilma
Já
afastada do poder por irregularidades na condução da economia e
suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, a
ex-presidente Dilma Rousseff vai ser envolvida diretamente em
negociações ilícitas na delação dos executivos da Odebrecht.
Fontes com acesso às investigações afirmam que a ex-presidente é
apontada como intermediária de recursos desviados da petrobras. Ela
é citada 18 vezes na delação da odebrecht
Ela
foi citada como intermediária direta de dinheiro oriundo de caixa 2
em ao menos 18 vezes, por vários diretores da companhia. Os
depoimentos mais comprometedores seriam do próprio Marcelo
Odebrecht.
Marcelo
detalhou três encontros pessoais com Dilma, todos no Palácio da
Alvorada e sem registro na agenda oficial. Um deles teria sido logo
depois da sua posse, em 2011. Outros dois, em 2014, ano da campanha à
reeleição. É justamente em uma dessas ocasiões que Marcelo fala
de forma mais comprometedora sobre a ex-presidente. O empreiteiro
conta que ela negociou pessoalmente pagamentos via caixa dois para a
campanha.
A
Lava Jato já investiga a suspeita de que recursos de caixa dois da
Odebrecht abasteceram a campanha presidencial petista em 2014 depois
de encontrar uma planilha da empresa que indicaria repasses ao
marqueteiro João Santana entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014
no valor de R$ 4 milhões. Santana foi o responsável pela propaganda
da campanha petista naquele ano e também negocia um acordo de
colaboração premiada.
Marcelo
contou que, em um dos encontros, pediu a intervenção de Dilma na
liberação de repasses do BNDES para a construção do porto de
Mariel, em Cuba, feito pela Odebrecht com financiamento de
mais de US$ 600 milhões do banco de fomento brasileiro. Dilma
teria lhe prometido resolver o assunto em 24 horas. O porto já é
alvo de investigações, como da Procuradoria do Distrito Federal,
sob a suspeita de que Lula teria também atuado por meio de tráfico
de influência junto ao BNDES para liberar os recursos.
Além
desse caso, Dilma já é investigada no Supremo Tribunal Federal sob
suspeita de tentar obstruir a Lava Jato por meio da nomeação
do ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro.
O caso tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do
Amaral (ex-PT-MS), que afirmou que o real motivo pela indicação de
Navarro era um compromisso em soltar os presos da Lava Jato,
principalmente os empreiteiros.
Por
último, há ainda um caso na Procuradoria do DF que investiga se
Dilma cometeu ato de improbidade administrativa nas pedaladas
fiscais.
Enquanto
responde a essas acusações, Dilma tenta retomar sua vida longe da
Presidência, com a ajuda dos correligionários petistas, os únicos
que têm coragem de lhe dar emprego atualmente. Na última semana, o
partido aprovou sua indicação para a presidência do conselho da
Fundação Perseu Abramo, ligada à sigla. O convite partiu do
atual presidente do PT, Rui Falcão, que procurava algum cargo para
amparar a correligionária. Nesse, pelo menos, ela não deve
interferir nas finanças e há pouca margem para a Fundação Perseu
Abramo partir também para as pedaladas fiscais.
As
denúncias:
|
Obstrução
da lava Jato
Lula
é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de comandar a
compra do silêncio do ex-diretor Nestor cerveró, para evitar
sua delação premiada. Primeiras audiências do caso já
ocorrem este mês.
Tríplex
no Guarujá
Em
Curitiba, Lula se tornou réu sob acusação de corrupção em
duas benesses ofertadas pela OAS: a reforma de um tríplex
reservado ao ex-presidente e o pagamento da armazenagem de seu
acervo.
Angola
A
última denúncia contra o petista o acusa de organização
criminosa, corrupção passiva e tráfico de influência. A
Procuradoria do DF diz que Lula atuou para o BNDES liberar
recursos para uma obra da Odebrecht em Angola, obtendo em
troca a contratação de uma empresa de seu sobrinho.
|
Frentes
de investigação:
|
Atibaia
Força-tarefa
da Lava Jato em Curitiba ainda conduz inquérito sobre os
benefícios dados a Lula por empreiteiras no sítio de Atibaia
(SP)
exterior
Além
do caso de Angola, os procuradores do DF investigam se Lula
também cometeu tráfico de influência para levar obras de
empreiteiras brasileiras a outros quatro países: Cuba,
Equador, Panamá e Venezuela. A suspeita é que a propina
teria sido paga por meio da contratação de Lula, por essas
empreiteiras, para dar palestras.
casa
civil
Supremo
investiga o petista e a ex-presidente Dilma em uma trama para
obstruir a Lava Jato que incluiria a nomeação de Lula para o
cargo de ministro da Casa Civil, com o objetivo de ganhar foro
privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro.
Marcos
valério
Nova
frente de investigação na Justiça Federal do DF é para
investigar se Lula atuou para comprar o silêncio do
publicitário Marcos valério, condenado no mensalão
|
OPERAÇÃO
DRAGÃO
Esquema
de lavagem de dinheiro foi desbaratado graças à delação de
executivo da Odebrecht
procuradores
e agentes federais endureceram o jogo. Sem as confissões de propina
o acordo voltaria à estaca zero, advertiram. Foi o suficiente para
imprimir velocidade às tratativas.
Todas
as pessoas envolvidas no acordo ouvidas por ISTOÉ são unânimes em
afirmar que Lula é a estrela principal da delação.
Recentemente, a Polícia Federal associou os codi- nomes “amigo”,
“amigo de meu pai” e “amigo de EO” (Emílio Odebrecht) –
que aparecem em planilhas de pagamentos ilícitos apreendidas durante
a Operação Lava Jato – ao ex- presidente. Foi assim que a PF
conseguiu rastrear o repasse de aproximadamente R$ 8 milhões a Lula.
Os pagamentos foram coordenados por Marcelo Odebrecht e por Antonio
Palocci. De acordo com o delegado Filipe Pace, o dinheiro saía de
uma conta corrente mantida pela Odebrecht para pagamento de vantagens
indevidas. O que Pace não sabia, e a delação de Odebrecht
conseguiu elucidar, era sobre os pagamentos em espécie ao
petista. Dinheiro era remetido às empreiteiras pelos operadores
para, em seguida, ser distribuído para os agentes públicos
Evidentemente
que os depoimentos dos executivos da empreiteira não vão abarcar
apenas os crimes praticados pelo ex-presidente Lula. Envolverá
também Dilma Rousseff (leia mais na pág. 36), integrantes do
governo do presidente Michel Temer, mais de 100 parlamentares e 20
governadores e ex- governadores. Os principais partidos atingidos
pelas delações da Odebrecht serão o PT e PMDB. É certo, no
entanto, que integrantes do PSDB também serão implicados
pelos executivos da empreiteira.
Para
viabilizar os depoimentos, a Odebrecht utilizou serviços de 50
escritórios de advocacia de Brasília, São Paulo, Rio e
Salvador, onde depôs o empreiteiro Emílio Odebrecht, pai de
Marcelo. Ao todo 400 advogados acompanharam os depoimentos.
Como envolve políticos com foro privilegiado, o acordo será
assinado pelo ministro do STF, Teori Zavascki. A expectativa é de
que a homologação saia até o dia 21. Paralelamente às delações
premiadas, a Odebrecht fará um acordo de leniência com a
Controladoria-Geral da União (CGU), que deverá ser o maior do
mundo. O campeão até aqui era o da Siemens, celebrado com
autoridades dos Estados Unidos e vários países europeus em 2008. A
empresa alemã pagou US$ 1,6 bilhão em multas. Já no acordo de
leniência da Odebrecht com o governo brasileiro, a empreiteira
poderá pagar uma multa de R$ 6 bilhões. Com isso, a
empreiteira poderá voltar a realizar obras para o governo federal,
hoje proibidas.
Por: Débora Bergamasco, Sérgio Pardellas e Mário Simas Filho
Mais nomes na delação da Odebrecht
Segundo
a reportagem da Isto é, além de Lula, os depoimentos de Marcelo
Odebrecht devem envolver ainda Dilma Rousseff (PT), integrantes do
governo de Michel Temer (PMDB), mais de 100 parlamentares e 20
governadores e ex-governadores. Os principais partidos citados serão
PT, PMDB e PSDB.
Michel
Temer foi citado ainda na delação premiada do ex-presidente
da Transpetro, Sérgio Machado,
que revelou uma suposta operação de captação de recursos
ilícitos, envolvendo Temer e o senador Valdir Raupp (PMDB-RR), para
abastecer, em 2012, a campanha do então candidato Gabriel Chalita
(PMDB) para a Prefeitura de São Paulo. Machado cita em sua delação
mais de 20 políticos, entre eles José
Sarney (PMDB), Renan
Calheiros (PMDB)
e Aécio
Neves(PSDB).
Além
da investigação sobre seu quadro de funcionários, a Odebrecht
deverá selar um acordo de leniência com a CGU (Controladoria-Geral
da União) e pagar uma multa recorde de R$ 6 bilhões — até hoje,
a maior do mundo foi paga pela Siemens em 2008, quando a alemã
desembolsou R$ 1,8 bilhão. Se esse acordo sair, a empreiteira poderá
voltar a executar obras públicas do governo federal.
R7
A DEFESA DE LULA
LULA
VAI À JUSTIÇA CONTRA DELCÍDIO E ISTOÉ
A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta
sexta-feira, 11, ação de danos morais contra o senador cassado
Delcídio do Amaral, por ele ter dito, em delação, que Lula teria
agido para obstruir a justiça; advogados Cristiano Zanin
Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins também representaram a
revista IstoÉ, por reportagem em que acusa Lula de supostamente
receber propina da Odebrecht; "À medida que caem por terra
pilares antes fincados por membros da força tarefa da Operação
Lava Jato para incriminar Lula, não surpreende que a revista IstoÉ
antecipe de forma sensacionalista sua edição semanal, para promover
uma nova denúncia frívola e sem prova contra o ex-Presidente",
diz a defesa de Lula em nota; "Os responsáveis pela reportagem
serão acionados na Justiça, para que respondam pelos ilícitos
civis e criminais cometidos em decorrência dessa publicação"
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